sábado, 27 de agosto de 2016

Na visão delirante de Dilma Rousseff, só vale a versão, não os fatos

Dilma se encaminha à encenação final do papel de vítima

Deu na IstoÉ

No derradeiro ato da saga de destruição deixada por Dilma o País ainda terá de assistir ao seu repisar de delírios. Nesta segunda, 29, ela vai ao Parlamento para dar, de novo, sua versão colorizada dos fatos. A mandatária afastada fala em golpe, mas estará na tribuna do Senado para discursar livremente, sem coações ou perseguições, em sessão dirigida pelo presidente do Supremo Tribunal, compondo lado a lado com os demais chefes dos três poderes – após esgotadas inúmeras fases de apelações e arguições de seus defensores. Tudo dentro dos ritos da lei e do estado democrático de direito.

Um contrassenso bizarro que nessas circunstâncias ela cogite levantar a bandeira de golpe. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.

A detentora de um dos maiores índices de rejeição de que se tem notícia na história vai reclamar que 81 parlamentares daquela casa congressual não têm o direito de lhe tirar do cargo outorgado por 54 milhões de eleitores em um colégio de 110 milhões de brasileiros.

VIROU PÓ – Deixará de lado, propositalmente, a evidência de que esse apoio virou pó. Foi dilapidado por ela logo após assumir, através de um estelionato eleitoral escancarado. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. A ex-chefe da Nação vai dizer que não cometeu crime algum.

“Estão me condenando por algo fantástico, que é um não crime”, já reclamou a uma plateia de militantes e deve voltar a repetir na plenária, como se a prática das pedaladas, pelas quais é julgada, não estivessem tipificadas na Constituição como crimes de responsabilidade fiscal. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.

A presidente que já foi retirada há mais de 100 dias do poder irá propor um plebiscito por eleições antecipadas, mesmo sabendo que não existe tempo hábil para isso antes do escrutínio de 2018 e que, no seu íntimo, guarde a convicção de que não levará adiante a ideia, até porque seu próprio partido PT rechaçou a possibilidade. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.

MEROS CAPACHOS – A comandante do Executivo que tratava os subordinados como meros capachos, tiranizando a relação – independente das alianças políticas estratégicas que eles representavam na base de seu governo –, agora tenta intimidá-los, insinuando a pecha de traidores a muitos deles. É que vários desses antigos colaboradores, como oito ex-ministros, estarão na votação final, na condição de juízes do processo que deve condená-la, e já se mostraram favoráveis ao seu afastamento.

Mais do que ninguém, sabem o que ocorreu de errado intramuros do Planalto. Foram eles os traídos por um projeto de poder esquizofrênico, e não o contrário. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.

USURPADOR GOLPISTA – Ao antigo vice e companheiro de chapa, Michel Temer, ela reserva a pecha de “usurpador golpista”, muito embora seja dele, por direito, a atribuição de substituí-la, de acordo com os preceitos legais. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos.

Independente de suas fanfarrices, o impeachment deve se materializar. Pela esmagadora vontade dos cidadãos, que escolhe seus representantes, e diante das evidências de malfeitos em profusão, os senhores senadores estão no dever de depô-la, encerrando uma tenebrosa etapa de 13 anos de desmandos petistas que arruinaram com a economia e a hombridade nacionais.

Afinal, a permanecer na toada de esbórnia administrativa sem limites que Dilma, Lula & Cia. vinham impondo à sociedade e ao aparato público em especial – na qual as manipulações contábeis eram apenas um detalhe –, o Brasil logo estaria devastado, sem chances de salvação.

ENCENAÇÃO DE VÍTIMA – Na exposição de justificativas, nessa segunda, 29, Dilma pode (como almeja) construir uma narrativa de saída, colocando-se no papel de vítima. As imprecações que vai cometer, como é de seu feitio, precisam ser analisadas à luz desse contexto.

Tal encenação, no entanto, não pode lhe livrar do ostracismo ou até mesmo da cadeia mais adiante, dentro de um desfecho tão esperado como inevitável. Seria o epílogo ideal, sem ressalvas, do mais irresponsável e aflitivo mandato presidencial de nossa história, cujo legado todos querem esquecer.

Tríplex e sítio de Lula eram parte da propina do PT, diz a denúncia de Léo Pinheiro

Charge do Sinovaldo, reprodução do Jornal NH

Deu na Folha

Um tríplex em Guarujá (SP) destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria abatido das propinas que a OAS tinha de pagar ao PT por obras na Petrobras, disse o empreiteiro Léo Pinheiro a investigadores da Lava Jato. O depoimento, revelado pela revista “Veja” e confirmado pela Folha, consta da negociação de delação premiada de Pinheiro, que foi suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após vazamento de uma informação anterior, que mencionava o ministro do Supremo Dias Toffoli.

Também são citados por Pinheiro a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

“Ficou acertado que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”, disse Pinheiro, sobre conversa com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto em 2010. “Nesse contato, perguntei para Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente […]”, completou.

REFORMA GRÁTIS – Pinheiro afirmou ainda que a reforma feita no tríplex pela OAS “não seria cobrada do ex-presidente”, porque seria abatida “também como uma retribuição dos serviços prestados por Lula com a OAS na área internacional”.

Em outra parte da delação, o empreiteiro tratou do sítio em Atibaia (SP) atribuído a Lula. Pinheiro disse que o petista solicitou “abertamente”, em 2014, uma reforma no sítio, sem perguntar quanto custaria nem mencionar como seria paga.

Da mesma forma, disse, ficou “implícito que a OAS atuaria e seria remunerada com o abatimento dos créditos com o PT e em retribuição ao serviço prestado por Lula em favor dos negócios internacionais da empresa”.

PALESTRA NA COSTA RICA – Pinheiro disse ainda que contratou Lula para uma palestra na Costa Rica, em 2011, por US$ 200 mil. A OAS tinha interesses no país e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, havia dito que o petista poderia “influenciar autoridades locais em prol dos negócios da OAS”.

Após a palestra, segundo Pinheiro, Lula o levou a um jantar com a então presidente Laura Chinchilla.

Em outra parte do acordo de delação, o empreiteiro disse que pagou caixa dois à campanha de Dilma em 2014, por meio de contrato fictício com a agência de comunicação Pepper. Foram três parcelas de R$ 239,3 mil, segundo Pinheiro —valor solicitado pelo então tesoureiro Edinho Silva “para o pagamento de despesas da campanha”.

Por fim, Pinheiro disse que, a pedido de Okamotto, custeou a armazenagem de bens pessoais de Lula a partir de 2010 – quando ele ainda era presidente–, em troca de ajuda para a OAS no exterior.

TUCANOS – Ao falar de tucanos, Pinheiro citou um esquema de propina nas obras do Rodoanel Sul, em São Paulo, no governo Serra (2007-2010). Segundo ele, a OAS, que ganhou o lote 5 da obra, integrava um cartel que se reunia na Andrade Gutierrez, a partir de 2004, para acertar as licitações. “Na licitação com contrato assinado em 2007 havia um convite de 5% de vantagens indevidas para Dario Rais Lopes e Mario Rodrigues”, disse Pinheiro. Lopes era secretário de Transportes de Serra, e Rodrigues, diretor de engenharia.

Ainda segundo o depoimento, em 2007, por determinação de Serra, o contrato foi renegociado e ficou 4% mais barato. “Em razão dessa negociação, os valores de vantagens indevidas também foram repactuados para 0,75%”. Parte da propina, ainda segundo Pinheiro, foi paga por meio de uma empresa e outra parte, em dinheiro vivo.

Com relação ao Aécio, o dono da OAS relatou propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, durante o governo Aécio Neves (2003-2010). Como adiantou a Folha em junho, os pagamentos eram feitos para Oswaldo Borges da Costa Filho –”operador de Aécio Neves e controlador das contas das empresas do político”, nas palavras de Pinheiro, que também atuou nas campanhas do tucano.

NÃO É O DONO – O Instituto Lula, procurado pela reportagem neste sábado (27), voltou a afirmar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é dono do apartamento tríplex no Guarujá nem do sítio em Atibaia, atribuído a ele por delatores da Lava Jato. A assessoria de imprensa do instituto afirmou ainda que o ex-presidente não cometeu nenhum ato ilícito.

“Não costumamos comentar trechos de supostas negociações de delações, que nem sequer foram fechadas e que terão que ser comprovadas por fatos”, afirmou José Crispiniano, assessor do Instituto Lula. “Não se sabe se o autor das acusações é a OAS ou se são palavras dos próprios procuradores”.

Sobre a acusação de que Lula teria recebido US$ 200 mil da construtora para influenciar autoridades da Costa Rica e ajudar em negócios da OAS no país, o assessor informou que “Lula nunca fez lobby, fez palestras” e que o valor cobrado era sempre o mesmo, independentemente do contratante. Ressaltou ainda que as palestras foram feitas após o mandato presidencial, quando Lula não estava mais a serviço do governo.

BENS PESSOAIS – Sobre a acusação de que a OAS pagou pela guarda de bens pessoais de Lula, o que implicaria em gastos de R$ 21.536 mensais, o assessor de imprensa diz estranhar a data da suposta reunião no Instituto Lula, em que teria sido fechado esse acordo em 2010. “O Instituto Lula é formalmente constituído em agosto de 2011, antes disso não faz sentido falar em Instituto Lula”.

Crispiniano informou ainda que não se trata de bens pessoais do ex-presidente, mas de documentos, cartas e presentes recebidos de admiradores que, embora privados, são de interesse público e não podem ser desfeitos sempre a autorização do Estado brasileiro.

“Ainda que não comentemos supostas delações, isso não implica em nenhum ilícito. O ex-presidente Fernando Henrique, segundo reportagem na revista “Época”, ofereceu jantares no Palácio Planalto para arrecadar recursos para seu instituto quando ainda era presidente”.

“A Pepper não tinha relação com a campanha, ela tinha contrato com o PT. Todas as reuniões que eu tive com o referido empresário [Leo Pinheiro] foram para tratar de doações legais, que foram declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, afirma Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma em 2014.

NOTA DE AÉCIO – Já o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou, por meio de nota, que desconhece as afirmações citadas na matéria e “as considera falsas e absurdas”. Segundo ele, “trata-se das mesmas citações já publicadas há dois meses, sem a apresentação de quaisquer elementos ou provas que as atestem”.

A nota afirma ainda que todas as especificações do edital da obra citada foram apresentadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado antes da abertura, e que ela foi conduzida com “absoluta transparência e controle da sociedade”.

Redes sociais são alvo principal de ações na Justiça Eleitoral

26/08/2016 17h13
São Paulo
Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil
Postagens no Facebook, Twitter e Youtube são alvo de ações judiciais
Arquivo/Agência Brasil

As redes sociais são o maior alvo das ações na Justiça Eleitoral para remoção de conteúdo, segundo levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas. O estudo, que considerou 484 processos abertos nas eleições de 2014, em todo o país, indicou que 56,9% das demandas visavam postagens em espaços como Facebook, Twitter e Youtube. Segundo os dados preliminares divulgados hoje (26), os blogs vêm em seguida como alvo preferencial das ações (12%), depois as páginas da administração pública direta (11,4%) e os portais de notícias (9,7%).

Em caráter liminar, 66% das ações propostas foram deferidas, pelo menos parcialmente. Nas sentenças, o índice de deferimento se reduz ligeiramente e fica em 62%. Enquanto nos acórdãos, quando o caso é apreciado por um grupo de magistrados, o índice de aceitação dos pedidos de remoção de conteúdo é de 58%.

A maior parte das ações foi iniciada por partidos ou coligações (46,7%) e, em seguida, estão as demandas feitas diretamente por candidatos (30,3%) e pela imprensa (22,8%). A maior parte dos réus nos processos eram os próprios candidatos (43,6%), depois as pessoas físicas, com 17,7% e os provedores que oferecem plataforma ao conteúdo (14,6%).

Os dados que compõem a pesquisa foram coletados a partir de todos os processos disponibilizados online pelos tribunais regionais eleitorais das 27 unidades da federação e pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Cerceamento
Segundo a coordenadora do estudo, a professora Mônica Guise, alguns reclamantes vão além do simples acionamento da Justiça e tentam complicar a vida dos autores do conteúdo indesejado. “Verificamos que, em alguns estados, existe uma estratégia processual de, ao invés de pedir tudo em uma única ação, o que seria perfeitamente possível, o autor bombardeia o réu com 20, 30 ou 40 ações e cada ação pedindo uma questão específica, em que pese o conflito ser o mesmo. A gente entende que essa é uma estratégia processual, porque de fato é um grande pepino para quem está na outra ponta”, destacou.

Esse tipo de procedimento é, na opinião da especialista, uma forma de impedir a publicação de opiniões contrárias ao autor das ações. “Me preocupam cada vez mais as estratégias e ferramentas que têm sido usadas de forma cada vez maior para de fato censurar e não deixar publicar”, acrescentou.

Um dos autores da página humorística Sensacionalista, Nelito Fernandes, contou já ter sofrido esse tipo de ataque judicial, quando mantinha uma coluna no jornal Extra, do Rio de Janeiro. Na ocasião, Fernandes disse ter publicado uma charge em que sugeria a criação de um cartão especial para pagar propina a policiais, satirizando fatos noticiados à época.

Como reação, foi alvo de uma enxurrada de processos. “Dois mil e trezentos policiais militares entraram com ações individuais. O jornal não perdeu nenhuma, mas a defesa custou R$ 1 milhão. E eu tive de ir mais de 300 vezes a audiências. Então, isso já é um cerceamento. Eu nem preciso dizer que, ao final disso, apesar da gente não ter perdido nenhuma ação, eu perdi a coluna”, contou.

Atualmente, no Sensacionalista, Fernandes disse não se furtar a fazer críticas a nenhum grupo ou pessoa, mas manter a atenção voltada à repercussão nas redes. De acordo com Martha Mendonça, outra autora da página, críticas de internautas podem fazer com que o conteúdo seja repensado. “Uma coisa é fazer humor, outra coisa é fazer humor nas redes sociais. É uma situação em que você tem retorno absolutamente imediato. E a gente, às vezes percebe, pelo retorno, que a gente mandou mal”, acrescentou.

A equipe, no entanto, mantém uma linha editoral em que evita fazer piadas que possam agredir grupos historicamente desprivilegiados ou com conteúdo ofensivo, de racismo, machismo ou homofobia. “A gente gosta de falar mal do opressor, não do oprimido”, disse Martha.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Juiz de Fora e Viçosa recebem shows do Circuito ViJazz e Blues Festival

27/08/2016 11h31 - Atualizado em 27/08/2016 11h31

Do G1 Zona da Mata

Dudu Lima Trio se apresenta em Viçosa (Foto: Thiago Freitas)

Viçosa e Juiz de Fora recebem shows gratuitos do Circuito ViJazz & Blues Festival neste fim de semana. O evento completa dez anos e oferece atrações nacionais e internacionais. Nas duas cidades, as atrações começam às 16h.

Em Viçosa, as apresentações ocorrem neste sábado (27) e domingo (28), nas Quatro Pilastras da Universidade Federal de Viçosa (UFV), dentro das comemorações do aniversário de 90 anos da instituição.

No sábado, a partir das 16h, haverá shows da banda local Arteria Trio e Convidados, e em seguida de Dudu Lima Trio, com Marcos Ariel, e Deanna Bogart (EUA). No domingo, será a vez de Nilton Santiago e banda, Daniel Grajew Trio e Adriano Grineberg com Ana Cañas.

Já em Juiz de Fora, o evento será no parque do Museu Mariano Procópio, na tarde deste domingo (28). A abertura será da banda local La Macchina, que une o blues com o rock. Logo após, quem se apresenta é a multi-instrumentista norte americana Deanna Bogart, em sua pela primeira vez no Brasil.

ViJazz
O ViJazz & Blues Festival foi criado em 2007 em Viçosa com a proposta de suprir uma demanda da região por música instrumental de reconhecidos músicos do cenário mineiro, nacional e internacional.

Em 2013, passou a ser o Circuito Vijazz & Blues Festival e foi apresentado em cidades como Ponte Nova, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Araxá, Uberaba, Ubá e Muriaé. Em cada edição valoriza uma categoria de instrumento musical. Em 2016, será a vez do piano e as teclas.

Capivara não comparece para depor

Thomaz Fernandes 
27/08/2016 08:51

Ele é o principal líder e responsável pela formação do Residencial Capivara; área ocupada por 51 famílias

Foto: Arquivo / O Liberal
Marco Antonio de Paula, conhecido como Capivara, tem que se explicar sobre acusação de descumprimento de ordem judicial

O ex-assessor da Prefeitura de Americana durante a gestão do ex-prefeito cassado Diego De Nadai (PTB), Marco Antonio de Paula, o Capivara, não compareceu à Polícia Civil nesta sexta-feira para falar sobre a acusação de descumprimento de ordem judicial. Ele e um representante da FDDIP (Frente de Defesa do Direito de Interesse Público) foram chamados a falar e a previsão era que o depoimento fosse feito nesta sexta.

Ele é o principal líder e responsável pela formação do Residencial Capivara; área ocupada por 51 famílias, além de lotes e casas em construção que passou por reintegração de posse recentemente. A formação do bairro se deu depois de liminar que proibia a FDDIP de continuar atuando. Mesmo depois de suspensas as atividades, o LIBERAL denunciou que os trabalhos seguiam da mesma forma, ignorando a proibição.

A ideia do depoimento é entender a razão para que a FDDIP tenha continuado funcionando mesmo depois da ordem judicial. Os líderes serão questionados sobre qual interpretação jurídica ou medida teria permitido que a entidade tenha seguido funcionando, mesmo com uma ordem judicial para que paralisassem o funcionamento.

A investigação foi aberta pelo 1º DP (Distrito Policial) depois de pedido do MPE (Ministério Público Estadual) para que se apurasse a eventual desobediência. Como as notificações para que falassem foram enviadas por meio do Correio, há possibilidade de as correspondências não terem chegado aos interessados. Um novo depoimento deve ser marcado em breve.

http://liberal.com.br/cidades/americana/capivara-nao-comparece-para-depor-

JF - Mulher amarra amante na cama e o mata queimado para esconder traição

Suspeita esperou que o homem, que era seu vizinho, saísse do banho e o acertou com um pé de cabra para amarrá-lo na cama e atear fogo no cômodo
Além da suspeita de matar o amante, autores de outros três crimes também foram apresentados

PUBLICADO EM 26/08/16 - 20h37

BRUNO INÁCIO
ESPECIAL PARA O SUPER NOTÍCIA

Para que a família não descobrisse seu relacionamento extraconjugal, uma mulher de 46 anos matou seu amante queimado, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O crime ocorreu no último dia 24 de junho, no bairro Santa Luzia, e a mulher foi apresentada nesta sexta-feira (26), junto com outros três suspeitos de homicídios na cidade.

O delegado Felipe Fonseca Peres, que responde interinamente pela Delegacia de Homicídios de Juiz de Fora, contou que a suspeita foi presa temporariamente após as investigações apontarem que ela era responsável pela morte de Valdo Afonso de Oliveira, de 49 anos.

Quando detida, a mulher confessou o crime e deu detalhes do assassinato. Segundo o delegado, ela contou que se relacionava com o homem, que era vizinho dela, desde o ano passado. Casada, a suspeita temia que a família descobrisse o caso.

A morte foi arquitetada como uma cena de filme. A mulher contou que foi até a casa do amante e, armada com um pé de cabra, esperou que ele saísse do banho. “Ela o acertou com um golpe na cabeça. Ele caiu, e ela então amarrou os pés e as mãos dele em uma cama e pôs fogo”, afirmou o delegado.

Para que as chamas pegassem rapidamente, a suspeita jogou roupas e sacos plásticos sobre o corpo do amante. A perícia apontou que a morte de Oliveira ocorreu por causa da grande quantidade de fumaça inalada por ele.

A suspeita está detida na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, onde responderá por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão.

Suspeitos de outros crimes apresentados

Além da mulher, outros três suspeitos de outros crimes da cidade também foram apresentados na Delegacia Especializada de Homicídios de Juiz de Fora nesta sexta-feira.

Segundo o inspetor Anderson Salvador, da Polícia Civil, o mais novo dos suspeitos, de 18 anos, seria responsável pela morte de Luís Eduardo da Silva, de 26 anos, assassinado a tiros em um bar, no bairro Vila Esperança I, no início de abril. A morte tinha ligação com rixas entre bandidos das vilas Esperança I e II.

Outro preso, de 20 anos, é suspeito de tentar matar uma adolescente de 15 anos e o pai de um policial militar.

O terceiro homem, de 21 anos, foi preso após os investigadores encontrarem um mandado de prisão em aberto contra ele ligado a um homicídio ocorrido em 2013. Os suspeitos estão detidos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da cidade.
Jornal O Tempo