Por G1 Zona da Mata
28/05/2017 13h42
Cristo, no Morro do Imperados, em Juiz de Fora (Foto: Rafael Antunes/G1)
A análise de três espaços públicos de Juiz de Fora com monumentos históricos norteou a pesquisa de mestrado do acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fabrício Teixeira Viana.
A intenção do pesquisador foi a de remontar a trajetória da cidade por meio da contextualização e das representatividades imaginária e simbólica dos locais.
A pesquisa tomou como base o ano de 1906, data de inauguração da estátua do Cristo Redentor, localizada no Morro do Imperador. Segundo o mestrando, esta foi uma tentativa de abranger toda a história da arte pública da cidade.
“Sou do interior do Rio de Janeiro, mas moro em Juiz de Fora há quase nove anos e sempre tive interesse em retratar a história da cidade, que já foi muito bem contada por outros autores”, revelou Viana.
Fabrício Teixeira Viana apresentou tese na UFJF (Foto: Twin Alvarenga/UFJF)
O estudo também analisou a obra “Marco do Centenário”, inaugurada em 1951 na Praça Pantaleone Arcuri, no Bairro Poço Rico, além da escultura “Releitura de Abaporu”, criada em 2015 e instalada na Praça Antônio Carlos, no Centro da cidade.
Para realizar a pesquisa, o acadêmico utilizou a metodologia aplicada pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Museu de História Nacional, Paulo Knauss. Para ele, isso possibilita o desenvolvimento de outras pesquisas que busquem analisar outros espaços de Juiz de Fora e até mesmo de outras cidades.
“Ele conceitua os objetos pela cidade como ‘Imaginária Urbana’, que seria um coletivo de imagens onde esses objetos dizem muito a respeito do local, da memória social e da história urbana e, assim, contam de alguma forma a história da cidade por extensão. Consegui, então, registrar a importância desses três espaços até a contemporaneidade”, explicou o acadêmico.
Pesquisa tomou como base o ano de 1906, data de inauguração da estátua do Cristo Redentor no Morro do Imperador (Foto: Carlos Mendonça/Prefeitura Juiz de Fora)
O professor orientador do estudo, Antonio Ferreira Colchete Filho, explicou que a memória de uma cidade pode ser contada a partir da relação com os espaços públicos, onde os monumentos e esculturas se instalam.
“A cultura urbana é evidenciada através da história desses elementos que são, de alguma forma, colocados na cidade com o crivo do próprio artista e da população. Esta é uma relação entre agentes sociais que ajudam a construir o espaço público e a noção da nossa vida urbana", concluiu Ferreira.
Estudo analisou a obra “Marco do Centenário”, inaugurada em 1951 na Praça Pantaleone Arcuri (Foto: MPMG/Divulgação)
G1 Zona da Mata
Nenhum comentário:
Postar um comentário