Por O TEMPO Publicado em 27 de setembro de 2023 | 14h53 - Atualizado em 27 de setembro de 2023 | 15h37
Em resposta a declarações recentes de Romeu Zema (Novo) sobre seu apoio crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua família, Carlos Bolsonaro disparou contra o chefe do Executivo mineiro — Foto: Montagem/Divulgação
Em resposta a declarações recentes de Romeu Zema (Novo) sobre seu apoio crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua família, Carlos Bolsonaro disparou contra o chefe do Executivo mineiro: “Agora o insosso e malandro governador de MG traz consigo uma colocação ardilosa digna de João Doria, aquele que pede desculpas a Lula depois de sempre ter usado Bolsonaro”.
“Novamente distorcem a realidade e são mais baixos do que jamais pensei que pudessem ser, usando o padrão de atacar de forma pueril a família de ‘aliado’, como sempre fez a imprensa para atingir seus verdadeiros objetivos. Eles sabem que tal técnica funciona para muitos”, declarou.
As falas ocorrem após Zema ter afirmado, em evento em São Paulo, que tem diferenças em relação à gestão de Bolsonaro e que apoiou o ex-presidente principalmente para ser contra o PT em 2022. “Apesar de nós termos 320 mil servidores públicos, não tenho nenhum parente. Então, também temos uma diferença: família para lá, negócios e carreira para cá", ponderou o governador.
O filho do ex-presidente ainda declarou que há uma “cristalina união” do partido Novo com o Movimento Brasil Livre (MBL), que compõe parte da esquerda não bolsonarista no cenário político.
“O jeito escorregadio e sorrateiro de irem se achegando tornou-se óbvio de um tempo pra cá, nota-se isso facilmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Tudo bem, que sejam felizes. Sempre foi muito fácil ver os movimentos de mais uma investida daquela ‘direita’ que diz querer unir a direita, daqueles que apoiam a agenda 2030 da ONU, liberação de determinadas situações e o silêncio visceral quando deveriam se mostrar, tentando ganhar a simpatia dos quem têm outras convicções”, completou.
O governo de Minas foi procurado para comentar as declarações, mas ainda não respondeu à reportagem.
Leia a declaração de Carlos Bolsonaro na íntegra:
É cristalina a união do partido NOVO com o MBL nas principais capitais do país há um bom tempo. O jeito escorregadio e sorrateiro de irem se achegando tornou-se óbvio de um tempo pra cá, nota-se isso facilmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Tudo bem, que sejam felizes.
Sempre foi muito fácil ver os movimentos de mais uma investida daquela “direita” que diz querer unir a direita, daqueles que apoiam a agenda 2030 da ONU, liberação de determinadas situações e o silêncio viceral quando deveriam se mostrar, tentando ganhar a simpatia dos quem têm outras convicções.
Se tiver que ser que seja, mas ser honesto com as pessoas seria o mínimo a se esperar destes grupos que mais uma vez são rastejantes quanto a seus métodos, tentando ganhar simpatia de um lado sempre tripudiando o semelhante, isso jamais fazendo parte do feitio de boas pessoas.
Agora o insosso e malandro governador de MG traz consigo uma colocação ardilosa digna de João Doria, aquele que pede desculpas a Lula depois de sempre ter usado Bolsonaro. Novamente distorcem a realidade e são mais baixos do que jamais pensei que pudessem ser, usando o padrão de atacar de forma pueril a família de “aliado”, como sempre fez a imprensa para atingir seus verdadeiros objetivos. Eles sabem que tal técnica funciona para muitos.
Fico estarrecido mas aliviado quando me deparo com determinado nível de colocação. A constatação existe e mais uma vez é exposta aos olhos de todos.
Senhor Romeu, a diferença que temos não é a família eleita pela escolha popular, mas vai muito além, pois você pode participar da eleição de um amigo, de um colega de confiança no trabalho ou até mesmo de uma namorada, não sei se esse seria o seu caso, mas pouco importa, pois opção sexual não faz caráter ou competência de uma pessoa, sendo tudo extremamente natural. O que muda apenas é ter ou não ter o sangue de um ou de outro correndo em suas veias. Apenas um detalhe, muitas das vezes considerado mais ou menos importante para uns do que para outros.
Atacar a família acontece bastante quando não parecem gostar muitos dos seus e acabam usando essa baixeza digna de um malandro com cara de pastel.
Todos temos que amadurecer e talvez ceder a depender do caso se quisermos ter uma aproximação, mas agora sabemos o caso aqui parece jamais ter sido esse. Não temos que unir a direita ou encontrar um líder diante de um cenário EXTREMAMENTE oportuno para uns, pois a direita sempre esteve unida, como sempre disse o Presidente Jair Bolsonaro; e um líder de verdade jamais é apontado, ele é forjado. Esse talvez seja a maior frustração daquele tipo de pessoa e isso os rasga visceralmente por dentro.
Segue mais um exemplo do caráter do chocado no então partido de João Amoedo. Cada dia ficando mais nítida que as semelhanças destes jamais pararam por aí. Parece que existe um padrão e ele só se confirma a cada momento.
Declarações de Zema
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, justificou seu apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022 "muito mais" por ter visto o que o governo do PT fez com o Estado e com o País do que "por concordar" com todas as propostas do ex-presidente. A declaração ocorreu nesta segunda-feira, 25, durante o evento "Almoço-Debate", promovido pelo Grupo Lide, cujo fundador, o ex-governador de São Paulo, João Doria, também estava presente.
"Lembro que apoiei o Bolsonaro muito mais em virtude de ter visto o estrago que aquele partido (PT) fez no Brasil e em Minas do que por concordar com as propostas dele. Sou de um partido diferente dele. Durante a pandemia, tive uma posição totalmente diferente da dele. Tanto é que Minas Gerais foi o Estado, excluindo Norte e Nordeste, com a menor taxa de mortalidade no Brasil. Está aí um exemplo claríssimo", disse o governador ao ser questionado pelo Estadão sobre quais propostas de Bolsonaro ele discorda.
"Em Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente. Então, também temos aí uma diferença. Família para lá, negócios e carreiras para cá. São algumas diferenças. Mas eu tenho muito mais proximidade com ele do que com quem governou Minas antes", concluiu Zema. (Com Estadão Conteúdo)
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