segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Casas noturnas com fiscalização insuficiente em MG

28/01/2013 
Celso Martins - Do Hoje em Dia
Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia
Corpo de Bombeiros não tem efetivo suficiente para dar segurança às casas noturnas e edifícios

O Corpo de Bombeiros não tem homens suficientes em Minas para fiscalizar a segurança de boates, casas de shows e edifícios. Sem pessoal, fica apenas no papel a legislação estadual de combate a incêndio, considerada uma das mais rigorosas do Brasil.

Os responsáveis em verificar a segurança das casas noturnas temem tragédias no Estado, como a que ocorreu na madrugada de ontem em Santa Maria (RS).

Falta efetivo
O alerta sobre a falta de efetivo consta de um documento produzido em maio de 2012 pelo Corpo de Bombeiros, obtido com exclusividade pelo Hoje Em Dia.

A lei estadual 14.130 dá poderes aos bombeiros de multar e interditar os estabelecimentos que não cumprem as normas de prevenção e combate a incêndio.

A legislação começou a vigorar em 2002, portanto, após o incêndio na casa de shows Canecão Mineiro, que matou sete pessoas. Assim como aconteceu no Rio Grande do Sul, a tragédia de Belo Horizonte foi provocada por um espetáculo pirotécnico em um galpão que não tinha saída de emergência e o teto do local continha material inflamável.

Segundo o documento, os três batalhões de Belo Horizonte têm, em média, 12 homens divididos em três equipes diariamente para fiscalizar Belo Horizonte e as 33 cidades da região metropolitana.

“São necessários pelo menos 40 homens por batalhão para checar se a legislação de combate a incêndio é cumprida.

Sem efetivo, as unidades não têm como escalar equipes para trabalhar no período noturno, ficando por conta de verificar as construções novas”, diz um trecho do documento.

Pela legislação estadual, casas de shows e boates construídas para receber mais de mil pessoas são obrigadas a ter uma brigada treinada de combate a incêndio, além de uma rede de hidrante instalada.

As saídas de emergência são obrigatórias e todas precisam ser sinalizadas, indicando onde estão localizadas. Uma das irregularidades em algumas boates da capital são tetos com produtos inflamáveis.

O Corpo de Bombeiros tem atualmente 5.600 militares em Minas. Pela lei de efetivo, seriam necessários 8 mil bombeiros. Para resolver parte do problema, o Governo de Minas está realizando um concurso para preencher 800 vagas.

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Tragédia. Por Reinaldo Azevedo

28/01/2013 às 4:42

O país parou para acompanhar detalhes de uma das maiores tragédias de sua história. Duzentos e trinta e um moços e moças saíram de casa para se divertir na noite de sábado e jamais voltarão. Morreram queimados ou asfixiados — a grande maioria — na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ficamos, especialmente os pais de adolescentes e jovens, paralisados de medo, de apreensão, de terror. Qualquer morte nos diminui. A de um ente querido nos destroça. A de um filho, então, subverte aquele que é o nosso mais duro aprendizado: morrer um pouco por dia para que sobreviva a nossa descendência. Em “Cântico do Calvário”, escrito justamente em memória de um filho morto, Fagundes Varela pôs nos justos termos:

“Eras na vida a pomba predileta 
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. — Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.”

Penso na dor dessas mães e desses pais e rezo para que encontrem algum conforto. Lembro-me de ter me irritado certa feita com a minha mãe por causa de seu excesso de preocupação, ainda que estivéssemos a centenas de quilômetros de distância: “Pô, eu sei o que faço; já tenho mais de trinta anos”. E ouvi do outro lado: “E continua meu filho; filho não tem idade para mãe e para pai”. Hoje sou eu que ouço: “Pai, eu já tenho 18, já tenho 16…” Filhos não têm idade. As nossas crianças têm de voltar para que possamos fechar a porta, deixando do lado de fora as tormentas.

Mas a nossa dor também tem de saber exercitar a devida ira. Com a conivência de muitos, a Kiss não era uma boate, mas uma armadilha. Parece evidente que muitos milhares se arriscaram antes a morrer nas suas dependências. Faltava apenas o casamento do fortuito com o inexorável. As imprudências meticulosa e metodicamente praticadas careciam do elemento incidental, da estupidez que serve de estopim, do gesto tolo, irrelevante, que provoca a reação em cadeia e resulta na tragédia.

Na madrugada de sábado para domingo, ele veio na forma de um sinalizador, uma espécie de fogos de artifício, usado pela banda. Uma fagulha atingiu o teto de papelão e material de proteção acústica, altamente inflamáveis. Em segundos, o fogo se espalhou pelo teto. Estima-se que 90% das vítimas fatais tenham morrido asfixiadas pela fumaça, não queimadas. Talvez duas portas de emergência, destravadas, tivessem bastado para evitar a tragédia.

O Plano de Prevenção de Combate a Incêndio tinha vencido em agosto do ano passado e não havia sido renovado, informa o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo. É, sim, uma informação relevante, que parece indicar que a casa não primava exatamente pelo respeito às regras. Mas essa informação pode contribuir para omitir outra, que me parece ainda mais importante: quer dizer que, até agosto de 2012, o Corpo de Bombeiros julgava que tudo ia bem num imóvel que abriga duas mil pessoas e tem uma única porta. Ela não só servia à entrada e à saída dos frequentadores como era obstruída por uma espécie de biombo, que impedia os seguranças de ver o que se passava lá dentro, razão por que, por alguns poucos minutos, eles tentaram impedir a fuga dos jovens, supondo que queriam sair sem pagar a conta.

O incêndio causou um curto-circuito e deixou a moçada no escuro, em meio à fumaça. Não havia luzes de emergência, acionadas automaticamente quando há o corte do fornecimento de energia elétrica. Um extintor também não teria funcionado. A boate Kiss não poderia, naquelas condições, estar funcionando. E não era um empreendimento pequeno, que tivesse existência clandestina. Talvez fosse a maior casa do gênero em Santa Maria, uma cidade de porte médio, com 230 mil habitantes, mas com vida noturna agitada em razão da universidade federal, que atrai jovens do Brasil inteiro. A festa de sábado tinha sido organizada por alunos do primeiro ano dos cursos de Tecnologia de Alimentos, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Tecnologia em Agronegócio e Pedagogia.

Estupidez
Não, senhores! Essa não é uma tragédia fabricada pelo acaso. Ela é obra de uma cadeia de descasos. Uma casa dessas dimensões tem de ter, por exemplo, uma brigada civil de combate a incêndios. A ela caberia dizer à tal banda “Gurizada Fandangueira” que o ambiente era impróprio para o uso de fogos de artifício.

Que se apurem as responsabilidades. Não sou polícia técnica nem perito. Mas há elementos de sobra para concluir que a “fatalidade” que resultou na morte de 231 jovens foi construída. Eles foram mortos pela estupidez, não pelo destino.

PS – Por mais que fique constrangido e até envergonhado de escrever isto num texto dessa natureza, é inevitável. Vamos lá. Dilma Rousseff fez bem ao interromper a sua viagem e se deslocar para Santa Maria. É a presidente de todos os brasileiros, e uma grande tragédia aconteceu por lá. Goste-se ou não disso, representa todos os brasileiros. A presidente chorou, e acho que estava sendo sincera. Dispensável, porque tem o cheiro inevitável da exploração política, é a nota de Lula e sua mulher, Marisa. Ele não exerce mais cargo público. E não se espera que cada político se manifeste a respeito. Dilma está investida do cargo mais importante da República. Ele, embora não se dê conta disso, não. É só mais uma evidência de que não tem mesmo limites.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

28/01 - Eventos históricos. Saiba + conforme Wikipédia

28/01/2013
Saiba + Eventos históricos
http://pt.wikipedia.org/wiki/28_de_janeiro

Em nota, boate de Santa Maria nega situação irregular. Incêndio foi 'fatalidade', diz comunicado. Nº de mortos foi revisado para 231.

28/01/2013

http://g1.globo.com/

domingo, 27 de janeiro de 2013

Com péssima atuação do soprador do apito e frango de Fábio o Cruzeiro fez 4 X 1 Mamoré

27/01/2013 - Domingo
Washington O Rodrigues

Em partida amistosa em Patos de Minas, aos 12 minutos do 1º tempo o Mamoré inaugurou o placar, em cobrança de falta por Myller Alves, encobrindo o goleiro Fábio, sempre adiantado.
O empate, aos 32, saiu após um chute de Diego Souza, de fora da área.
No 2º tempo o Cruzeiro virou o placar nos primeiros minutos com Vinícius Araújo, que fez seu primeiro gol como jogador profissional.
Aos 10 minutos, os técnicos iniciaram várias substituições. 
Marcelo Oliveira efetuou as estreias de Dagoberto, Ricardo Goulart, Nirley e Uéllinton, também entraram na partida Alisson, Lucas Silva, Mayke e Tinga. 
No Mamoré entraram Evandro e Reinaldo Capeta.
O Cruzeiro fez o 3º gol com o zagueiro Paulão, que, de dentro da área e em posição irregular, chutou forte e sem defesa para o goleiro Gesse.
Aos 42, Dagoberto fez uma jogada individual, caiu na área e o árbitro marcou a penalidade máxima. Na cobrança, ele marcou.
O goleiro do Mamoré deveria ter sido expulso no 1º tempo, ao efetuar uma defesa, colocou a mão na bola fora da grande área.
Se a marca da arbitragem mineira prosseguir como a apresentada hoje, estaremos fadados às críticas e aos jogos carimbados.
O intitulado árbitro de hoje, foi um fiasco e a FMF precisa rever seu quadro de arbitragem, pois, pelo que foi apresentado, está  carecendo de melhorias.

Quatro militares ficam feridos em capotamento na BR-365, em Araguari. No momento do acidente, chovia na região

27/01/2013 
GABRIELA SALES
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Quatro militares ficaram levemente feridos em um acidente na manhã deste domingo (27) na BR-365, próximo ao município de Araguari, no Triângulo Mineiro.

Conforme informações da corporação de Uberlândia, os militares seguiam para uma resgate dentro de um veículo de Unidade de Urgência, quando perdeu o controle da direção e capota na pista.

Os militares, que são do 5º Batalhão Militar do Corpo de Bombeiros de Uberlândia tiveram ferimentos leves e foram salvos por outra equipe de urgência.

Segundo a corporação, no momento do acidente chovia na região, o que pode ter motivado o acidente na rodovia.

As vítima foram encaminhadas para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e liberados no início da tarde deste domingo.

Polícia Rodoviária usa caminhões escâner para flagrar drogas em carros

27/01/2013
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA

A nova fase do Plano Nacional de Fronteiras prevê infiltração em quadrilhas internacionais de tráfico e uso de tecnologia, como cinco caminhões capazes de escanear carros em movimento.

Os caminhões escâner já estão em uso pela Polícia Rodoviária Federal. A licitação foi feita no meio de 2012 e vencida por uma empresa norte-americana pelo valor de R$ 12,9 milhões.

Em formato baú e sem identificação, o caminhão passa ao lado de veículos e produz imagens em raio-x, na tentativa de rastrear drogas, armas e contrabando escondidos nas carrocerias.

Governos estaduais costumam apontar a fragilidade das fronteiras do país --que são de responsabilidade federal-- como razão para a entrada de drogas e armas em seus territórios.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), chegou a declarar, em novembro passado, que "o problema é a falta de um plano federal para impedir a entrada de armas e drogas pelas fronteiras. Se não fechar, o problema vai continuar".

Anteriormente, os escâneres utilizados no Brasil contavam com uma espécie de braço. As imagens só eram obtidas quando os veículos passavam por baixo dele, o que, segundo policiais, retirava o fator surpresa.

Algumas concorrentes do edital criticaram o escâner, sob argumento de que, em algumas ocasiões, ele não tem precisão. Segundo o Ministério da Justiça, em dez dias de utilização em Mato Grosso do Sul, o escâner foi usado na apreensão de 406 kg de cocaína e 106 kg de maconha.

REFORÇO NA FRONTEIRA
Além das novas tecnologias, o Ministério da Justiça autorizou o deslocamento de 618 novos policiais federais e 700 policiais rodoviários para a região de fronteira.

Pelo planejamento, até o ano que vem, serão 388 novas residências (244 para policiais federais e 144 para policiais rodoviários federais) em municípios de fronteiras.

Com a chegada de novos policiais, a Polícia Federal prevê deslocar cerca de 65% do efetivo para atuar na área de inteligência.

Agentes mais experientes serão infiltrados nas quadrilhas, além de fazer investigações de campo.

Para o Ministério da Justiça, a parte ostensiva do combate deverá ficar com a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal. A PF deverá fazer apenas investigações de inteligência.

No ano passado, os policiais de fronteira receberam 15 lanchas e 82 equipamentos de visão noturna.

"É preciso investir na parte ostensiva, mas os resultados mais profundos são obtidos com tecnologia e trabalho de inteligência", diz a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Para ela, é preciso coordenar diferentes forças policiais.

O ministério descobriu que até 2012 policiais de diferentes Estados não tinham rádios capazes de se comunicarem. Ou seja, se um procurado ultrapassasse a fronteira estadual, a comunicação policial era prejudicada.

Para isso, a pasta abriu licitação para comprar equipamentos de comunicação integrada entre Estados.

No final de 2012, a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) articulou a primeira ação conjunta de policias dos 11 Estados de fronteira (AC, AP, AM, MT, MS, RO, RR, PA, PR, RS e SC).

Entre janeiro e outubro do ano passado, as operações ostensivas realizadas nas fronteiras do país resultaram na apreensão de 92 toneladas de drogas e abordagem de 229,5 mil pessoas, com 15.794 prisões em flagrante.
Fonte Folha de São Paulo

Incêndio mata 245 em boate; alvará estava vencido, diz BM

É sempre bom lembrar.



É sempre bom lembrar das palavras cheias de sabedoria e, infelizmente, sempre atuais, de Rui Barbosa, naquele discurso de 1914 no senado federal ...

Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula Mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro. 

Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... 

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço.Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!"

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

E o pior de tudo isso é a atualidade dessas palavras, que, se hoje fossem proferidas, fariam o mesmo sentido, teriam a mesma validade, seriam perfeitas para retratar o momento atual por que passa o nosso Congresso Nacional e o país.

Não é isso fruto da genialidade inconteste de Rui Barbosa, mas da nossa teimosia de errar como nação, na nossa insistência em permanecer baseados em preceitos falsos, em praticar um moralismo fingido, um empreguismo deletério no governo, a um uso da máquina pública em uso próprio que envergonha a todos.

Nosso povo segue sendo um escravo da sua própria deficiência, alimentando um esquema que o consome, num motocontínuo que vara os séculos e não se soluciona porque a sua solução implica na morte desse esquema que se mantém pela deficiência.