Por Joubertt Teles
08/08/2023 às 17:25
O presidente afastado da Santa Casa de Juiz de Fora, Renato Loures
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou, na última semana, o presidente do Conselho de Administração da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Renato Vilela Loures. Ele é acusado de desvio apropriação de valores públicos e particulares da entidade hospitalar no valor de mais de R$ 8 milhões, feitos a partir de múltiplos contratos firmados com empresas de arquitetura das quais a filha e o genro são sócios. O casal, Moema False Loures e Fábio Gonçalves Cardoso, também foi denunciado.
Os contratos foram feitos entre outubro de 2012 e junho de 2023. Conforme o Ministério Público, os três vão responder pelos crimes de associação criminosa e peculato, além de simulações de contratos celebrados entre o hospital e uma das referidas empresas. A filha do presidente da Santa Casa vai responder, ainda, por falsificação de documentos.
Conforme a promotoria, as empresas contratadas por parte da Santa Casa não detinham expertise em arquitetura hospitalar. Além disso, os contratos foram celebrados sem possibilidade de qualquer cotação de mercado e, portanto, sem visar a obtenção da melhor oferta em termos de qualidade e preço.
O MP pediu que a Justiça decrete a perda de cargos que os denunciados estejam eventualmente exercendo. Os contratos foram cautelarmente suspensos a partir de junho de 2023, mês no qual o Ministério Público realizou a operação No Mercy.
Por meio de nota a Santa Casa de Misericórdia informou que vai seguir colaborando plenamente com as autoridades competentes durante o processo. Conforme o posicionamento, a instituição confia na justiça e vai aguardar os trâmites com serenidade. Nossa reportagem entrou em conato com a defesa dos três citados, que afirmou que denúncia não é verdadeira e que não houve desvios, mas efetiva prestação de serviços.
https://www.itatiaia.com.br/editorias/cidades/2023/08/08/mp-denuncia-presidente-da-santa-casa-de-juiz-de-fora-suspeito-de-desviar-r-86-milhoes
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