segunda-feira, 15 de julho de 2024

Sem apoio da base de Zema, ‘teto de gastos’ tem votação adiada na ALMG

15/07/2024 às 19:19



Servidores marcaram presença nas galerias da ALMG e protestaram contra aprovação de projetos - Daniel Protzner / ALMG

O projeto que cria o “teto de gastos” para o governo de Minas Gerais não chegou a ser votado em reunião marcada para a noite desta segunda-feira (15). Sem número suficiente de deputados da base do governo estadual para aprovar a matéria, o líder de governo, deputado João Magalhães (MDB) pediu o encerramento da sessão.

Mais cedo, por 33 votos a favor e 20 contrários, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em primeiro turno, o projeto de lei que permite ao governo aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O segundo item da pauta era o PLC do Teto de Gastos, mas a proposta precisa de maioria qualificada para ser aprovada, ou seja, votos favoráveis de 39 parlamentares, mais do que o RRF teve em sua votação.

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 38/2023, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), é pré-requisito para o Regime de Recuperação Fiscal. Começou a tramitar em novembro do ano passado após ter sido desmembrado.

O líder do governo Zema na Assembleia, deputado João Magalhães (MDB) minimizou o fato de o PLC não ter sido votado em plenário e justificou a ausência de deputados da base.

“Alguns deputados programaram de viajar com a família e não havia como desmarcar”, afirmou.

O que é o teto de gastos

O teto de gastos previsto no projeto significa limitar o crescimento das despesas primárias do governo do Estado ao índice de inflação medido no ano anterior. As despesas primárias são os gastos realizados pelo Executivo estadual para garantir a prestação de serviços públicos, como a saúde, educação, segurança pública, assistência social, dentre outros.

Com o projeto, as despesas previstas para um ano serão travadas em um “teto”, que dependerá do resultado da inflação medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

https://www.itatiaia.com.br/politica/2024/07/15/sem-apoio-da-base-de-zema-teto-de-gastos-tem-votacao-adiada-na-almg

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