segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

'O que faço com meu filho?', pergunta mulher de PM morto no Rio

02/02/2015 08h17 - Atualizado em 02/02/2015 08h17

Do G1 Rio
Um policial militar e um homem foram encontrados mortos na Avenida Brasil, em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio, no domingo (1º). Os corpos de Diego de Lima Soares e de um homem ainda não identificado estavam com marcas de tiros e dentro de sacos plásticos. Desesperada, a mulher do agente está grávida. 

O PM trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Vila Kennedy, na Zona Oeste, e entrou para a corporação há quatro anos. A Divisão de Homicídios está investigando o caso.

Diego estava vestido com uma calça da corporação e tinha uma arma, que foi levada pelos criminosos. A outra vítima tem uma tatuagem de paraquedista. No Instituto Médico Legal do Rio parentes e colegas do soldado estavam inconformados.

A mulher de Diego, Raquel Soares, contou que ele foi morto no caminho do trabalho.

“Ele saiu para trabalhar, 16h e pouco. Quando foi uma hora depois deram falta dele e acharam ele morto, próximo ao trabalho, próximo ao local de trabalho”, contou Raquel.

O soldado é o quinto PM morto no estado, este ano. E o segundo da UPP de Vila Kennedy em pouco tempo.

O outro assassinato foi em novembro. O corpo do o soldado Ryan Procópio também foi encontrado dentro do carro dele, na Avenida Brasil. Durante as investigações, os agentes descobriram que ele havia sido torturado por traficantes da Favela Vila Aliança, antes de ser morto. Três suspeitos do crime foram presos pela polícia.

A Vila Kennedy foi ocupada pelas forças de segurança, em março do ano passado.

Raquel que passou o domingo no IML providenciando a liberação do corpo de Diego, está grávida de dois meses.

“A gente tem um ano de casado. E agora como é que eu fico? O que eu faço com o meu filho? Deixou mais um, eu estou esperando um filho de dois meses, que agora não vai conhecer o pai”, lamentou a viúva chorando.

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