O caso da morte de Ágatha dificilmente será elucidado
Carlos Newton
A morte da menina Ágatha Felix não pode desmoronar a política de combate à criminalidade nas favelas dos morros e do asfalto, hoje dominadas pelas facções criminosas ou pelas milícias, que são tão nefastas quanto os narcotraficantes e conseguiram até transformar as comunidades em empreendimentos imobiliários, vejam a que ponto de esculhambação chegamos no Brasil. Agora, o que se espera é que o poder público mantenha o rigor contra o crime, mas adote medidas acautelatórias.
O mesmo problema vivido hoje nas grandes cidades brasileiras ocorre em outros países, inclusive em nações mais desenvolvidas e com maior nível de bem-estar e menor nível de desigualdade social, como a Suécia, que sofre os efeitos perversos da imigração.
EM ESTOCOLMO – Circula na internet um vídeo revelador. É uma mensagem do chefe de Polícia de Estocolmo, pedindo aos moradores da capital que não entrem em determinados bairros, onde não há segurança, porque estão dominados por quadrilhas que impedem o ingresso das viaturas policiais.
Na nossa matriz, os Estados Unidos, os policiais enfrentam o mesmo problema do Brasil e estão sempre no alvo dos defensores de direitos humanos, que os acusam de violência excessiva e de racismo. Para enfrentar essas denúncias, que na maioria dos casos são subjetivas, as ações passaram a ser filmadas, com minicâmaras instaladas no uniforme, boné ou capacete do policial.
Acredito que seja a melhor solução. Os equipamentos usados na matriz USA não custam caro e mostram o que realmente aconteceu. Aqui na sucursal Brazil, nessas operações em comunidades. as câmaras devem ser utilizadas pelos 20 policiais que vão na linha de frente, em atos heroicos do dia a dia – e são sempre os mesmos, porque as corporações policiais também abrigam covardes e fujões, que não se arriscam e sonham com o serviço administrativo.
RECONSTITUIÇÃO – Se os PMs do Rio usassem essas câmaras, poderíamos fazer a reconstituição da morte de pequena Ágatha. E assim saberíamos com certeza se as balas perdidas partiram das armas dos policiais, conforme a mídia denuncia invariavelmente, ou se foram os próprios criminosos que atiraram propositadamente na menina e na sua mãe, para atrapalhar a operação – uma hipótese que a mídia jamais aventou nem aventará. Os jornalistas sempre culpam os PMs, as balas perdidas são sempre atribuídas a eles pelas próprias comunidades.
O que não se pode admitir é que moradores continuem a ser vitimados e os policiais serem apressadamente responsabilizados por essas mortes, e sem direito a defesa, porque a própria imprensa denuncia, julga e condena.
Ser PM no Brasil é a profissão mais perigosa do mundo. Eles saem de casa sem saber se voltarão. Nos últimos dias morreram dois aqui no Rio.
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P.S. – Os heróis que sobem os morros em inferioridade, enfrentando tiros de cima para baixo, são sempre os mesmos e arriscam as vidas diariamente. Outro detalhe é que a PM está sofrendo invasão de mulheres, que passam no concurso, mas a maioria não tem vocação policial. Diante dessa realidade, é preciso haver mais rigor no exame físico, caso contrário a PM vai perder a capacidade de ação.
P.S. 2 – Nessa terça-feira, dia 24, uma menina de 11 anos e uma mulher foram baleadas no Morro da Mineira, quando não havia policiais nem operação no local. (C.N.) Posted in C. Newton - http://www.tribunadainternet.com.br/quem-matou-a-menina-agatha-de-8-anos-foi-mesmo-a-pm-ou-os-narcotraficantes/
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