sexta-feira, 8 de março de 2013

UM PEDAÇO DA HISTÓRIA POR POUCOS CONHECIDA - UMA SINGELA HOMENAGEM A UMA "GUERREIRA" MULHER BRIGADIANA

quinta-feira, 7 de março de 2013

Olmira Leal de Oliveira,
"Cabo Toco"
Nascimento: 18 de junho de 1902, em Caçapava do Sul.
Filiação: Francisco José de Oliveira e Auta Coelho Leal de Oliveira.
Casamento: Antônio Martins da Silva, 1951. O casal não teve filhos.
Falecimento: Cachoeira do Sul, 21 de outubro 1989, aos 87 anos. 

"Cabo Toco" foi a primeira mulher gaúcha a ostentar a farda da Brigada Militar. Olmira Leal de Oliveira nasceu em Caçapava do Sul, RS, em 18 de junho de 1902. Foi recrutada aos 21 anos de idade, para servir como enfermeira durante o movimento armado de 1923, quando Borges de Medeiros lutava pela legitimidade de sua reeleição ao governo do Estado. Olmira lutou ainda, nos movimentos revolucionários seguintes (1924 e 1926). 

Olmira Leal oliveira ficou conhecida como Cabo Toco graças à sua participação nas tropas da Brigada Militar durante a Revolução Federalista, enfrentando ninguém menos que o General Zeca Neto.

Na década de 1920, integrou as fileiras da Brigada Militar, como combatente e enfermeira do 1.º Regimento de Cavalaria, hoje 1.º Regimento de Polícia Montada, sediado em Santa Maria. Participou dos movimentos revolucionários de 1923, 1924 e 1926. Incorporou em 1923 e só deixou a Brigada em 1932.

Sua figura ficou conhecida em 1987, quando a intérprete Fátima Gimenez venceu a V Vigília do Canto Gaúcho contando sua história na música "Cabo Toco".

Ela também é patrona da primeira turma de PMs femininas do Estado. Ijuí também homenageou-a dando o seu nome a uma rua da cidade, bem como ao CTG do 9.º Batalhão da Polícia Militar da mesma cidade .

Cabo Toco, apesar de atos heroicos dentro do 13.º Regimento de Cavalaria da Brigada Militar, durante as revoluções de 1923 e 1924, depois de passar por várias batalhas com destaque de bravura, em 1932 deixou a corporação. Mesmo tendo sido considerada heroína, Olmira Leal de Oliveira só conseguiu receber um soldo do Governo do Estado depois que Nilo Brum e Heleno Gimenez venceram a V Vigília do Canto Gaúcho com uma composição em sua homenagem.

Morreu em 1989, morando em um barraco na zona periférica da cidade de Cachoeira do Sul. Recebia, quando faleceu, a pensão vitalícia especial, correspondente ao cargo de 2.º sargento da Brigada Militar concedida havia dez anos por parte do Governo do Estado.

Cabo Toco
Fátima GimenezCompositor: Nilo Bairros de Brum / Fátima Gimenez

Foi no lombo de um cavalo que descobri horizontes 
Em vez de vestir bonecas andei gritando repontes 
Entrei de frente na história e acredite quem quiser 
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher 
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
Me chamam de Cabo Toco 
Sou guerreira, sou valente Do Primeiro Regimento 
Enfermeira e combatente 
Me chamam de Cabo Toco Só não sabe quem não quer 
Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher (Intro) 
Lutei contra Honório Lemes na serra do Caverá 
Na ponte do Alegrete meu fuzil estava lá 
Enfrentei o Zeca Neto sem temor da "colorada" 
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada 
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada (Intro) 
A velhice me encontrou com a miséria na soleira 
A ver a vida por frestas num subúrbio de cachoeira
Digo aos curiosos que trazem ajudas interessadas 
Que não quero caridade quero justiça e mais nada 
Que não quero caridade quero justiça e mais nada

http://www.museucachoeira.com.br - MUSEU MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL 
http://5rpmon.blogspot.com.br/2013/03/um-pedaco-da-historia-por-poucos.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário