sábado, 28 de junho de 2014

CANDIDATOS NANICOS À PRESIDÊNCIA CRESCEM E APARECEM PARA CONFIRMAR O SEGUNDO TURNO

Carlos Newton

A colunista Raquel Faria, do jornal mineiro O Tempo, fez esta semana uma excelente análise a respeito da importância dos candidatos dos partidos nanicos à Presidência da República. “Seja pelo grande número, seja pelo desempenho individual de alguns, os nanicos já se mostram uma força eleitoral importante na corrida presidencial. O último Ibope listou 11 nomes. E puxados pelo Pastor Everaldo, que chegou a 3%, os nanicos tiveram juntos 9% das preferências. Mesmo com a saída de um deles, Magno Malta (PR), a lista segue extensa e competitiva, podendo passar de 15% com o voto do eleitor de protesto, que rejeita os candidatos do “sistema”, vinculados aos grandes partidos”, comentou a jornalista de Belo Horizonte, acrescentando:

“O avanço dos nanicos é uma dor de cabeça para o comitê de Dilma, pois aumenta as chances de um segundo turno. Mas também preocupam o outro lado porque roubam votos e dificultam o crescimento dos candidatos mais fortes da oposição”.

UMA NOVA ELEIÇÃO

A jornalista Raquel Faria tem toda razão. Os candidatos nanicos fizeram com que a sucessão presidencial tenha ido para segundo turno nas três últimas sucessões presidenciais. E o mais interessante é que não há transferência de votos seguindo a orientação do partido e os conchavos de cúpula. Pelo contrário, o segundo turno funciona como uma nova eleição, como se partíssemos do zero.

O maior exemplo desse fenômeno do segundo turno ocorreu em Minas Gerais, na eleição entre Helio Costa (PMDB) e Eduardo Azeredo (PSDB) em 1994. Costa ficou teve 48,8% dos votos no primeiro turno, deixando de ser eleito por apenas 1,2% dos eleitores, mas acabou sendo derrotado por Azeredo no segundo turno. Outro exemplo: Geraldo Alckmin, enfrentando Lula em 2006, teve mais votos no primeiro turno do que no segundo. Ou seja, muitos eleitores mudam o voto.

Portanto, é no segundo turno que mora o perigo…

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