Charge do Mário, reproduzida da Charge Online
Deu no Estadão
Apontado pelo ministro Herman Benjamin como “laranja” de uma das gráficas contratadas pela campanha da chapa Dilma/Temer, o funcionário da gráfica Red Seg, Vivaldo Dias da Silva, chegou a ter o pedido de prisão determinado durante depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em São Paulo.
Após a audiência ter sido interrompida por duas vezes, o pedido de prisão determinado pelo juiz auxiliar Bruno Lorencini acabou não sendo concretizado porque Vivaldo decidiu “abrir o jogo”, segundo uma fonte que acompanhou o depoimento.
Durante as investigações, peritos do TSE identificaram que Silva, que era motorista da gráfica, constava como um dos donos da Red Seg. Ao prestar depoimento ao TSE, Vivaldo demonstrou nervosismo e não soube dar muitas explicações sobre o funcionamento da gráfica nem sobre contratos e pagamentos.
NA FORMA DA LEI – Conforme a ata de audiência divulgada pelo TSE, Vivaldo foi advertido “algumas vezes na forma da lei” a dizer a verdade, tendo a prisão em flagrante determinada em razão de “eventual cometimento de falso testemunho”.
Ao TSE, o funcionário da Red Seg afirmou que gerenciava a gráfica mas não demonstrou ter conhecimento do funcionamento da empresa e muito menos esclareceu o relacionamento da gráfica com a campanha presidencial de Dilma e Temer. A íntegra com a transcrição do depoimento ainda não foi divulgada pela Corte Eleitoral.
“No caso do Sr. Vivaldo Dias da Silva, este reconheceu ter atuado como ‘laranja’ do Sr. Rodrigo Zanardo, figurando como sócio-proprietário da Rede Seg, sem, contudo, possuir qualquer participação na administração da empresa”, escreveu o ministro Herman Benjamin em despacho feito na última quinta-feira, 9.
HOUVE CONFUSÃO… – De acordo com o advogado Cláudio Cardoso, responsável pela defesa de Vivaldo, a audiência foi um “pouco confusa”. “Ele (Vivaldo) não estava entendendo algumas perguntas que foram feitas, houve confusão e ele acabou tendo algumas contradições”, disse Cardoso.
Questionado se Vivaldo é mesmo “laranja”, o advogado respondeu: “’Laranja’ é uma expressão bastante forte. Nesse período de 2014, a empresa teve a sua gestão pelo Rodrigo (Zanardo), então ele não participou da empresa nesse período.”
Rodrigo Zanardo será uma das próximas testemunhas que serão ouvidas pelo TSE no âmbito do processo que pode levar à cassação do mandato de Michel Temer.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A campanha eleitoral de Dilma/Temer repete as famosas águas de março de Tom Jobim –”é a lama, é a lama”… Não tem como sair dessa. A Odebrecht entrou com R$ 50 milhões, por imposição de Guido Mantega, que era o “vendedor” de Medidas Provisórias. Na verdade, Temer somente não será cassado se o relator Herman Benjamin aceitar a estranhíssima tese de Gilmar Mendes (“amigo de Temer há mais de 30 anos”) de que as campanha de presidente e vice-presidente foram feitas separadamente, como nos tempos de Jânio (UDN) e Jango (PTB). E aí o concurso Piada do Ano será vencido por antecipação. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet
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