Foto: Cristiane Mattos / O Tempo
Isabelly Morais | @superfcoficial
01/03/20 - 17h58
Antes de entrar em campo contra o Uberlândia, neste domingo (1°), o cenário do Cruzeiro era de uma colocação fora da zona de acesso às semifinais do Campeonato Mineiro. Vindo de uma sequência de três jogos sem vencer, era clara a necessidade de uma vitória no Mineirão. Com direito a defesa de pênalti nos acréscimos, a Raposa bateu o time do Triângulo Mineiro por 2 a 1 e voltou para o G4, mas ainda pode ser ultrapassada pelo Atlético e manter o panorama do início da sétima rodada.
Os olhares da torcida do Cruzeiro miravam Marcelo Moreno, que fazia sua estreia na temporada 2020 com a camisa da Raposa. De volta para sua terceira passagem, o boliviano vestiu a camisa 9 e atuava da forma como manda a numeração, mais próximo do gol do Uberlândia. As investidas cruzeirenses em campo também miravam o atacante, que gerava uma agitação da torcida cada vez que se aproximava da bola.
Apesar da expectativa em ver o gol do experiente Moreno, a estrela que brilhou para abrir o placar foi a do jovem Pedro Bicalho, de 18 anos. Escolhido para compor a trinca de volantes pelo meio, o atleta aproveitou justamente um passe do boliviano para dar a vantagem ao time celeste. A partida contra o Uberlândia foi apenas o segundo jogo de Pedro como titular no Cruzeiro.
A vantagem celeste no marcador acomodou as ações do Cruzeiro. Do outro lado, o time de Luizinho Lopes também não levava tanto perigo. Sob chuva fina do Mineirão, a torcida foi vendo uma partida morna e sem muitos atrativos, o que não dialogava com a necessidade de ambos os times de saírem de campo com vitória. Enquanto a Raposa iniciou o duelo fora do G-4, o time do Triângulo Mineiro respirava um meio de tabela bastante incômodo.
O técnico Adilson Batista tem usado o Campeonato Mineiro para testar formações, e a presença de Moreno em campo deixou claro que a liderança do atacante de 32 anos vai influenciar também no jeito do time jogar. Mas, se o boliviano surgiu para ajudar a solucionar carências do ataque, a atenção de Adilson também precisa mirar a defesa. A igualdade no placar veio com gol de Jhulliam, camisa 9 do Uberlândia, que conseguiu sair da marcação da zaga do Cruzeiro com facilidade para emendar bola vinda de uma cobrança de escanteio.
Pouco democrático nas jogadas, o Cruzeiro até tentava distribuir bolas pelos lados de campo, mas parava na pouca ousadia de seus laterais. Especialmente no corredor esquerdo, João Lucas mostrou ao técnico cruzeirense mais uma vez a necessidade de um atleta mais consistente para a sua posição e foi o principal alvo da impaciência da torcida.
Escolha de Adilson para o lugar de Cacá na zaga, Arthur amenizou a aflição que tomava a torcida do Cruzeiro ao colocar o time à frente aos 43 do segundo tempo. O tento do zagueiro parecia estabelecer o alívio do reencontro com a vitória, mas um pênalti dois minutos depois voltou a colocar o nervosismo nas arquibancadas. Diogo Peixoto parou na defesa de Fábio e deu certa tranquilidade a Adilson, que ainda busca uma identidade para o Cruzeiro em 2020.
Sequência. O Cruzeiro vai dar uma pausa no Campeonato Mineiro para enfrentar o Boa Esporte, na quarta (4), às 21h30, pela segunda fase da Copa do Brasil. Em jogo único, quem vencer avança, e a disputa vai para os pênaltis em caso de empate. A Raposa vai retomar sua atenção ao Estadual no sábado (7), com um clássico diante do Atlético, no Independência.
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