terça-feira, 27 de setembro de 2016

Carioca denuncia auditora fiscal do aeroporto Galeão por abuso de poder

Por: Daniela Pessoa27/09/2016 às 19:05 - Atualizado em 27/09/2016 às 21:16

Aeroporto promoverá shows gratuitos às sextas (Foto: Divulgação)

Na tarde desta segunda-feira (26), a postagem da carioca Mariana Cavalcante sobre um episódio de suposto abuso de poder na alfândega do aeroporto Galeão deixou a internet em polvorosa. Em poucas horas, o texto de Mariana foi compartilhado por mais de 160 000 internautas no Facebook. “Essa senhora da foto se chama Maria Lucia Lima Barros”, começou Mariana, professora de balé e advogada, no longo relato que expõe o ocorrido e a foto da servidora denunciada (a imagem foi retirada do perfil de Maria Lucia na rede social). 

Mariana desembarcou no Rio no último sábado (24), ao lado da avó, após uma viagem de duas semanas na Índia, e diz que ambas foram submetidas a humilhação após submeterem suas bagagens a uma revista a pedido da funcionária. No fim, precisaram pagar 1500 reais por uma taxação que consideraram indevida, segundo a denúncia da passageira. “Estou escrevendo esse post para pedir que vocês o compartilhem e que, caso já tenham sofrido nas mãos dessa senhora, colaborem com as suas experiências pessoais, a fim de demostrar que o que ocorreu comigo e minha avó não se trata de uma conduta isolada, sendo necessário pôr fim ao abuso de autoridade desta servidora (...) Vamos dar um basta a essa 'síndrome do pequeno poder' que tanto afeta os brasileiros”, escreveu Mariana, que pleiteará uma indenização por danos morais e avalia ainda se apresentará uma denúncia criminal.

Procurada por VEJA RIO, Maria Lucia não foi encontrada. A revista entrou em contato com uma prima da auditora fiscal, Camila Andrade, em Belo Horizonte, que questiona a veracidade da situação relatada por Mariana e diz que sua parente está traumatizada com o linchamento virtual que vem sofrendo. “Ela está muito abalada”, disse Camila, por telefone. “Duvido que a Maria Lucia tenha sido arrogante, essa postura não tem nada a ver com ela, que trabalha há 30 anos na área e não ganharia nada com uma atitude dessas”, completa. Já Mariana Cavalcanti preferiu não dar maiores detalhes sobre o caso nem sobre os objetos que trazia nas malas. “Tudo o que eu tenho para falar agora será pelas vias legais. O post teve repercussão até maior do que eu imaginava, mas estou confortável. Há muitas pessoas que reiteram a conduta dessa pessoa”, limitou-se a dizer.

Em nota, a Receita Federal informa que “está apurando o ocorrido, desde a etapa da seleção dos passageiros para revista até o momento da fiscalização pela servidora, através das análises de imagens e dos relatos de testemunhas presentes, para que possa fundamentar as providências a serem tomadas”. O texto diz ainda que “cortesia e respeito aos passageiros sempre são comportamentos exigidos dos servidores, que também são treinados nas competências técnicas para atuação na função”. Segundo o assessor de imprensa da Receita, André Gustavo Oliveira, tendo como base as recentes investigações, Maria Lucia tomou os procedimentos cabíveis, porque havia bens a declarar. “Ela é uma funcionária muito criteriosa. A passageira que fez a denúncia diz que as reclamações dirigidas à servidora são recorrentes, mas esta é a primeira vez que tomamos conhecimento de algo assim. De todo modo, seguimos investigando com muito cuidado”, afirma Oliveira. Maria Lucia segue trabalhando, mas, até que tudo se esclareça, em outro setor.

http://vejario.abril.com.br/materia/cidade/carioca-denuncia-auditora-fiscal-do-aeroporto-galeao-por-abuso-de-poder

Homem sofre tentativa de homicídio enquanto lavava o carro

Leiliane Germano 27 Setembro 2016 13:01

Atualizada às 19h18 de 27/09/2016

Um homem de 59 anos, sofreu uma tentativa de homicídio no bairro Jardim Natal, zona Norte, no início da tarde dessa terça-feira, 27. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava lavando o carro em frente a sua casa, quando quatro homens (um deles, aparentemente, menor de idade) passaram pelo local e dispararam vários tiros contra ele. Um dos disparos acertou o braço do homem. A esposa da vítima estava muito nervosa e não soube passar as características dos autores. A equipe do SAMU foi acionada e o homem foi encaminhado à UPA Norte.

No hospital, a equipe médica constatou que o homem sofreu duas perfurações no braço, possivelmente, de uma garrucha. Segundo o que o homem relatou à PM, ele não teria desavenças que pudessem motivar o crime. Os suspeitos ainda não foram encontrados e o caso será investigado.

http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/8136-homem-sofre-tentativa-de-homicidio-enquanto-lavava-o-carro

Incêndio em prédio mobiliza Corpo de Bombeiros e interdita Av. Rio Branco

Rafaela Carvalho 27 Setembro 2016 21:46

Janela de imobiliária, localizada no 10º andar, ficou totalmente queimada). Foto: Rafaela Carvalho

Um incêndio em uma imobiliária localizada no 10º andar do prédio Solar Progresso, na Av. Rio Branco, Centro, mobilizou o Corpo de Bombeiros na noite dessa terça-feira, 27. De acordo com informações do tenente Silva, responsável pela ocorrência, as chamas tomavam parte do imóvel quando os bombeiros chegaram ao local. 

No momento, o Corpo de Bombeiros realiza o rescaldo das chamas, que já foram controladas. 

Não tinha ninguém no local no momento do acidente e os danos foram apenas materiais. Para entrar na imobiliária os bombeiros tiveram que arrombar a porta do estabelecimento.

Por conta da ocorrência, a Avenida Rio Branco sentido Manoel Honório x São Mateus ficou interditada parcialmente, visto que as chamas fizeram com que estilhaços de vidro atingissem a via. 

De acordo com a Polícia Militar (PM), a Avenida Rio Branco está interditada para veículos entre a esquina com a Rua São Sebastião até a esquina com a Rua Espírito Santo. Os carros estão sendo desviados para a Rua Olegário Maciel. Para os pedestres, o trânsito está impedido somente na calçada próxima ao prédio. Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, a medida foi tomada para a segurança de pedestres e condutores.

http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/8194-incendio-em-predio-mobiliza-corpo-de-bombeiros-e-interdita-av-rio-branco

Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo viram réus na Lava Jato

27/09/2016 16h41
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Os ministros da Segunda Turma do STF decidiram receber a denúncia contra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo por unanimidade - Arquivo/Agência Brasil

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu hoje (27) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão do colegiado, os dois passam à condição de réus nas investigações da Operação Lava Jato.

Em maio, o casal foi denunciado ao Supremo sob a acusação de ter recebido R$ 1 milhão para a campanha da senadora em 2010. De acordo com depoimentos de delatores na Lava Jato, o valor é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras. Ambos foram citados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Os ministros seguiram o voto do relator, ministro Teori Zavascki. Para o ministro, a denúncia descreveu a conduta individual dos acusados e indicou que Paulo Bernardo solicitou o pagamento ao ex-diretor, que determinou a Youssef a entrega dos recursos, por meio de uma pessoa interposta.

Ao contrário do que sustentou as defesas, Zavascki afirmou que não houve contradições nos depoimentos dos delatores.

"Em declarações prestadas nos autos de colaboração premiada, Alberto Youssef não só confirmou a realização da entrega de valores, detalhando a maneira como procederam os pagamentos, reconhecendo, ainda, mediante fotografia, a pessoa do denunciado Ernesto Rodrigues, como responsável por receber a quantia da denunciada Gleisi Hoffmann", afirmou o ministro.

O entendimento do relator foi acompanhado pelos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Pela acusação, o subprocurador da República Paulo Gonet, representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), disse que os denunciados tinham plena ciência do esquema criminoso na Petrobras e da "origem espúria" dos valores recebidos por meio de Ernesto Kugler Rodrigues, empresário ligado ao casal, que teria intermediado o repasse de Paulo Roberto Costa. Rodrigues também foi denunciado.

"Paulo Roberto Costa esperava, com esse repasse de quantias obtidas criminosamente, colher o apoio do casal denunciado para permanecer nas suas funções de diretor da Petrobras.", disse Gonet.

Outro lado
No julgamento, o advogado da senadora, Rodrigo Mudrovitsch, disse que as afirmações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foram desmentidas ao longo das investigações da Operação Lava Jato. Para a defesa, a acusação contra o casal foi baseada somente em supostas iniciais de Paulo Bernardo, encontradas em uma agenda de Costa, durante as investigações.

"Nós temos dois colaboradores premiados, ambos beneficiados e premiados por sua colaboração, que apontam dois trilhos de investigação completamente díspares e desconexos entre si. O que há aqui até agora, é simplesmente uma anotação unilateral PB 1,0.", disse Mudrovitsch.

A advogada de Paulo Bernardo, Verônica Stermann, afirmou que o ex-ministro não tinha responsabilidade sobre a manutenção de diretores na Petrobras. Além disso, segundo a defesa, Youssef e Costa confirmaram que não receberam pedidos de repasse de propina de Paulo Bernardo.

A defesa de Ernesto Kugler Rodrigues defendeu a rejeição da denúncia por entender que não há descrição sobre a participação dele nos crimes de lavagem de dinheiro e de corrupção, que teriam ocorrido pela suposta intermediação do recebimento de R$ 1 milhão.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Esquema de corrupção do PT gerava até “saldos” a serem pagos pela Odebrecht

Palocci já está com os bens bloqueados

Dimitrius Dantas e Cleide Carvalho
O Globo

O juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 128 milhões em ativos do ex-ministro Antônio Palocci Filho, de seu assessor Branislav Kontic e de seu ex-chefe de gabinete, Juscelino Dourado, além das empresas Projeto Consultoria Empresarial e da J&F Assessoria. É o maior valor de bloqueio determinado por Moro na Lava-Jato. Palocci teve prisão temporária decretada por Moro e deixou a sede da superintendência da Polícia Federal em São Paulo por volta das 12h15m.

Em despacho, Moro afirma que há provas de que ele recebia e era responsável pela coordenação dos recebimentos da Odebrecht para seu grupo político. Pallocci, preso nesta segunda-feira, foi ministro da Fazenda no primeiro mandato do ex-presidente Lula, e ministro da Casa Civil da ex-presidente Dilma Roussef.

ESPECIAL ITALIANO – Uma das provas é a planilha de título “Posição Programa Especial Italiano”, apreendida no email de Fernando Migliaccio da Silva (mig@odebrecht.com e o.overlord@hotmail.com), com a descrição de valores. Em julho de 2012 o total de recursos disponíveis era “200.098”.

Na planilha constam transferências para “JD”, “Menino da Floresta”, “Prédio IL” e Feira, que, segundo investigações há concluídas, referia-se a Monica Moura, mulher de João Santana, restando saldo de R$ 71 millhões.

Há ainda na parte inferior do documento, sob o título “Composição do Saldo”, os codinomes “Itália – 6.000”, “Amigo – 23.000” e “Pós Itália – 50.000”. Uma planilha semelhante, com lançamentos mais recentes, foi identificada num dos celulares de Marcelo Odebrecht. Moro lembra que nem todos os codinomes foram identificados.

SALDOS A PAGAR – De acordo com a Polícia Federal, os repasses das anotações eram destinados ao PT. “Entre 2008 a 22/10/2013, teriam sido pagos subrepticiamente R$ 128,5 milhões pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht a agentes do Partido dos Trabalhadores, havendo ainda um saldo de cerca de R$ 71 milhões a ser pago”, diz Moro, acrescentando que a existência de saldo “sugere que não se tratam somente de doações eleitorais não registradas, pois doações não geram saldos a serem pagos.

“O registro de pagamentos em anos nos quais não houve eleição, como 2009, 2011 e 2013, também sugere não se tratar de meras doações”, afirmou o juiz.

Segundo relatório da PF, o empresário Marcelo Odebrecht se encontrava com frequência com Antônio Palocci, que agia no interesse do grupo quando ocupava mandato parlamentar e também no cargo de ministro. De acordo com Moro, o ex-ministro era um “dos principais interlocutores da Odebrecht“ nos pagamentos ao PT.

CODINOME – Moro disse que, inicialmente, o codinome “Italiano” havia sido atribuído a Guido Mantega, mas depois essa hipótese foi descartada porque mensagens de Marcelo Odebrecht mostraram que o empresário se referia a Guido e “Italiano” como pessoas distintas. Referências feitas a ao assessor de Palocci, Branislav Kontic, como “Brani” ajudaram a polícia a dirimir a dúvida inicial.

O juiz lembra ainda que o empresário buscou, segundo troca de mensagens, agendar encontro com Palocci para discutir alíquotas de IPI e de créditos prêmio de IPI no âmbito da Medida Provisória 460/2009, que interessavam à Braskem Petroquímica, controlada pelo Grupo Odebrecht. O benefício pretendido acabou vetado pelo presidente Lula, embora tenha sido aprovado pelo Congresso. Na ocasião, Marcelo Odebrecht lamentou em mensagem a executivos do grupo lamentando o fato e dizendo que Lula havia sido influenciado negativamente por Mantega.

No despacho Moro cita ainda intervenção de “Italiano” para o aumento de linha de crédito pelo BNDES à Angola, fato que interessava à Odebrecht.

Em colapso, Barragem de Jucazinho pode romper quando recuperar o volume de água

27/09/2016 15h59
Recife
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco recomendou à diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, a realização urgente de obras de recuperação da Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, no agreste pernambucano. A estrutura entrou em colapso ontem (26) e corre risco de romper quando as chuvas regularizarem a vazão do reservatório.

A possibilidade de rompimento foi indicada por engenheiros do Dnocs em reunião na semana passada com o MPF. Entre os problemas citados no encontro, estão infiltrações e trincas no concreto e na laje, ferragens expostas e poços de alívio danificados e obstruídos. Apesar de a barragem estar praticamente seca atualmente, os técnicos alertaram que a estrutura não vai aguentar a elevação do volume de água do de água no Rio Capibaribe.

“Além disso, a bacia de dissipação não é capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos revelam que a situação de risco da barragem já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2004, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiros da própria autarquia”, informou o MPF.

O maior reservatório de água do agreste de Pernambuco opera com volume morto. O nível de água na Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, atingiu 0,01% da capacidade -  Compesa/Divulgação

A Barragem de Jucazinho é operada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), mas a responsabilidade pela segurança do reservatório é do Dnocs, de acordo com o MPF. A própria Compesa chegou a enviar ofício para a autarquia federal em fevereiro de 2016 alertando para a necessidade de obras emergenciais.

A Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) também já notificou o Dnocs sobre os riscos de possível rompimento da barragem. De acordo com o MPF, a necessidade de obras de adequação e recuperação da represa foi submetida ao Ministério da Integração Nacional em 2014.

De acordo com a Apac, como o período chuvoso do Agreste já passou, é provável que a barragem permaneça seca até o ano que vem. Os recursos estimados para realizar os reparos totalizam R$ 49,4 milhões.

Na recomendação, o MPF pede que o Dnocs inicie as obras da represa em, no máximo, 45 dias, a contar da notificação. Um plano de emergência da barragem e a descrição das ações necessárias em caso de rompimento também devem ser elaborados no mesmo prazo. O Dnocs tem dez dias para informar se acatará a recomendação. Caso a resposta seja negativa, o Ministério Público poderá entrar com uma ação na Justiça para garantir o cumprimento da medida. O responsável pelo caso é o procurador da República Luiz Antônio Miranda de Amorim Silva.

Procurados pela Agência Brasil, o Dnocs e o Ministério da Integração Nacional não responderam até a publicação desta reportagem.

Jucazinho em colapso
A Barragem de Jucazinho entrou em colapso nesta segunda-feira (26). Desde novembro do ano passado, a represa operava com volume morto, e a captação de água era feita por meio de bombeamento. Com o nível da água em 0,01%, o reservatório parou. Com a interrupção, dez das 11 cidades atualmente atendidas pela represa serão abastecidas exclusivamente por carros-pipa.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil