quinta-feira, 16 de março de 2017

Professores estaduais e municipais iniciam greve em Juiz de Fora

16/03/2017 13h33 - Atualizado em 16/03/2017 13h41

Do G1 Zona da Mata com informações do MGTV

Professores das redes estadual e municipal de Juiz de Fora entraram em greve nesta quinta-feira (16). A decisão da categoria foi tomada em uma assembleia realizada na quarta-feira (15) , pelos sindicatos Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e dos Professores (Sinpro).

As atividades estão paralisadas por tempo indeterminado e o objetivo da greve é pressionar o governo Federal contra a reforma da Previdência, além de reivindicar demandas salariais dos trabalhadores.


No cidade, quase 35 mil alunos estão matriculados em 42 escolas estaduais, onde cerca de 60% das instituições aderiram a greve. Já na rede municipal, 70% das 102 escolas paralisaram, segundo o Sinpro.

"O problema mais grave dessa reforma é que todos os trabalhadores, inclusive da nossa categoria terão que se aposentar no mínimo com 65 anos de idade. Eles precisam contribuir com 49 anos de trabalho para aposentar com o salário integral. Se nós considerarmos que os professores não conseguem começar sua vida produtiva muito cedo, porque tem que ter um curso superior, terão que se aposentar com mais de 70 anos", pontuou a presidente do Sind-UTE, Victoria Mello.

A presidente ainda destacou a questão salarial dos trabalhadores. "O mínimo que pedimos é que o Governo de Minas pague o piso salarial para o magistério, mas ainda há outras problemas, nossa categoria foi totalmente desconfigurada no governo anterior, além do nosso plano saúde, que também está muito sucateado", disse.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SES) informou que foi acordado um rejuste de 31,78% para ser pago até 2018 em três parcelas, sob a forma de abono, e depois incorporadas ao vencimento básico. A pasta também disse que está avaliando como o acordo vai atingir o piso nacional reajustadfo em 7,64% pelo Ministério da Educação em janeiro, alegando dificuldade financeira.

Em relação a reposição das aulas, a coordenadora do Sinpro, Aparecida de Oliveira Pinto, disse que o calendário escolar será reajustado. "Nosso compromisso com os alunos é repor os dias parados, isso com certeza vamos fazer", finalizou.

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