15/03/2013
Tiago Melo
Do G1 AM
Adriano Vidal Guimarães negou participação direta nas mortes dos proprietários (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
Dois homens foram presos, nesta sexta-feira (15), suspeitos de integrar quadrilha que assaltava embarcações no Amazonas para roubar motores. Segundo a polícia, eles matavam os proprietários dos barcos, tiravam as vísceras das vítimas e jogavam os corpos no rio. Eles foram detidos na Rua Israel, localizada no Bairro Jesus Me Deu, Zona Norte de Manaus.
A dupla é formada por um homem, de 45 anos, natural de Barcelos, município a 399 km da capital, e Adriano Vidal Guimarães, de 33 anos. Eles são apontados como autores de pelo menos 10 casos de latrocínio com requintes de crueldade. A retirada das vítimas seria feita para dificultar a localização dos corpos.
De acordo com informações da Polícia Civil, um dos suspeitos tentou resistir à prisão. "Após meses de investigações, chegamos até o local em que eles estavam escondidos. Adriano logo se rendeu, diferentemente de seu colega que empreendeu fuga e trocou tiros com a equipe da polícia", informou o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Emerson Negreiros. O suspeito foi atingido por tiros, mas passa bem.
“Conforme dados de um ano de investigação, sabemos que os dois fazem parte de uma quadrilha de seis pessoas", disse o diretor (Foto: Tiago Melo/G1 AM)
Segundo a polícia, os suspeitos são grandes conhecedores dos rios que banham o Amazonas. "Eles contratavam um frete fluvial e no meio do percurso matava o proprietário do barco ou o comandante e arrancava suas vísceras, despejando o corpo no rio. Por fim, o homem levava o motor da embarcação", afirmou Emerson Negreiros. Segundo ele, estima-se que mais de dez pessoas já tenham sido vítimas do homem. "Ele já atua há mais de dois anos", completou o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana.
Negando a participação direta nos latrocínios, Adriano afirmou nunca ter matado as vítimas. "Nunca matei uma pessoa em toda minha vida, eu somente pilotava os barcos depois que eles eram tomados", afirmou. "Não sei o que eles faziam com as pessoas, só vi uma vez um corpo ser jogado no rio", destacou.
As prisões, segundo Emerson Negreiros, foram resultado da Operação Barriga d’Água, que segue adiante. "Conforme dados de um ano de investigação, sabemos que os dois fazem parte de uma quadrilha de seis pessoas, sendo que quatro ainda estão soltos", disse o diretor. "A partir de agora, o trabalho de busca será intensificado", afirmou Emerson.
Baleado durante a troca de tiros, o suspeito foi encaminhado para o Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, na Zona Leste de Manaus, de onde seguirá para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa. Já Adriano Guimarães foi encaminhado e apresentado no 5º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no Bairro Santo Antônio, e também deverá seguir para a Cadeia.
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