Cruzeiro abriu 3 a 0, mas cedeu o empate no segundo tempo
PUBLICADO EM 28/06/17 - 23h48
THIAGO PRATA
@SUPERFC
Sabe aquela capa do disco do Chico Buarque que mostra duas caras do cantor, sendo uma feliz e uma triste, e que rendeu uma infinidade de memes? Pois é, essa capa ilustra perfeitamente o sentimento do cruzeirense no jogo desta quarta-feira contra o Palmeiras, no Allianz Parque, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O empate em 3 a 3 mostrou as duas faces da Raposa na temporada, num confronto que poderia ter rendido uma das maiores alegrias aos celestes em 2017, mas que terminou num rio de lamentações.
O primeiro tempo exibiu um Cruzeiro implacável, com direito a três gols – marcados por Thiago Neves, Robinho e Alisson – e uma disciplina tática digna de arrancar aplausos de qualquer torcedor azul. A segunda etapa, porém, demonstrou uma equipe medíocre, completamente dominada pelos donos da casa e sofrendo um empate com sabor de derrota, graças aos gols de Dudu (2) e Willian.
Fortes emoções estão previstas para o dia 26 de julho, no Mineirão, no embate que definirá um dos classificados às semifinais do torneio mata-mata. Empates em 0 a 0, 1 a 1 e 2 a 2 garantem os celestes à próxima fase. A esperança é de que, neste duelo, o rosto dos cruzeirenses seja similar à face alegre de Chico.
O próximo desafio do time celeste será no domingo, no clássico contra o Atlético, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro.
Implacável. Os 30 primeiros minutos do Cruzeiro foram avassaladores, representando, talvez, a melhor atuação do time no ano. Era impressionante a facilidade dos celestes de unir velocidade, agressividade e troca efetiva de passes. Essa aliança rendeu três gols – média de um a cada dez minutos.
Logo aos 6 min, a Raposa abriu o placar numa jogada que contou com os mesmos protagonistas do primeiro gol que os azuis fizeram no Coritiba, no último domingo. Alisson carregou a bola e deixou para Diogo Barbosa. O lateral serviu para Thiago Neves empurrar para as redes.
Aos 19 min foi a vez de Romero se aventurar ao ataque e passar para Robinho aumentar a contagem. Já o terceiro, anotado por Alisson, contou com a assistências de Neves, definindo um impiedoso primeiro ato.
Medíocre. A vantagem elástica do Cruzeiro forçaria o Palmeiras a se jogar ao ataque de todas as formas. Incompetente em seu setor defensivo e pífia nos contra-ataques, a Raposa assistiu quase que de camarote a uma exibição espetacular do Verdão, que alcançou um empate heróico, com dois gols dos ex-celestes Dudu e Willian. A concretização de um sonho que se tornou pesadelo aos comandados de Mano Menezes.
Jornal O Tempo
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