Comerciantes do Centro cobram mais segurança

13 de Abril de 2013 - 07:00 - Juiz de Fora 

A onda de assaltos e homicídios registrados em Juiz de Fora contribui para aumentar a insegurança entre comerciantes, principalmente os que atuam na região central. Preocupado com o aumento no número de crimes, o Sindicomércio-JF cobra medidas efetivas da Prefeitura e da Polícia Militar a fim de devolver a sensação de segurança a lojistas, funcionários e consumidores. Um dos fatos que reacenderam o clamor por mais policiais nas ruas, ocorreu no último dia 10, quando dois homens armados estacionaram uma motocicleta, por volta das 17h30, na frente de um supermercado, na Rua Marechal Deodoro, e anunciaram um assalto. A ação levou pânico a clientes e funcionários, já que havia diversas pessoas esperando na fila para pagar as compras. A dupla fugiu, levando R$1.600.

Um dia antes, a balconista de uma joalheria, na Rua Mister Moore, desmaiou após ser abordada por dois assaltantes armados. Um deles jogou uma bolsa sobre o balcão, enquanto outro mostrou o revólver à funcionária. A dupla fugiu sem levar nada. Os casos, conforme o presidente do sindicato, Emerson Beloti, traz questionamentos a respeito do contingente de policiais deslocado para o Centro. "Também estamos preocupados com o comércio dos bairros, mas na área central, como há mais volume de negócios, ocorre maior concentração de pessoas, o que torna a situação mais grave, já que também estamos percebendo a ousadia dos infratores", afirma, acrescentando que as brigas de gangues também merece maior atenção das autoridades.

Segundo ele, em fevereiro passado, a diretoria do Sindicomércio solicitou que o prefeito Bruno Siqueira intercedesse junto ao Governo estadual para que fosse promovida uma avaliação do contingente policial da cidade. A ideia era verificar se o efetivo está, de fato, adequado às necessidades atuais. A Secretaria de Comunicação da PJF informou que o prefeito já esteve com o governador Antônio Anastasia, que ficou de avaliar a solicitação. A pasta esclareceu ainda que, desde janeiro, Bruno, em parceria com a Polícia Militar, tenta viabilizar a instalação na cidade do projeto "Olho vivo", cujo convênio deve ser formalizado no fim deste mês. Serão 54 câmeras de vigilância espalhadas no Centro e outros seis bairros.

O comandante da 30ª Companhia da PM, capitão Marcelo Monteiro de Castro, responsável pelas ações policiais no Centro, afirma que o efetivo lançado nas ruas é o ideal para o combate ao crime na área central. "Se houver necessidade, contamos com reforço do setor administrativo e de outras unidades", ressalta o capitão, acrescentando que são desencadeadas operações específicas de acordo com a demanda. "Hoje (ontem) prendemos dois homens suspeitos de envolvimentos em crimes na área central e apreendemos uma motocicleta. Esse veículo possui características de uma moto utilizada em outra ocorrência no Centro", afirmou. Ele ainda observa que esse tipo de atividade será realizada de forma contínua, sempre objetivando ações de caráter preventivo e repressivo.
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