20/06/2013 às 21:11
Ai, ai, ai…
Eu já participei de, como vou chamar?, “movimento de massa”. Já invadi prédio público, fiz “miguelito” pra furar pneu de ônibus — no tempo em que a Polícia Miliar batia em vez de apanhar de manifestantes —, fui pro confronto, mesmo sendo “quatro olho”. Dá um frio na barriga da zorra! A meu favor, só isto: havia uma ditadura no Brasil. Mas o ponto não é este.
Em qualquer manifestação, é sempre a “minoria” que parte para o pau. Destacar isso é uma tautologia. Não existem maiorias que partem para a briga nunca, a não ser numa situação: revolução! Do contrário, será sempre minoria mesmo.
A questão é saber se são acolhidas ou não. EU NÃO ME SINTO COM LEGITIMIDADE PARA DIZER QUEM É DIGNO DO MOVIMENTO E QUEM NÃO É. Tenho cá minhas ortodoxias. Acho que, quando se convoca o povo para a rua, na linha “traga junto o que o faz infeliz”, negando-se a comunicar às autoridades o local do encontro e seu itinerário, o que se quer é mesmo confusão.
Nesse caso, a dita “minoria não representativa” é usada como instrumento de choque da suposta “maioria pacífica”. Ora, sejamos francos e claros: os governos só recuaram tão depressa do reajuste — medida, em si, absurda — com receio do desgaste provocado pela turma do “pega pra capar”.
A tese da “minoria baderneira” é, não necessariamente nesta ordem:
- conceitualmente falsa;
- factualmente falsa;
- logicamente falsa;
- historicamente falsa.
Por Reinaldo Azevedo
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