Segunda-feira, 25 de março de 2013 | 18:28
Bruno Lupion (Estadão)
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) se reuniu na manhã desta segunda-feira com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros caciques do PSDB paulista em mais um movimento para pavimentar sua candidatura à presidência do partido e, em 2014, à Presidência da República.
Participaram também do encontro três nomes de confiança do ex-governador José Serra: o vereador Andrea Matarazzo, o vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, e o senador Aloysio Nunes Ferreira.
Aécio chegou ao Instituto FHC, no centro de São Paulo, acompanhado do atual presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmando que chegou o momento de o PSDB se reestruturar. “Nós devemos dar um passo a mais, um passo adiante a partir de agora”, propôs. “O PSDB é a grande alternativa a esse modelo de gestão do PT, e precisamos traduzir com maior clareza para a população o que nos diferencia”.
Ao chegar ao Instituto FHC, Aécio também disse esperar o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para definir o nome do PSDB à Presidência da República. “Eu não sou candidato à Presidência da República a qualquer custo. O PSDB terá um candidato e esse candidato, para ter sucesso, terá de ter o apoio do governador Geraldo Alckmin”, afirmou.
À tarde, Aécio fez novas críticas ao governo federal em uma palestra na sede estadual do PSDB. O objetivo é calibrar o discurso tucano de oposição à presidente Dilma Rousseff e buscar a unidade partidária em torno de seu nome.
REJEIÇÃO
A depender de Alberto Goldman, por exemplo, o apoio do PSDB paulista à candidatura de Aécio à Presidência ainda pode estar longe. Ao chegar à reunião, ele destacou que, segundo a última pesquisa Ibope, 47% dos eleitores, no voto estimulado, não escolheram o nome de Dilma e, entre os oposicionistas, Serra ainda é o segundo colocado, com 12%, mesmo tendo Aécio, quarto colocado, com 7%,como opção.
Em análise publicada em seu blog na noite de domingo, Goldman destacou que a rejeição de Serra – a mais alta entre os nomes citados da pesquisa – poderá cair se o governo Dilma enfrentar problemas na condução da economia, assim como a rejeição a Aécio poderá subir, à medida em que mais eleitores o conhecerem.
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