30/10/2012
Do G1, com agências internacionais
O número de mortos pela passagem da supertempestade Sandy pela Costa Leste dos EUA e do Canadá subiu de 16 para 25, segundo as autoridades.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou nesta terça-feira (30) que o número de mortos por Sandy na cidade chega a 10, mas pode aumentar. A cidade foi bastante castigada por inundações e blecautes.
Mais de 8 milhões de lares e comércios, em 18 estados, se encontram sem eletricidade na Costa Leste dos Estados Unidos por causa da supertempestade, informou o governo federal.
Os estados mais atingidos são Nova York (2 milhões) e Pensilvânia (1,3 milhão), segundo o Departamento de Energia.
O governador de Nova Jersey, estado pelo qual Sandy chegou ao continente, disse que o furacão provocou uma "devastação inimaginável" na costa e que os trabalhos para retirar moradores presos pelas inundações continuam.
A Guarda Nacional está ajudando nos trabalhos na região, onde muitas casas foram arrancadas de suas bases e arrastadas pelos ventos e pela água.
Nova York
O presidente Barack Obama, declarou situação de emergência para todo o estado de Nova York após a passagem de Sandy.
Parte da ilha de Manhattan está inundada, e 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na cidade de Nova York.
Perdendo força
Sandy perdeu força nas primeiras horas da manhã desta terça, enquanto prosseguia seu trajeto pelo leste dos Estados Unidos, mas ainda pode provocar fortes ventos e inundações, alertam as autoridades meteorológicas. Entenda o fenômeno.
O Centro Nacional de Furacões informou às 9h GMT (7h do horário brasileiro de verão) que Sandy se deslocava ao sul do estado da Pensilvânia com ventos de 105 km/h e rajadas ainda mais fortes sobre grande parte da Costa Leste.
A supertempestade, rebaixada para tempestade pós-tropical pouco depois de tocar a terra na costa de Nova Jersey na segunda-feira à noite, mas a destruição provocada superou amplamente seu nível na escala Saffir-Simpson dos furacões.
Vítimas
Autoridades temem que o número de vítimas cresça, pois os serviços de resgate continuam em marcha.
No Estado de Nova York, Sandy matou 16 pessoas, incluindo um homem de 30 anos atingido pela queda de uma árvore no Queens, disse um porta-voz do governador Andrew Cuomo.
Resgatista carrega menina em rua alagada de Little Ferry, no estado americano de Nova Jersey, nesta terça-feira (30) (Foto: Reuters)
‘Sandy’ provoca inundação nas obras do Marco Zero, em Nova York. (Foto: John Minchillo / AP Photo)
Em Nova Jersey, há três mortos, dois deles atingidos por uma árvore, que caiu sobre um carro no condado de Morris, segundo os serviços de emergência.
Duas pessoas morreram na Pensilvânia, uma atingida por árvore e outra no desabamento de uma casa, informaram as autoridades locais.
Em Maryland, uma mulher bateu com o carro em uma árvore e morreu.
Na Virgínia Ocidental, outra mulher, de 48 anos, colidiu com um caminhão em meio a uma tempestade provocada por Sandy, informou a polícia.
No Atlântico, na Costa da Carolina do Norte, uma tripulante de um veleiro réplica do HMS Bounty morreu no hospital após ser resgatada no mar e levada a um hospital.
O capitão do barco permanece desaparecido.
Imagem de satélite mostra Sandy sobre a Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (30) (Foto: AP)
Na cidade canadense de Toronto, mais ao norte, uma mulher morreu ao ser atingida por uma placa de publicidade que se desprendeu com o forte vento.
Uma empresa de previsão de desastres estimou que as perdas econômicas poderiam chegar a US$ 20 bilhões, sendo apenas metade desse valor garantida por seguros (assista no vídeo ao lado).
Sandy tocou a terra na noite desta segunda pela costa de Nova Jersey, com ventos de 130 km/h e deslocando-se a 37 km/h.
O olho do fenômeno atingiu as proximidades de Atlantic City, de acordo com o boletim do Centro Nacional de Furacões (CNF), com sede em Miami.
As autoridades americanas haviam advertido sobre os riscos "sem precedentes" e ordenaram a saída de centenas de milhares de pessoas em cidades ao longo da faixa costeira da Nova Inglaterra (nordeste) até a Carolina do Norte (sudeste).
O presidente Barack Obama alertou os americanos sobre a ameaça representada por Sandy, ao citar uma "tempestade grande e poderosa' que poderia ter consequências desastrosas.
A passagem da tempestade interrompeu a campanha eleitoral americana, a uma semana das equilibradas eleições de 6 de novembro.
Tanto Obama como seu rival republicano, Mitt Romney, cancelaram eventos eleitorais.
Os dois candidatos têm consciência da importância política de dedicar toda a atenção às consequências da tragédia, pois lembram do que aconteceu com o furacão Katrina em 2005.
A resposta ao Katrina, que devastou Nova Orleans (Louisiana, centro-sul do país), foi encarada como um fracasso das autoridades, lideradas pelo então presidente republicano George W. Bush, o que marcou o restante de seu segundo mandato.
Em sua passagem pelo Caribe, na semana passada, Sandy deixou 67 mortos, milhares de desabrigados e muitos prejuízos. Só no Haiti, foram 51 mortos.
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