29/05/2015 15h47 - Atualizado em 29/05/2015 18h01
Felipe Menicucci
Do G1 Zona da Mata
Coletiva nesta sexta-feira informou sobre agressões
(Foto: Reprodução/TV Integração)
A Polícia Civil de Juiz de Fora convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (29) para informar que apura casos de tortura e agressões verbais e físicas a oito adolescentes com idades entre 14 e 17 anos.
A suspeita é de que as agressões foram feitas por parte de 12 agentes penitenciários do Centro Socioeducativo de Menores Infratores da cidade. Exames médicos indicam sinais de violência nos adolescentes.
Segundo a polícia, os casos chegaram através de denúncias do Ministério Público e Vara da Infância e Juventude na última terça-feira (26). Os inquéritos para apurações dos casos foram instaurados na quinta-feira (28).
Ainda de acordo com as denúncias, os casos ocorrem desde julho de 2014. O delegado regional Luciano Vidal Ribeiro informou que os inquéritos serão individualizados para que cada um seja analisado. “As denúncias vieram para a 3ª Delegacia de Polícia, que analisou individualmente e instaurou um inquérito para cada denúncia. Agora o procedimento é tentar verificar a veracidade dos fatos e individualizar a conduta dos possíveis autores dos delitos”, disse.
A polícia informou, ainda, que alguns agentes já foram afastados e os demais foram desviados da função para não manterem contato com as vítimas.
O delegado de Polícia Civil da cidade, Rodolfo Rolli, informou que as vítimas, assim como os agentes suspeitos, serão ouvidos durante a próxima semana em Juiz de Fora. “Já foi determinado que o escrivão intime o presidente da sindicância, depois os menores e posteriormente os agentes que estão sendo investigados. Vamos concluir e levar isso ao conhecimento da juíza da Vara da Infância e Juventude para que ela possa tomar as providências cabíveis”, declarou.
Em novembro do ano passado um agente socioeducativo denunciou a atitude violenta dos colegas de trabalho. Na ocasião, a Justiça informou que os casos seriam apurados e que a instabilidade dentro do Centro era causada pela superlotação. O local tem capacidade para 56 menores, mas hoje são 81 infratores no Centro.
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