sábado, 22 de setembro de 2012

Por Tribuna
 O suspeito de ter assassinado Moisés Aparecido de Jesus, 28 anos, no Bairro Santa Rita, Zona Leste, na última segunda-feira, apresentou-se à Polícia Civil na última quinta-feira. Segundo a assessoria de comunicação da corporação, o rapaz, 19, teria comparecido à delegacia, em Santa Terezinha, e confessado o crime, alegando que agiu em legítima defesa. Ele relatou que, no dia do homicídio, caminhava com uma criança de 1 ano e 2 meses no colo, pela Rua Orvile Derby Dutra, quando a vítima, que já vinha o ameaçando, surgiu com uma faca, tentando golpeá-lo.
Ele teria deixado a criança com uma pessoa conhecida e fugido para buscar a arma, que teria comprado na cidade de Chácara, já com o objetivo de se defender. Ao voltar ao local, o suspeito se deparou com a vítima, que teria tentado atacá-lo mais uma vez. Diante da ameaça, ele teria sacado o revólver e disparado cinco vezes contra Moisés, que foi encontrado pela PM, sem vida, caído em via pública. Com a vítima foram encontrados um facão, com cerca de 40cm de lâmina, que estava na cintura, porção de maconha, rádio e celular. Na próxima semana, as testemunhas citadas no boletim de ocorrência da PM serão ouvidas.

Grupo de associados esteve nesta sexta-feira em JF e negou que empresa seja pirâmide financeira. Delegado reforça que apuração continua

Por Eduardo Valente

Cerca de 50 pessoas participaram de protesto
Cerca de 50 pessoas participaram de protesto
Uma manifestação em defesa da empresa Mister Colibri ocorreu, na tarde desta sexta-feira (21), em frente à delegacia de Polícia Civil em Santa Terezinha. Mais de 50 pessoas, de diversas cidades brasileiras, estiveram no local, com o objetivo de contestar as investigações realizadas pelas autoridades do município. A delegada Mariana Veiga, da 7ª Delegacia Distrital, responsável pelos trabalhos, não estava no local, mas, segundo a assessoria de comunicação da instituição, irá receber representantes deste grupo na segunda-feira(24), às 10h.
Um dos integrantes do protesto era o empresário Sérgio Sirqueira, 46 anos, de Cabo Frio (RJ). Ele defende que as pessoas que se dizem vítimas não entendem a finalidade da Mister Colibri e, por isso, não souberam utilizar os serviços oferecidos. "Entrei há quatro meses. Hoje meus rendimentos adquiridos são maiores que o da minha lanchonete. Estou super satisfeito. Não estou em uma pirâmide financeira." Para ele, a Mister Colibri seria uma empresa de marketing multinível que tem como objetivo associar diversos serviços, como compra coletiva e divulgação de material publicitário, em uma única rede social. "Nosso negócio não é assistir vídeos para ganhar dinheiro. Os pontos que recebemos para isso, os LPs (loyalty points), são apenas bônus que podem ser trocados em produtos e serviços, com descontos, e também para cadastrar novos membros." Para isso, um serviço de comércio virtual estaria sendo implantado pela empresa nos próximos dias. Conforme os manifestantes, os LPs seriam similares aos pontos de milhagens, de cartão de crédito e companhias aéreas.
Apesar da ação deste grupo, o delegado Humberto Brandão, da Polícia Federal em Juiz de Fora, é taxativo: "Não é com manifestações populares que as polícias serão convencidas que a Mister Colibri não é uma pirâmide." Segundo o delegado, diversos indícios sustentam o trabalho de investigação, como o fato de a única fonte de receita da empresa ser o ingresso de novos investidores, mudanças constantes de estratégias, oferta de lucro acima do normal e ausência de contratos firmados com multinacionais. Isso porque, de acordo com o delegado, a empresa anunciava, em seu antigo site, tratar-se de uma revista eletrônica que paga aos associados para assistir vídeos publicitários. "Inclusive temos a informação que multinacionais teriam notificado a empresa extrajudicialmente para retirar os vídeos do ar." Também há o fato de não haver contratos firmados entre os associados e a organização. Até o momento, o delegado não recebeu documentos que comprovem a veracidade da Mister Colibri. Por isso, as investigações continuam.

Mudança de regras
De acordo com as explicações do grupo que esteve nesta sexta na delegacia, inicialmente, a Mister Colibri prometia a troca dos pontos em dólares. Segundo os membros, esta regra mudou em julho de 2011, em comunicado interno divulgado entre os associados. Na época, a empresa teria dado o prazo de um mês para quem não estivesse satisfeito sair e receber seu dinheiro de volta. Ainda no comunicado, é informado que ela "se reserva o direito de modificar os termos e condições a qualquer momento que ela julgar necessário".
A obrigação de assistir vídeos para ganhar os pontos, ainda conforme os manifestantes, faz parte do projeto de implantação da empresa. "É a fase de treinamento. A Mister Colibri fez isso para montar sua base de associados. Apenas com muitas pessoas no programa poderemos negociar descontos na compra de produtos do e-commerce. Isso era necessário, também, para atrair possíveis anunciantes", disse a designer gráfica Daniela Batista, 27, de Juiz de Fora.


Associados defendem empresa local

Grande parte das vítimas que esteve na delegacia esta semana questiona o fato de a Dream Team Brasil, que representa um grupo de associados da Mister Colibri, em Juiz de Fora, ter parado de trocar os pontos de fidelidade em dinheiro. Sobre isso, o grupo que se manifestou na sexta informou que a empresa local faria isso apenas para ajudar seus associados, e não tinha obrigação de continuar com este serviço. A troca teria parado apenas enquanto o e-commerce não entrasse no ar. "O líder de Juiz de Fora dá suporte para cerca de 20 mil associados. Até onde sei, o comércio eletrônico não entrou no ar porque grande parte dos produtos está no porto aguardando a liberação dos órgãos competentes", afirmou o pastor Ernane Silva, que disse ser afiliado e estaria satisfeito.
Sobre a suposta desvalorização dos LPs, que a empresa estipula em R$ 1, mas já é encontrado por até R$ 0,20, o religioso alegou que isso aconteceu porque esta demora fez as pessoas se precipitarem. "Temos um produto e objetivo. A Mister Colibri se sustenta e, por isso, não é pirâmide."
O caso
O representante da Mister Colibri, em Juiz de Fora, é investigado pelas polícias Civil e Federal. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro, estelionato e formação de quadrilha. As duas corporações trabalham em conjunto, com apoio do Ministério Público Estadual. Apesar das manifestações do grupo, a Tribuna continua recebendo ligações e e-mails de pessoas de diversas partes do país que se dizem lesadas com a suposta pirâmide. Na sexta entraram em contato moradores de Cabo Frio e Teresópolis, ambas no Estado do Rio de Janeiro.
A Tribuna entrou em contato, por telefone, com o advogado da Mister Colibri no Brasil, com sede em Fortaleza (CE), mas o expediente já havia sido encerrado. O jornal se colocou à disposição para que a empresa se manifeste sobre os últimos acontecimentos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Detalhes da investigação não foram revelados. Suspeito que iria ontem à delegacia não compareceu

Por Eduardo Valente
Delegada Mariana, promotor Plínio Lacerda e delegados Humberto Brandão e Leonardo Bueno na reunião
Delegada Mariana, promotor Plínio Lacerda e delegados Humberto Brandão e Leonardo Bueno 
Os trabalhos que investigam uma suposta pirâmide financeira na empresa Mister Colibri, em Juiz de Fora, serão realizados em conjunto entre as polícias Civil e Federal a partir de agora. Este foi o acordo firmado entre a delegada Mariana Veiga, da 7ª Delegacia Distrital de Polícia Civil, e o delegado Humberto Brandão, da Polícia Federal. O encontro entre os dois aconteceu a portas fechadas, na tarde de ontem, no gabinete do promotor de Defesa do Consumidor, Plínio Lacerda. Ambos saíram do local cerca de uma hora após o início da reunião e não revelaram outros detalhes sobre as investigações.
Na delegacia em Santa Terezinha, não aconteceu o esperado depoimento do principal suspeito de comandar o suposto esquema na cidade. De acordo com Mariana, apenas o advogado dele esteve no local e informou que seu cliente não está em Juiz de Fora e irá se pronunciar apenas na próxima semana.
Sobre as supostas vítimas, Mariana informou que estão sendo ouvidas cerca de 40 pessoas por dia. Ontem a Tribuna encontrou um veículo com adesivo da Mister Colibri com placa de João Monlevade na cidade. Conforme a delegada, ela tem sido procurada por prováveis vítimas de outros municípios. "Já vieram até de Belo Horizonte. Outras telefonam para a delegacia, buscando orientações. É importante esclarecermos que não há a necessidade de essas pessoas se deslocarem até Juiz de Fora. As denúncias podem ser registradas na delegacia de Polícia Civil do próprio município."
Pessoas de outros municípios que se dizem lesadas também continuam entrando em contato com o jornal, por meio de telefone ou e-mail. Depois de prováveis vítimas de Fortaleza (CE), Niterói (RJ) e João Monlevade, ontem foi a vez de uma pessoa de Cabo Frio (RJ) se pronunciar. A pessoa pediu para não ser identificada, mas disse que investiu R$ 12 mil na empresa e, há dois meses, não recebe qualquer quantia.

O caso
A suposta pirâmide financeira, que teria uma empresa representante na cidade para auxiliar associados, a Dream Team Brasil, foi desmantelada em uma operação da Polícia Civil na última segunda-feira. Na ocasião, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, na casa do principal suspeito, em uma revendedora de veículos de luxo e no escritório da empresa. O número de pessoas que teriam sido lesadas no município ainda não é conhecido. Os produtos apreendidos durante a operação ainda não foram catalogados, mas entre eles há joias, relógios, máquinas fotográficas, notebooks e equipamentos eletrônicos.

Três homens armados invadiram a sede da Viação São Cristovão, na madrugada desta sexta-feira (21)

Por Tribuna
Três homens armados com dois revólveres invadiram a sede da Viação São Cristovão, na madrugada desta sexta-feira (21), no Bairro Furtado de Menezes, na Zona Sudeste, e roubaram R$ 8.550. Um funcionário, entre os oito que foram rendidos, foi atingido com um disparo na região glútea. O crime foi registrado pela Polícia Militar, por volta de 1h, quando um ônibus da linha 325 (Bairro Solidariedade) se recolhia à garagem.
Conforme o boletim policial, o trio, que se encontrava em um ponto de ônibus na frente da empresa, teria aproveitado a oportunidade para entrar no estabelecimento e anunciar o assalto. Um dos assaltantes estava encapuzado. Os criminosos teriam trancado as vítimas em uma sala, enquanto pegavam o dinheiro. Os bandidos ainda exigiram a chave de uma motocicleta que estava estacionada no pátio da garagem.
Um ladrão chegou a efetuar um tiro, atingindo uma das vítimas. Em seguida, o trio fugiu, levando o dinheiro, mas deixando a moto, cuja chave foi deixada. A PM foi acionada e deu início ao rastreamento pelas imediações. Uma motocicleta, com três ocupantes, chegou a ser avistada pela equipe policial, sendo dado início a uma perseguição, mas o veículo escapou. Apesar de as buscas terem continuado, nenhum suspeito foi localizado. A vítima baleada foi socorrida por um dos funcionários e encaminhado ao Hospital Santa Casa, onde, segundo a PM, permaneceu internada e passou por cirurgia. O caso será investigado pela Polícia Civil.

CATAGUASES




No dia 18/09/2012, policiais militares após tomarem conhecimento de um roubo ocorrido no Distrito de Sereno/Cataguases, deslocaram ao local e lá puderam ver as imagens do ocorrido, gravadas pela câmara de segurança do estabelecimento. De posse dos detalhes do veículo e dos autores, os militares da 146ª Cia PM Esp incessantemente iniciaram buscas pela cidade. Por volta das 23h00min, o Grupo Tático, viu uma moto com dois ocupantes cuja descrição era compatível com as das imagens, e saíram ao encalço dos marginais até conseguirem encurralá-los na Av. Veríssimo Mendonça, Bairro Bom Pastor. Durante a abordagem um dos autores evadiu, sentido a um beco, embreando-se em um matagal, e o outro foi imobilizado e preso, sendo constato em se tratar de Nicson José Peixoto, 26 anos, o qual confessou ter praticado o roubo no Distrito de Sereno, repassando também o nome do outro autor. Diante os fatos foi recolhido uma bolsa de cor cinza com duas armas de fogo, sendo 01 espingarda/escopeta, calibre .28, marca Rossi, sem numeração com coronha de madeira quebrada, 01 garrucha calibre .44 marca G. Laport, capacidade para 02 tiros sem munição, 5 munições calibre .28, sendo 4 intactas, uma motocicleta Yamaha/XTZ 125 e a quantia de R$2.397,30 em moeda. Foi feito contato com a vítima do roubo que reconheceu as vestes do autor, bem como as armas utilizadas, sendo o autor preso em flagrante delito e encaminhado para Delegacia, onde teve o flagrante ratificado.

RIO NOVO



Na cidade de Rio Novo, por volta das 20:00 h, durante o desencadeamento da Operação Fecha Região, com realização de Operação Batida Policial no bairro Novo Horizonte (Morro do Cristo), a SOF do Pel PM foi acionada via 190, tendo em vista que de acordo com uma solicitante que não se identificou, três indivíduos teriam pulado o muro e adentrado na varanda da frente do prédio da Assembléia de Deus, a qual fica localizada no início do Morro do Cristo.
Imediatamente as equipes empenhadas na operação citada se deslocaram até o local, onde após uma vistoria não foram localizados os indivíduos citados na denúncia, sendo verificado alguns cigarros recém apagados sobre solo e ao verificarem o engradamento da varanda foi localizada uma sacola plástica de cor preta contendo em seu interior uma Garrucha, Cal. .320, descarregada, em boas condições de uso, a qual foi apreendida e entregue na DPJ de Rio Novo para as devidas providências, sendo a atuação dos militares presenciada pelas testemunhas qualificadas, vizinhas do local.
Participaram da ocorrência: Ten Fabrício, Sgt Barros, Sgt Guido, Cb Ribeiro, Cb junior.

Achacadores da esperança, demagogos da miséria, cafetões da pobreza!

21/09/2012 às 6:23

Eu vou lhes contar uma história escabrosa.

Espalhem este texto. Debatam-no nas redes sociais. O tema diz respeito a todas as capitais brasileiras e a várias outras cidades médias e grandes.

Os pobres brasileiros viraram massa de manobra de pilantras, de vigaristas, de achacadores da esperança, de cafetões da pobreza, de demagogos da miséria, que farejam as tragédias como os urubus, a carniça. O caso que vou relatar abaixo aconteceu em São Paulo, mas é assim em toda parte, e os leitores do Brasil inteiro — e muitos que há América Latina afora — saberão do que falo. Há uma ocupação irregular em São Paulo chamada “favela do Moinho”. Fica localizada, como vocês podem ver abaixo, entre duas linhas de trem, que passam a menos de meio metro de muitas casas. Crianças se espalham pelos trilhos, e a tragédia as espreita — quando, então, aqueles pulhas correrão para encharcar com suas lágrimas asquerosas as vítimas de sua demagogia. Há laudos demonstrando que o solo está contaminado. Sobre um dos lados do quase trapézio (à esquerda), como vocês podem ver abaixo, há um viaduto. Há barracos embaixo dele. Volto em seguida.
Essa imagem localiza o incêndio do ano passado. No começo desta semana, um rapaz brigou com o seu namorado e teve uma ideia: usou um botijão de gás como maçarico e matou seu companheiro estável. Provocou um incêndio. Justamente embaixo do viaduto. Pelo menos oitenta barracos foram destruídos. As linhas de trem ficaram interditadas por um bom tempo. O elevado teve de ser fechado. Placas de concreto, que se despregaram com o calor, ameaçam desabar.

Quando secretário de Subprefeituras, Andrea Matarazzo tentou remover a favela do local. É evidente que ela não pode ficar ali em razão do risco que representa à segurança dos moradores. Seja pelas linhas do trem, seja pelo solo contaminado, seja pela qualidade das moradias, o risco é permanente. Não se tratava de dar um pé no traseiro dos moradores e pronto! A Prefeitura se dispôs, inclusive, a pagar aluguel para os que se cadastrassem. Tudo inútil. Armou-se um grande salseiro. Já escrevi dois textos a respeito.

Os supostos “amigos do povo” entraram em ação, acusando a iniciativa da Prefeitura de “higienista” — os mesmos que também tentaram impedir que o estado de direito chegasse à região conhecida como Cracolândia. O padre Júlio Lancelotti, cujo Deus tem coloração partidária (é do PT!), protestou. Na PUC-SP, formou-se um núcleo de defesa dos moradores do Moinho, como se a intenção da Prefeitura fosse atacá-los. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), claro!, se mobilizou. E o senador Eduardo Suplicy (PT), como sempre, foi lá oferecer a sua solidariedade e, por que não?, falar sobre o renda mínima…

Em busca de um cadáver
Muito bem! Na noite de ontem, com as placas de concreto se desprendendo do viaduto, a Prefeitura fez o óbvio: isolou a área e impediu que novos barracos fossem construídos embaixo dele antes que se faça o devido reparo. Um “líder comunitário”, formado na engenharia da vida — se Lula tem 7.867 títulos de doutor honoris causa, por que não? —, achou que a área isolada era muito grande, entenderam? E mobilizou moradores para impedir o trabalho da Guarda Municipal — que passou a ser hostilizada.

Leiam os textos que saíram nos portais da imprensa paulistana, obsessivamente antitucana, obsessivamente anti-Kassab. Podem ser “anti-o-que-bem-lhes-der-na-telha”, ora essa! Mas e os fatos? Quando só depoimentos contra a Guarda Municipal são colhidos, há algo de errado na narrativa. Imaginem se a Prefeitura permite que novos barracos sejam construídos antes dos reparos e se uma placa de concreto cai na cabeça de moradores, o que pode ser morte certa! O mundo vem abaixo. Mas pergunto: não é justamente cadáveres o que querem esses “amigos do povo”?

A guarda começou a ser atacada. Foi preciso pedir o auxílio da PM. Foram usadas balas de borracha “contra o povo”, como diz o PT. Os companheiros acham que esse recurso é válido quando empregado pelas polícias e guardas sob o comando dos governantes de seu partido ou da base aliada. Já demonstrei como casos de cegueira em razão do mau uso desse expediente cegaram pessoas em estados governados pelo PT. Procurem no arquivo.

Mas o melhor vem agora. Mal o confronto havia começado, a favela do Moinho se encheu de políticos. Foram pra lá a candidata do PPS à Prefeitura, Sônia Francine, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o deputado Adriano Diogo (PT-SP) e, ora vejam, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). A cena não poderia estar completa sem a presença do padre Júlio Lancelotti, o que sempre cai de joelhos diante de um homem humilde.

Incrível! Toda essa gente estava sem agenda, à espera, pelo visto, de um “conflito social” para ir prestar a sua solidariedade. Pergunto-me: onde andavam esses patriotas, esses amigos do povo, durante a gestão de Marta Suplicy (2001-2004). Também havia incêndio em favelas naquele tempo. Aliás, muito mais do que hoje em dia. Os números são estes:
2001 – 224
2002 – 169
2003 – 200
2004 – 185

A partir de 2005 — são dados oficiais —, caíram espantosamente as ocorrências:
Gestão Serra
2005 – 151
2006 – 156
Gestão Kassab
2007 – 120
2008 – 130
2009 – 129
2010 – 31
2011 – 79
2012 – 69

O que eu estou sugerindo? Que o fogo gosta do PT? Ainda se fosse o contrário… Não! Trabalhos de urbanização de favelas e de regularização das instalações elétricas respondem pela diminuição de ocorrências — tudo devidamente ignorado pelo noticiário.

O que faziam os petistas ontem à noite na favela do Moinho? O mesmo que faziam horas depois do incêndio, enquanto os bombeiros ainda realizavam o trabalho de rescaldo: campanha eleitoral em cima da desgraça alheia. Os barracos destruídos ainda soltavam seus fumos, e uma equipe de TV de Fernando Haddad já estava lá, filmando tudo, na certeza de que aquilo rende votos.

Há, pois, nisso um norte ético, moral mesmo: se as desgraças rendem votos ao PT, infere-se que os terá tanto mais quanto maiores elas forem. Seus partidários estavam lá, provavelmente, para acelerar a história.

Não! O partido não age assim só em São Paulo. Age assim onde quer que seja oposição. Quando, então, chega ao governo, aí usa com gosto as balas de borracha e o gás pimenta. Em nome da classe trabalhadora, do futuro e dos amanhãs que cantam!

Esse é o país do petralhas que assombra o país dos decentes, ricos ou pobres.
Texto originalmente publicado às 3h39
Por Reinaldo Azevedo -  http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Quando se culpa o termômetro por causar a febre

sexta-feira, 21 de setembro de 2012 | 05:00


Carlos Chagas

Nem só os asnos produzem asneiras. Os seres humanos também. Exemplo disso está no discurso pronunciado terça-feira, na Câmara, pelo deputado André Vargas, secretário de Comunicação do PT. Imaginando desafogar seu partido das evidências da corrupção praticada nos tempos do mensalão, o parlamentar afirmou, da tribuna, haver risco para a democracia brasileira se as sessões de julgamento no Supremo Tribunal Federal continuarem a ser transmitidas ao vivo.


Quer dizer, pregou a censura. Ignorou o quanto nossa democracia progrediu depois que o cidadão comum passou a assistir, ao vivo, eventos de toda espécie, credenciando-o a formar sua opinião sem intermediários. Tempos atrás ouvíamos apenas pelo rádio o relato das partidas de futebol. Ficávamos na mão de locutores de diversos matizes, uns de boa, outros de má fé, torcendo pelos clubes de sua preferência. Quando íamos ao cinema, uma semana depois, a indignação era geral durante os cinejornais. Não tinha sido nada daquilo que os locutores narraram.

Vieram os fatos políticos mostrados ao vivo, como os comícios das “Diretas Já”, a eleição de Tancredo Neves e sua agonia. Mais tarde, o impedimento de Fernando Collor, a posse do Lula e quanta coisa a mais, até hoje? Para não falar na tragédia das Torres Gêmeas, em Nova York, ou ainda no recente vexame da seleção olímpica de futebol diante do time do México.

Ganhou a democracia, e muito, pelo fato de cada cidadão poder tirar suas próprias conclusões do que se passa à nossa volta. Não dá para turvar ou omitir os fatos, ainda que cada um possa interpretá-los como bem entender.

O Supremo Tribunal Federal, através da TV Justiça, presta inestimáveis serviços à causa pública, pois mostra, vale repetir, ao vivo e sem montagens nem edições, os votos dos diversos ministros, as acusações do Procurador-Geral da República e do relator do processo contra os mensaleiros, assim como a defesa deles, por seus advogados. Qual o risco para a democracia em podermos ver e ouvir, na hora, tudo o que está acontecendo? Pelo contrário, o regime se aprimora e a população se conscientiza. E se vão aparecendo podres praticados por partidos políticos e por líderes variados, melhor para todo mundo.

André Vargas cometeu o absurdo de culpar o termômetro como causa da febre. Tinha e tem todo o direito de defender sua legenda e de tentar livrar o ex-presidente Lula de quaisquer responsabilidades. Trata-se de questão ainda em aberto, que o desenrolar do processo criminal 470 esclarecerá. Mas não será pela proibição da transmissão direta dos trabalhos da mais alta corte nacional de justiça. Muito pelo contrário.

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OMISSÃO DO PODER PÚBLICO

Importa menos saber se são os banqueiros que exploram os bancários ou se estes é que reivindicam reajustes financeiramente impossíveis de ser atendidos. Vale o mesmo para os funcionários dos Correios, para os policiais, os motoristas de ônibus, os metalúrgicos ou quantas outras categorias de trabalhadores entrem ou se preparem para entrar em greve.

O difícil de entender, na questão, é a omissão do poder público. Seria estultice pretender que os governos, quaisquer que sejam, venham a proibir as greves usando o cassetete e as forças de segurança para sufocar movimentos na maior parte das vezes justos. O que não dá para aceitar é que, na iminência das paralisações, depois de esgotadas as hipóteses de entendimento direto entre patrões e empregados, os encarregados de manter o funcionamento das instituições lavem as mãos e deixem as coisas acontecer. Porque na grande maioria dos casos sofre a população.

Foi-se a máxima de que greves se fazem contra patrões, porque entre nós elas só prejudicam o cidadão comum. Os grevistas sempre conseguem receber os dias parados e os empresários, tantas vezes estimulando os movimentos de seus empregados, geralmente obtém aumento de tarifas, facilidades fiscais e sucedâneos.

Caso dispuséssemos, por lei, da obrigação de governos eleitos democraticamente começarem a agir, nada disso aconteceria. Bastaria que diante de impasses, a palavra final fosse dada de imediato pelos detentores do poder público, valendo repetir, se existissem leis nesse sentido, obrigando as partes em litígio a submeter-se à decisão final. E antes da deflagração dos movimentos paredistas.

Se é para atender reivindicações, que assim se faça. Se são exageradas, que sejam contidas. Na era das comunicações eletrônicas, tudo pode realizar-se em questão de horas. Em especial se houver a integração do Judiciário nesse processo onde o Executivo é responsável pela preservação da ordem. O diabo é que o Legislativo, a quem caberia ordenar essa omissão secular, omite-se também.

Dirão os apressadinhos que tal equação não se completa quando são funcionários públicos a entrar em greve, sendo patrão o governo.

Por causa disso deveria o povo sofrer? Nem pensar, pois a premissa de tudo é evitar que as consequências das paralisações desabem sobre nossas cabeças. No caso dos servidores do Estado, devem ser aplicadas sobre o seu patrão as mesmas regras válidas para o empregador privado. Que os tribunais decidam, mesmo precisando intervir no orçamento da União. Haveria, então, a verdadeira harmonia e integração entre os poderes independentes.
Transcrição do Blog http://www.tribunadaimprensa.com.br/

DIA DA ÁRVORE

21/09/2012

Dia da Árvore é celebrado pela Companhia de Meio Ambiente 

Alunos da Escola Municipal Lindolfo Gomes participam de atividades na sede da unidade 

Em comemoração ao Dia da Árvore, celebrado nesta sexta-feira (21), véspera da chegada da primavera, alunos da Escola Municipal Lindolfo Gomes participam de atividades na sede da 4ª Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito (4ª Cia Ind MAT), na Estrada Athos Branco da Rosa, 2333, Bairro Santo Antônio. Na programação, palestra sobre flora, plantio de mudas e gincana ambiental. Na região, outras ações foram programadas para a data.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dia da Artilharia

Na última década, o Brasil tem assistido a uma retomada do investimento governamental em projetos de defesa. A projeção do País no exterior, fomentada principalmente pela estabilidade política, crescimento econômico e melhorias sociais, leva o Brasil a uma nova realidade estratégica. 

O desenvolvimento de novos produtos, com tecnologia de ponta e utilização dual – tanto militar como civil – vem ganhando fôlego. A FINEP já investiu cerca de R$ 1 bilhão em projetos que vão gerar uma gama de conhecimentos e de inovações que tendem a se multiplicar. “A defesa é um dos grandes vetores de inovação, que é o caminho para se atingir o patamar do mundo desenvolvido”, diz Sami Hassuani, presidente da Avibras, empresa que está desenvolvendo o primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) genuinamente nacional.