22/08/13
Um detetive da Polícia Civil que trabalhava no presídio de Itaúna, a 76 km de Belo Horizonte, foi demitido depois receber dinheiro para possibilitar encontro de presos fora do estabelecimento prisional.
Após meses de investigações conjuntas do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, que apuram possíveis esquemas de corrupção envolvendo policiais, foi publicada no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais a demissão do agente por desvios de conduta.
Segundo a corregedoria, o detetive, juntamente com uma terceira pessoa que trabalhava como agente penitenciário, recebeu dinheiro para possibilitar encontro entre presos fora da prisão. Para isso, de acordo com as investigações, o acusado chegou a simular atendimento médico de urgência.
As investigações conjuntas apuram, ainda, outros esquemas criminosos na cidade envolvendo o setor de trânsito, tráfico de drogas, além de desvios ligados a relaxamentos ilegais de prisão em flagrante e favorecimento de presos. Há, inclusive, suspeitas de envolvimento de policiais com homicídios. Os fatos foram detectados em setembro de 2011, depois de mais de um ano de investigação conjunta.
Investigações
Desde o início do trabalho foram instaurados 52 procedimentos administrativos na Corregedoria-Geral de Polícia Civil e 13 inquéritos policiais, todos em andamento.
O MPMG já ajuizou, até o momento, sete ações de improbidade administrativa e 11 ações penais também em andamento. Em março deste ano, por exemplo, foram denunciados um delegado de polícia e um detetive locais, por se utilizarem das suas prerrogativas de acesso ao sistema do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) para beneficiar uma quadrilha que se ocupava de regularizar administrativamente veículos com problemas na documentação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário