segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fim de semana termina com 20 pessoas assassinadas em BH e Grande BH

17/12/2012 
TABATA MARTINS
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FOTO: RONALDO SILVEIRA/O TEMPO BETIM
Homicídio ocorrido perto do cartódromo de Betim, na manhã desse domingo

Belo Horizonte e região metropolitana registraram um dos fins de semana mais violentos da história dessas cidades. Da última sexta-feira (14) até a madrugada desta segunda-feira (17), 20 pessoas foram assassinadas. Doze dos crimes ocorreram apenas durante esse domingo (16).

De acordo com a Polícia Militar, o primeiro crime ocorreu no bairro Vista Alegre, na região Oeste da capital mineira, por volta de 18h dessa sexta-feira (14). Já o último foi registrado no bairro Caiapós, em Contagem, na Grande BH. Por volta de 2h22 desta segunda, Sérgio Péricles Silva, de 22 anos, foi baleado na rua Antônio Olinto Ferreira. O disparo de arma de fogo atingiu o ombro do jovem, mas o tiro transfixou e saiu pelo coração da vítima. Sérgio Péricles chegou a ser socorrido e encaminhado à Policlínica do bairro Ressaca. Porém, o baleado não resistiu ao ferimento e morreu ao dar entrada na unidade de saúde. A autoria e motivação do crime são desconhecidas.

Ainda durante a madrugada desta segunda, um homem negro não identificado foi baleado na rua Carlos Drummond de Andrade, no bairro Beija-Flor, na região Nordeste de Belo Horizonte. A vítima, que tinha o nome Alan tatuado no braço direito, foi atingida na região da cabeça e morreu em via pública. O assassinato não foi testemunhado e, portanto, a polícia não tem informações sobre a autoria e motivação do mesmo.

Por volta de 21h30 desse domingo, Robert Wallison Gonçalves Barbosa, de 27 anos, foi baleado na avenida Flor de Seda, no bairro Lindéia, na região do Barreiro. Robert Wallison foi atingido por 11 tiros e o corpo dele foi encontrado caído perto de uma praça. Testemunhas informaram aos militares do 41º batalhão que o autor dos disparos de arma de fogo é conhecido como “Fininho”, mas não souberam dizer nada sobre o motivo do suspeito ter matado a vítima. “Fininho” ainda não foi localizado.

Ainda na noite desse domingo, por volta de 22h32, um adolescente de 17 anos foi assassinado com tiros na cabeça, na rua Olga Pimenta Guimarães, no bairro Jardim Leblon, na região de Venda Nova. L.V.M chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas faleceu durante atendimento médico. Já por volta de 20h30, Diego Vinícius Gonçalves Ribeiro, de 24 anos, foi encontrado morto na escada de entrada de um bar localizado na rua A, no bairro Jardim Felicidade, na região Norte da capital mineira. O jovem apresentava marcas de vários tiros espalhadas pelo corpo. Clientes do estabelecimento comercial revelaram aos militares do 13º batalhão que, provavelmente, o crime foi um acerto de contas. Porém, as testemunhas não deram nenhuma informação sobre a autoria do assassinato.

Todos os homicídios são investigados pela Polícia Civil.

Detentos de Minas começam a usar tornozeleiras eletrônicas

17/12/2012
DA REDAÇÃO
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A partir desta segunda-feira (17), os detentos de Minas Gerais irão começar a usar tornozeleiras eletrônicas de monitoramento. O começo da implantação será divulgado pelo secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, durante entrevista coletiva, que será realizada nesta manhã.

Durante o anúncio, é previsto que o secretário de Estado de Defesa Social também fale sobre o balanço dos mais importantes resultados da segurança pública no Estado no ano de 2012 e do anúncio de algumas ações para 2013.

Também participarão da coletiva o comandante geral da Polícia Militar, coronel Márcio Martins Santanna, o chefe da Polícia Civil, delegado geral Cylton Brandão da Matta, e o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Silvio Antônio de Melo.

domingo, 16 de dezembro de 2012

17 de dezembro - Fatos históricos conforme Wikipédia - Saiba +

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Pai confunde filho com ladrão e o mata/Três homens se ferem com disparos em bar

Publicado no Super Notícia em 16/12/2012

TÂMARA TEIXEIRA

FOTO: RODRIGO CLEMENTE - 18.1.2010
Incidente que levou um pai a matar o próprio filho aconteceu no bairro Santa Rita, na cidade de Araxá, na região do Alto Paranaíba

Uma fatalidade chocou os moradores de Araxá, no Alto Paranaíba. O motorista Pedro Honorato dos Santos, de 44 anos, matou, acidentalmente, o próprio filho, Cristiano Honorato, de 17 anos, na madrugada de ontem. A tragédia aconteceu no bairro Santa Rita, na casa da avó paterna do rapaz. 

De acordo com o sargento Edgar Santos, o motorista dormia quando o filho chegou em casa, por volta das 3h, na companhia de alguns amigos. Pedro Honorato estranhou a movimentação e buscou um revólver calibre 32 que havia em casa, pensando que o local havia sido invadido por assaltantes. 

O homem atirou para o alto e, neste momento, o rapaz se identificou. O pai pegou um cinto para repreender o garoto pelo susto e, sem querer, disparou a arma, que estava na mesma mão. O segundo disparo atingiu o coração do jovem, que foi socorrido, mas ele já chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento do município. 

Segundo o sargento, muito desesperado, o motorista acionou a polícia, que chegou na casa no momento em que ele tentava levar o filho ao hospital, no carro da família. 

Pedro Honorato foi preso em flagrante e, segundo a Polícia Civil, será autuado por porte ilegal de arma e homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar. Ele foi ouvido e liberado depois de pagar a fiança. O valor não foi informado pela polícia. A arma usada no crime foi apreendida, além de uma cartela com oito munições que foi localizada na casa da família. A polícia espera concluir o inquérito em até 30 dias. (Com Mábila Soares/Portal O Tempo Online)

Três homens se ferem com disparos em bar
Três homens foram baleados dentro de um bar na manhã de ontem, no bairro Mantiqueira, na região de Venda Nova. Segundo a Polícia Militar, o autor dos disparos de arma de fogo estavam dentro de um carro, que foi parado na frente do estabelecimento comercial, conhecido na região como "Bar do Louco". Na hora do crime, o estabelecimento, localizado na rua Edmar Colini Ferreira, era frequentado por cerca de 30 pessoas. As testemunhas informaram aos militares do 49º batalhão que haviam dois homens e uma mulher dentro do carro. Rafael Machado Fonseca, de 22 anos, foi atingido na costela, Paulo Afonso de Jesus Vieira, de 24, na mão esquerda e o terceiro baleado, identificado apenas como Roni, ficou ferido no tórax. 

Conforme a PM, o alvo dos criminosos era Rafael e Roni e Paulo foi vítima de bala perdida. A motivação do crime ainda é desconhecida e o trio de suspeitos não foi localizado.

Os baleados foram socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Paulo e Rafael foram encaminhados ao Hospital Risoleta Tolentino Neves e Roni para o Hospital João XXIII. 
(Tabata Martins/Portal O Tempo Online)

Tentativas de homicídios no Santa Cândida/ Padaria foi assaltada no Bom Jardim

16/12/ 2012
 
Juiz de Fora - Rua Dante Belei  
Por volta das 06:15 h, desse sábado(15), policiais militares registraram que três pessoas((2) 20 e 25) foram atingidas por disparos de arma de fogo.
Todas as vítima foram socorridas no HPS.
Os autores estariam em uma motocicleta de cor preta.

Rua Luiz Favero - Bom Jardim
Nesse sábado(15), por volta das 22:15 h,  a vítima,27, narrou que um indivíduo escuro, de bermuda verde, blusão de moletom preta e chinelos de cor branca,com capacete de motocicleta; de posse de um revólver adentrou à padaria.
Foi anunciado o assalto e ocorreu a subtração de R$80,00.
Populares informaram que uma motocicleta, Honda, CG de cor preta, estava aguardando-o. Evadiram sentido alto Santa Rita. 

Corinthians - Campeão Mundial - 2012 - 1 X 0 Chelsea


16/12/2012 10:22 - Atualizado em 16/12/2012 10:22
O mundo é dos loucos: Timão bate o Chelsea o leva o bi mundial
Com milagres de Cássio e grande atuação de Guerrero, autor do gol, Corinthians coroa com título a histórica invasão da torcida ao Japão

Por Carlos Augusto Ferrari
Yokohama, Japão

Lance capital -   23 do 2º tempo
Após boa jogada de Paulinho, a bola sobra para Danilo, que corta e chuta. No rebote, o peruano Guerrero, livre, cabeceia para o gol.

Nome do jogo - Guerrero

O peruano procurou o jogo o tempo inteiro. Movimentou-se, abriu espaços, pediu a bola, driblou, finalizou. Foi premiado com o gol do título. 

O treinador armou o Timão para jogar bola, e não apenas para se defender. Inferior na técnica, o Corinthians igualou na tática e superou na vontade.

Rivais, ajoelhem-se para reverenciar a história construída pelo Corinthians e a Fiel neste 16 de dezembro de 2012. Sem precedentes. Eterno. O time formado por jogadores operários, o clube do povo e da apaixonada torcida que cruzou continentes têm o futebol a seus pés. Sofrido, suado, chorado, o Corinthians venceu o Chelsea por 1 a 0, em Yokohama, e deixou de ser apenas Paulista como está escrito em seu centenário símbolo. O Corinthians é do mundo. Bicampeão do mundo.
Guerrero comemora o gol do título do Corinthians (Foto: Getty Images)

A conquista corintiana tem um herói em cada extremidade do campo. Na defesa, Cássio cresceu acima dos seus 1,95m para criar uma nova categoria de milagres ao defender chutes de Cahill e Moses no primeiro tempo. No segundo, brilhou Paolo Guerrero. O mesmo Guerrero que foi dúvida para o torneio. O mesmo herói da classificação nas semifinais. Agora, eternizado com o gol de cabeça aos 23 minutos.

Assim como na Libertadores, vencida diante do sempre temido Boca Juniors, o Corinthians chega ao título contra um adversário poderoso. O Chelsea, símbolo máximo do novo futebol comandado por mecenas do leste europeu ou das Arábias, sucumbiu diante de um adversário sem estrelas, mas extremamente eficiente.

O triunfo sobre os ingleses completa um ciclo de vitórias grandiosas que teve início em uma derrota histórica. Da Série B para o estrelato. O Corinthians rebaixado no Brasileirão de 2007 aprendeu com os erros e se reestruturou para chegar ao topo. Agora, desponta como uma das potências do futebol nacional nos próximos anos.

Tatuapé, Mooca, Interlagos, Itaquera, Pirituba, Jardim Ângela, Cachoeira, Vila Mazzei, Vila Moraes, Cangaíba, Tucuruvi, Capão, Bela Vista, Guarulhos, Francisco Morato, Tabão da Serra, Carapicuíba, Itaquaquecetuba, Pindamonhangaba, Serra Negra, Suzano, Mogi Guaçu, Cubatão, Praia Grande, Rio Preto, Indaiatuba, Sorocaba, Jundiaí, Curitiba, Espírito Santo, Maranhão, Santa Catarina Miami, Sydney...

...as bandeiras da Fiel penduradas no estádio neste domingo simbolizam uma das maiores demonstrações de amor da história do futebol. Alvinegros de todas as partes tomaram fizeram do estádio da finalíssima um Pacaembu em proporções gigantes. As ruas do Oriente estão tomadas, enlouquecendo os rígidos japoneses com os gritos de “Vai, Corinthians” em uma festa que só terminará no Brasil. Ou em qualquer outro lugar da Terra. 
Paolo Guerrero e Emerson em disputa com Ivanovic (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

Cássio faz milagres no primeiro tempo
O Corinthians usou a obediência tática para não permitir que o Chelsea tirasse proveito de sua melhor qualidade técnica. O Timão cumpriu à risca o que Tite pediu nos últimos dias e esperou os jogadores da equipe inglesa no campo de defesa para tentar surpreender nos contra-ataques. A estratégia deu certo, mas poderia ter funcionado melhor com mais capricho nas finalizações, principalmente de Emerson.

Os Blues fizeram a bola rodar de lado a lado nos primeiros minutos. Rafa Benítez surpreendeu ao escalar Lampard, Ramires e Moses, dando mais habilidade ao meio de campo e força ao ataque. A mudança em relação à semifinal, porém, deu espaços aos brasileiros. Paulinho, travado por Cahill na finalização, quase marcou após linda jogada entre Fábio Santos e Danilo.

O zagueiro inglês, aliás, foi para os vestiários sem entender o milagre operado por Cássio que salvou o Corinthians de ficar em desvantagem logo no início. Em desvio de cabeça dele, Chicão cortou. No rebote, o próprio grandalhão britânico chutou de bico quase na pequena área para incrível defesa do “Frankenstein” no canto esquerdo.
Cássio salva em cima da linha, após finalização de Cahill (Foto: Reuters)

Mais solto a partir dos 20 minutos, os corintianos foram liderados por um inspirado Paolo Guerrero, longe de ser apenas o centroavante que Tite tanto quis. O peruano brigou, abriu espaço, mas não pôde contar com Emerson. O herói da Libertadores esteve apagado, perdendo grande chance ao receber do camisa 9 sem marcação e não retribuindo a gentileza quando o companheiro aparecia livre na área.

A incredulidade inglesa aumentou perto do fim. Cássio, mais uma vez, arrancou gritos de espanto no estádio. Primeiro, em chute cheio de veneno de Moses, que defendeu com a ponta dos dedos no canto esquerdo. Depois, freou uma finalização de longa distância de Mata. Um gigante. 

Guerrero marca
A cautela corintiana acabou definitivamente no segundo tempo. O Timão voltou do intervalo mais agressivo ofensivamente, com Paulinho se aproximando do trio de ataque. O Chelsea também não se poupou. O resultado foram minutos em que o meio de campo deixou de existir e abriu as defesas. Cássio, de novo, parou Hazard após passe certeiro de Mata.

Embalado pelo incentivo da torcida, o Corinthians passou a controlar o jogo em ritmo cadenciado para envolver a marcação adversária. O gol parecia se aproximar e veio da cabeça do melhor alvinegro em campo na partida. Aos 23, Danilo cortou a marcação e bateu prensado. A bola subiu, caiu e encontrou a cabeça de Guerrero. Desvio simples, gol eterno.

O Chelsea esteve longe de reagir. Benítez imediatamente colocou o brasileiro Oscar na vaga do nigeriano Moses, mas a produtividade seguiu baixa. O Corinthians e agigantou com a vantagem, brigando por cada centímetro de campo e impedindo que os ingleses crescessem novamente.

Nos minutos finais, os Blues ainda tentaram furar. Furaram é bem verdade, mas não por completo. Aos 40 minutos, quando o empate parecia certo, Cássio fez mais uma milagre ao defender chute de Fernando Torres quase na pequena área. Aos 46, o espanhol chegou a marcar, de cabeça - gol corretamente anulado, por impedimento. Era a noite de Cássio. Era a noite do Corinthians bicampeão mundial. 
Guerrero, de cabeça, marca o gol do título do Corinthians (Foto: Reuters)
http://globoesporte.globo.com/futebol/mundial-de-clubes/noticia/2012/12/o-mundo-e-dos-loucos-timao-bate-o-chelsea-o-leva-o-bi-mundial.html

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac - Poeta/Jornalista/ Patrono do Serviço Militar

Olavo Bilac
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nascimento 16 de dezembro de 1865 -  Rio de Janeiro
Morte 28 de dezembro de 1918 (53 anos) - Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Poeta
Escola/tradição Parnasianismo

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. 
Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.

Conhecido por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era republicano e nacionalista; também era defensor do serviço militar obrigatório.

Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto.
Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. 

Em 1907, foi eleito "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-Fon

Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros"

A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.– Bilac

Biografia
Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de sua mulher Delfina Belmira Gomes de Paula e neto paterno de João Martins dos Guimarães Bilac e de sua mulher Angélica Pereira da Fonseca, irmã do 1.º Visconde de Maricá e 1.º Marquês de Maricá, era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a idade exigida - autorização especial de ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai e a contra gosto próprio, que era médico da então Guerra do Paraguai.

Começa a frequentar as aulas, mas seu trabalho da redação da Gazeta Acadêmica absorve-o mais do que a sisuda anatomia. Do mesmo modo, no tempo de colégio, deliciara-se com as viagens que os livros de Júlio Verne lhe ofereciam à fantasia. No menino e no jovem já se manifestavam as marcas de sua paixão futura: o fascínio poder criador da palavra.

Bilac não concluiu o curso de Medicina e nem o de Direito que frequentou posteriormente, em São Paulo. Bilac foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boêmias e literárias do Rio. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e políticos da época conduziram-o a um cargo público: o de inspetor escolar.

Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, no Diário de Notícias. No ano de 1897, Bilac acabou perdendo o controle do seu Serpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada da Tijuca, no Rio de Janeiro,sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente automobilístico no Brasil.

Aos poucos profissionaliza-se: produz, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas. Visa contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse de Floriano Peixoto, intelectuais perdem seu protetor, dr. Portela, ligado com o primeiro presidente republicano Deodoro da Fonseca. Fundado O Combate, órgão antiflorianista e a instalação do estado de sítio, Bilac é preso e passa quatro meses detido na Fortaleza da Laje, no RJ.

O grande amor de Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poeta Alberto de Oliveira. Chegaram a ficar noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva, desconfiado de que o poeta era um homem sem futuro. Seu segundo noivado fora ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa. Viveu só sem constituir família até o fim de seus dias.

Escreveu diversos livros escolares, ora sozinho, ora com Coelho Neto ou com Manuel Bonfim.

Participação cívica e social
Já consagrado em 1907, o autor do Hino da Bandeira é convidado para liderar o movimento em prol do serviço militar obrigatório, já matéria de lei desde 1907, mas apenas discutido em 1915. Bilac se desdobra para convencer os jovens a se alistar.

Já no fim de sua vida, em 1917, Bilac recebe o título de professor honorário da Universidade de São Paulo. E talvez seja considerado um professor mesmo: dos contemporâneos, leitores de suas crônicas e ouvintes de sua poesia; dos que se formaram na leitura de seus livros escolares; de modo geral, dos que até hoje são enfeitiçados por seus poemas.

É como poeta Bilac que se imortalizou. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do Parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.

Discurso de 1907
Ao tomar palavra no banquete-homenagem que lhe fora oferecido a 3 de dezembro de 1907, Bilac enfatizaria o fato de ser sua figura representativa de toda uma geração:

" O que estais, como brasileiros, louvando e premiando nesta sala, é o trabalho árduo, fecundo, revolucionário, corajoso da geração literária a que pertenço, e o papel definido, preciso, dominante, que essa geração conquistou com o seu labor, para o homem das letras, no seio da civilização brasileira…

Que fizemos nós? Fizemos isto: transformamos o que era até então um passatempo, um divertimento, naquilo que é hoje uma profissão, um culto, um sacerdócio: estabelecemos um preço para nosso trabalho, porque fizemos desse trabalho uma necessidade primordial da vida moral e da civilização de nossa terra.."

Principais obras
Membros da Academia de Letras: Olavo Bilac é o quarto em pé, da esquerda para a direita.

Dentre outros escritos de Bilac, destacam-se:
Antologia poética
Através do Brasil
Conferências literárias (1906)
Contos Pátrios
Crítica e fantasia (1904)
Crônicas e novelas (1894)
Dicionário de rimas (1913)
Ironia e piedade, crônicas (1916)
Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa.
Livro de Leitura
Poesias (1888)
Tarde (1919) - Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957)
Teatro Infantil
Tratado de Versificação - em colaboração com Guimarães Passos
Tratado de versificação (1910)

Língua Portuguesa

"No poema Língua Portuguesa, o autor parnasiano Olavo Bilac faz uma abordagem sobre o histórico da língua portuguesa, tema já tratado por Camões. Este poema inspirou outras abordagens, como o poema 'Língua', de Gilberto Mendonça Teles e 'Língua', de Caetano Veloso.Esta história é contada em quatorze versos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos – um soneto – seguindo as normas clássicas da pontuação e da rima.Partindo para uma análise semântica do texto literário, observa-se que o poeta, com a metáfora 'Última flor do Lácio, inculta e bela', refere-se ao fato de que a língua portuguesa ter sido a última língua neolatina formada a partir do latim vulgar – falado pelos soldados da região italiana do Lácio.

No segundo verso, há um paradoxo: 'És a um tempo, esplendor e sepultura'. 'Esplendor', porque uma nova língua estava ascendendo, dando continuidade ao latim. 'Sepultura' porque, a partir do momento em que a língua portuguesa vai sendo usada e se expandindo, o latim vai caindo em desuso, 'morrendo'.No terceiro e quarto verso, 'Ouro nativo, que na ganga impura / A bruta mina entre os cascalhos vela', o poeta exalta a língua que ainda não foi lapidada pela fala, em comparação às outras também formadas a partir do latim.O poeta enfatiza a beleza da língua em suas diversas expressões: oratórias, canções de ninar, emoções, orações e louvores
'Amo-te assim, desconhecida e obscura,/ Tuba de alto clangor, lira singela'. Ao fazer uso da expressão 'O teu aroma/ de virgens selvas e oceano largo', o autor aponta a relação subjetiva entre o idioma novo, recém-criado, e o 'cheiro agradável das virgens selvas', caracterizando as florestas brasileiras ainda não exploradas pelo homem branco. Ele manifesta a maneira pela qual a língua foi trazida ao Brasil – através do oceano, numa longa viagem de caravela – quando encerra o segundo verso do terceto.

Ainda expressando o seu amor pelo idioma, agora por meio de um vocativo, 'Amo-te, ó rude e doloroso idioma', Olavo Bilac alude ao fato de que o idioma ainda precisava ser moldado e, impor essa língua a outros povos não era um tarefa fácil, pois implicou destruir a cultura de outros povos.

No último terceto, para finalizar, quando o autor diz: 'Em que da voz materna ouvi: 'meu filho'!/ E em que Camões chorou, no exílio amargo/ O gênio sem ventura e o amor sem brilho', ele utiliza uma expressão fora da norma ('meu filho') e refere-se a Camões, quem consolidou a língua portuguesa no seu célebre livro 'Os Lusíadas', uma epopeia que conta os feitos grandiosos dos portugueses durante as 'grandes navegações', produzida quando esteve exilado, aos 17 anos, nas colônias portuguesas da África e da Ásia. Desse exílio, nasceu 'Os Lusíadas', uma das oitavas epopeias do mundo." 
Língua Portuguesa.
Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho! 

Olavo Bilac traduziu as famosas travessuras de Max und Moritz de Wilhelm Busch, do alemão para o português: Juca e Chico (obra ilustrada, integral, disponível gratuitamente online).

Olavo Bilac já foi retratado como personagem no cinema e na televisão
Na televisão foi interpretado por Rui Minharro na minissérie Chiquinha Gonzaga, minissérie transmitida pela Rede Globo em 2002.
No cinema, foi interpretado por Carlos Alberto Riccelli no filme Brasília 18%, filme produzido pela Globo Filmes em 2006.

Referências
Olavo Bilac:patrono do Serviço Militar. 16ª circunscrição de serviço militar. Página visitada em 17 de dezembro de 2010.
Eduardo Fernandes Paes (2000). Nossa língua, nossa pátria (em português). Intervox.nce.ufrj.br. Página visitada em 23 de janeiro de 2010.
LESSA, Kathleen. Kaleidoscópio Literário. Kathleenlessa.prosaeverso.net.
Eduardo Fernandes Paes (2000). Nossa língua, nossa pátria - "Última flor do Lácio, inculta e bela" (em português). Intervox.nce.ufrj.br. Página visitada em 23 de janeiro de 2010.
Paula Perin dos Santos (2009). Análise do poema "Língua Portuguesa (em português). Infoescola.com. Página visitada em 23 de janeiro de 2010.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_Bilac

A votação para o Prêmio Brasil Olímpico 2012 está aberta

Vote e eleja o atleta do ano. A votação irá até o dia 18 de dezembro e o resultado será divulgado no Prêmio Brasil Olímpico 2012.
Clique sobre a imagem e saiba+
Sarah Menezes Prêmio Brasil Olímpico- Feminino

16/12 - Regulamentação da profissão de Radialista

Clique sobre e saiba + Lei 6.615, de 16 de dezembro de 1978. - Presidência da República

Dispõe sobre a regulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências.

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DECRETO Nº 84.134, DE 30 DE OUTUBRO DE DE 1979