16/12/2016 19h16 - Atualizado em 16/12/2016 19h16
Rafael Antunes
Do G1 Zona da Mata
Desfiles do carnaval de Juiz de Fora vão ocorrer nos dias 18 e 19 de fevereiro (Foto: Roberta Oliveira/ G1)
Os desfiles carnavalescos de Juiz de Fora vão ocorrer nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2017, no Parque de Exposições, e não vão contar com a participação de quatro escolas. A Liga das Escolas de Samba de Juiz de Fora (Liesjuf) confirmou as informações nesta sexta-feira (16), mas não entrou em detalhes sobre a organização e apoio da Prefeitura.
O G1 apurou que os motivos para as desistências das escolas giram e torno da questão financeira e de aspectos como segurança e proteção contra chuvas no novo local. A reportagem também entrou em contato com a Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) por telefone e e-mail para averiguar a situação e aguarda retorno.
De acordo com a assessoria da Liesjuf, os organizadores vão vender ingressos e camarotes para o local, que é fechado e fica no Bairro Jóquei Clube. A realização é da Liga, com apoio logístico e estrutural da Prefeitura, que deve marcar uma entrevista coletiva nos próximos dias para explicar todo o processo.
Escolas e Funalfa já vinham discutindo a possibilidade de mudança de local dos desfiles desde julho, após o cancelamento do evento em 2016, quando seria comemorado o aniversário de 50 anos de desfiles oficiais na cidade. O sorteio da ordem de entrada das escolas de samba já foi realizado e quatro delas informaram que não vão participar do carnaval – duas do grupo A e outras duas do grupo B.
Mocidade Independente do Progresso decidiu não participar de desfile (Foto: Roberta Oliveira/G1)
Desistências
Ao G1, todas as escolas que escolheram não desfilar afirmaram que o motivo foi de ordem financeira. No caso da Unidos do Ladeira, por exemplo, o presidente da agremiação, Marcos Valério Mendes, contou que depois de anos recebendo cerca de R$ 63 mil de incentivo, a Funalfa reduziu em 35% o valor.
“Como você vai colocar 700 pessoas na avenida com R$ 41 mil? Não tem como. Precisamos de adereços, fantasias. Eles (Funalfa) foram irredutíveis, e isso mesmo depois de seis anos sem termos sequer um realinhamento de valores”, justificou.
O presidente da Mocidade Independente do Progresso, Paulo César dos Santos, também disse que não há condições para a realização do desfile no Parque de Exposições. Ele citou questões climáticas e de segurança como empecilhos e que havia outras alternativas.
“É imoral, ilegal e não é satisfatório levar o carnaval para onde estão levando. Eu não vou arriscar minha agremiação com senhoras e crianças em um lugar que não tem proteção contra chuva e nem segurança para os componentes. Que continuassem na Avenida Brasil ou fizessem na Avenida Rio Branco, com cordas”, ressaltou.
A reportagem também entrou em contato com representantes das escolas Juventude Imperial e Acadêmicos do Manoel Honório para saber os motivos que as levaram a não participarem, mas as ligações não foram atendidas.
Rei Momo e Rainha do Carnaval serão escolhidos em janeiro
(Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação)
Rei Momo e Rainha
No dia 7 de janeiro serão escolhidos o Rei Momo e Rainha do Carnaval 2017, também em concurso promovido pela Liesjuf. A cerimônia será às 22h, no Ginásio do Olímpico, no Centro.
As candidatas a Rainha vão se apresentar em grupo e individualmente, em trajes de banho e fantasia, e os quesitos julgados serão samba no pé, simpatia, espírito carnavalesco, beleza e elegância. As três melhores candidatas receberão premiação em dinheiro de R$ 400, R$ 600 e R$ 2 mil.
Já para os candidatos a Rei Momo, a apresentação será com trajes carnavalescos e serão julgados os quesitos animação, simpatia, desembaraço e espírito carnavalesco. O eleito receberá R$ 2 mil como prêmio.
Esse pessoal de escola de samba vive em outro planeta! Como assim, realizar desfile na Brasil ou Rio Branco(caos no trânsito)! E dizer que o parque de exposições não tem proteção contra chuva, é só montar as estruturas como é feito na Av Brasil!
ResponderExcluirÉ por isso que o carnaval de JF está cada vez mais decadente. No decorrer dos anos as escolas não se preparam financeiramente, a má administração municipal também contribuí e o "panelaço" impera,dando mostras de um gerenciamento precário e provinciano.
ResponderExcluir