quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Polícia estoura laboratório de refino de drogas avaliado em R$ 500 mil em Vespasiano

24/01/2013 
TABATA MARTINS /JOSÉ VITOR CAMILO
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FOTO: ALEX DE JESUS/O TEMPO
Segundo as investigações, Rodrigo Marcos Simões atuava sozinho e de forma bastante organizada na venda de entorpecentes na Grande BH

Uma operação da Polícia Civil resultou no fechamento de um laboratório de refino de drogas e na apreensão de 16 quilos de cocaína na noite dessa quarta-feira (23), em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O dono do laboratório, Rodrigo Marcos Simões, de 29 anos, foi preso quando estava dentro de um Fiat Línea e a caminho do laboratório, que funcionava em uma casa alugada por ele no bairro Bela Vista.

O suspeito, que atualmente morava em uma casa de luxo com a mãe na mesma região em que foi preso, estava com um mandado de prisão em aberto contra ele por recaptura. Rodrigo Marcos Simões era procurado desde fevereiro de 2012, quando, por meio de um benefício, saiu da cadeia, onde estava preso por prática de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. O preso também é suspeito de ter matado duas pessoas no bairro Industrial, em Contagem, na Grande BH, em 2005 e em 2007.

Após buscas no laboratório, os policiais também apreenderam grande quantidade de material usado no refino de drogas, como cafeína, lidocaína, morfina, xilocaína e ácido bórico, além de uma prensa e uma balança de precisão. O suspeito era investigado há um mês e, conforme cálculo do delegado Fernando Miranda da Delegacia de Homicídios Noroeste, sofreu um prejuízo de R$ 500 mil com o fechamento do laboratório.

De acordo com as investigações, o traficante vendia entorpecentes para toda a região metropolitana de Belo Horizonte e o comércio era realizado de forma bastante organizada. Além de refinar a cocaína, Rodrigo Marcos Simões tinha o cuidado de separar as porções em embalagens de cores variadas. Sendo que, as embalagens vermelhas eram utilizadas para a cocaína mais pura, a azul e a amarela para a intermediária e a branca para a menos pura. Normalmente, o traficante cobrava R$ 4 mil pelo quilo da cocaína menos pura e até R$ 8 mil para a mais.

Durante apresentação à imprensa, Rodrigo Marcos Simões negou ser o construtor e administrador do laboratório e ainda afirmou agir sozinho, o que vai de encontro com as conclusões da investigação feita pelo delegado Fernando Miranda. O delegado ainda revelou que o traficante agia de forma bastante discreta e que nunca levantou suspeitas dos vizinhos.

A coletiva de imprensa foi realizada no Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa.

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