Por G1 Zona da Mata e MGTV
06/01/2018 15h50
Macaco é encontrado morto em rua de bairro em Juiz de Fora
Um macaco foi encontrado morto na Rua Professor Lander, no Bairro Vitorino Braga, na manhã deste sábado (6) em Juiz de Fora. Os moradores entraram em contato com a TV Integração. Prefeitura e Polícia Militar de Meio Ambiente foram acionados para atender o caso.
O animal foi recolhido, mas a Prefeitura informou que não foi possível encaminhar material para exames em Belo Horizonte.
"A Secretaria de Saúde enviou equipe ao local e recolheu o animal, que se encontrava em avançado estado de decomposição e precisou ser descartado no aterro sanitário, não sendo possível retirada de material para análise", explicou a secretaria por meio de nota enviada ao G1.
Moradores encontraram macaco morto em rua do Bairro Vitorino Braga, em Juiz de Fora, neste sábado (6) (Foto: Daniel Torres/G1)
A secretaria informou ainda que, independente do descarte do animal, serão adotados, provavelmente a partir de segunda-feira (8), todos os procedimentos recomendados pelo Ministério da Saúde em casos como este, como a intensificação da vacinação em uma área de 1 km da região e com a aplicação de inseticida através de UBV no raio de 150 metros do local.
Além disso, recomenda-se que os moradores da região que ainda não foram vacinados procurem a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa porque todas estão abastecidas com a vacina.
Por causa de outro macaco encontrado morto no Museu Mariano Procópio na quarta-feira (3), a instituição foi fechada preventivamente por 30 dias, à espera do laudo da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, sobre a causa da morte.
A Secretaria de Saúde iniciou as medidas preventivas, incluindo aplicação de inseticida no parque e no bosque do Museu e também a busca ativa e a vacinação das pessoas que ainda não estão imunizadas contra a doença. Na próxima semana, haverá mais postos à disposição dos moradores nos bairros Manoel Honório, Santa Terezinha e Democrata, conforme anunciado pela Prefeitura nesta sexta-feira (5).
De acordo com a Prefeitura, não houve casos de morte de febre amarela em humanos na cidade. No entanto, 63 primatas tiveram morte notificada em 2017.
Em 40 desses animais foi possível coletar material para o exame que detecta a causa da morte, três, encontrados nos bairros São Pedro e Aeroporto, deram positivo para febre amarela. Não foi possível fazer a coleta dos demais 23 animais por causa do estado de decomposição.
Moradores encontraram macaco morto em rua do Bairro Vitorino Braga, em Juiz de Fora, neste sábado (6) (Foto: Daniel Torres/G1)
Medidas preventivas
De acordo com o Museu Mariano Procópio, a instituição tem 72.800 metros quadrados de área, incluindo imóveis, parque e bosque. O último levantamento apontou média de 794 visitantes no parque e 150 na Galeria Maria Amália, no prédio Anexo, onde está em cartaz a exposição "O Esplendor das Formas".
A assessoria apontou que não há registros de quantos primatas vivem no local, porque os animais costumam circular na região. O macaco encontrado morto estava no parque há pouco tempo e pode ter vindo de uma mata próxima.
A secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, lembrou que o macaco não transmite a febre amarela. Portanto, as pessoas não devem matar ou maltratar o animal. "Eles são um sinalizador de ações que a gente tem que fazer, manter os macacos vivos é o melhor".
Aplicação de inseticida no Museu Mariano Procópio, após macaco ser encontrado morto na instituição, em Juiz de Fora
(Foto: Carlos Mendonça/Prefeitura de Juiz de Fora)
Desde quinta-feira (4), começou a aplicação de inseticida Ultra Baixo Volume (UBV) nas áreas próximas, dentro de um raio de 150 metros. Um posto volante está funcionando no Centro Cultural Dnar Rocha, das 8h às 17h, sem hora de almoço para atender quem mora ou trabalha na região do Mariano Procópio, e ainda não foi imunizado, como explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida.
"Estamos com cinco equipes volantes na região. Abrimos o raio de um quilômetro a partir do ponto onde encontramos o animal, para fazer a intensificação da vacina e verificação do cartão vacinal. A gente pretende fazer um porta-a-porta, verificando nas residências se todas as pessoas estão vacinadas e as que não estiverem serão imunizadas", disse.
Neste primeiro momento, estão disponíveis 18 mil vacinas em todas as Unidades Básica de Saúde (UBSs), PAM Marechal, Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente e no Departamento de Saúde do Idoso. Se houver necessidade, o Estado poderá enviar mais unidades a Juiz de Fora.
A Prefeitura ressaltou que, de acordo com orientações do Ministério da Saúde, é indicada a aplicação apenas uma vez durante toda a vida, independente do tempo em que o indivíduo recebeu a vacina. Ou seja, quem já foi imunizado, não precisa de nova dose.
De acordo com a Prefeitura, no ano passado, houve ações de combate à febre amarela, que incluíam um dia especial de imunização em março. Em 2017, o município protegeu quase 90% do público-alvo indicado para vacinação: indivíduos de 9 anos a 59 anos. Gestantes e idosos acima de 60 anos precisam de autorização médica. No total, foram aplicadas 453.685 doses na cidade.
"Não é questão de alarme. Quem tomou vacina uma vez na vida já está imunizado. Como a gente já em 90% da população imunizada, estamos muito tranquilos. Temos vacinas para todas as pessoas que faltam", ressaltou a secretária de Saúde, Elizabeth Jucá.
Também foi solicitado que a população mantenha as medidas de combate ao Aedes aegypti. O mosquito é transmissor da febre amarela para os humanos, além da dengue, zika e chikungunya.
"A precaução que estamos tomando envolve também os agentes de endemia na região, que continuam fazendo trabalho de educação e saúde e visitação nas casas para verificação de focos", reiterou Rodrigo Almeida.
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