quinta-feira, 4 de abril de 2013

Imprensa – A mistura nefasta de patrulha e ignorância

04/04/2013 às 20:43

Setores da imprensa brasileira decidiram inaugurar uma nova era de caça às bruxas. Ou as pessoas professam valores, crenças e ideologias consideradas corretas pelas esquerdas que estão no poder (inclusive nas redações) ou são tratadas como criminosas. Dedicarei parte da minha madrugada a pensar essa questão. Quando se disputarem as eleições de 2014, o golpe militar de 1964 (ou o “Regime Militar de 1964; ou o “Movimento Militar de 1964”; ou a “Revolução de 1964”) estará completando 50 anos. Um bando de vigaristas intelectuais e de oportunistas, interessados apenas nas verbas publicitárias de estatais e do governo federal, quer usar o passado para cuidar de seus interesses presentes. Incentivam e liberam a patrulha promovida por idiotas a serviço dos espertalhões.

Imaginem se, em 1987, em vez de cuidar da abertura política e da democratização, estivéssemos revirando os cadáveres do Estado Novo, instituído em 1937. Imaginem se, em 1995, ano da posse de FHC, o país estivesse ocupado em punir os remanescentes da ditadura getulista, encerrada em 1945.

Há uma mistura, nefasta para o nosso futuro, de militância, ignorância e autoritarismo de que não tenho memória nos meus 36 anos de leitor regular do que produz a imprensa brasileira.

Voltarei ao tema com absoluta certeza. Até para indagar onde estava, em 1964 ou em 1968, a imprensa patrulheira de agora. Parece que há gente querendo lavar a reputação passada — e as suas culpas — malhando alguns inocentes do presente.

Fica para mais tarde.

Por Reinaldo Azevedo

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