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Deu na Folha Centro-Sul
Trata-se de Procomp, antiga Diebold, que fornecerá 150 mil urnas eletrônicas ao custo de mais de R$ 351 milhões de reais, conforme o Edital Nº 53/2015. Antes, uma observação: o site do Tribunal Superior Eelietoral mais parece um labirinto do que um site governamental que tem obrigação de ser transparente. É cheio de informações embaralhadas e difíceis de serem encontradas. De fato, um cidadão comum, com pouca lide na área tecnológica/informática, dificilmente irá encontrar algo de seu interesse lá.
E uma das coisas do interesse público de todos os cidadãos é saber que urnas serão usadas este ano, nas eleições municipais de 2016?
Depois de uma atenta pesquisa pelos labirintos do site do TSE, a Folha Centro-Sul Brasil encontrou a resposta.
OUTRAS URNAS – Não serão as urnas da Smartmatic/Engetec, que foram empregadas nas eleições presidenciais de 2014 e que são objeto da Ação Popular 5004277-19.2015.4.04.7204/SC, constante na Justiça Federal de Santa Catarina, movida por Matheus Faria e outros, na qual o ex-presidente do TSE, ministro Dias Toffoli figura como réu.
Contudo, a suspeita continua, por que as urnas de 2016 serão as da empresa Procomp, antiga Diebold. É a mesma empresa das eleições que levaram Lula à Presidência da República duas vezes e Dilma uma vez.
A empresa que mudou de nome de Diebold pra Procomp já foi condenada nos EUA por corrupção, suborno e lavagem de dinheiro.
GESTÃO DE TOFFOLI – No site do TSE, consta que as novas urnas foram contratadas em dezembro de 2015, quando Dias Toffoli ainda era o presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Foram 150 mil urnas eletrônicas ao custo de mais de R$ 351 milhões de reais, conforme o edital nº 53/2015.
Há uma bagunça dos infernos nas informações, já que há outro contrato com aditivos que passam de R$ 450 milhões e que são alvo da ação onde Toffoli e a Smartmatic são réus.
Contudo, a Diebold, que agora é Procomp, ganhadora da licitação das urnas 2016, já foi até condenada nos EUA por fraudes. Reveja algo: “Diebold settles U.S. bribery charges for $ 48 million”. Trata-se de artigo em Inglês, sobre o envolvimento da empresa com fraudes, subornos/propinas e lavagem de dinheiro pelo mundo.
E vejam só, a Procomp que era a Diebold (ou seja, só mudou de nome), é a mesma que aparece na licitação que levou Toffoli ao banco dos réus, em face da ação de Matheus Faria e outros que ainda segue na Justiça Federal.
SUSPEIÇÃO – Dias Toffoli, embora não seja mais presidente do TSE, mas por ser réu por conta das licitações irregulares, deveria ter sido afastado do cargo de ministro já faz tempo, já que sua figura é claramente suspeita para julgar qualquer coisa, estando envolvido em mutretas desse porte.
Gilmar Mendes, atual presidente do TSE, que deu seguimento e agora autoriza as eleições com urnas da mesma empresa, aparentemente, do mesmo grupo que já forneceu urnas nas eleições anteriores, cheias de fraudes, deve, no mínimo uma explicação clara ao povo.
O povo precisa pesquisar, ir atrás de informações confiáveis como estas e ficar esperto, porque, no fundo, com as urnas fraudáveis da Procomp/Diebold, fica fácil confundir’ os votos. E tudo segue como dantes no quartel de Abrantes.
(reportagem enviada pelo advogado e comentarista João Amaury Belem).
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