Publicado em 4 de dezembro de 2013
Por Elizangela Jubanski e Antônio Nascimento
Três presos espancaram um agente penitenciário na tarde desta terça-feira (3) dentro da Penitenciária Estadual do Paraná (PEP). Em forma de protesto, agentes não estão cumprindo as atividades rotineiras e o clima é tenso dentro da penitenciária. Durante toda a manhã, os agentes estão se recusando em receber as sacolas das famílias dos presos, já que hoje é dia de visita. A informação obtida pela Banda B é que representantes da categoria e a direção da penitenciária vão se reunir nesta tarde.
O desentendimento entre os presos e o agente aconteceu no início da tarde de ontem. Os presos conseguiram agredir o agente durante o deslocamento deles dentro das alas da penitenciária. O agente penitenciário foi encaminhado a uma unidade hospital em Curitiba e até a manhã de hoje permanecia internado. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), José Roberto Neves, disse à Banda B que a falta de segurança dentro da PEP já foi denunciada há anos.
“Esse não foi um confronto normal. Esse agente estava de licença por questões de saúde e voltou recentemente. Cerca de 10 o rodearam para os outros espancarem ele. Esse problema de insegurança nessa unidade está sendo reclamado há muito tempo pelo sindicato. Inclusive, com petição para a Secretaria de Justiça por causa dessas ameaças constantes”, contou.
A condição para os agentes penitenciários voltem às atividades normais, de acordo com o sindicato, é que a secretária de Justiça, Maria Tereza Gomes, receba representantes dos agentes para uma reunião de emergência.
Nota
A secretaria de Justiça do Paraná informou à Banda B que deu toda a assistência necessária ao agente agredido e reforçou que a profissão de agente penitenciário é de risco e recebem mais de 100% de gratificação salarial. O Departamento Penitenciário investiga como a agressão aconteceu para evitar que novos fatos como esse aconteçam.
Ligações
A Banda B recebeu diversas ligações de familiares que estavam sendo informados pelos próprios presos, de dentro da penitenciária, sobre o clima tenso dentro do local. Embora ilegal, a mãe de um dos presos disse à reportagem que conversa todos os dias com o filho. Questionada sobre essas ligações, rebateu. “O país inteiro tem corrupção. Mas, isso não vem ao caso”.
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