15/01/2013
GUILHERME GUIMARÃES E JOSIAS PEREIRA
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Após reunião na Cidade Administrativa, sede do governo estadual, realizada na tarde desta terça-feira, Cruzeiro e Atlético chegaram a um acordo sobre o impasse relacionado ao clássico do dia 3 de fevereiro. A partida, que marcará a reabertura do Mineirão ao público após dois anos e meio de fechamento para reformas, será disputada com as duas torcidas. Como antecipado pelo Jornal O Tempo em sua edição desta terça, a decisão foi acertada após a intervenção da cúpula do Estado, que não abriu mão da rivalidade na grande casa do futebol mineiro.
Para o primeiro clássico do ano, a carga de ingressos será dividida metade a metade entre atleticanos e cruzeirenses (50% para cada). Toda a renda será do Cruzeiro, clube mandante do duelo, como estipulado pelo arbitral. A regra deverá ser seguida nos demais duelos entre os rivais. Ainda segundo o governo, a partir de agora, todos os clássicos disputados em Minas Gerais serão realizados com duas torcidas, seja no Independência, Mineirão ou em qualquer outro estádio. A Polícia Militar, por meio do Coronel Divino Pereira, chefe do Estado Maior, garantiu a segurança de todas as partidas entre as duas maiores equipes de Minas Gerais, dando fim a uma polêmica que se arrastava desde o início da realização de clássicos fora de Belo Horizonte.
Os presentes na reunião e o silêncio de Kalil
O acordo foi selado em um encontro que colocou frente a frente os presidentes de Cruzeiro e Atlético, Gilvan de Pinho Tavares e Alexandre Kalil, respectivamente, mediado pelo governador Antonio Anastasia, além da presença do Coronel Divino Pereira, chefe do Estado Maior da Polícia Militar, Rômulo Ferraz, secretário de Defesa Social, Tiago Lacerda, secretário da Secopa, Ricardo Barra, presidente da Minas Arena, e Paulo Schettino, presidente da Federação Mineira de Futebol.
Após o anúncio oficial, Alexandre Kalil deixou a Cidade Administrativa rapidamente e não quis comentar a decisão com a imprensa, levantando dúvidas se ele teria concordado ou não com a decisão.
Passo a passo
Inicialmente, chegou a se pensar em uma partida amistosa entre um combinado com os melhores jogadores de Minas Gerais e o River Plate, da Argentina, reeditando o jogo que marcou a inauguração do Mineirão em 1965, no entanto, o governador, em entrevista coletiva concedida em dezembro do ano passado, confirmou o clássico como a primeira partida do estádio, totalmente remodelado para a Copa das Confederações e Copa do Mundo de 2014.
A partir deste momento, uma grande polêmica foi criada em torno do clássico. O presidente Alexandre Kalil não aceitava, em hipóteses alguma, imposições da Secopa quanto a este jogo, mas se dispôs a atuar no Mineirão no dia 3 de fevereiro, como definido pelo arbitral. Desta maneira, o primeiro clássico de 2014 também seria disputado no Mineirão, só que com o mando do Atlético. No entanto, o Cruzeiro continuou relutante. Gilvan de Pinho Tavares, presidente da Raposa, queria a garantia que as demais partidas entre os rivais fossem realizadas com as duas torcidas, inclusive as da fase final do Campeonato Mineiro deste ano.
A decisão se arrastou pelo fim do ano até a metade de janeiro, com os dirigentes trocando acusações. Para solucionar o problema, o governo convocou uma reunião entre as partes, chegando a definição desta terça-feira.
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