terça-feira, 30 de março de 2021

Moradora de Mateus Leme é resgatada em condição análoga à escravidão

Por LARA ALVES | SIGA-NOS NO TWITTER @OTEMPO    29/03/21 - 22h45

Depois de nove meses alimentando-se com restos de comida e sendo submetida a condições extremas de trabalho doméstico no Mato Grosso do Sul, uma moradora de Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi resgatada da condição análoga à escravidão e retornou a Minas Gerais na manhã de segunda-feira (29).

A chegada dela no aeroporto em Confins, também à região metropolitana, foi acompanhada pela própria mãe e pela delegacia de Polícia Civil do município onde ela vivia antes de ser levada à força para Campo Grande, capital do estado na região Centro-Oeste do Brasil. A mulher de 34 anos foi encaminhada ainda nesta segunda-feira para uma unidade de saúde em Mateus Leme onde foi internada por desnutrição. O crime será investigado pela Polícia Federal (PF), e a Justiça do Trabalho foi acionada.

A vítima foi sequestrada, segundo revelou à polícia, há cerca de nove meses, e, em fevereiro, a mãe dela registrou uma ocorrência alegando que não recebia notícias da filha há muito tempo e declarou não saber o paradeiro dela. Entretanto, de acordo com a polícia, o boletim não continha indícios de crime. As condições em que vivia a mulher foram descobertas depois que ela conseguiu fugir, no domingo (21), da residência onde era mantida em cárcere privado, como esclarece a delegada Ligia Barbieri Mantovani.

“As informações que nós temos são que a vítima foi levada à força para o Mato Grosso do Sul onde ela foi obrigada a prestar serviços domésticos sem remuneração, comia restos e era proibida de manter contato com outras pessoas ou de se locomover. Ela fugiu e foi ajudada por uma igreja da cidade, que entrou em contato com a delegacia de atendimento à mulher da cidade que, por sua vez, nos procurou em Mateus Leme”, revela.

A suspeita do crime é uma ex-empregadora da mãe da vítima. “A mãe trabalhou para a autora, que tem 70 anos, durante alguns anos, e foi assim que se estabeleceu contato entre a vítima e a autora”. Ainda não há detalhes sobre como a vítima foi levada para Campo Grande, mas, segundo a Polícia Civil, sabe-se que ela foi arrastada à força. “Fizemos diligências, identificamos os familiares da vítima e, através de um trabalho conjunto das polícias, na data de hoje, a vítima foi colocada num avião, desembarcou no aeroporto em Confins e foi recebida por nossa equipe”, esclarece a delegada.

Investigações seguem com a Polícia Federal, e além da mulher de 70 anos, um filho dela também é suspeito do crime. A vítima, por sua vez, foi internada em uma unidade de pronto atendimento médico em Mateus Leme. “Ela encontra-se internada. Está tomando soro, porque, após a consulta com o médico, ele sinalizou uma possível desnutrição”, concluiu Lígia Barbieri Mantovani.

https://www.otempo.com.br/cidades/moradora-de-mateus-leme-e-resgatada-em-condicao-analoga-a-escravidao-1.2465723

O que falta? A líder da Nova Zelândia, a vacinação de Israel e o comportamento social do japonês

 Publicado em 30 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Liderada pela primeira-ministra Jacinda Ardern, a Nova Zelândia se tornou exemplo de enfrentamento à pandemia - Hagen Hopkins/Getty Images

Premier Jacinda Ardem venceu a Convid-19 na Nova Zelândia

Fernando Gabeira
O Globo

Como sair dessa? Quando sair dessa? As perguntas não cessam de martelar nossa cabeça, e cada um tenta respondê-las com a mistura de análise e desejo que se entrelaçam em nossas conversas. De uma forma muito simples, sem censura, tento desenhar para mim um quadro ideal de superação desta crise que, além de matar muita gente, pode nos roubar uma década de desenvolvimento, segundo a própria ONU.

Nesse quadro ideal, unifico três condições: um líder como a da Nova Zelândia, uma vacinação tão intensa como a de Israel e um comportamento social como o japonês.

POUCOS RECURSOS – Diante desse quadro, sinto-me como aqueles andarilhos de uma peça de Harold Pinter que entraram, subitamente, na cozinha de um restaurante. De repente, começaram a surgir pedidos complexos, e eles tinham apenas alguns alimentos nas suas pobres sacolas.

É preciso fazer algo com poucos recursos, porque a luta contra o vírus é real, assim como é verdadeira a tragédia que se abate sobre nosso povo.

O primeiro ponto, liderança nacional: esquece. Bolsonaro é um estorvo, e temos de seguir sem ele nesta luta, derrubando-o assim que for possível, pelos caminhos viáveis no momento dado.

COMITÊ DE VERDADE – É necessário um comitê nacional de crise, e não farsa encenada pelo Planalto. Um comitê que expresse a crítica à maneira como se conduziu até agora a luta contra a pandemia.

De nada adiantará, entretanto, apenas um comitê nacional. Ele teria de se apoiar em centenas, talvez milhares, de microcomitês, que tentem impulsionar uma política virtuosa. Esse movimento molecular ainda não surgiu na plenitude, embora tenha se esboçado no princípio da pandemia.

Nos milhares de grupos de amigos, dentro ou fora da internet, teria de ser colocada a pergunta: o que podemos fazer dentro de nossas possibilidades? Sempre haverá uma resposta, por mais modesta.

OUTRO COMPORTAMENTO – Essa liderança multiplicada seria importante não só para a necessária solidariedade. Mas também para a busca de uma nova tática que busque um comportamento mais responsável diante da doença.

Mais do que lições de moral, o discurso de cooperação só terá efeito se as pessoas sentirem os benefícios de pertencer a um coletivo humano.

Isso não implica a ausência de lockdowns, mas uma tentativa de superar, com o comportamento, a sucessiva necessidade de lockdowns, o constante fecha e abre que o vírus nos impõe.

EXEMPLO DO CHILE – O êxito da vacinação não resolve o problema a curto prazo. O Chile planejou e vacinou intensamente, mas está às voltas com um novo pico da doença.

A vacinação em massa é a grande estratégia, e isso até o obtuso presidente parece compreender, agora. Não creio que o governo conseguirá vacinar 70 milhões de brasileiros até o fim do ano. Basta analisar o complexo mercado planetário de vacinas.

Quebrar patentes é uma solução que a Índia e a África do Sul defendem. Ambas acreditam que existem fábricas ociosas no Sul, e só não produzem porque não detêm o conhecimento. Esse é um clamor justo. Como dizia Jonas Salk: vamos patentear o Sol?

LIDERANÇA COLEGIADA – Mas não há tempo hábil. A própria Índia está restringindo exportações. A Europa neste fim de semana fez uma reunião para endurecer as regras da exportação. Além de obter a tecnologia para produzir vacinas na Fiocruz e no Butantan, é necessário ficar atento ao mercado internacional. Uma janela pode se abrir nos EUA, que vacinam ao ritmo de três milhões por dia. Pfizer, Moderna e Johnson podem ter uma folga no segundo semestre.

No fim de semana, o Instituto Butantan anunciou uma vacina 100% nacional para ser aplicada em julho. Terá de passar pela Anvisa, mas é uma esperança para o segundo semestre.

Será na combinação desses fatores, nem todos favoráveis, que podemos achar um caminho. Uma liderança nacional colegiada tem apenas uma desvantagem: não dispõe dos recursos materiais que estão sob o controle de Bolsonaro. Mas pode funcionar.

Publicado em  http://www.tribunadainternet.com.br/o-que-falta-a-lider-da-nova-zelandia-a-vacinacao-de-israel-e-o-comportamento-social-do-japones/
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A Nova Zelândia é um país no sudoeste do Oceano Pacífico formado por 2 ilhas principais, ambas marcadas por vulcões e glaciações. Na capital Wellington, na Ilha Norte, fica o museu nacional Te Papa Tongarewa. O imponente Monte Victoria, em Wellington, o Fiordland, na ilha Sul, e os Lagos do Sul foram cenário da mítica Terra Média nos filmes da série "O Senhor dos Anéis", de Peter Jackson. ― Google

30/03 - Dia Mundial da Juventude / 1ª Anestesia / Ponte Estaiada / Van Gogh e saiba +

 

O dia 30 de março comemora-se o Dia Mundial da Juventude. A data serve se pretexto para uma programação especial com atividades que despertam o interesse dos jovens. Em algumas cidades, eventos são organizados para celebrar as conquistas da juventude e aumentar o acesso às oportunidades.

A juventude define um período da vida caracterizado por grandes acontecimentos. Nesta fase, as pessoas estão em busca da identidade e podem sentir na pele fortes emoções por causa das grandes mudanças que ditam novos rumos. Os jovens também são normalmente responsáveis por definir o perfil de uma geração. 

Origem do Dia da Juventude
O Dia da Juventude foi criado pelo Papa João Paulo II em 1985, estando primeiramente ligado aos eventos da Igreja Católica. No entanto, com o passar do tempo, a data começou a ser comemorada por pessoas de crenças e culturas diferentes.
Fonte:Mundo das Tribus 

Dia de São João Clímaco na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa
Império Romano: Festival dedicado a Salus
Mitologia Nórdica: Festival de Eostre, deusa da fertilidade e do renascimento
Igreja Católica: São Quirino de Neuss, mártir de Roma.

1842 – A anestesia é utilizada pela primeira vez em uma cirurgia pelo Dr. Crawford Long;
1867 – O território russo do Alasca é comprado por 7,2 milhões de dólares. A imprensa chamou isto de a Loucura de Seward.
2010 – Inauguração da Ponte Estaiada João Isidoro França - Teresina.
2017 — SpaceX conduz o primeiro veículo de lançamento reutilizável do mundo de um foguete de classe orbital.

Nascimento
1853 - Vincent van Gogh, pintor neerlandês (m. 1890)
1921 -Thiago de Mello, poeta brasileiro 
1930 - Jaime Barcelos, ator brasileiro (m. 1980)
1937 - Rogério Cardoso, ator e comediante brasileiro (m. 2003)
1945 – Eric Clapton, guitarrista e cantor britânico
1948 - Mary Terezinha, cantora e sanfonista brasileira
1950 - Lucila Nogueira, escritora brasileira
          Oliveira Andrade, narrador e apresentador brasileiro 
1954 - Rosi Campos, atriz brasileira
          Denise Saraceni, diretora de emissora de tv 
1956 – Fábio Junqueira, ator brasileiro (m. 2008
1961  -Bi Ribeiro, músico brasileiro (Os Paralamas do Sucesso)
1963  -Eli-Eri Moura, compositor e maestro brasileiro
1978 - Vasco Gato, poeta português
1982 - Teresa Villa-Lobos, cantora portuguesa

Falecimento
2006 – Ana Montenegro, jornalista e poetisa (n. 1915)
2009 – Ankito, ator brasileiro (n. 1924)
2015 - Messias Pereira Donato, jurista brasileiro (n. 1921)
2019 - Marquinhos Martini, ator e humorista brasileiro (n. 1948).

segunda-feira, 29 de março de 2021

Se a lei é válida, Cármen Lúcia devia dar alguma satisfação sobre o que fez, mas ela não precisa…

 Publicado em 29 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Duke (O Tempo)

J.R.Guzzo
Estadão

Está escrito na lei brasileira o seguinte: “São crimes de responsabilidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal: 1. Alterar por qualquer forma, exceto por recurso, decisão ou voto já proferido em sessão do tribunal”. O que poderia haver de mais claro que isso? A lei, por sinal, foi aprovada em 1950, quando os deputados e seus redatores ainda sabiam escrever em português.

Se vale o que está escrito, então, e segundo requer a lógica mais comum, a ministra Cármen Lúcia, que acaba de fazer exatamente o que a lei diz que é crime, deveria estar dando alguma satisfação sobre o que fez; pelo menos isso. Mas aí é que está: ela não precisa fazer absolutamente nada.

NÃO SE APLICA – No Brasil de hoje, que é o Brasil como o STF quer que ele seja, é mais fácil o simpático camelo da Bíblia passar pelo buraco de uma agulha do que a lei valer alguma coisa quando os ministros supremos não querem que valha. A solução universal, então, é dizer: “Nesse caso a lei não se aplica”. Pronto: tudo resolvido e vida que segue, até a próxima.

A lei obviamente não se aplica à ministra, nem a qualquer dos seus dez colegas, nem sobre qualquer decisão que o STF possa tomar – afinal, entre outros portentos, os ministros tocam há mais de um ano um inquérito policial que não têm nenhum direito de tocar, prendem deputados federais, anulam leis aprovadas legitimamente no Congresso Nacional, decretam o que é proibido fazer, decretam o que é obrigatório que se faça.

Se fazem tudo isso, por que iriam implicar com Cármen, ainda mais quando ela está fazendo exatamente o que eles querem que seja feito?

VOTOS CONTRADITÓRIOS – Não existe rigorosamente nada de certo na decisão que a ministra tomou para considerar o juiz Sérgio Moro “suspeito” de agir de maneira parcial na condenação do ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro – sentença que foi confirmada por outros oito magistrados superiores a ele.

Quando julgou a história da suspeição, na abertura do caso em 2018, Cármen disse em seu voto que Moro não era suspeito de nada. Agora, três anos depois e com a condenação de Lula já passada em terceira e última instância, ela dá um voto exatamente ao contrário do primeiro.

Não aconteceu nada de novo entre um momento e o outro, a não ser a apresentação de “provas” obtidas através de gravações ilegais – um crime. Tudo o que houve nesse período, segundo diz Cármen, foram “conversas” com o “ministro Gilmar Mendes”.

NOVINHO EM FOLHA – Cármen não fez apenas um reparo ou ajuste técnico em seu primeiro voto; fez um voto novinho em folha, decidindo simplesmente o oposto do que já tinha decidido. A mudança também não foi feita “por recurso”, como pede a lei.

Cármen começou, dias atrás, a espalhar na imprensa que poderia dar um “voto novo”, e assim que o caso foi reaberto para o julgamento final, com um placar de 2 x 2, ela anulou sua própria decisão e deu a vitória a Lula.

É verdade que os votos, tanto o que era à brinca como o que foi à vera, não foram dados em sessão plenária do STF, e sim na “Segunda Turma” da qual ela faz parte; mas foi decisão oficial.

UM OUTRO BRASIL – Mas e daí, não é mesmo? Nada disso tem a mais vaga importância para o STF. O tribunal vive no seu próprio Brasil, um universo no qual é proibida a entrada de fatos ou pontos de vista diferentes, e onde só vale a vontade pessoal dos ministros. Eles têm a sua própria realidade.

O ministro Gilmar, por exemplo, diz que o que desmoraliza a Justiça brasileira não é o Supremo, mas sim a Operação Lava Jato – uma “vergonha mundial”, nas suas palavras.

O STF é isso: a mais bem-sucedida ação da Justiça contra a corrupção, em toda a história, é um erro, o culpado é o juiz e o condenado é um mártir.

Publicado em  http://www.tribunadainternet.com.br/se-a-lei-e-valida-carmen-lucia-devia-dar-alguma-satisfacao-sobre-o-que-fez-mas-ela-nao-precisa/

“Pandemia fugiu do controle, e só podemos contar com nós mesmos”, diz Drauzio Varella

 Publicado em 29 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Drauzio Varella errou, corrigiu-se e depois errou de novo

Drauzio Varella
Folha

Os brasileiros decretaram o fim da epidemia, em novembro do ano passado. Os bares lotaram, multidões nas praias, famílias reunidas no Natal e no Ano-Novo, festas clandestinas à luz da noite espalhadas pelas cidades, Carnaval. A justificativa para esse comportamento estúpido era a de que ninguém aguentava mais ficar em casa.

Em janeiro, chegaram as férias. Os hotéis dos recantos turísticos voltaram a receber hóspedes, as ruas das metrópoles se encheram de gente aglomerada sem máscara e de ônibus e trens superlotados pelos que não tinham alternativa senão trabalhar.

SEM MÁSCARA – Alheio a tudo, o presidente da República passeava de jet ski, cumprimentava admiradores e posava sem máscara para selfies, o Ministério da Saúde distribuía o kit Covid, deputados e senadores tentavam aprovar uma emenda à Constituição para livrá-los da prisão em flagrante e faltava coragem à maioria de governadores e prefeitos para decretar medidas rígidas de afastamento social.

Os médicos, os sanitaristas e os epidemiologistas que alertavam para as dimensões da tragédia em gestação eram considerados alarmistas e defensores de interesses políticos escusos.

Deu no que deu: 300 mil mortos, hospitais com UTIs sem leitos para oferecer aos doentes graves, milhares de pacientes morrendo à espera de uma vaga. O que acontecerá nas próximas semanas? Chegaremos a 400 mil mortes?

COLAPSO NA SAÚDE – Os hospitais brasileiros estão em colapso. Os infectados foram tantos que abrir mais leitos em UTI é enxugar gelo. Os gestores investem em equipamentos e profissionais para abrir vagas que serão ocupadas em menos de 24 horas.

O número de óbitos em casa e nas unidades básicas de saúde despreparadas para o atendimento é enorme. Os estoques de medicamentos para a sedação dos doentes entubados chegam ao fim. Começam a faltar até corticosteroides e anticoagulantes, medicações de baixo custo que o Ministério da Saúde não se preocupou em adquirir.

As vacinas perderam o “timing” para conter a escalada atual. Ainda que fosse possível vacinar todos os brasileiros neste fim de semana, as mortes continuariam a se suceder da mesma forma, pelo menos durante o mês de abril e uma parte de maio.

EXEMPLO PAULISTA – Vejam a situação de São Paulo, o estado que conta com o sistema de saúde mais organizado do país. No pico da primeira onda, dispúnhamos de cerca de 9.000 leitos de UTI, agora temos 14 mil, lotados. No dia 17 de março havia pelo menos 1.400 pessoas à espera de internação em UTI.

O maior complexo de saúde do Brasil, o Hospital das Clínicas, recebia, em fevereiro, a média de 56 pedidos de internação; nos últimos sete dias foram 364, dos quais 110 estavam em estado grave por outras doenças e 254 por Covid.

Se esse é o panorama no estado mais rico, caríssima leitora, dá para imaginar o caos no resto do país?

DESPERTAR TARDIO – Parece que nossos dirigentes despertaram para as dimensões da tragédia que se abateu sobre nós. Empresários e economistas enviaram um recado duro ao presidente, pena que tardio. O ministro da Economia reconheceu que sem vacinação a economia não se recupera. Só agora percebeu? Por que não disse nada em julho, quando nos foram oferecidos os 70 milhões de doses da vacina da Pfizer que o Ministério da Saúde rejeitou? Receio de magoar o chefe?

O presidente da Câmara declarou que “tudo tem limite” e que apertava “o botão amarelo”. Amarelo, excelência? Enquanto 300 mil famílias perdiam entes queridos, o sinal estava verde?

COMO ASSIM, MINISTRO? – Deprimente ver os malabarismos circenses do novo ministro da Saúde, ao justificar que ficava a critério da liberdade milenar do médico prescrever o tratamento precoce com drogas inúteis. Como assim, ministro? Enquanto a medicina foi praticada como o senhor defende, os colegas que me antecederam receitavam sangrias e sanguessugas.

Finalmente, sob pressão, o presidente convocou os três Poderes para um convescote político, com o pretexto de criar um comitê para gerir a crise sanitária. Incrível, não? Imaginar que uma equipe comandada por ele será capaz de nos tirar dessa situação é acreditar que mulher casada com padre vira mula sem cabeça.

A consequência mais nefasta de tantos desmandos, caro leitor, foi a de que a epidemia fugiu do controle do sistema de saúde. Daqui em diante, só podemos contar com nós mesmos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O superstar Varella tem culpa no cartório. Foi baseado numa declaração do médico do Fantástico, no fim de janeiro, que Bolsonaro começou a menosprezar a pandemia e chamá-la de “gripezinha”. Em abril, Varella admitiu ter subestimado a pandemia, mas  depois da primeira onda prestou serviços ao TSE, aparecendo na TV para convocar a população à aglomeração da eleição, como se a pandemia não pudesse ter uma segunda onda. Em tradução simultânea, o médico é ótimo em apontar erros dos outros, mas esquece rapidamente os que comete. (C.N.).

Publicado em  http://www.tribunadainternet.com.br/pandemia-fugiu-do-controle-e-so-podemos-contar-com-nos-mesmos-diz-drauzio-varella/

PJF altera boletim epidemiológico para facilitar o entendimento de dados sobre a pandemia no município

 JUIZ DE FORA - 29/3/2021 - 09:37

A Prefeitura de Juiz de Fora altera o layout e acrescenta dados, como a média móvel de óbitos e casos confirmados de Covid-19, às artes divulgadas diariamente nas redes sociais sobre o panorama da pandemia em Juiz de Fora. O objetivo é deixar as informações ainda mais claras, bem distribuídas, e evitar erros de interpretação dos dados representados pelos boletins diários - tanto o boletim epidemiológico quanto o número de doses aplicadas das vacinas contra o coronavírus.

A representação da média móvel de óbitos registrados e de casos confirmados (referentes ao período de 14 dias/ 2 semanas anteriores) estará disponível para evitar possíveis incompreensões de dados e cenários que podem não representar o contexto atual da pandemia. Essas são informações já trabalhadas de modo usual pelos principais veículos de imprensa do país.

É importante relembrar que uma pessoa infectada, caso seja sintomática, demora até 14 dias para manifestar os sintomas. Em média, esse prazo é de 5 dias. A alteração é necessária tendo em vista que quando lidos apenas os dados diários não se conhece todo o contexto da gravidade do cenário. Por exemplo, a tendência de registro de óbitos é menor aos finais de semana e maior às segundas e terças-feiras. Isso pode ocasionar uma leitura não fidedigna do retrato atual da pandemia no município.

Além disso, também será acrescentado um glossário ao final das postagens, para elucidar dúvidas sobre os conceitos, números, entre outras informações específicas do setor de saúde e não comuns para a maioria da população.

https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php?modo=link2&idnoticia2=70457

Para evitar aglomerações, PJF fecha praças a partir desta segunda, 29

JUIZ DE FORA - 29/3/2021 - 10:15

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) iniciará, a partir desta segunda-feira, 29, o fechamento das praças em razão do avanço da Covid-19 no município. Esse fechamento é necessário para que os hospitais consigam se organizar e evitar lotações, a fim de atender, da melhor forma, todos os pacientes.

O fechamento será realizado em etapas, começando pelas praças que são frequentemente denunciadas por aglomerações e desrespeito às regras de distanciamento impostas pela Onda Roxa, na qual Juiz de Fora se encontra. Os primeiros espaços a serem fechados serão a Praça CEU, em Benfica, e a Praça Poeta Daltemar Lima, no Bom Pastor.
https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php

Ao devassar a Justiça brasileira, a OCDE devia começar pelos crimes fiscais da Rede Globo

 Publicado em 29 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Resultado de imagem para sonegação premiada charge

Charge do Tiago Recchia

Carlos Newton

A crescente podridão da Justiça pode ser considerada o maior problema do país, porque provoca um retrocesso moral, institucional e material em praticamente toda a sociedade. Quando a Justiça se faz presente, tudo funciona melhor e os crimes diminuem. Mas a imagem da Justiça está tão degradada que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) se viu forçada a enviar uma delegação ao Brasil, que ficará aqui durante sete meses.

A missão desse grupo de trabalho é monitorar o afrouxamento do combate à corrupção para fortalecer a blindagem de políticos, autoridades e empresários envolvidos em desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

PERANTE A LEI – Esses especialistas internacionais da OCDE têm muito trabalho pela frente, mas não haverá dificuldade para identificar que a maior mazela é o descumprimento da norma constitucional de que todos são iguais perante a lei. Basta acompanhar o que acontece com a Rede Globo.

Assim, com a maior facilidade os investigadores saberão que há anos e anos a maior emissora do país vem sendo acusada de crimes fiscais e nada acontece, porque está sob proteção dos três Poderes da República e de praticamente todos os demais órgãos de comunicação do país, já que apenas a Tribuna da Internet está acompanhando esse importante assunto.  

Revoltado com essa situação, um cidadão brasileiro decidiu entrar na Justiça, para forçar que esses crimes fiscais da TV Globo sejam realmente investigados. E o que aconteceu? Nada.

PROCESSO SUMIU – A ação é movida pelo ex-deputado Afanasio Jazadji, representado pelo advogado Luiz Nogueira. Teve parecer favorável do Ministério Público Federal de São Paulo e foi transferida para a 2ª Vara Federal Criminal do Rio, cujo juiz determinou que a Polícia Federal eo Ministério Público prosseguissem as investigações na sede da TV Globo. E o que aconteceu? Nada.

Desde 4 de dezembro de 2019, o processo desapareceu na internet, no percurso entre os dois quarteirões que separam a 2ª Vara e a PF no Rio. Depois de intensa e inútil pressão do advogado Luiz Nogueira na Corregedoria da PF, o procurador da República Paulo Henrique Ferreira Brito exigiu a devolução dos autos.

Assim, ficou claro que a paralisação do processo contra os filhos de Roberto Marinho ocorre única e exclusivamente por responsabilidade da Polícia Federal no Rio de Janeiro, sem que as explicações devidas sejam oferecidas à sociedade pelo superintendente Tácio Muzzi.

CARTA PRECATÓRIA – Como dissemos, fica fácil para a delegação da OCDE constatar como funciona a Justiça no Brasil. No caso dos crimes fiscais da TV Globo, depois do sumiço dos autos por mais de um ano, também desapareceu a carta precatória citando a Globopar (Globo Comunicação e Participações S/A) e os empresários Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho.

A explicação oficial do Tribunal Regional Federal-2 é de que a carta precatória foi recebida, porém não existe mais, e consta a informação de “ARQUIVO REMOVIDO“.

A simplicidade do relato, como se nada de excepcional e até de suspeito tenha ocorrido, levou o advogado Luiz Nogueira a encaminhar pedido de providências ao Corregedor do TRF-2, desembargador Federal Luiz Paulo da Silva Araújo Filho. 

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P.S.  Fica patente que a delegação da OCDE não precisa permanecer por sete meses no Brasil. Basta levar um relatório sobre os crimes fiscais da TV Globo, que são tantos que estou até pensando em escrever um livro a respeito, e informar aos dirigentes da organização que o Brasil é o único dos 193 países da ONU que não prende corrupto após condenação em segunda instância. Em apenas uma semana o grupo de trabalho da OCDE já teria concluído sua missão. (C.N.)

Publicado em  http://www.tribunadainternet.com.br/ao-devassar-a-justica-brasileira-a-ocde-devia-comecar-pelos-crimes-fiscais-da-rede-globo/