sexta-feira, 17 de abril de 2015

Juiz-forano Carlos Bracher ganha extensa retrospectiva de sua obra no CCBB-RJ

14h45min - 16 de Abril de 2015 Atualizado em 15h08min

Obras de artista plástico mineiro estão expostas no Rio de Janeiro

Carlos Bracher possui mais de 100 trabalhos produzidos ao longo de quase seis décadas, destaca o site Clic Folha

O artista plástico mineiro Carlos Bracher ganha extensa retrospectiva de sua obra no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro, destaca o site Clic Folha. A mostra Bracher – Pintura & Permanência já esteve nas unidades do CCBB nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo.

"Retratos, autorretratos e séries voltadas para um mesmo tema são as marcas da trajetória do pintor, que é também o artista brasileiro com o maior número de exposições individuais no exterior, em galerias e museus de várias cidades da Europa e da América Latina", enfatiza a reportagem.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra.


Biografia
Carlos Bernardo Bracher (Juiz de Fora/ MG - 1940)
Pintor, desenhista, escultor, gravador. Freqüenta a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, em Juiz de Fora, Minas Gerais, por volta de 1959. 
Entre 1965 e 1966, em Belo Horizonte, é aluno de Fayga Ostrower (1920 - 2001) na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. 
Estuda técnicas de mural e de mosaico com Inimá de Paula (1918 - 1999), na Escola Municipal de Belas Artes. 
Em 1967, recebe o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes - SNBA do Rio de Janeiro. Vai para a Europa, fixa-se principalmente em Paris e Lisboa, estuda pintura e expõe em galerias locais. 
Retorna ao Brasil em meados de 1970 e reside em Ouro Preto, Minas Gerais.
Em 1989, é realizada a exposição retrospectiva de seus 30 anos de trabalho, intitulada Pintura Sempre, em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. No ano seguinte, pinta uma série de quadros em homenagem ao centenário da morte do pintor holandês Vincent van Gogh (1853 - 1890), que é exposta em várias galerias e museus no Brasil e no exterior. São editados vários livros sobre sua obra, entre eles,Bracher, do crítico Olívio Tavares de Araújo, pela editora Métron, em 1989, e Bracher: Do Ouro ao Aço, pela editora Salamandra, em 1992.

Comentário Crítico
Nos anos 1960, ainda em período de formação - quando estuda com Fayga Ostrower (1920 - 2001), na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG -, Carlos Bracher pinta, predominantemente, as igrejas barrocas e o casario colonial mineiro. Cria imagens que são muitas vezes submetidas a grandes deformações, aproximando-se do expressionismo, como no quadro Igreja da Glória, 1965, no qual utiliza pinceladas largas e matéricas. Já no fim daquela década, suas obras indicam a admiração pelo cubismo, como se observa em Ouro Preto Noturna, 1968, que apresenta grande simplificação formal. Bracher substitui a pincelada solta por outra mais impessoal, criando superfície lisas, valorizando as linhas de contorno e a definição quase escultórica das formas, com o predomínio de uma gama cromática constituída por tons frios.

Como nota o crítico Olívio Tavares de Araújo, Bracher apresenta uma visão dramática da paisagem mineira. Também as paisagens do Rio de Janeiro e São Paulo são marcadas por essa dramaticidade, conferida principalmente pela gama cromática densa e escura, como em Estação da Luz, São Paulo, 1989, na qual a pincelada volta a ser larga e gestual. Ao longo de sua carreira, o artista tem, como tema freqüente, a paisagem e dedica-se ao "dramático e mágico exercício de compreendê-la".
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8474/carlos-bracher

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