09/08/13
MÁBILA SOARES / CAROLINA CAETANO
Depois de quase 12 horas de interdição, manifestantes finalmente liberaram a BR-040 em Congonhas, na região Central do Estado, na tarde desta sexta-feira (9). De acordo com o grupo, não houve nenhum acordo, mas, devido ao tempo de bloqueio, eles optaram pela liberação do trecho.
Nesta sexta, pela quarta vez nesta semana, manifestantes bloquearam os dois sentidos da BR para reivindicar a construção de uma passarela na altura do Km 603. A interdição começou às 5h30. Os moradores do bairro Pires, que lideravam o protesto, denunciam alto índice de atropelamentos no trecho. A interdição provocou 25 quilômetros de congestionamento. Mais cedo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que iria recorrer à Advocacia Geral da União (AGU) para liberar a rodovia.
Mesmo com a liberação, motoristas vão precisar de paciência. A interdição gerou 15 quilômetros de congestionamento no sentido Rio de Janeiro e 10 no sentido oposto.
Suposta ameaça
Um dos manifestantes informou a reportagem de O TEMPO que o grupo teria sido ameaçado por policiais."O tenente informou que se houvesse nova manifestação, a polícia chegaria batendo nos manifestantes e usaria balas de borracha", contou um morador que pediu para não ter o nome divulgado.
Entretanto, o tenente responsável pela companhia da cidade, Gilson Losche, deu uma outra versão para o fato. "Não ameaçamos os manifestantes. Entendemos que eles têm direito de realizar o protesto. Apenas informamos que a manifestação, conforme a lei, deveria ser avisada com antecedência. O ato da BR-040 está atrapalhando o direito de ir e vir de outras pessoas", afirmou.
Passarela
Os manifestantes pedem a construção de uma passarela para desafogar a via e diminuir o número de atropelamentos. “O que pedimos não é nada de grandioso. Só queremos nosso direito de ir e vir, como também os motoristas presos nos engarrafamentos querem. Já perdemos ao longo dos anos, pelo menos 12 pessoas da nossa comunidade e isso não pode continuar assim. Há três anos buscamos por isso” afirmou um dos moradores, Wilson Ferreira da Silva, de 49 anos.
O último atropelamento no trecho aconteceu no domingo (4), quando José Adriano morreu na hora. Foi depois desse acidente que os moradores iniciaram a série de reivindicações.
Jornal O Tempo
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