sábado, 3 de agosto de 2013

Suspeitos de golpe de mais de R$ 1 milhão contra o Governo Federal são presos em Teófilo Otoni

03/08/2013 
Quadrilha, que estava em hotel de luxo, já era investigada
Vários documentos foram apreendidos com o grupo

Uma quadrilha de estelionatários, suspeita de aplicar um golpe de mais de R$ 1 milhão contra o Governo Federal, a partir do recebimento indevido de seguros-desemprego, foi presa em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Segundo a Polícia Civil, o grupo, composto por oito integrantes, estava hospedado em um hotel de luxo da cidade.

Originários do Ceará e do Rio Grande do Norte, os suspeitos, identificados como Jadson Araújo Lopes, Flares Uchoa Barbosa, José Tarcísio Ferreira da Silva, Habacuc Gomes de Moura, Jéssika de Melo Guedes, Lurdiane Alves Canuto, Darley Vitório e Francisco Tiago Neles Baltazar, estavam sendo investigados pela equipe da Divisão Especializada em Operações Especiais (Deoesp) de Belo Horizonte e teriam se deslocado para Teófilo Otoni, na tentativa de despistar a polícia.

Com os oito presos foram encontrados diversos documentos falsificados. Foram apreendidos carimbo do Ministério do Trabalho, carteiras de habilitação adulteradas, carteiras de trabalho, recibo de saque de seguro-desemprego em nome de dezenas de trabalhadores, tabela de dados de pessoas que teriam direito de receber o benefício, equipamentos utilizados para confecção dos documentos falsos, dois veículos, dezenas de aparelhos celulares, vários notebooks, tablets e R$ 13 mil em dinheiro.

Os suspeitos foram autuados em flagrante e encaminhados para o presídio de Teófilo Otoni. As prisões e apreensões, informadas pela polícia neste sábado (3), ocorreram na sexta-feira (2).
Fonte Jornal O Tempo

"A sociedade perdeu e o mundo do crime ganhou", diz defesa de PMs condenados no julgamento do Carandiru

03/8/2013 
Do R7 com Agência Brasil
Policiais foram condenados a 624 anos pela morte de 52 presos 
Marcelo Camargo/ABr

"A sociedade perdeu e o mundo do crime ganhou". Esta foi a avaliação feita por Ieda Ribeiro de Souza, advogada de defesa dos policiais militares condenados pelo episódio conhecido como 'massacre do Carandiru', sobre a sentença. O episódio aconteceu em outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo.

—Quando se condenam policiais que trabalharam honestamente, corretamente e que não tiveram nenhuma participação nesse número de mortes, há a desvalorização de quem nos protege.

Após cinco dias de julgamento, a Justiça condenou a 624 anos de prisão os 25 policiais militares que eram acusados de envolvimento no episódio. Eles respondiam pela morte de 52 presos no pavilhão 9 (no terceiro pavimento do 2º andar) da Casa de Detenção de São Paulo, em outubro de 1992.

Inicialmente, os réus eram julgados pelas mortes de 73 detentos, mas o promotor Fernando Pereira da Silva pediu que 21 homicídios não fossem imputados aos militares, que são do 1º Batalhão de Choque, conhecido como Rota.

Para a advogada, o resultado da segunda etapa do julgamento do Massacre do Carandiru, embora tenha sido uma decisão de sete jurados da sociedade civil, não reflete a opinião da sociedade como um todo.

— Vão à internet e vão ver os comentários que se tem lá dentro. Aquilo reflete a sociedade.

Para os próximos dois julgamentos do Massacre do Carandiru, Ieda pretende insistir na tese de que não é possível individualizar a conduta dos policiais, indicando quem matou determinado preso. A mesma tese foi usada na primeira etapa de julgamento, em abril, quando 26 policiais foram condenados por 13 mortes.

Já o promotor Fernando Pereira Filho comemorou a decisão dos jurados.

— Os jurados, mais uma vez, reconheceram não apenas que esses policiais praticaram os crimes pelos quais foram condenados, mas reafirmaram a percepção que tiveram outros tribunais populares acerca da efetiva ocorrência de um massacre. A voz da sociedade, dentro do julgamento, é dada dentro do tribunal de júri.

Segundo ele, a decisão dos jurados demonstrou que “a sociedade não vai compactuar com o desrespeito à vida e o desrespeito ao ser humano”.

Para Pereira Filho, decorridos 20 anos do episódio, a violência policial ainda é muito grande. "Não tenho dúvida disso."

O promotor Eduardo Olavo Canto Neto disse ter confiança de que, nos próximos julgamentos do episódio, novas condenações virão. Para ele, condenação dos policiais na segunda etapa de julgamento foi possível principalmente por causa das provas.

— Houve muitas provas de que os policiais praticaram um massacre em outubro de 1992. Nós demonstramos claramente, para os jurados, que eles cometeram esse massacre.

Relembre o caso
Em 2 de outubro de 1992, uma discussão entre dois presos deflagrou uma rebelião no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, zona norte da capital. A Tropa de Choque da Polícia Militar, comandada pelo então coronel Ubiratan Guimarães, foi chamada para conter a revolta. Era o início de um dos episódios mais sangrentos do sistema prisional do País.

A intervenção policial, que resultou na morte de 111 detentos, segundo balanço oficial, ficou marcada na história como “massacre do Carandiru”.

Ao todo, 286 policiais militares entraram no complexo penitenciário para conter a rebelião, destes, 84 foram acusados de homicídio.

Em abril de 2013, 26 policiais militares foram levados ao banco dos réus pela morte de 15 detentos no segundo pavimento do Pavilhão 9 no massacre do Carandiru. Após sete dias de julgamento, a maioria foi condenada por homicídio qualificado — com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Naquela ocasião, seis homens e uma mulher formaram o Conselho de Sentença.

Dos 26 policiais, 23 foram condenados a 156 anos de prisão, inicialmente, em regime fechado. Os réus receberam a pena mínima de 12 anos por cada uma das mortes dos 13 detentos. Os condenados poderão recorrer em liberdade. Outros três PMs foram absolvidos pelo júri, que acatou o pedido feito pela acusação.

Antes deles, Ubiratan Guimarães chegou a ser condenado a 632 anos de prisão, porém, um recurso absolveu o réu e ele não chegou a passar um dia na cadeia. Em setembro de 2006, Guimarães foi encontrado morto com um tiro na barriga em seu apartamento nos Jardins. A ex-namorada dele, a advogada Carla Cepollina, foi a julgamento em novembro do ano passado pelo crime e absolvida.

Cruzeiro 1 X 0 Coritiba. Caiu o último invicto. Cruzeiro reassume a liderança (temporariamente) do Brasileirão

03/08/2013 
Belo Horizonte

Em um jogo de muitas chances e só um gol, Luan foi o único capaz de mandar a bola para as redes, e deu a vitória ao Cruzeiro sobre o Coritiba, neste sábado, no Mineirão, em Belo Horizonte. Os três pontos recolocaram, pelo menos temporariamente, o time mineiro na liderança do Brasileirão, e mantiveram os 100% de aproveitamento da Raposa no Mineirão desde que o estádio foi reaberto. Agora são 13 jogos. Já no Coritiba, o craque e ídolo das duas torcidas, Alex, fez falta. Sem o camisa 10, o time paranaense perdeu a invencibilidade no campeonato.
Luan marcou o gol da vitória do Cruzeiro sobre o Coritiba (Foto: Washington Alves / Vipcomm)

O Cruzeiro chegou aos 21 pontos. Tem um a mais que o Botafogo, que pode recuperar a liderança neste domingo, caso vença o clássico contra o Vasco. Um empate mantém os mineiros na ponta. O Coxa permaneceu com nos vinte pontos. É o terceiro, mas pode ser ultrapassado pelo Internacional, caso o Colorado vença o clássico deste domingo, contra o Grêmio.

Na próxima rodada, o Cruzeiro vai até Criciúma para enfrentar os donos da casa. O jogo será na quarta-feira, às 19:30 h (de Brasília), no Heriberto Hülse. O Coritiba visitará o Grêmio, na quinta-feira, às 21h, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

O Coritiba começou melhor o jogo. Era mais agudo, tinha mais posse de bola e conseguia chega, principalmente, pelo lado direito de ataque. Nos primeiros dez minutos, por duas vezes ameaçou a Raposa. Mas na primeira chegada, o Cruzeiro abriu o placar. Aos 11 minutos, Ricardo Goulart fez boa enfiada de bola para Mayke, que foi ao fundo e cruzou rasteiro. A bola cruzou toda a área, e Luan apareceu no segundo poste para empurrar para o gol. Cruzeiro 1 Fonte GLOBOESPORTE.COM 

Duas pessoas baleadas no campus da UFJF

03 de Agosto de 2013 - 17:04

Um adolescente, de 15 anos, e um rapaz, 26, foram baleados na madrugada de sábado (3) no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. Segundo a Polícia Militar, os dois saíram feridos após uma confusão generalizada, envolvendo grupos de bairros distintos, por volta das 3h. 

No campus, acontecia a festa de recepção aos calouros, na Praça Cívica, com shows dos grupos Detonautas Roque Clube, Só Parênt, Babylon Brasil e DJ Célio Negrão. 

Militares da 99ª Companhia da PM, quase ao lado da instituição, socorreram as vítimas até o Hospital de Pronto Socorro (HPS). O rapaz de 26 anos, morador do Vila Alpina, sofreu perfuração no abdômen, passou por cirurgia, e seu estado é considerado estável. 

O adolescente, do Bairro de Lourdes, foi atingido na perna, medicado e liberado. Segundo a PM, os autores dos disparos não foram identificados. Uma das vítimas chegou a relatar para os militares que o tiro teria sido disparado por um segurança.

O evento foi o primeiro de grande porte que aconteceu após a queda da resolução que proibia a realização de festas no campus. A UFJF, por meio da Secretaria de Comunicação, lamentou o episódio e disse que irá apurar se o ocorrido teve ligação com alguma falha na realização do evento. A organização não soube divulgar quantas pessoas participaram da festa. Na manhã de sábado, a estrutura do evento estava sendo desmontada, mas a sujeira deixada no entorno do anel viário desagradava também quem usa o espaço para corridas e caminhadas. "Está imundo. Tinha que ver o gramado como estava", comentou um usuário.
Fonte Tribuna de Minas

Roubou bicicleta e foi preso

03/08/2013 - Juiz de Fora 
Imagem ilustrativa
Rua Roberto Stiegert - São Pedro 
Nesse sábado(3), por volta de 01:50 h, policiais militares atenderam uma ocorrência de roubo.

Segundo a vítima, 30, um indivíduo portando uma faca a surpreendeu e lhe subtraiu uma bicicleta.

Durante o rastreamento foi localizado o veículo de propulsão humana na posse de Elias F. Campos,29, que recebeu voz de prisão em flagrante delito.

A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Civil.
http://juizdeforasegura.blogspot.com.br/

PM apreende 4 barras de maconha e prende o autor

03/08/2013 - Juiz de Fora 
Imagem ilustrativa/Internet
Rua Rosa Sffeir - Grajaú 
Nessa sexta-feira(2), por volta das 13:10 h, policiais militares registraram a apreensão de quatro barras prensadas de maconha.

Através de denúncias anônimas sobre o tráfico de drogas foi efetuado um cerco na área, sendo abordado Edson Vander da Silva,41, que tentava evadir-se de posse de um saco plástico de cor preta, contendo o material arrecadado.

Após receber a voz de prisão o autor relatou que a droga pertenceria a outros dois indivíduos(irmãos), cujos dados pessoais foram inseridos no BO.

Na Delegacia de Polícia Civil a prisão em flagrante delito foi ratificada.
http://juizdeforasegura.blogspot.com.br/

Júri condena 25 PMs a 624 anos de prisão por mortes no Carandiru

03/08/2013Márcio Pinho e Nathália Duarte  - Do G1, em São Paulo
Os 25 policiais e ex-policiais militares julgados pela participação no chamado “massacre do Carandiru”, em 2 de outubro de 1992, foram considerados culpados de homicídio qualificado e responsabilizados por 52 mortes, sendo sentenciados a 624 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. A sentença foi lida pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo na madrugada deste sábado (3). "Houve inequívoco abuso de poder", disse o juiz em sua sentença.

Os réus, porém, poderão recorrer da sentença em liberdade. A advogada de defesa dos réus, Ieda Ribeiro, afirmou que irá recorrer da decisão. Os policiais também perderam o cargo público ainda em exercício, mas essa decisão só vai valer depois de julgados todos os recursos.

O júri teve início na segunda-feira (29), no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, com a escolha dos sete jurados – todos homens.

Cada um dos jurados respondeu a quatro quesitos por réu e referente a 73 mortes relacionadas no processo. Por isso, foram, ao todo, 7,3 mil perguntas. Assim como solicitado pela promotoria, o júri absolveu os réus da acusação de homicídio de 21 presos, restanto o julgamento sobre os demais 52 detentos mortos.

Os quatro quesitos respondidos pelos jurados foram: materialidade do crime, autoria do crime, absolvição/condenação e qualificadora. A materialidade avalia se o detento de fato foi morto. A autoria questiona o jurado se aquele policial foi o autor do crime. A pergunta seguinte questionou se havia opção pela absolvição. O jurado, então, definiu se houve qualificadora, ou seja, emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

(O G1 acompanhou o julgamento em tempo real desde segunda-feira.

Os réus foram: Valter Alves Mendonça, Luiz Antonio Tavares, Carlos do Carmo Brígido Silva, Ítalo Del Nero Júnior, Carlos Alberto Siqueira, José Carlos do Prado, Marcos Gaspar Lopes, Ariovaldo dos Santos Cruz, Roberto Alves de Paiva, Valquimar Souza Gomes, Pedro Laio Moraes Ribeiro, Antonio Aparecido Roberto Gonçalves, Marcos Heber Frederico Junior, Raphael Rodrigues Pontes, Alex Morello Fernandes, Benjamin Yoshida de Souza, Marcelo Gonzalez Marques, Carlos Alberto Santos, Edson Pereira Campos, Salvador Modesto Madia, Eno Aparecido Carvalho Leite, Luiz Augusto Gervásio, Mauro Gomes de Oliveira, Roberto Lino Soares Penna, Silvério Benjamin da Silva e Walter Tadeu de Andrade.

À época do massacre na Casa de Detenção, na Zona Norte da capital, os réus integravam as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar.

Lá dentro, eles teriam efetuado mais de 300 disparos no segundo andar, terceiro pavimento, do Pavilhão 9.

O júri havia sido determinado com 29 réus. Dois deles, no entanto, morreram, um passa por avaliação de sanidade mental e outro responde a processo separadamente.

Os policiais respondiam inicialmente por 73 mortes. Nesta sexta, porém, o promotor Fernando Pereira pediu que os réus respondessem por apenas 52 mortes.

Ao todo foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, sendo uma pessoalmente e três em vídeo, e seis de defesa, sendo duas em vídeo e quatro pessoalmente. Das que foram ouvidas pessoalmente, duas não puderam ter seu depoimento acompanhado pela imprensa e pelo público por serem testemunhas protegidas. Dos 25 réus, apenas cinco foram interrogados.

Primeiro julgamento
No primeiro julgamento do caso, em 21 abril deste ano, 23 policiais militares foram condenados pela morte de 13 presos. A pena foi de 156 anos de prisão para cada, mas eles recorrem em liberdade. Três dos 26 réus que eram julgados foram absolvidos. A sentença foi lida pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão, que presidia o júri.

As absolvições foram pedidas pelo promotor Fernando Pereira da Silva, que também solicitou aos jurados que desconsiderassem duas das 15 vítimas. Segundo ele, esses detentos foram mortos por golpes de arma branca, o que pode significar que foram assassinados pelos próprios presos. Por isso, os 23 PMs foram condenados por 13 mortes.

Os julgamentos do massacre no Carandiru ocorrem mais de 20 anos após a invasão na Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo. A ação terminou com a morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 para controlar uma rebelião.

Antes deste júri, desde 2 de outubro de 1992, somente um acusado havia sido julgado: o coronel Ubiratan Guimarães. Ele foi condenado em 2001 a 632 anos de prisão, em júri popular, por ter dirigido a operação. Em 2006, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins.

O processo do Carandiru tem ao todo 57 volumes, 111 apensos e 50 mil páginas. Por conta do número de réus, a Justiça desmembrou o caso em quatro partes ou júris diferentes, correspondentes aos andares invadidos. O critério será julgar o grupo de policiais militares que esteve em cada um dos pavimentos onde presos foram mortos. Novos julgamentos estão previstos para outubro deste ano e janeiro de 2014.

O segundo júri dia a dia
O primeiro dia de júri teve depoimentos de testemunhas de acusação, como o perito da Polícia Técnico-Científica de São Paulo Osvaldo Negrini Neto, que já havia falado no primeiro bloco do julgamento, em abril. Ele voltou a afirmar que a versão dos PMs de que agiram para se defender não se sustenta e que não havia indício de confronto.

Após o depoimento foram exibidas gravações de depoimentos do primeiro bloco do julgamento. Um dos vídeos foi do depoimento de Antonio Carlos Dias, presidiário que sobreviveu ao massacre. Também foram mostrados os depoimentos do ex-detento Marco Antonio de Moura e do ex-diretor da Divisão de Segurança e Disciplina do Carandiru, Moacir Santos.

A terça-feira (30) foi marcada por poucos depoimentos inéditos, exceto pela contribuição de duas testemunhas arroladas pela defesa e mantidas sob sigilo, cujos conteúdos das falas não puderam ser acompanhados pelos réus e por jornalistas.

Falaram pessoalmente Pedro Franco de Campos, na época Secretaria da Segurança Pública, e o então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho. Ambos já haviam dado seu testemunho no primeiro bloco do julgamento do caso. Campos voltou a afirmar que a entrada da Polícia Militar no presídio foi autorizada por ele, com base nas informações que recebia do coronel Ubiratan Guimarães, comandante da operação, e de Antonio Filardi, à época assessor para Assuntos Penitenciários da Secretaria de Segurança Pública. Fleury também reafirmou o que já havia defendido em depoimento anterior. “A entrada no presídio foi legítima e necessária. Isso eu reafirmo. Eu não dei a ordem, mas se estivesse no meu gabinete, com as informações que eu recebi, eu teria dado a ordem", afirmou.

Quatro oficiais foram interrogados na quarta-feira (31), quando voltaram a afirmar que agiram em defesa após agressões e tiros dos detentos. A sessão durou mais de 15 horas.

O depoimento do quinto réu, o tenente-coronel Salvador Modesto Madia, ficou para a quinta-feira (1º). Ele também disse ser inocente, e assumiu ter disparado, porém depois de ter sido alvo dos presos. No dia houve também a exibição de vídeos da defesa e da acusação.

Nesta sexta-feira (2), defesa e acusação tiveram cinco horas cada, entre falas, réplica e tréplica, para debater. Ao final das exposições dos promotores Fernando Pereira e Eduardo Olavo Canto Neto e da advogada Ieda Ribeiro, os réus se reuniram para definir a sentença.

Corintianos são libertados na Bolívia após 5 meses presos, diz Itamaraty

02/08/2013Felipe Néri e Renan Ramalho - Do G1, em Brasília

Os cinco corintianos que permaneciam presos na cidade de Oruro, na Bolívia, foram libertados por volta de 18h30 no horário local (19h30 em Brasília) desta sexta-feira (2), informou o Ministério das Relações Exteriores. De acordo com o Ministério da Justiça, os torcedores retornam no sábado ao Brasil e devem chegar em Guarulhos às 13h.

Eles foram presos no dia 20 de fevereiro com outros sete torcedores, soltos em junho, sob suspeita de causarem a morte do adolescente Kevin Espada, de 14 anos, no jogo entre Corinthians e San José pela Libertadores.

A decisão judicial para libertar os corintianos foi emitida nesta sexta, com a rejeição de recurso da família de Spada e do clube San José contra a libertação dos brasileiros. Na semana passada, o Ministério Público da Bolívia concluiu que não havia provas contra os brasileiros. Kevin estava na arquibancada e morreu após ser atingido pelo disparo de um sinalizador.

A decisão é fruto de um acordo firmado pelo Ministério da Justiça com a defesa dos torcedores e a Justiça boliviana para liberar os corintianos. O time brasileiro ofereceu o pagamento de US$ 50 mil à família do garoto como indenização. A negociação foi viabilizada pela Defensoria Pública da União e pelo Ministério Público do Distrito de Oruro.

No último dia 24, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que os cinco corintianos que permanecem presos deveriam ser libertados nas horas seguintes, o que acabou não acontecendo, por causa do prazo para recursos.

Em 9 de junho, desembarcaram em São Paulo os outros sete corintianos que também estavam presos no país vizinhoem razão da morte do adolescente boliviano durante a partida de futebol.

'Preocupação'
Em nota, o Itamaraty disse que desde a prisão, a presidente Dilma Rousseff "preocupação com a situação dos brasileiros" ao presidente da Bolívia, Evo Morales.

"Os ministros das Relações Exteriores e da Justiça tomaram providências imediatas para garantir a dignidade dos brasileiros detidos e o respeito a todos os seus direitos. Também foi oferecida ao governo boliviano cooperação jurídica para auxiliar no esclarecimento do episódio que levou à morte do jovem boliviano Kevin Espada", diz o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores também disse que a Embaixada do Brasil em La Paz "prestou toda assistência consular e jurídica a esses brasileiros, com empenho em assegurar o respeito aos seus direitos, inclusive no que se refere à garantia de condições minimamente dignas de detenção e ao adequado seguimento dos trâmites legais pertinentes".

"Essa assistência jurídica foi prestada a partir do momento em que o Governo brasileiro foi informado da detenção. A Embaixada em La Paz manteve contato constante com as autoridades bolivianas para tentar obter uma solução satisfatória para a questão. Diplomatas da Embaixada do Brasil em La Paz – inclusive o Embaixador – fizeram visitas regulares aos detidos, algumas das quais em companhia de parlamentares e outras autoridades brasileiras"

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Supremo rejeita recursos de Rita Lee contra condenação por danos morais

02/08/2013 
Mariana Oliveiira
Do G1, em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou recursos apresentados pela cantora Rita Leecontra decisões que a condenaram a pagar indenizações a sete policiais de Sergipe por danos morais. Com isso, outras 25 ações semelhantes que estavam paradas no Tribunal de Justiça de Sergipe devem ser retomadas.

Em abril, ela foi condenada pela Turma Recursal do TJ-SE a pagar R$ 5 mil para cada um dos sete policiais militares que trabalhavam durante um show em janeiro, na Barra dos Coqueiros.

Na ocasião, a roqueira interrompeu o show para reclamar da ação dos policiais que revistavam o público em busca de drogas. A cantora utilizou palavras de baixo calão para ofender os militares por entender que eles estavam sendo agressivos.

A defesa de Rita Lee apresentou recursos ao TJ contra a condenação, que foram negados. Então, ela recorreu ao Supremo. Os pedidos da cantora não chegaram a ser analisados por nenhum ministro, mas foram recusados administrativamente pela Secretaria Judiciária do tribunal por ausência de "repercussão geral", quando o caso se repete e decisão do STF deve ser seguida pelas demais instâncias.

A defesa ainda poderá apresentar recursos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou recorrer com outros argumentos ao Supremo.

Além dos sete processos em que a cantora já foi condenada, há ainda mais 25 ações contra Rita Lee e que ainda não foram julgadas no TJ de Sergipe. A análise das ações estava parada à espera de uma decisão do STF, como os recursos não foram analisados, os processos serão retomados, segundo o advogado Plínio Karlo, que defende os policiais.

"O Supremo não admitiu os recursos. O processo ainda não acabou, mas, acho que, nessa situação, o caso deve se encaminhar para a execução, o pagamento das indenizações", disse Plínio Karlo.

Vendedor é suspeito de pagar R$ 2.500 a matador

02 de Agosto de 2013 - Juiz de Fora 


Um vendedor de 29 anos foi preso pela Delegacia Especializada em Homicídio suspeito de ser o mandante do assassinato da atendente de telemarketing Andressa Aparecida Minervino Hauck, 26, ocorrido no último dia 30, no distrito de Paula Lima, na Zona Rural. Ele teria contratado um homem para executar o crime pela quantia de R$ 2.500. O vendedor foi capturado, no início da noite de quinta-feira, no Bairro Recanto dos Lagos, na Zona Nordeste, depois que as investigações apontaram o paradeiro dele. A prisão ocorreu menos de 36 horas após o homicídio. O delegado à frente do caso, Rogério Woyame, solicitou à Justiça a prisão temporária do suspeito, válida por 30 dias. O vendedor foi conduzido para o Ceresp. O executor do crime, conforme a polícia, já foi identificado, mas ainda não foi localizado pela equipe. 

O inquérito apontou que o suspeito preso teria feito contatos com a vítima por meio das redes sociais, em outubro de 2012. No notebook dele, que foi apreendido, os policiais encontraram conversas entre o vendedor e a atendente. Em seu depoimento na delegacia, ele negou participação no crime.

Em abril de 2013, sabendo que Andressa iria trabalhar numa empresa de telemarketing, ele teria ingressado no mesmo local. Para comprovar a suspeita, a polícia ouviu diversas testemunhas no Bairro Paula Lima, que confirmaram que o vendedor, por diversas ocasiões, ameaçou a vítima e sua família, inclusive tendo ameaçado o marido dela. Para fazer a ameaças, o vendedor iria até o local usando um veículo Golf, preto, de propriedade da noiva dele, ou a própria motocicleta CG 150 de cor vermelha. 

A polícia constatou que o suspeito vinha acompanhando toda a rotina de Andressa, inclusive pela internet. Em abril, ela registrou um boletim de ocorrência contra ele, alegando perturbação, uma vez que o suspeito estaria indo até a casa dela, fazendo ameaças. Conforme a Polícia Civil, esse registro não resultou em investigação na época, porque a vítima precisava ter representado contra o suspeito oficialmente na delegacia, o que não foi realizado. 

A atendente de telemarketing foi assassinada com quatro tiros ao desembarcar de um ônibus e seguir a pé para casa. Um homem de bicicleta teria atirado seis vezes contra ela. Familiares ainda tentaram socorrer a vítima, mas ela já teria chegado morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. O homicídio chocou moradores da localidade considerada pacata e revoltou parentes e amigos de Andressa, que não teria tido chance de se defender.