quarta-feira, 25 de setembro de 2013

LANÇAMENTO DO BAÚ DA GAIATICE (3ª Edição)

LANÇAMENTO DO BAÚ DA GAIATICE (3ª Edição)
Após um longo período de gestação (leia-se captação de recursos – que ainda não chegaram, diga-se de passagem) convencemos às editoras Assaré e Prêmius, dos amigos Francisco Bezerra e Assis Almeida, a fazer uma tiragem de 2 mil e quinhentos exemplares da 3ª edição de “O baú da gaiatice”, ícone do humor cearense, que deverá ser lançada por todo este mês de abril. A gráfica comprometeu-se a entregar os livros até o dia 13/04. A partir de então, vamos programar uma série de lançamentos em Fortaleza e cidades do interior do Ceará.

É provável que o livro dê o ar de sua graça na BIENAL BRASIL DO LIVRO, em Brasília-DF, no próximo dia 16/04, evento para o qual fomos convidados. O ideal é que já fosse apresentado no dia 14/04 no II Webfor, megaevento que acontecerá em Fortaleza, para o qual fui convidado na condição de mediador de uma mesa de debates. O Webfor é um evento destinado às mídias alternativas e deverá reunir uma legião de blogueiros e editores de fanzines. A seguir, alguns personagens (e causos selecionados) do livro O Baú da Gaiatice:

ZÉ FREIRE: DE MÉDICO E DE LOUCO…
Compadre Zé Freire é um caboclo arretado, bom de conversa, desses que a gente encontra com certa facilidade no sertão. Dizem que de médico e de louco todos nós temos um pouco, mas Zé Freire exagerou na dose. Costuma atacar de veterinário com diagnósticos dignos de figurar nas melhores revistas do gênero. Quando surgiu na região a terrível mosca de chifre (inseto portador de um par de antenas, que ataca o gado e provoca inúmeras mazelas no rebanho), Zé Freire entendeu que era “mosca de chifre” porque atacava os cornos das reses. Pela sua lógica, quanto maior fossem os chifres do bovino, maior o risco de ser atacado pela mosca. O que fez então? De posse de um serrote, e como muita lábia, convenceu inúmeros fazendeiros a “mochar” seus rebanhos, inclusive o nosso amigo Carlos Alberto Martins, na época vice-prefeito de Canindé. Não foram poucos os que caíram na conversa do Zé Freire e mandaram o danado extirpar os chifres dos rebanhos.

Onde ele chega, tem alegria e zoada. Metido a mandingueiro, possui algumas orações que segundo ele são infalíveis. Segundo o próprio, vive atualmente com a 32ª mulher, mas agora parece haver encontrado o par ideal:

- A bichinha, tendo jantado e calçado as chinelas, só pesa 32 quilos. É carinhosa, jeitosa, a gente pode até forrar a cama dela com biscoito cream craker que no dia seguinte não tem nenhum quebrado. A seguir, algumas poderosas orações que Zé Freire utiliza para conquistar os favores do sexto oposto… Vejamos:

OS DEZ MANDAMENTOS DA MULHER QUE QUER ARRANJAR MARIDO, SEGUNDO ZÉ FREIRE

1 Respeitá-lo, já que deixou alguém por aquele homem;
2 – Recebê-lo com carinho, amor e massagem na sola do pé;
3 – Usar de grande economia;
4 – Confiar e não ter ciúme. O ciúme, a cachaça e a ‘ignorãnça’ são as três desgraças que atrasam o progresso do Brasil;
5 – Não derrubar o cabelo sem avisar ao peão;
6 Trazer a bruguelada tinindo de asseada, sem canteiro no pescoço nem catarro na ponta da venta;
7 Não fumar nem assistir novela na presença do peão, principalmente novela mexicana;
8 Ficar mais cheirosa do que altar do mês de Maria antes das camaradagens;
9 Evitar amizade com vizinha fofoqueira;
10 – Só o amor constrói e prá frente é que as malas batem.

ORAÇÃO DE ZÉ FREIRE PARA ARRUMAR MULHER

Rezar todo dia 30 de Fevereiro, às seis da manhã e às seis da tarde, ou dia de São Nunca de tarde:

Meu Deus, dai-me a saúde de um jumento, a beleza de um pavão e a potência de um touro chuíte, que caia uma peste de mulher na minha vida maior do que 14 açudes arrombados em grota pequena. Que toda mulher que aparecer na minha vida apresente 16 sinais de beleza: olho verde, pescoço aveludado, boca pequena, nariz afilado, cintura de pilão, garupa arrebitada, cabelo comprido batendo nos quartos, que seja bem ‘ubrada’, que tenha as coxas grossas e roliças, etc. etc… Amém.

MIGUEL CARPINA: UM MESTRE DO HUMOR

O canindeense Miguel Carpina foi imortalizado nas páginas de ‘SERTÃO ALEGRE’ obra do grande Leonardo Mota, graças a seu bom humor e inteligência invulgar. A ele são atribuídas inúmeras anedotas que ainda são repetidas com alegria e estardalhaço nas rodas de conversa que se formam nas praças e no mercado público de Canindé.


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