quinta-feira, 27 de junho de 2013

Minoria comanda vandalismo e polícia demora a reagir - BH

26/06/2013
CIDADES - BELO HORIZONTE / MG. MANIFETACOES.
Protestos na praça sete no cento de BH.FOTO: MOISES SILVA / O TEMPO 

O roteiro era previsível. A manifestação seguia de maneira tranquila e propositiva pela avenida Antônio Carlos até o cruzamento com a Abrahão Caram. Mas, novamente, uma minoria – de pelo menos 500 pessoas – protagonizou o início dos confrontos com a polícia e, em seguida, cenas de selvageria e vandalismo. Na chegada à área de segurança da Fifa, o que se via era uma verdadeira fortaleza. No perímetro do Mineirão, havia segurança. Mas, nos outros locais, o policiamento estava reduzido. Depois de os extremistas iniciarem os confrontos com a polícia, os vândalos infiltrados, novamente, roubaram a cena e deixaram um rastro de destruição ao longo da avenida Antônio Carlos. Ao fim, pelo menos 27 pessoas foram presas.

A passeata desta quarta-feira (26) reuniu 50 mil pessoas e seguiu a mesma rota da que foi feita no último sábado. Por volta das 16h15, a exemplo das outras vezes, uma pequena parte do grupo tentou enfrentar a polícia e entrar na área de segurança da Fifa. Daí em diante, o que se viu foi uma das principais avenidas da capital mineira se transformar, mais uma vez, em uma terra de ninguém com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo se proliferando.

O viaduto José Alencar foi palco de novo acidente. Desta vez, um jovem de 18 anos, que caiu do viaduto e foi levado em estado gravíssimo ao Hospital João XXIII com fraturas múltiplas e o corpo ensaguentado. Mais sangue se viu no local com a ação dos policiais militares. Manifestantes que estavam longe da confusão levaram tiros de balas de borracha. Um deles, de 23 anos, foi atingido no olho direito e levado também ao Hospital João XXIII. Um fotógrafo do jornal “Estado de Minas” também foi alvo. 

Em meio aos confrontos, um grupo enfurecido seguiu pela Antônio Carlos saqueando estabelecimentos comerciais. Trabalhadores de postos de gasolina viram, atônitos, as lojas de conveniência serem invadidas. Os vândalos ainda colocaram fogo em prédios das concessionárias Kia, Hyundai e Volkswagen. Os bombeiros tiveram trabalho para conter a situação. Os tapumes, que os estabelecimentos colocaram para proteger as fachadas, foram arrancados violentamente e serviram de arma e munição para incêndios.

Na volta da Pampulha, cerca de cem policiais militares montaram um cerco na avenida Santos Dumont, perto do terminal rodoviário, no centro da cidade, para revistar os manifestantes que regressavam da Pampulha. Todas as mochilas eram abertas e revistadas.

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