sábado, 13 de junho de 2015

34º BATALHÃO - Dois sargentos foram detidos suspeitos de guardar droga em batalhão

Corregedor da Polícia Militar (PM) informa que dois sargentos estão detidos por manter drogas dentro do batalhão
PUBLICADO EM 13/06/15 - 14h36

ALINE DINIZ

A corregedoria da Polícia Militar (PM) confirmou neste sábado (13) que dois sargentos estão detidos na sede do 34º batalhão, no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital, suspeitos de guardar drogas nas dependências da corporação. Nesta sexta-feira (12), foram encontrados no armário dos policiais maconha e cocaína. A dupla é investigada pela corregedoria da polícia, que tem 40 dias para finalizar o inquérito. Os sargentos podem ficar detidos por até cinco anos, além de sofrerem sanção disciplinar que varia entre advertência e expulsão da corporação.

O corregedor da PM, coronel Renato Carvalhais, apura também se há envolvimento de outros agentes no crime e se acontece tráfico de drogas dentro do batalhão, já que parte da droga encontrada estava em armário sem identificação e no chão.

Em entrevista coletiva concedida ontem, Carvalhais explicou que anteontem, por volta de 11h30, um sargento encontrou um invólucro de maconha próximo ao almoxarifado e a oficina do 34º batalhão. Em seguida, uma faxineira achou invólucros de maconha atrás de um armário localizado dentro do alojamento de cabos e soldados. A mulher achou também uma arma de fabricação artesanal.

Busca. Diante da situação, o comandante da unidade, tenente-coronel Marcelo Martins Resende, determinou que ninguém saísse de dentro do batalhão e também das cinco companhias pertencentes à unidade. Os cães da PM, a corregedoria e a perícia da Polícia Civil foram, então, contactadas.

Durante a varredura, os cães farejaram maconha dentro do armário de um sargento lotado na sede do 34º batalhão. O militar abriu o compartimento e, no bolso de uma farda foram encontrados dois cigarros de maconha. Já na 8ª Companhia de Polícia Militar, no bairro Alípio de Melo, 20 pinos de cocaína foram descobertos dentro do armário de outro sargento.

Material. No total, foram apreendidos 16 invólucros de maconha, um de crack e 55 pinos de cocaína. Além de oito munições sem calibre e 20 do calibre 12. Triturador usado no preparo da droga e um caderno com aparente contabilidade do tráfico também foram apreendidos. A corregedoria ainda procura os “donos” dos objetos que estavam no chão e em armários sem identificação. 

Carvalhais trabalha também com a hipótese de que os cadernos possam ter sido apreendidos durante uma operação policial. O coronel foi categórico em informar que as investigações serão feitas e que o fato “isolado” não se refere aos mais de 650 homens e mulheres que atuam na unidade.

“A Polícia Militar de Minas Gerais jamais irá permitir que isso (entrada de droga no batalhão) aconteça. Nós paramos uma unidade, nós investigamos e fomos atrás de possíveis pessoas envolvidas. População pode confiar na tropa do 34º batalhão que tem homens e mulheres que fazem a segurança diuturnamente”, concluiu o corregedor. 

Os sargentos detidos sob a suspeita de manter drogas dentro de unidades da Polícia Militar (PM) informaram ao corregedor, coronel Renato Carvalhais, que a droga encontrada nos seus armários, nos respectivos alojamentos, foi apreendida durante operações policiais e que eles não entregaram o material em uma delegacia – como deveria ter sido feito, conforme procedimento de praxe.

De acordo com Carvalhais, O suposto dono dos dois cigarros de maconha relatou que quando os produtos foram apreendidos ele não efetuou nenhuma prisão. O sargento alegou à corregedoria que, como foi chamado para outra ocorrência, não foi até a delegacia entregar os cigarros por falta de tempo.

Já o militar que guardou 20 pinos de cocaína dentro do seu armário explicou à corregedoria, que apreendeu o material, mas não prendeu o suspeito. O coronel não detalhou as circunstâncias da apreensão e informou que o suspeito alegou à corregedoria que não levou a cocaína para uma delegacia porque sabia quem era o dono do produto, tinha intenção de prendê-lo e dar o devido encaminhamento às drogas.

Carvalhais informou que as versões serão investigadas. “Nós próximos cinco dias, vamos checar a veracidade das informações dos policiais. Temos mecanismos para isso”, informou.
Jornal OTempo

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