sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Família consegue arrecadar R$ 40 mil para pagar cirurgia de bebê em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

20/10/2017 10h04
Família de Juiz de Fora conseguiu arrecadar R$ 40 mil para pagar cirurgia de bebê (Foto: Reprodução/Facebook)

Foi uma corrida contra o tempo, mas deu certo. A família da bebê Alice Aparecida Melquiades Nascimento, de Juiz de Fora, divulgou que conseguiu arrecadar os R$ 40 mil necessários para pagar a cirurgia particular dela, que foi diagnosticada recentemente com cranioestenose na modalidade dolicocefalia. A meta foi alcançada na última quarta-feira (18), mesmo dia em que a Alice completou nove meses, o prazo ideal para que ela seja operada.

"A gente estava acompanhando os valores arrecadados na conta para as doações, algumas rifas em andamento e a vaquinha online. Quando ficamos sabendo, ficamos perplexos. Até então, a gente não sabia que isso ia tomar uma proporção tão grande, pelo pouco tempo de divulgação. Foi muito rápido. Toda a família está muito feliz", disse a mãe, Bianca Martins Melquíades, ao G1.

O ideal é que a cirurgia para a reabertura da fissura que permite o desenvolvimento do cérebro do bebê seja feita até os nove meses. Por isso, a prioridade agora é providenciar a operação.

"A gente vai entrar em contato com o médico, marcar uma nova consulta e um novo retorno. Ele vai passar o que a gente precisa fazer, provavelmente novos exames e o hospital, porque têm dois que fazem a cirurgia particular. Vamos seguir em frente. Agora é pedir a Deus e que todos rezem para dar tudo certo na cirurgia", falou Bianca Melquíades.

Ela também aproveitou para reiterar os agradecimentos da família a todos que participaram de alguma forma da mobilização.

"Muito obrigada a cada um, sem exceção, que pode doar um pouco, doar um valor mais alto, quem passou palavras de conforto e de esperança, falando para a gente que ia dar tudo certo. Isso só aconteceu com as orações e a contribuições de todo mundo", afirmou Bianca.
Família de Juiz de Fora divulgou nas redes sociais que conseguiu R$ 40 mil para operar Alice (Foto: Reprodução/Facebook)

Mobilização nas redes sociais
Alice é a segunda filha de Bianca com o marido Carlos Eduardo. Juntos há dez anos, eles são pais de outra menina de 7 anos. Bianca tem ainda um filho de 17 anos.

De acordo com as informações que os pais receberam do neurologista, a cranioestenose é a fusão prematura desta fissura e a dolicocefalia é que o fechamento foi da parte posterior ao topo da cabeça.

A menina foi diagnosticada recentemente, durante consulta com a pediatra, que encaminhou para um neurologista. Ele explicou aos pais que o único tratamento é a cirurgia, preferencialmente até os nove meses para evitar complicações.
Alice é a filha caçula de Bianca e Carlos Eduardo 
(Foto: Bianca Martins Melquíades/Arquivo Pessoal)

A família não tem plano de saúde e então se deparou com o segundo desafio: a cirurgia não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora. Até iniciaram os procedimentos para solicitar a cirurgia via Justiça, com o laudo do médico explicando a gravidade e a urgência do caso, mas a resposta poderia não chegar a tempo. A alternativa era pagar pelo procedimento particular e veio o terceiro desafio: conseguir levantar o recurso necessário.

"Para ser operada pelo SUS, ela teria que entrar em fila de espera em hospitais no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Nós não temos tempo. Procuramos o especialista em Juiz de Fora. A gente não tem plano de saúde e esperava que a cirurgia ficasse em uns R$ 10 mil, seria complicado, mas a gente conseguiria apertar e dar um jeito. Quando ele falou que seria R$ 40 mil, a gente percebeu que seria quatro vezes mais complicado", comentou a mãe.

Passado o choque com o diagnóstico, a família levou o susto com o valor da cirurgia, a família se uniu e começou na última terça-feira (10), via divulgação em redes sociais, a mobilização em diferentes frentes para levantar o recurso.

"Por isso, a família montou grupo em aplicativo de mensagens, decidiu tornar público nas redes sociais e várias pessoas iniciaram diferentes iniciativas para levantar os recursos. A gente vê muitas coisas ruins nas redes sociais, mas tem esse lado positivo também. Muita gente se sensibilizou. Recebemos contato de várias pessoas que queriam entender o caso e que prometeram ajudar da forma como podem", comentou Bianca Melquíades.

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