17/01/2013 07:00 - Atualizado em 17/01/2013 07:00
Daniel Antunes e Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
Ricardo Bastos/Hoje em Dia
Os maiores problemas em partes externas dos imóveis são lixo no quintal e pratos de plantas
Nos últimos sete dias, 13 municípios mineiros decretaram situação de emergência por causa dos altos índices de infestação do mosquito transmissor da dengue. O objetivo das prefeituras é receber, o quanto antes, ajuda da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e em Governador Valadares, no Leste do Estado, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação (LirAa) atingiu 5,3% e 4,8%, respectivamente. Ambos os municípios decretaram emergência.
Os dados são preocupantes, uma vez que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de, no máximo, 1% dos imóveis com criadouros do Aedes aegypti. Acima disso, há risco de epidemia.
O secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques, considera a transição política em algumas cidades como fator relevante para o avanço da dengue. Segundo ele, Timóteo e Ipatinga, no Vale do Aço, além de Periquito (Vale do Rio Doce), estão em situação delicada.
“Em Periquito, houve o abandono da limpeza urbana. A Lei de Responsabilidade Fiscal representou um grande avanço e dignificou a gestão pública, mas não pode ser desculpa para se abandonar a responsabilidade sanitária”, disse.
Risco iminente
Uberaba e Governador Valadares não tiveram troca no poder, mas, mesmo assim, apresentaram os dados mais preocupantes do Estado. O número de residências infectadas é quase cinco vezes maior que o aceitável.
O secretário de Saúde de Uberaba, Fahim Sawan, espera que a população contribua. “Peço às pessoas que, pelo menos uma vez por dia, verifiquem se há água parada no quintal, principalmente, depois da chuva”.
Os números mais recentes de notificações em Governador Valadares ainda não foram divulgados. Desde ontem, uma força- tarefa formada por agentes da SES está nas ruas ajudando em ações preventivas. Segundo a prefeitura, mais de 85% dos focos do mosquito estão nos imóveis.
Conforme o Centro de Zoonoses, 50% das larvas do Aedes aegypti foram localizadas nos ralos das residências. O número de doentes ainda não foi contabilizado e, por isso, não é possível falar em um quadro de epidemia.
Dez bairros
Em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, o prefeito Getúlio Neiva decretou situação de emergência ontem por causa do risco de epidemia. Pelo menos dez bairros têm focos do mosquito transmissor. Por meio de decreto, a Secretaria Municipal de Saúde está autorizada a contratar agentes para reforçar o combate.
A coordenadora de Zoonoses da SES, Mariana de Brito, afirma que a ajuda para as cidades que decretaram emergência não é financeira. “Vamos enviar equipes com médicos e enfermeiros”.
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