22/03/2014
Caroline Aleixo
Do G1 Triângulo Mineiro
Um padre de 48 anos foi preso nesta sexta-feira (21) pela Polícia Militar (PM) e conduzido à delegacia suspeito de abuso sexual no Bairro Independência em Araguari. Segundo as informações da Polícia Civil, ele ofereceu R$ 50 para um adolescente de 12 anos praticar sexo com ele. O ato não foi consumado e a vítima contou para a mãe que acionou a polícia em seguida.
O suspeito é pároco na Paróquia São Judas Tadeu pertencente à Diocese de Uberlândia. O bispo Dom Paulo Francisco Machado informou que irá publicar um ato de suspensão das ordens do padre até que ele seja julgado. Se for condenado, o bispo disse que irá instaurar um processo eclesiástico que será encaminhado à Santa Sé, em Roma.
O G1 entrou em contato com a PM para saber mais detalhes sobre a ocorrência, mas ninguém atendeu às ligações. O delegado regional, Cesar Monteiro, informou que só terá acesso ao inquérito na segunda-feira (24), mas afirmou que o crime foi configurado como abuso e o suspeito conduzido ao Presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia.
Em nota oficial enviada neste sábado (22), o bispo informou, ainda, que o sacerdote foi afastado de imediato das funções sacerdotais assim que o crime foi registrado.
Confira na íntegra a nota
A Diocese de Uberlândia, na pessoa do seu Bispo Diocesano, Dom Paulo Francisco Machado, vem apresentar nota ao público em geral, com relação aos fatos envolvendo a prisão do padre da cidade de Araguari, nesta Diocese, e que tomou as devidas providencias determinadas pelas leis da Igreja Católica, afastando-o de imediato das suas funções sacerdotais.
A Igreja, Mãe e Mestra, não pode aceitar qualquer tipo de comportamento contrário aos princípios da moral e ética cristãs destinados ao reto modo de viver de todos os seus filhos e filhas, chamados a um contínuo processo de conversão de todo tipo de pecado.
Declaramos ainda que a Igreja não é responsável por atos particulares de seus membros. Reitera que aquele que infringir a Lei Moral e Cível, sendo maior de idade, é que deve assumir integralmente todas as conseqüências legais de suas ações perante as leis do Estado Brasileiro e da Igreja Católica. Ao clérigo culpado, e tão somente a ele, deve ser imputado o comportamento reprovável que viola não somente o Direito Penal Brasileiro, mas também as leis Eclesiásticas.
Nesse sentido, a Igreja se colocará à disposição da justiça no intuito de esclarecimento de todos os fatos. Ressalta que tomará rigorosamente todas as providências exigidas pela lei canônica e civil para apurar os fatos e se houver culpa, punir o responsável.
Temos consciência de que ao pecador acenamos com o caminho da conversão para acolher o perdão divino. Para o enfermo – não conhecemos os mistérios que cercam tais comportamentos – desejamos oferecer o remédio, mas para o delito almejamos a punição e que seja feita justiça.
Como Pastor de toda a Diocese de Uberlândia, com o coração profundamente ferido, quero dar-lhe voz para suplicar o perdão."
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