sexta-feira, 31 de maio de 2013

Justiça revoga liminar e garante Brasil x Inglaterra

31/05/2013 às 3:39

Na VEJA.com:
O amistoso entre Brasil e Inglaterra, neste domingo, no Maracanã, está garantido. Uma decisão da Justiça anunciada na noite desta quinta-feira derrubou a liminar que havia suspendido a realização do jogo emitida de tarde pela juíza Adriana Costa dos Santos, que acatou um pedido do Ministério Público do Rio. Numa ação civil pública, o MP exigia a apresentação dos laudos técnicos que mostrassem que o estádio está em condições de sediar jogos e eventos. Como não havia laudos que comprovassem a segurança do Maracanã, a juíza Adriana dos Santos concedeu a liminar. O Maracanã, reformado por cerca de 1 bilhão de reais, ainda tem obras em seu entorno. O público esperado para o amistoso é de cerca de 70 000 pessoas, que devem proporcionar a maior renda da história do futebol brasileiro – próxima dos 10 milhões de reais. Os ingressos estão esgotados desde o começo da semana.

A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro entrou com o pedido de suspensão da liminar no começo da noite, depois de anexar ao processo todos os documentos exigidos – até a decisão inicial, o único documento havia sido entregue pela Polícia Militar e “demonstra que o estádio ainda está em fase de construção”. O relatório da PM aponta para a existência de materiais perigosos, como pedras, pedaços de calçadas e restos de obras que podem ser utilizados em tumultos e confrontos de torcedores. Também foi constatado que há “pisos soltos, mal fixados” no local.

Mais cedo, em nota oficial, o governo do Rio, que é o proprietário do Maracanã, informou que “todos os requisitos de segurança” haviam sido cumpridos e que uma “falha burocrática” fez com que o laudo correto da PM não tivesse sido entregue à Suderj, a autarquia que administra o estádio. No mês passado, um amistoso entre amigos de Bebeto e Ronaldo, ex-jogadores e membros da direção do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, serviu para a abertura da arena, mas não houve venda ou distribuição de ingressos e o acesso dos convidados e jornalistas ficou restrito a apenas uma parte das cadeiras – do outro lado do estádio, as obras ainda não tinham sido concluídas.

Por Reinaldo Azevedo

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