sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Termina rebelião na penitenciária Nelson Hungria. Professora e agente penitenciário são libertados pelos presos

22/02/2013 
GABRIELA SALES
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FOTO: ANGELO PETTINATI / O TEMPO
Detentos rebelados na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na RMBH libertaram na tarde desta sexta-feira (22) a professora e o agente penitenciário que eram mantidos reféns dentro da unidade prisional. A confirmação foi dada por militares do Batalhão de Choque e do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE). O motim durou cerca de 30 horas até a conquista da libertação dos detentos.

Conforme informações do Batalhão de Choque, os presos aceitaram o acordo feito em ata e assinado pelos representantes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e advogados dos rebelados.

Ainda de acordo com os militares, a arma usada para manter os reféns em cárcere era de brinquedo.

Entre os pedidos feitos pelos rebelados detentos estão a não transferência de presos após o fim do motim, a liberação da visita de grávidas, a aceleração da revisão de penas e ainda serem tratados pelos nomes e não por números dentro da unidade prisional pelos agentes penitenciários.

Editoria de Arte / O TEMPO
Em nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que terminou às 15h, a reunião entre dois representantes dos detentos do Pavilhão 1 da Nelson Hungria e o Comitê Gestor de Crise e acordaram a soltura dos reféns.

A rebelião começou por volta das 9h da quinta-feira (21.01) no Pavilhão 1 do Complexo Prisional. Durante uma aula, os presos renderam um agente penitenciário e uma professora. Um gabinete de crise foi montado no local, com a presença de autoridades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Polícia Militar e Polícia Civil.

A ação
Depois de render a professora e o agente durante uma aula realizada na sala de ensino da penitenciária, um dos detentos envolvidos na rebelião usou um celular para ligar para a Rádio Itatiaia e se identificou como Daniel Augusto Cypriano, de 29 anos. Durante o contato telefônico com a equipe de reportagem da emissora, o preso alegou que o motim é feito como forma de reivindicação à proibição de visitas de mulheres grávidas e mudança nos horários para que os parentes vejam os detentos.

preso ainda reclamou de agressões e permitiu que a professora refém falasse com uma repórter. A vítima afirmou estar bem e, em seguida, Daniel exigiu a presença de toda a imprensa e do deputado Durval Ângelo (PT), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG).

Ação orquestrada
Um ônibus foi incendiado na noite dessa quinta-feira (21), no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, na altura do bairro Califórnia, na região Noroeste da capital mineira. A suspeita é que a ação esteja relacionada com a rebelião, que já dura mais de 20 horas.

Editoria de Arte / O TEMPO

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