sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Settra altera trânsito para o “Bem Comum Lazer”

JUIZ DE FORA - 30/8/2019 - 16:59
Foto: Arquivo 

Para realização do projeto “Bem Comum Lazer”, no domingo, 1º de setembro, das 6 às 13 horas, a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) promoverá alterações na Avenida Barão do Rio Branco. A faixa central da via será interditada entre a Rua Doutor Romualdo e a Avenida Doutor José Procópio Teixeira. Os ônibus que circulam no sentido Manoel Honório/Bom Pastor deixarão a pista central no cruzamento com Avenida Presidente Itamar Franco, passando para a lateral. Na direção inversa, retomarão a faixa central no cruzamento com a Rua Doutor Romualdo. As paradas nas laterais serão em frente aos pontos originais da pista central.

* Informações com a Assessoria da Secretaria de Transportes e Trânsito pelo 3690-7767

Juiz-foranos provam e comprovam os sabores africanos na gastronomia da cidade

JUIZ DE FORA - 30/8/2019 - 18:35

Foto: Carlos Mendonça 

A culinária africana enriqueceu a cozinha brasileira e está mais presente nos hábitos alimentares do juiz-forano do que se pode imaginar. Foi o que a população provou e comprovou nesta sexta-feira, 30, durante o evento "Patrimônio, Gastronomia e Cultura: O Sabor da Culinária Africana na Identidade Juiz-forana", na Praça Antônio Carlos. Parte da “7ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais”, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), a ação atraiu centenas de pessoas, que foram lá saborear delícias relacionadas à culinária afro-brasileira: caldo de inhame, feijoada e o arroz-doce tradicionalmente mineiro, harmonizadas com a cerveja artesanal de Juiz de Fora.

“Buscamos uma proposta que dialogasse com aqueles que têm a maior representatividade populacional de Juiz de Fora, a cultura afro”, explicou o professor e pesquisador de comidas étnicas, João Batista Villas Boas Simoncini, do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES JF). “De entrada, um creme de inhame, que embasa a culinária africana; a feijoada está vinculada a uma ´tradição inventada´. O que nos é passado nos livros e pelos professores de história é que a feijoada tem base africana. Em parte, tem. Mas ela tem base muito mais indígena do que africana. A ´tradição inventada´ vem para torná-la mais vendável, já que a maioria da população brasileira é de origem afro.”

O cardápio chamou a atenção das amigas Helaine Lemos, Rose Faria e Nora de Oliveira, que trabalham no Centro da cidade e foram conferir o evento. “Achei uma ótima iniciativa, está tudo uma delícia”, elogiou Rose. “Eu não sabia da presença da culinária afro na nossa alimentação. Achei o evento maravilhoso, especialmente a harmonização com cerveja”, completou Nora.

O assessor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária (Sedeta) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Marcos Miranda, explicou a presença do produto local: “A cerveja vem na mesma questão de valorização do passado, com a presença dos povos africanos na cidade, e o atual movimento cervejeiro. A cerveja também faz parte da mesa, harmoniza com os pratos. A Cervejaria São Bartolomeu trouxe dois tipos: uma Premium, mais leve, mais de entrada, que harmoniza com creme de inhame, e uma IPA, mais forte e encorpada, que harmoniza com a feijoada”, destacou.

Rosângela Silva Rocha, 65, é tombense e vive no Rio de Janeiro, e aprovou a iniciativa: “Gosto muito de Juiz de Fora. Venho sempre, e tenho amigos aqui. É a minha cidade. Vim à praça porque soube que estava acontecendo evento sobre cultura afro, e isso é muito interessante. Para a gente que gosta, procura ler, saber, conviver, é muito legal. Dança, raízes. Quem de nós não tem sangue afro? Somos todos mestiços. Acho muito importante a valorização e divulgação, com eventos assim, para a cidade e as pessoas. Juiz de Fora está de parabéns, por sempre inovar com essas realizações”.

“Culinária e Patrimônio”
Realizada a cada dois anos em Minas, a “Jornada” é promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio do Iepha, e busca promover atividades de educação patrimonial no “Mês do Patrimônio”, celebrado em agosto. Na edição de 2019, com o tema “Culinária e Patrimônio”, o objetivo é promover ações que tratem dos modos de fazer, das receitas, dos lugares e práticas ligadas à alimentação e seu patrimônio gastronômico.

“A realização da ação conta como ponto para que a cidade receba o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cultural. Atendendo ao tema, realizamos o evento em um patrimônio histórico, celebrando a culinária como patrimônio imaterial. Este ano, escolhemos os povos africanos. Sempre falamos muito da nossa ascendência europeia, dos alemães, italianos, portugueses, sírios, e às vezes nos esquecemos dos povos africanos, que constituíram a cidade e que são grande parte da população em Juiz de Fora”, destacou Marcos Miranda.

“É muito importante a realização de discussões, debates e o entendimento das pessoas sobre a importância desse espaço, da Praça Antônio Carlos, que, em conjunto com a Praça da Estação, forma o primeiro núcleo histórico da cidade de Juiz de Fora. Um conjunto arquitetônico muito interessante para a divulgação da memória da cidade. A identidade africana, dentre os nossos traços de formação identitária, talvez seja uma das que a gente menos dialoga, e a que está mais presente no nosso cotidiano, arraigada nos nossos costumes e na tradição mineira, com a carne de porco, a cachaça e diversos outros insumos e raízes”, explicou a historiadora da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa), Carine Muguet. 

O evento "Patrimônio, Gastronomia e Cultura: O Sabor da Culinária Africana na Identidade Juiz-forana" foi uma realização da PJF, por meio da Funalfa e Sedeta, e o Centro de Estudos Sociais (CES), com o apoio do Hospital “Albert Sabin”, Mineirão Atacarejo, Cervejaria São Bartolomeu e Ppienk – Equipamentos para Cozinhas Industriais. 

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Sedeta, pelo telefone 3690-8341.

Mais um corpo é encontrado nos destroços da barragem em Brumadinho

REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados

Publicado em 30/08/2019 - 19:34

Por Da Agência Brasil Brasília

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais encontrou nesta sexta-feira (30) mais um corpo de vítima do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da empresa Vale, em Brumadinho (MG).

A última divulgação de corpo encontrado pelos bombeiros aconteceu no dia 11 de julho. Na ocasião, já havia sido contabilizada a morte de 248 pessoas em decorrência da tragédia. Oficialmente, permanecem desaparecidas 22 pessoas. Muitos sobreviventes que perderam suas casas ainda estão desabrigados.
Fraudes 

A Polícia Civil do estado anunciou hoje que instaurou inquérito para investigar fraudes de novos estelionatários que buscam receber benefícios assegurados às vítimas do rompimento da barragem da Vale.

A mineradora ofereceu uma doação de R$ 100 mil para as famílias de cada pessoa morta, R$ 50 mil para quem morava na área alagada e R$ 15 mil para quem desenvolvia atividade produtiva ou comercial nas regiões afetadas. Esses valores foram assegurados de forma unilateral e não correspondem às indenizações, que estão sendo negociadas judicialmente.

Edição: Liliane Farias

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.039 em 2020

Marcello Casal/ Agência Brasil

Publicado em 30/08/2019 - 16:34

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil Brasília

O salário mínimo proposto pelo governo federal para o ano que vem é de R$ 1.039. O valor consta no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2020, que foi enviado hoje (30) para análise do Congresso Nacional, juntamente com o texto do projeto de lei que institui o Plano Plurianual (PPA) da União para o período de 2020 a 2023.

"Esse valor é exatamente o número de 2019 corrigido pelo INPC. Não é nossa política de salário mínimo. Temos até o fim do ano para estabelecer nossa política de salário mínimo", afirmou o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, durante coletiva de apresentação do Orçamento 2020.

Até o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses dois anos.

O valor previsto agora está abaixo da última projeção, anunciada em abril, que indicou um salário mínimo de R$ 1.040. A revisão para baixo está relacionada à correção do valor do salário mínimo de 2020 ser corrigido pela inflação desse ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou queda nos últimos meses (de 4,19% para 4,09%).

Cada aumento de R$ 1 no mínimo terá impacto de cerca de R$ 298,2 milhões no Orçamento de 2020. A maior parte desse efeito vem dos benefícios da Previdência Social de um salário mínimo.

Mesmo com a ligeira redução, o salário mínimo do ano que vem vai ultrapassar a faixa R$ 1 mil pela primeira vez na história. O reajuste representa uma alta de um pouco mais de 4% em relação ao valor atual (R$ 998).

Matéria atualizada para acréscimo de informação.

Ao contrário do informado inicialmente, o período em que o PIB do país registrou retração foi 2015 e 2016 e não 2015 e 2017.

Edição: Aline Leal

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Epamig desenvolve suco de uva com substância que previne doenças

QUA 28 AGOSTO 2019 09:15 ATUALIZADO EM QUA 28 AGOSTO 2019 11:57

Samantha Mapa

Os benefícios do resveratrol, substância presente no vinho, já são amplamente conhecidos: prevenção de doenças coronárias, redução dos níveis de colesterol ruim (LDL), ação anti-inflamatória e fortalecimento do sistema muscular. No suco de uva, a concentração desta substância é muito menor. Um estudo em andamento no Centro de Pesquisa em Alimentos Food Research Center (FoRC), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), pode resultar em um suco de uva integral com 70% mais resveratrol do que os sucos comuns.

A pesquisadora e doutoranda em Ciência dos Alimentos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP), Laís Moro, desenvolveu uma técnica para estimular a produção de resveratrol naturalmente nas plantas. “Os resultados preliminares indicam que, com o tratamento, houve um aumento de 70% desse composto no suco, que se manteve mesmo após armazenamento de seis meses”, explica. O estudo foi coordenado pelo professor pesquisador do FoRC, Eduardo Purgatto, e teve participação da pesquisadora Renata Vieira da Mota, que atua no Núcleo Tecnológico Uva e Vinho, da Epamig, empresa vinculada da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Divulgação/Emater-MG

Os testes foram realizados em Bento Gonçalves (RS) e Caldas (MG) com duas variedades de uva, totalizando 240 litros por região, sendo que parte das videiras era tratada e a outra não. Além do resveratrol, os pesquisadores observaram um aumento significativo de outras substâncias, como antocianinas e flavonoides, que também são aliadas na promoção da saúde.

Diferencial
A pesquisadora explica que, para ingerir a mesma quantidade de resveratrol de um copo de suco ou vinho apenas consumindo as uvas, seria necessário consumir uma grande quantidade, incluindo a casca e a semente. São essas partes, que nem sempre são consumidas, que possuem a maior concentração da substância.

O processo de fabricação do vinho, que envolve fermentação, favorece a extração de resveratrol e de outros compostos bioativos da uva, mas nem todos podem consumi-lo. “O novo suco é direcionado a crianças, idosos e pessoas que não podem ou não gostam de consumir vinho. Seria uma alternativa que une o prazer do sabor aos componentes terapêuticos”.

Os efeitos benéficos da substância também têm sido analisados por outras perspectivas. Um estudo recentemente publicado na revista Frontiers in Physiology, realizado por pesquisadores de Harvard em parceria com a Nasa, demonstrou que o resveratrol é capaz de reduzir a perda de massa muscular, problema enfrentado por astronautas quando estão em ambientes de baixa gravidade.

Jovem é morto a tiros no Bairro Santa Cecília em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

29/08/2019 08h01 

Um jovem de 21 anos foi morto com cinco tiros, ao sair de uma casa no Bairro Santa Cecília, na noite desta quarta-feira (28). O padrasto dele, de 38 anos, que o acompanhava, não foi ferido. No entanto, foi detido por tráfico de drogas.

De acordo com a ocorrência, a Polícia Militar (PM) recebeu denúncias de que houve disparos de arma de fogo na Rua Doutor Adair Calais Lessa. No local, encontraram o corpo do rapaz. Dois tiros foram disparados contra o rosto da vítima.

A morte foi constatada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A perícia encontrou sete estojos e dois projéteis semi-deformados.

Os policiais procuraram câmeras de monitoramento perto do local e tiveram acesso a imagens que mostraram que o rapaz e o padrasto saíram de uma casa em direção a um carro estacionado na rua. Outro veículo surgiu na imagem, um passageiro desembarcou e fez um disparo contra o homem e vários em direção ao rapaz. Ele embarcou no mesmo carro, que deixou o local.

Ao perceber que os autores foram embora, o padrasto entrou no carro estacionado e saiu.

Os policiais foram à casa de onde as vítimas saíram e tiveram entrada autorizada no imóvel, que é alugado pelo homem. Encontraram bucha de crack e diversas embalagens em cima do guarda-roupa.

O homem voltou à residência dizendo que foi levar familiares para um lugar seguro. Ele negou usar ou vender drogas, mas recebeu voz de prisão por tráfico.

O corpo foi removido pela funerária para o Instituto Médico Legal (IML).Os materiais e o celular da vítima foram apreendidos. O caso será encaminhado para investigação na Polícia Civil.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Rodoviárias do país terão bibliotecas com empréstimo grátis de livros

Publicado em 28/08/2019 - 20:43

Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Rio de Janeiro

Com o objetivo de estimular o hábito da leitura, um grupo de empresas de transporte rodoviário se juntaram para desenvolver o projeto Bibliônibus. A iniciativa foi lançada hoje (28) em cerimônia na Rodoviária do Rio de Janeiro. Até o final de outubro, a meta é que pequenas bibliotecas estejam funcionando nas rodoviárias de pelo menos 20 cidades.

Os livros serão emprestados gratuitamente. Os usuários poderão devolvê-los em qualquer biblioteca que integre o projeto, favorecendo a circulação das obras entre as diferentes cidades. As primeiras rodoviárias participantes são as do Rio de Janeiro, São Paulo (Terminal Tietê), Ribeirão Preto (SP), Guarulhos (SP), Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Brasília, Fortaleza e Teresina.

Apoiado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), o Bibliônibus envolve as empresas de viação Util, Sampaio, Real Expresso, Rápido Federal, Expresso Guanabara, Brisa e Motta. Elas cederão espaços em suas estruturas de atendimento ao usuário para a montagem das bibliotecas. A expectativa é de que o projeto cresça e chegue às rodoviárias de todas as capitais do país, já que em todas elas operam alguma dessas sete empresas.
Rio de Janeiro - A representante do conselho da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI), Letícia Pineschi Kitagawa fala durante lançamento da Bibliônibus no Terminal Rodoviário do Rio. (Foto: Tomaz - Tomaz Silva/Agência Brasil)

"Nesse momento, onde há na sociedade uma polarização muito grande em torno de temas políticos, religiosos e sociais, o hábito da leitura pode incrementar o diálogo. As pessoas, através dos livros, podem desenvolver a capacidade de debater as ideias com mais elegância, com mais gentileza e com mais objetividade. A socialização do conhecimento proporcionada pela leitura é uma ferramenta que transforma a vida das pessoas e as ajuda a compreender melhor a realidade em que elas vivem", avalia Letícia Pineschi Kitagawa, gestora de marketing e conselheira da Abrati.

Ela explica que o acervo está sendo montado a partir da parceria com empresas, como a Livraria Leitura, e com pessoas físicas, como a escritora Heloísa Helena Perissé, que doou mil exemplares de suas obras. A qualquer tempo, os usuários que queiram estimular o compartilhamento dos livros também poderão fazer doações.
Rio de Janeiro - O escritor Robson Machado fala do seu livro Andar Invisível durante lançamento da Bibliônibus no Terminal Rodoviário do Rio. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil) - Tomaz Silva/Agência Brasil

O escritor e jornalista Robson Machado também disponibilizou exemplares de seu novo romance O Andar Invisível. No lançamento do Bibliônibus, ele antecipou ao público carioca trechos da obra que será apresentada na próxima semana durante uma sessão de autógrafos na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.

"O convite para participar do projeto veio e eu não pensei duas vezes em aceitar porque vejo como uma oportunidade de popularizar a literatura. É uma iniciativa onde o leitor não vai precisar pagar por um exemplar. Para nós, autores, quando escrevemos uma obra, mais do que o interesse comercial, o prazer da coisa é saber que ela de alguma forma chegou ao público e encantou alguém", avaliou.

Redes sociais
O projeto irá explorar também as redes sociais, usando-as como instrumento para estimular o hábito da leitura. Os usuários do Bibliônibus serão convidados a publicarem vídeos lendo pequenos trechos de livros e recomendando obras. Quem acompanhou o lançamento da iniciativa aprovou a ideia. "A leitura traz muito conhecimento cultural para as pessoas e é importante que existam projetos como esse que ofereçam estímulo", disse a estudante Chandra Medeiros.

Na visão de Catarina Malta, estudante e desenhista que participou da ilustração do banner da cerimônia de lançamento, o projeto é particularmente importante para os mais jovens. "Hoje se vive muito no meio da tecnologia e a gente acaba esquecendo um pouco de ler. Principalmente entre a nova geração que nasceu nesse mundo tecnológico, a leitura de livros é um hábito cada mais menos comum", observou.

Edição: Aline Leal

Exposição celebra os 25 anos do Real

Publicado em 28/08/2019 - 12:37

Por Bruna Saniele - Repórter da Agência Brasil Brasília

Os milênios, aqueles que nasceram depois dos anos 2000 e já completaram a maioridade, não viveram o período, mas seus pais, que nasceram na década de 1980 e estão beirando os 40 anos, têm algumas lembranças da hiperinflação da década de 1990, que atingia taxas superiores a 80%.

Naquela época, o poder de compra dos salários se reduzia quase à metade após 30 dias, e o Banco Central corria para produzir mais cédulas. Os supermercados conviviam com a remarcação desenfreada de preços dos produtos. Mas quem não tem memória desse período vai poder entender um pouco desse passado econômico na exposição Estabilidade Real: 25 anos de existência do padrão monetário brasileiro, o Real, inaugurada hoje (28), no Museu de Valores do Banco Central (BC), em Brasília.
Exposição Estabilidade Real, no Banco Central, celebra os 25 anos do lançamento do Real - Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Os mais jovens têm o privilégio de jamais ter vivido os tempos difíceis de hiperinflação, o que talvez faça a conquista da estabilidade passar despercebida", disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na abertura da exposição. Segundo ele, é preciso conhecimento do passado para aprimorar o caminho do futuro.

O cenário de comprar e estocar alimentos e itens de necessidade básica para driblar a elevação constante de preços mudou em 1º de julho de 1994, com o lançamento da moeda nova, o Real, que veio substituir o Cruzeiro Real. Nos três meses anteriores, a unidade real de valor, a URV, foi utilizada para ajudar na indexação da nova moeda.
Evolução do Plano Real - Arte EBC

Segundo o Banco Central, a nova moeda trouxe estabilidade de preços e alterou hábitos de consumo no país. Acabou a correria para pegar mercadorias antes que fossem remarcadas, as compras do mês estocadas em freezers e as corridas as agências bancárias para garantir o salário do mês.
Exposição Estabilidade Real, no Banco Central, celebra os 25 anos do lançamento do Real - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na exposição, o público conhecerá um pouco do Brasil antes do Plano Real e as dificuldades para manter a inflação sob controle. Uma sessão mostrará os planos econômicos anteriores, fracassados, por meio de reportagens da época.

"Para um país que chegou a ter uma inflação mensal de 82% temos agora índices de preços previsíveis condizentes com as metas anunciadas, e esperamos manter patamares ainda menores", disse o presidente do BC.
Curiosidades do Plano Real - Arte EBC

Roberto Campos Neto anunciou ainda que o Museu de Valores do Banco Central passará por uma reestruturação nos próximos meses e se tornará o primeiro Museu de Economia da América do Sul.

Na abertura da exposição também foi lançada uma moeda comemorativa dos 25 anos do Plano Real, com um beija-flor alimentando filhotes no verso, uma alusão à primeira moeda de um real que não está mais em circulação.

A exposição pode ser vista pelo público a partir desta quarta-feira (28). O museu está aberto de terça-feira a sexta-feira das 9h às 16h45.
Linha do tempo do Plano Real - Arte EBC

Edição: Fernando Fraga