sexta-feira, 26 de março de 2021

Minas recebe vacinas e amplia imunização incluindo pessoas de 65 a 69 anos

 SEX 26 MARÇO 2021  09:30  ATUALIZADO EM SEX 26 MARÇO 2021 9:32

Minas Gerais recebeu, na manhã desta sexta-feira (26/3), mais uma leva de 116.600 doses da vacina AstraZeneca e 359.000 da CoronaVac, totalizando 475.600 doses. A expectativa, com esta remessa, é ampliar a vacinação para a população de idosos.

“Nesta próxima etapa, serão incluídas pessoas com 65 a 69 anos, ampliando o público vacinado. Serão imunizadas, também, as pessoas que residem em comunidades quilombolas e ribeirinhas. A vacinação do público de 70 a 74 anos também continua, com mais 22% desta faixa etária incluída, e também profissionais de Saúde”, explica a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Janaína Almeida. 

Os insumos desembarcaram no Aeroporto Internacional de Confins, às 6h50 e seguiram para a Central Estadual da Rede de Frio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), onde ficam armazenados em condições ideais de temperatura até serem distribuídos para as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do Estado. Ainda não foi divulgada a data desse envio.

Nesta remessa, permanece a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI) de que todas as vacinas sejam utilizadas como dose 1, ampliando ainda mais o quantitativo da população protegida. Assim, a dose 2 da CoronaVac não ficará armazenada na Unidade Regional de Saúde; os municípios receberão toda a carga para aplicação imediata

Públicos prioritários

O Ministério da Saúde elencou entre os grupos prioritários desta décima etapa a população quilombola, os trabalhadores da Saúde, pessoas entre 70 a 74 anos e ampliou o total de idosos, abarcando também os que têm entre 65 e 69 anos.

Os imunizantes da AstraZeneca devem ser suficientes para atender 37% da população quilombola e 7% de pessoas entre 65 a 69 anos. Com a CoronaVac serão atendidos 22% dos idosos entre 70 e 74 anos, 23% das pessoas de 65 a 69 anos e mais 2% dos trabalhadores da Saúde.

A orientação do Estado é para que as prefeituras sigam as recomendações do PNI e apliquem as doses conforme público-alvo e respectivos quantitativos.

Vacinados

Em Minas, 1.138.136 pessoas já receberam a primeira dose contra a covid-19. Em relação à segunda dose, 443.528 já foram vacinadas, segundo dados do Painel Vacinômetro, que podem ser acessados em www.saude.mg.gov.br/coronavirus. As informações sobre o número de mineiros atendidos são atualizadas e publicadas diariamente nesse endereço.

Remessas recebidas

1ª remessa

577.480 doses da CoronaVac em 18/1/2021

2ª remessa

190.500 doses de AstraZeneca em 24/1/2021 

3ª remessa

87.600 doses da CoronaVac em 25/1/2021

4ª remessa

315.600 doses da CoronaVac em 7/2/2021 

5ª remessa

220.000 doses da AstraZeneca e 137.400 doses da CoronaVac em 23/2/2021

6ª remessa

285.200 doses da CoronaVac em 3/3/2021

7ª remessa

303.600 doses da CoronaVac em 9/3/2021

8ª remessa

509.800 doses de CoronaVac em 17/3/2021

9ª remessa

86.750 doses da AstraZeneca e 455.800 doses da CoronaVac em 20/3/2021 

10ª remessa

116.600 AstraZeneca e 359.000 Coronavac em 26/3/2021 

Total: 3.645.330 doses 

http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/minas-recebe-vacinas-e-amplia-imunizacao-incluindo-pessoas-de-65-a-69-anos

Vacina e soro produzidos pelo Butantan podem reforçar combate à covid

 Por Redação RBA    Publicado 26/03/2021 - 07h18

Anvisa já autorizou pesquisa clínica com o soro contra coronavírus, desenvolvida pelo Instituto Butantan. Soro amenizou sintomas e conteve risco de morte. Instituto espera aprovação para vacina hoje.

Cecília Bastos/USP Imagem

São Paulo – O Instituto Butantan prepara duas novidades que podem reforçar a ação da ciência brasileira contra o novo coronavírus. Uma vacina desenvolvida majoritariamente pelo instituto e um soro para reforçar a capacidade de imunização de contaminados pelo vírus. Para a nova vacina contra a covid-19, o Butatan espera autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar ensaios clínicos em humanos. Para o soro, a pesquisa já está autorizada.

O objetivo do Instituo Butantan é ter 40 milhões de doses prontas da Butanvac até o fim deste ano. A informação foi noticiada pela Folha de S. Paulo na noite desta quinta-feira (25). Diferentemente da CoronaVac ou da vacina de Oxford, em que os parceiros nacionais podem produzir uma capacidade limitada de doses, na nova vacina o Instituto Butantan é o principal desenvolvedor (85% de participação) dentro de um consórcio e poderá produzir a maior parte dos imunizantes. A Butanvac tem tecnologia já utilizada pelo Instituto Butantan, a partir de vírus inativado de uma gripe aviária como vetor para transportar para o corpo do paciente a proteína S integral do SARS-CoV-2.

Já em relação ao soro hiperimune, a Anvisa autorizou ontem (25) a pesquisa clínica para que o instituto tem autorização para fazer o teste do soro em humanos. Em testes realizados em animais, o soro amenizou sintomas do novo coronavírus e conteve avanço da infecção para risco de morte. “São resultados extremamente promissores, e esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora em estudos clínicos”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva realizada no começo de março.

Teste em humanos

O teste em humanos é uma etapa chave para que o instituto possa avançar no desenvolvimento do medicamento e, posteriormente, solicitar seu registro junto à Anvisa, condição necessária para que ele seja usado no mercado. A autorização foi condicionada a um Termo de Compromisso que prevê a entrega de informações complementares. Para o início do estudo, o Butantan ainda deverá apresentar tais informações, que, segundo a Anvisa, não foram integralmente disponibilizadas.

No início de março o Instituto entregou à Anvisa um dossiê com dados sobre o desenvolvimento da substância. A agência fez considerações sobre o primeiro pedido. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou na ocasião que teste pré-clínico demonstrou que o soro foi “seguro e efetivo”. O Butantan tem 3 mil frascos prontos para uso em humanos. A autorização da Anvisa permitirá que o soro seja aplicado em pessoas contaminadas pela doença e, depois, que se descubra qual a dose necessária para obter os efeitos desejados.

Produzir dados confiáveis

“O objetivo da avaliação de uma proposta de pesquisa clínica é verificar se o estudo é suficiente para produzir dados confiáveis sobre a segurança e a eficácia do medicamento. Isso envolve a avaliação do desenho estatístico da pesquisa, perfil de voluntários, definição de doses que serão testadas, entre outros aspectos”, explicou a Anvisa, em nota.

O soro foi produzido a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção. Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos isolados para que possam ser usados contra a doença. O Butantan já é referência na produção de soros, como os antiofídicos, que neutralizam os efeitos de venenos de cobras, e o antirrábico, contra a raiva.

De acordo com o instituto, o soro tem potencial para evitar o agravamento dos sintomas e curar os pacientes infectados pela covid-19. Ao contrário da vacina, que busca prevenir a infecção, o soro atua no tratamento da doença. No começo do mês, o Butantan já havia divulgado que o soro demonstrou em testes pré-clínicos que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais.

Plasma humano

O Instituto Butantan investe ainda em outra modalidade de tratamento com plasma humano para melhorar a resposta imune da pessoa contaminada pelo novo coronavírus. Trata-se do uso de plasma convalescente, de humanos que já tiveram covid-19, para terapia em pacientes em estágio inicial da doença. “O objetivo é transferir ao paciente anticorpos de maneira passiva até que o organismo dele tenha tempo de reagir e montar a sua resposta imune. Trata-se de uma vacina instantânea”, diz Dimas Covas.

O instituto inaugura nesta sexta-feira (26) uma rede de coleta, distribuição e utilização do plasma. Cinco hemocentros no estado estão credenciados: HHemo, Pró-Sangue, Colsan (esses na capital paulista), Hemocentro da Unicamp (Campinas) e Hemocentro de Ribeirão Preto. A terapia será indicada imunossuprimidos, idosos e pacientes com comorbidades, com testagem positiva e sintomas por, no máximo, 72 horas. A medida não requer de autorização da Anvisa 

Com informações de Agência BrasilFolha de S. Paulo e Estadão
https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2021/03/soro-instituto-butantan-reforcar-combate-a-covid/

Investigação dos R$ 132 milhões da Oi a empresas ligadas a Lulinha deve continuar em SP

 Publicado em 26 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Filho de Lula virou um fenômeno em enriquecimento ilícito

Rayssa Motta e Fausto Macedo
Estadão

O desembargador José Lunardelli, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, suspendeu nesta quinta-feira, 25, o envio para o Rio de Janeiro da investigação envolvendo o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, que apura suspeitas de propinas da Oi/Telemar em troca de atos favoráveis do governo.

Com a decisão, o caso fica parado até que o tribunal julgue os recursos dos investigados. No parecer, o magistrado considerou que a remessa dos autos para a Justiça Federal no Rio de Janeiro poderia causar ‘danos graves aos investigados e à própria investigação’ caso seja concluída, posteriormente, a incompetência do juízo fluminense.

CASO SEMELHANTE – Lunardeli também levou em conta que uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que reconheceu que outra investigação envolvendo Lulinha e a Oi deveria ficar em São Paulo.

“Se a movimentação reiterada de um inquérito entre órgãos diversos é medida a ser evitada, tal proceder é passível de maior causação de dano em contextos como o presente, em que há complexa e ampla apuração, o que envolve contextos logísticos de remessa, ciência e acompanhamento. Envolve, ademais, a possibilidade de tomada de novas medidas por Juízo que, se providos os recursos, seria reconhecido como incompetente. Portanto, de modo a resguardar a pretensão jurídica dos investigados e o inquérito como um todo, deve ser evitada a remessa imediata dos autos ao Juízo declinado”, diz um trecho do despacho.

A investigação foi aberta em 2019 pela Lava Jato em Curitiba para apurar repasses de R$ 132 milhões da OI/Telemar para as empresas do grupo Gamecorp/Gol, que têm como um de seus controladores o filho mais velho do ex-presidente.

FORO EM SÃO PAULO – Após a fase ostensiva do inquérito, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, entendeu que o foro competente para processar e julgar o caso seria o paulista e remeteu a investigação para a Justiça Federal de São Paulo. Recentemente, porém, a 10ª Vara Federal em São Paulo concluiu que a maior parte dos crimes sob investigação teria acontecido no Rio de Janeiro e decidiu transferir mais uma vez a investigação.

Para o criminalista Fabio Tofic Simantob, que representa Lulinha, a decisão de suspender o envio é importante para impedir nulidades. “A decisão é importante para evitar que se pratiquem atos investigatórios e que provas sejam colhidas e possam ser consideradas nulas por terem sido autorizados por um juiz que venha a ser declarado incompetente”, afirma o defensor.

“As evidências de que São Paulo é o juízo competente para processar estes fatos são muitas, de modo que é correta a cautela adotada pelo Tribunal de não permitir que as investigações prossigam no Rio antes dos argumentos serem melhor analisados”, segue o advogado.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGO – Lula e Bolsonaro têm muitas semelhanças entre si, inclusive familiares. Ambos têm filhos que são verdadeiros fenômeno em matéria de enriquecer ilicitamente. Na política brasileira, nunca se viu nada igual. Antigamente, os homens públicos tinham muito mais dignidade. (C.N.)

Publicado em  http://www.tribunadainternet.com.br/investigacao-dos-r-132-milhoes-da-oi-a-empresas-ligadas-a-lulinha-deve-continuar-em-sp/

26/03- Tradução das Fábulas de Esopo / 1º Domingão do Faustão/ Dia do Cacau / Dia do Mercosul/ C.A. Paranaense e saiba +

 Dia do Cacau - Dia do Mercosul - SP: Dia Estadual da Matemática

SP: Aniversário da emancipação da cidade de Barueri - Carapicuíba e Poá
Portugal: Dia do Livro Português - Bangladesh: Dia da Independência
Bahia: Aniversário da emancipação da cidade de Itaberaba
Rio Grande do Sul: Aniversário de Porto Alegre.

Nascimento do profeta Zaratustra

1484 – William Caxton publica sua tradução das Fábulas de Esopo;
1881 — Tessália torna-se novamente parte da Grécia.
1942 — Segunda Guerra Mundial: na PolôniaAuschwitz recebe seus primeiros prisioneiros femininos.
1945 — Segunda Guerra Mundial: os aliados capturam Iwo Jima, pondo um final à batalha de Iwo Jima.
1953 — Jonas Salk anuncia sua vacina contra a poliomielite.
1958 — O Exército dos Estados Unidos lança o Explorer 3.
1971 — O Paquistão Oriental declara sua independência do Paquistão para formar a República Popular do Bangladexe dando início a Guerra de Independência de Bangladesh.
1975 — Entrar em vigor a Convenção sobre as Armas Biológicas.

1989 - Entrou no ar, o Domingão do Faustão

1997 — 39 corpos são encontrados no suicídio coletivo da seita Heaven's Gate.
2008 — Bovespa  processo de fusão com a BM&F, criando a Nova Bolsa, nome provisório. Será a terceira maior bolsa de valores do mundo, e a segunda das Américas, em valor de mercado.
2014 — Equipe internacional liderada por brasileiros descobre o primeiro sistema de anéis em um asteroide do Sistema Solar.

Nascimentos
1859 - Manuel Luís Coelho da Silva, religioso português (m. 1936)
1926João Augusto Conrado do Amaral Gurgel,empresário e industrial 
1936 – Éder Jofre, ex-boxeador brasileiro
1944 – Diana Ross, cantora e compositora estadunidense ( The Supremes )
1954 – Antonio Lotti, cantor lírico brasileiro (m. 2006)
1965 - Valéria Monteiro, jornalista brasileira
1979 - Juliana Paes, atriz brasileira
1991 - Jessika Alves, atriz brasileira.

quinta-feira, 25 de março de 2021

‘Dizer que o tratamento precoce não tem efeito é mentira’, afirma presidente do CFM

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, disse que não é verdade a afirmação segundo a qual o tratamento precoce contra a covid-19 é ineficaz. “Infelizmente, certos assuntos foram proibidos. Essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito na fase inicial é mentira”, declarou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira, 25. “Há trabalhos que mostram os benefícios [da terapêutica] na fase inicial, e outros, não. Essa é a realidade. Temos a relação dos trabalhos”, acrescentou o especialista.

Segundo Ribeiro, há muitas dúvidas sobre a covid-19 — incluindo acerca do lockdown —, o que é natural ao se falar de ciência. O especialista criticou, ainda, o documento da Associação Médica Brasileira contra a utilização de remédios no enfrentamento ao coronavírus. “Quem tem atribuição legal de modo a definir o que pode ou não ser utilizado é o CFM”, disparou. Em meio às incertezas, Ribeiro defende a autonomia dos profissionais de saúde: “Qual foi a nossa postura sobre o tratamento precoce? Deixar o médico definir o que é melhor para o paciente dele”.

“O CFM não incentiva o tratamento precoce ou o condena, tampouco bane”, afirmou. “Falar que a hidroxicloroquina e a ivermectina matam é falácia. Quem quer fazer o tratamento precoce, que faça. Quem não quiser, não faça”, observou.

https://revistaoeste.com/brasil/dizer-que-o-tratamento-precoce-nao-tem-efeito-e-mentira-afirma-presidente-do-cfm/

Cármen Lúcia decretou que o único culpado é o juiz que prendeu os ladrões e recuperou o dinheiro

 Publicado em 25 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Carvall (Arquivo Google)

J.R. Guzzo
Estadão

Ao longo dos 520 anos de existência do Brasil houve um momento, apenas um, em que a população brasileira acreditou que havia realmente justiça em seu País; acreditou, nesses instantes, que de fato existiam leis e que elas eram aplicadas a todos por igual, incluindo os milionários, os influentes e os poderosos.

Isso aconteceu durante o período, poucos anos atrás, em que o juiz Sérgio Moro, à frente de uma vara penal em Curitiba, julgou, condenou e mandou para a cadeia um ex-presidente da República sentenciado por corrupção e lavagem de dinheiro, prendeu empresários-gigante que confessaram publicamente os seus crimes e recuperou bilhões de reais em dinheiro roubado da Petrobrás e outros cofres do Estado.

MOMENTO FUGAZ – Mas foi apenas um intervalo fugaz. A maior conquista já alcançada pela justiça brasileira foi transformada em ruínas pela ação direta de um Supremo Tribunal Federal em que oito dos onze ministros foram nomeados justamente pelos dois governos mais corruptos da história nacional – e os que mais sentiram as punições aplicadas por força da Operação Lava Jato.

Foi um trabalho contínuo, cauteloso e deliberado. No começo, os ministros foram devagar com sua operação de desmanche da Lava Jato. Temiam, então, causar resistências sérias aos seus atos – especialmente por parte das Forças Armadas, que chegaram a avisar, nas primeiras manobras do STF em favor dos acusados de corrupção, que não aceitariam a promoção da impunidade no mais alto tribunal do país.

Mas, com o tempo, foi ficando cada vez mais claro que ninguém ia fazer nada. Os ministros, então, foram perdendo o medo, ganharam a certeza de que podiam agir com impunidade e acabaram por jogar na lata de lixo anos a fio de valioso trabalho da justiça brasileira.

CALAMIDADE E DEBOCHE – Nesta fase final do ataque em favor da corrupção e dos corruptos, aquilo que começou com uma calamidade, com a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as ações penais contra Lula, acabou com um deboche, agora por obra da ministra Cármen Lúcia.

A ex-presidente do Supremo – do “cala a boca já morreu” –  tomou a extraordinária decisão de decretar que, após a roubalheira histórica dos governos Lula e Dilma, o único culpado é o juiz que puniu os ladrões e recuperou o dinheiro.

Publicado em  |http://www.tribunadainternet.com.br/carmen-lucia-decretou-que-o-unico-culpado-e-o-juiz-que-prendeu-os-ladroes-e-recuperou-o-dinheiro/

Está enganado quem pensa que Lula já conseguiu recuperar os direitos políticos

 Publicado em 25 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Resultado de imagem para filmagem de lula charges

Charge do Nani (nanihumor.com)

Carlos Newton

O Brasil é um país surpreendente, onde as aparências enganam, até mesmo nas mais importantes questões da Justiça, porque as leis podem ser interpretadas à la carte, como dizem os franceses, o que podemos traduzir por ”à escolha do freguês”.

As aparências dizem que Lula da Silva já foi “inocentado” e não se pode mais contestar a candidatura dele à Presidência da República. Mas há controvérsias, diria o ator Francisco Milani, que chegou a ser vereador no Rio de Janeiro, mas depois desistiu da vida pública.

APENAS O TRÍPLEX – O julgamento desta terça-feira, já se sabe pelas declarações dos ministros, valeria apenas para o processo do tríplex do Guarujá, conforme Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski deixaram claro, embora Gilmar Mendes tenha costeado o alambrado, sem repetir a ressalva feita no julgamento anterior.

Só saberemos o que está valendo quando for publicada a chamada ementa do julgado. Até lá, digamos que só está valendo para o tríplex. E o que isso significa?

Se for assim, para Lula recuperar mesmo os direitos políticos, anulando-se a condenação pelas propinas do sítio de Atibaia, é preciso que seja confirmada em Plenário a decisão escalafobética de Edson Fachin, que “inventou” a incompetência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba (leia-se: juiz  Sérgio Moro) para julgar os quatro processos de Lula, que Fachin remeteu para Brasília, onde o ex-presidente não mora e nem os fatos se passaram lá.

APENAS LIMINAR – A diferença é que o julgamento do tríplex pela Segunda Turma é conclusivo, enquanto a decisão de Fachin é liminar e ainda vai a Plenário. Ou seja, na realidade, Lula somente vai recuperar os direitos políticos se o Plenário confirmar a decisão de Fachin.

Votando contra a tal incompetência, temos quatro ministros: Fux, Barroso, Moraes e Marques. A favor, outros quatro: Fachin, Gilmar, Lewandowski e Toffoli.

Portanto, o julgamento decisivo, que colocará Lula como candidato em 2022 será decidido por Cármen Lúcia, Rosa Weber e Marco Aurélio de Mello, três esfinges a serem decifradas. E há um detalhe: Fachin pode mudar o voto. Você sabia?

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P.S. – Você acha justo conceder direitos políticos ao governante que comandou o maior esquema de corrupção do mundo e criou um alto cargo apenas para satisfazer a amante? É por tudo isso, la nave va, cada ves mais fellinianamente. (C.N.)

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