domingo, 25 de novembro de 2012

Assaltantes fugiram em moto sem placa

25/11/2012
Juiz de Fora-Praça Artur Bernardes-Vale dos Bandeirantes
No início da noite desse sábado(24), três operadoras de caixas de um mercado foram assaltadas. 
Policiais militares registraram que dois indivíduos adentraram no estabelecimento comercial, um deles portando um revólver.
Estariam em uma motocicleta da marca Yamaha, cor preta, sem a placa e subtraíram entre R$2.000 e R$2.500. 
O sistema de monitoramento do mercado apresentava defeito e os autores seguiram em direção ao local conhecido por Corte de Pedra.

Assaltante de drogaria fugiu de bicicleta

25/11/2012
Juiz de Fora - Avenida dos Andradas - Morro da Glória
Na madrugada do sábado(24), policiais militares registraram mais uma ocorrência de assalto a drogaria.
A vítima,31, funcionária da drogaria narrou que foi surpreendida por um indivíduo negro, obeso, usando um boné, camisa com listras e que teria aproximadamente 1,75 m de altura.
O autor estaria de posse de uma faca, tipo de açougueiro,com o cabo branco, fez ameaças, subtraiu R$463,03 e evadiu a pé.
Informações de populares davam conta de que o criminoso teria montado em uma bicicleta que estava nas proximidades e não foi mais visualizado.

PCC realizou `batismos´ de 90 novos integrantes em Minas

Publicado no Jornal OTEMPO em 25/11/2012

FOTO: ALEX FALCÃO/ESTADÃO CONTEÚDO - 17.11.2012

SÃO PAULO. Nascida e gerida a partir dos presídios de São Paulo, a maior organização criminosa brasileira vive um momento de franca expansão e já conta com representantes em 21 Estados e no Distrito Federal, além de Paraguai e Bolívia. A facção movimenta pelo menos R$ 72 milhões anuais com o comércio de drogas e mensalidades pagas por 13 mil integrantes, dos quais 6.000 estão em presídios paulistas, 2.000 nas ruas de São Paulo e 5.000 em outros Estados, segundo relatório reservado da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.

A expansão para outros Estados estava prevista desde os primeiros estatutos da organização, mas ganhou força nos últimos dois anos, de acordo com levantamentos dos órgãos de inteligência. Desde julho do ano passado, promotores trocam informações sob o comando do Grupo Nacional de Combate a Organizações Criminosas (GNCOC). Os dados obtidos pelo grupo mostram que apenas entre janeiro e setembro de 2011 foram realizados 90 "batismos" de novos integrantes em Minas Gerais e 56 na Bahia, Estados que mais se destacam pelo crescimento da organização em seus presídios.

Houve aumento significativo também no Mato Grosso do Sul (45), Paraná (27), Estados estratégicos em função do fornecimento de drogas via Paraguai e Bolívia, além de Espírito Santo (30) e Pernambuco (21).

Principal responsável pela atual crise de segurança em São Paulo, a mensagem espalhada entre os integrantes da facção cobrando a morte de dois policiais para cada integrante assassinado nas ruas foi captada em 8 de agosto, mas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) só admitiu a existência da guerra entre o grupo e a polícia 83 dias depois, em 30 de outubro. Atualmente, 135 das 152 unidades prisionais de SP são controladas pela organização. Em reunião dia 6 de novembro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, revelou a Alckmin preocupação com a expansão do grupo pelo país.

No entanto, metade dos Estados onde ocorreram "batismos" ignora a presença da organização em seus territórios, apesar do alerta da Senasp. O governo de Minas Gerais disse acreditar que "não há registros de nenhuma facção criminosa, ao longo da história, nas ocorrências de criminalidade violenta do Estado".

Em nota, a Secretaria de Defesa Social de Minas (Seds) informou ainda desconhecer a metodologia usada no relatório da Senasp, apesar da parceria que o órgão estadual mantém com a Promotoria de Combate ao Crime Organizado no Estado, uma das mais atuantes no controle da atuação da facção paulista nos presídios mineiros.

O governo mineiro disse possuir "um sistema de inteligência prisional e policial consistente", que envolve as polícias Militar e Civil, e citou "ações policiais de fronteira organizadas que evitam a invasão de facções ou organizações criminosas".

Principal rota para tráfico de drogas
Rio de Janeiro. A parceria entre integrantes da principal facção criminosa paulista, o PCC, com traficantes cariocas se baseia atualmente no controle das rotas de distribuição de drogas que passam pelo interior de São Paulo com destino ao Rio. 

Informações dos setores de inteligência da Polícia Federal e da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública fluminense indicam que, hoje, facções cariocas como o Comando Vermelho têm nas rotas controladas pelos aliados paulistas a principal fonte de abastecimento de seus pontos de venda de drogas.

Essa dependência é apontada como razão para o derrame de crack em favelas do Rio. Embora atuem fortemente no comércio da droga, os paulistas não permitem que ela seja vendida nos presídios sob seu controle, mas hoje a aliança é vista como negócio e proposta de "fortalecimento mútuo".
http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=216165,OTE

A palavra que salva ou o gesto que mata (ou vem por aí um novo 1937)

domingo, 25 de novembro de 2012 | 04:01

Carlos Chagas

O ano, 1937. As eleições estavam marcadas para dezembro. Nos primeiros dias de novembro os dois principais candidatos mostravam-se apreensivos. Armando de Salles Oliveira, pela oposição, vinha desenvolvendo uma campanha em favor de mudanças fundamentais no comportamento do governo. José Américo de Almeida, governista, adotara uma linguagem também crítica, pregava reformas sociais e denunciava os corruptos, importando-se pouco se localizados no próprio governo.


Do que mais se falava era de um golpe a ser dado de cima para baixo, ou seja, pelo homem que realmente mandava, Getúlio Vargas, disposto a acabar coma farsa pseudo-democrática simbolizada pelas eleições. Até a data do golpe fora marcada: 15 de novembro, numa grotesca comemoração da proclamação da República. Teve que ser antecipada porque todo mundo comentava e já sabia. A imprensa denunciava.

Foi quando os dois candidatos perceberam tudo e redigiram, em conjunto, um manifesto de denúncia. Terminavam com um chamamento às Forças Armadas, esperando delas “a palavra que salva ou o gesto que mata”. Como eram os próprios militares o sustentáculo do golpe, veio o gesto, antecipado para 10 de novembro, pela palavra de Vargas. Anularam-se as eleições, o Congresso e os partidos foram dissolvidos e a Constituição de 1934, rasgada.

Nascia o Estado Novo, alegando seus artífices a iminência da guerra civil pela extremação de conflitos ideológicos e a necessidade da preservação da paz, da segurança e do bem-estar do povo. A mesma conversa de sempre, utilizada por todas as ditaduras para justificar-se perante si mesma, mais do que da nação.

Por que se relembra essa triste história em pleno ano 2012, quando tudo é diferente, tendo o comunismo desaparecido e as Forças Armadas deixado, faz muito, o palco das articulações institucionais?

Pela simples coincidência de que dentro de dois anos teremos a presidente Dilma novamente candidata, agora à reeleição, mas assediada pelos que pretendem ampliar seus espaços de poder quando ouvirem dela estar obrigada a denunciar a corrupção, a não evitar comentários sobre o mensalão, a dizer que sabe onde está o dinheiro e a prometer mudanças no modelo econômico que nos assola. Dentro desse roteiro, não continuará no palácio do Planalto. Com certeza derrotada junto com um candidato da oposição empenhado em anunciar as mesmas alterações.

José Américo de Almeida e Dilma Rousseff tem identidades tão curiosas quanto Armando de Salles Oliveira e Aécio Neves, restando indagar se a ânsia de voltar ao poder a qualquer custo, mesmo afastado teoricamente dele, aproxima Luiz Inácio da Silva de Getúlio Vargas. Ironicamente, aquele que aceitou sem reagir anunciarem o fim da “era Vargas” poderia estar vivendo a compulsão de seguir na mesma senda.

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VAMOS AOS FATOS

Seria bom não partir para a negativa absoluta por conta da nova disposição de muitas peças nesse xadrez do absurdo, porque o tabuleiro e as peças são as mesmas. Antes de rir e chamar de perturbado quem ouse fazer um raciocínio assim, seria bom atentar para os fatos.

Claro que não serão as Forças Armadas a prestar-se ao papel de algozes das instituições democráticas, mas aí estão as forças sindicais mancomunadas com as forças econômicas, dispostas, ambas, a sacrificar qualquer aparência de legalidade institucional em favor de seus interesses. Diante da proximidade de alterações fundamentais no modelo neoliberal e globalizante de ganhar dinheiro, quem duvida de que as classes privilegiadas deixariam de apoiar um golpe para trazer o Lula de volta, se está assentado na ilusão das massas?

Se Dilma e Aécio vierem a prometer, em suas campanhas, acabar com a farra da especulação financeira, com a malandragem das privatizações, os privilégios das elites e a predominância dos interesses internacionais sobre a soberania nacional, estarão abrindo o caminho para o Lula.

Caso anunciem a hipótese de limitar o lucro dos bancos, ou de suspender o pagamento da dívida interna para a realização de ampla auditoria, acontecerá o quê? Mais ainda, se apontarem como saída para extinguir a exclusão social que ainda atinge milhões de brasileiros o estabelecimento do imposto sobre grandes fortunas, ou a participação efetiva dos empregados no lucro das empresas, quem sabe até a taxação do capital estrangeiro especulativo e predador, hesitariam os prejudicados em golpear o processo democrático?

No fundo de tudo, é claro, surgirá alguém que, “em nome da prosperidade, das legítimas aspirações do povo, da paz política e social, da unidade nacional” se disponha a encarnar os privilégios de sempre. Esse alguém já existe. Terá encomendado aos seus companheiros de plantão pareceres a respeito da possibilidade de atropelar Dilma, eliminar Aécio e, por mais sutileza que possa haver em manobras modernas para a obtenção de velhos objetivos, sua motivação permanece a mesma: o poder. Pode vir por aí um outro golpe de 37, mesmo à avessas.

Desta vez, sabe-se também de onde provirá o gesto que mata. Quanto à palavra que salva…
Transcrição do Blog Tribuna da Internet
http://www.tribunadaimprensa.com.br

A CEF, aquela que comprou parte do banco quebrado de Sílvio Santos, investiu R$ 600 milhões em grupo insolvente no último ano do governo Lula

25/11/2012 às 5:43

Lembram-se da Caixa Econômica Federal, aquela estatal que comprou parte do banque quebrado de Sílvio Santos? Então… Leiam o que informam Agnaldo Brito e Julio Wiziack, na Folha:

A Caixa Econômica Federal usou R$ 600 milhões do FI-FGTS para investir na Rede Energia, em 2010, e se tornar sócia de uma companhia insolvente que sofreu intervenção da agência reguladora do setor dois anos depois. O FI-FGTS é um fundo de investimento formado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Dona de oito distribuidoras, a Rede Energia cobre 34% do país, atende 10% da população em seis Estados. Juntos, BNDES e Caixa adquiriram 41% do capital total do grupo. Têm 16% e 25%, respectivamente. O controlador, Jorge Queiroz de Moraes Jr., tem 29%, e o restante está pulverizado no mercado. Hoje, Moraes Jr. negocia a venda de sua participação para a Equatorial Energia e a CPFL por R$ 1.

Os títulos perpétuos da companhia emitidos no exterior estão cotados a 37% de seu valor, mesmo com as negociações em curso. As ações da Caixa e do BNDES despencaram. No caso da Caixa, perderam metade de seu valor.

Curto-circuito
No ano em que a Caixa comprou sua participação na Rede Energia, a elétrica já precisava faturar seis vezes mais para cobrir dívidas, principalmente com governo e fornecedores. Isso sem considerar os investimentos. Se os investimentos fossem incluídos no cálculo, seria preciso um caixa quase 20 vezes maior no final de 2011, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), seis meses antes da intervenção, ocorrida em agosto. Sucessivos prejuízos levaram a atrasos no pagamento de tributos, de encargos setoriais e de fornecedores. Resultado: perda de qualidade de serviço, que culminou no aumento do número de apagões, cada vez mais longos. O Ministério Público Federal do Pará move ação acusando a Aneel de omissão e o grupo de “sucatear” a Celpa.

A distribuidora paraense foi a única que entrou com pedido de recuperação judicial, escapando, assim, da intervenção federal e possibilitando sua venda para a Equatorial Energia por R$ 1. A Celpa era responsável pela maior parte da dívida total. A Aneel não interveio antes nas oito distribuidoras devido à inexistência de legislação. Isso só ocorreu em agosto, com a publicação de medida provisória pelo Ministério de Minas e Energia. Enquanto isso, a situação financeira só se agravou.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Proposta de fim de salário de vereador avança no Senado

25/11/2012 07:49 h

Patrícia Scofield - Do Hoje em Dia

Enquanto em Belo Horizonte se discute o reajuste do salário dos 41 vereadores, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 35/2012 poderá cortar a remuneração dos parlamentares em todas as cidades do país com até 50 mil habitantes. Se aprovada, a proposta poderá gerar, em Minas, uma economia de aproximadamente R$ 345 milhões aos cofres públicos nos 787 municípios com essa faixa populacional, o que representa 92,3% das cidades do Estado.

O valor foi estimado com base em levantamento da Associação Brasileira das Câmaras Municipais (Abracam), mostrando que, em média, os vereadores em Minas recebem salários de R$ 3 mil a R$ 4 mil. O cálculo levou em conta a Emenda Constitucional nº 58, de 2009, que limita em até 13 cadeiras a composição das câmaras de cidades com até 50 mil moradores. Assim, calculou-se quanto é gasto, em salários, com um grupo de dez parlamentares que recebem R$ 3.500 mensais, treze vezes ao ano – considerando-se o 13º salário.

A PEC do senador Cyro Miranda (PSDB-GO) tem relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e parecer quase pronto. Até o fim desta semana, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) deverá entregar a análise, sem grandes alterações no texto. Nos bastidores, a previsão é a de que o relator inclua na matéria o pagamento de dois salários mínimos para os vereadores como espécie de ajuda de custo durante o mandato.

Segundo o senador Cyro Miranda, o objetivo da matéria é dar um “novo papel” ao trabalho dos vereadores nas pequenas cidades. “Os municípios terão quadros de mais qualidade, independentes e voltados para os legítimos interesses da comunidade. Os vereadores se sentirão honrados com a sua nobre função e tomarão a dianteira”, acredita.

Novo modelo
O autor da proposta pondera que pretende levantar o debate sobre a questão. Ele alerta para o fato de os vereadores das pequenas cidades se reunirem de duas a três vezes no mês e receberem “altíssimos” salários. “Estou certo de que o modelo representativo no âmbito municipal precisa ser discutido e reformulado. Começados o debate e a reforma nos pequenos municípios, eles chegarão fatalmente nas esferas estadual e federal. Esse é o propósito”, observa.

Filho de ex-ministro se envolveu em acidente de trânsito, agrediu, tentou subornar, portava drogas e foi preso

25/11/2012


Na manhã desse sábado (24), o filho do ex-ministro Ciro Gomes foi preso depois de se envolver em um acidente de trânsito na área nobre de Fortaleza (CE). 

De acordo com a Polícia Militar, logo após a colisão no cruzamento das ruas Idelfonso Albano e Costa Barros, Ciro Saboya Ferreira Júnior que dirigia um Honda Fit, preto, teria agredido o condutor de um Fox, Prata, e com a chegada da primeira viatura da PM, tentado subornar os agentes, oferecendo R$40,00 para ser liberado.

Ele foi conduzido ao 2° Distrito Policial, na Aldeota, com drogas, bebidas alcoólicas e copos encontrados no veículo que dirigia. Assim que recebeu a notícia, o ex-ministro Ciro Gomes seguiu para a delegacia, onde acompanhou o depoimento do jovem sobre o caso. Enquanto isso, na recepção do prédio, um major da PM exigiu que a imprensa deixasse o local sob pena de prisão por desacato.

O veículo que não estava com o licenciamento pago foi apreendido e o infrator foi submetido ao exame toxicológico.

O delegado geral da Polícia Civil, Luís Carlos Dantas, esteve no 2º DP.

O Coração das Trevas (Joseph Conrad)


O autor Joseph Conrad foi marinheiro durante boa parte de sua vida e muitos sugerem que seu trabalho na Societé Anonyme Belge pour le Commerce du Haut-Congo foi o que lhe deu motivos para escrever O Coração das Trevas. A obra inicialmente publicada em fascículos naBlackwood’s Magazine em 1899 é o 25° volume da Coleção Clássicos Abril, tem tradução de Celso M. Paciornik, é a mesma tradução publicada originalmente pela editora Iluminuras em 2002 e traz um texto suplementar escrito por Heitor Ferraz sobre a vida e obra de Conrad. Texto esse que traz comentários pertinentes sobre fatos da vida do autor e sobre os assuntos tratados na obra e que contribui para enriquecer sua leitura.

“A história de marinheiros têm uma singeleza direta, e todo seu significado cabe numa casca de noz. Mas Marlow não era típico (exceto em seu gosto de contar patranha), e para ele o significado de um episódio não estava dentro, como um caroço, mas fora, envolvendo o relato que o revelava como o brilho revela um nevoeiro, como um desses halos indistintos que se tornam visíveis pelo clarão espectral do luar.”

A bordo do Nellie, encalhado no Tâmisa à espera da próxima maré cheia um narrador nos apresenta outro. É com o trecho a seguir que conhecemos um pouco mais sobre Marlow, uma marinheiro nômade que adora contar histórias e nesta noite isso não seria diferente. Durante o tempo que o Nellie permanece ancorado ele brindará os companheiros com as narrativas de quando trabalhou como capitão em um barco de água doce no continente africano. E como bem observado pelo narrador não narrador, a história não será direta, seu significado não cabe numa casca de noz, pelo contrário a história de Marlow vai sendo revelada camada a camada, um pouco de mistério aqui, um sofrimento acolá, uma observação ácida mais adiante e vamos descobrindo pouco a pouco o quanto a história marcou o protagonista.

Tudo começou quando Marlow começou a trabalhar em uma companhia de comércio na África. Já em sua chegada ao emprego, os primeiros rastros da violência do colonialismo europeu são mostrados, o trabalho escravo forçado, a condenação dos negros a menos que objetos que ao não terem mais uso são descartados sem a menor cerimônia. A história que começa com Marlow sendo o único protagonista sugere aos poucos a presença de outro. Quem é Kurtz? Desde o início da história Conrad carrega esse personagem de tão grande mistério que é impossível não compartilhar o afã de Marlow por conhecer tal figura. E com a chegada dele o cerne da história nos é revelado. A ambição pelo marfim, sua exploração desenfreada e o abastecimento colossal da Europa com o ouro branco. Em meio a uma narrativa que atinge tons lúgubres, Conrad nos mostra a insatisfação e a impotência dos protagonistas Kurtz e Marlow frente às injustiças em prol do comércio e do interesse europeu. O denegrir da alma humana em busca dessa fortuna, o sofrimento impingido aos habitantes do lugar. A transformação do eu no horror encarnado (representado aqui na figura de Kurtz) para aqueles que pagaram com a vida pelo comércio do marfim.
A obra inspirou Francis Ford Coppola em seu filme Apocalypse Now de 1979. Nessa adaptação Coppola substitui o colonialismo europeu pela Guerra do Vietnã, o Congo pela Camboja, mas a crítica ao intervencionismo desregrado que não respeita a soberania de um país está presente.
http://feanari.wordpress.com/2012/04/11/o-coracao-das-trevas-joseph-conrad/

#Joseph Conrad, de nome de baptismo Józef Teodor Nałęcz Korzeniowski (Berdyczew, 3 de dezembro de 1857 – Bishopbourne, 3 de agosto de 1924) foi um escritor britânico de origem polaca. Muitas das obras de Conrad centram-se em marinheiros e no mar.

Presos que lerem Dostoiévski terão pena reduzida em comarca de SC. Projeto da Vara Criminal de Joaçaba prevê redução de quatro dias da pena.

24/11/2012 Atualizado em 25/11/2012 00:00 h
Géssica Valentini
Do G1 SC
Detentos voluntários receberam um exemplar do livro,acompanhado de um dicionário (Foto: TJSC/Divulgação)

Um projeto da Vara Criminal de Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina, prevê a redução de até quatro dias na pena de detentos que lerem obras clássicas, de autores como Fiódor Dostoiévski. A proposta, chamada 'Reeducação do Imaginário', é coordenada pelo juiz Márcio Umberto Bragaglia e iniciou na manhã dessa sexta-feira (23). 

De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ) do estado, a proposta consiste na distribuição dos livros aos apenados da comarca. Posteriormente, magistrado e assessores vão realizar entrevistas. "Os participantes que demonstrarem compreensão do conteúdo, respeitada a capacidade intelectual de cada apenado, poderão ser beneficiados com a remição de quatro dias de suas respectivas penas", explica o TJ.
Apenados receberam o livro na sexta-feira (23),em Joaçaba
 (Foto: TJSC/Divulgação)

“O projeto visa a reeducação do imaginário dos apenados pela leitura de obras que apresentam experiências humanas sobre a responsabilidade pessoal, a percepção da imortalidade da alma, a superação das situações difíceis pela busca de um sentido na vida, os valores morais e religiosos tradicionais e a redenção pelo arrependimento sincero e pela melhora progressiva da personalidade, o que a educação pela leitura dos clássicos fomenta”, explicou o juiz Bragaglia.

O primeiro módulo prevê a leitura de 'Crime e Castigo', de Fiódor Dostoiévski. No segundo módulo, os apenados devem ler 'O Coração das Trevas', de Joseph Konrad. Depois, estão previstas obras de autores como William Shakespeare, Charles Dickens, Walter Scott, Camilo Castelo Branco, entre outros. Os livros serão adquiridos em edições de bolso, com verbas de transação penal destinadas ao Conselho da Comunidade.

Na manhã de sexta (24), os participantes do projeto, todos apenados voluntários do Presídio Regional de Joaçaba, receberam uma edição de 'Crime e Castigo', acompanhada de um dicionário de bolso. As avaliações estão previstas para ocorrer após 30 dias. Ainda conforme o TJ, o projeto tem o apoio do Ministério Público de Santa Catarina.

25 de novembro é o Dia: do Doador Voluntário/ Internacional pela Eliminação da violência/Madrinha e saiba + em Wikipédia

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