segunda-feira, 6 de julho de 2020

Inscrições para o Sisu começam amanhã

Arquivo/ Agência Brasil

Publicado em 06/07/2020 - 11:08 Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília

As inscrições para a edição 2020 do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam amanhã (7). Estudantes interessados em concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior devem acessar o site do programa até esta sexta-feira (10). Mais de 51 mil vagas serão oferecidas em instituições do país.

Pela primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu 2020.2 vai ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Podem participar da seleção candidatos que prestaram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019 e não tiraram nota zero na redação. Quem fez a prova na condição de treineiro está fora do processo.

A classificação é de acordo com o desempenho obtido nas provas. Para determinados cursos, algumas instituições exigem nota mínima para ingresso. As informações estão nos editais elaborados por cada universidade na adesão ao programa.

Para concorrer ao Sisu não há critério de renda familiar. A condição é imposta apenas para candidatos a vagas reservadas para pessoas de baixa renda, quando a opção é disponibilizada pela instituição de ensino. Segundo cronograma divulgado pelo Mec, o resultado do Sisu será divulgado no dia 14 de julho. Se aprovado, o aluno precisa ficar atento às instruções para não perder o prazo de matrícula na instituição. Quem não for aprovado em nenhuma opção de curso ainda poderá se inscrever na lista de espera. A solicitação também é feita pelo site do programa entre os dias 14 e 21 de julho.

Edição: Valéria Aguiar

Minas Gerais: uma de cada cinco mortes aconteceu dentro de casa

Por GABRIEL RODRIGUES
06/07/20 - 03h00
Casos de óbito por doenças cardiovasculares sem diagnóstico exato subiram 31% no Brasil; em MG, o aumento de cerca de 6,5%
Foto: Pixabay

Durante a pandemia de coronavírus, um a cada cinco óbitos por problemas de saúde em Minas Gerais foi em casa. Em três meses, cerca de 7.000 pessoas faleceram em domicílios, crescimento de 23,7% em relação ao mesmo período de 2019. No Brasil, esse aumento é de 30,7%, somando mais de 68,5 mil mortes neste ano. Na perspectiva de médicos, o avanço reflete o temor de pacientes em procurar hospitais e contrair Covid-19 e a subnotificação de casos. 

Ainda que as mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto tenham registrado diminuição durante a pandemia, os casos de óbito por doenças cardiovasculares sem diagnóstico exato tiveram um salto de quase 31% no Brasil — em Minas, o aumento de cerca de 6,5%, abarcando quase 2.200 pessoas. Considerando apenas as mortes em casa, o número aumentou 88% no Brasil e 31,7% em Minas. As doenças cardiovasculares são as que mais matam no país. 

Os dados são de um levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) e consideram os registros de morte em cartórios no período de 16 de março a 15 de junho, atualizados até a tarde do dia 1º de julho. Como os dados são constantemente atualizados, eles podem variar diariamente. 

Para um dos organizadores da iniciativa, o cardiologista Bruno Ramos Nascimento, professor da UFMG, os números refletem a tendência de menor procura pelas consultas preventivas durante a pandemia. “O paciente está procurando menos o sistema de saúde ou tendo menos acesso a ele, e, com isso, há menos diagnóstico do problema cardiovascular que ele tenha. Ele acaba falecendo de causa cardiovascular fora do hospital e sem diagnóstico”, aponta. 

Ele lembra que a Covid-19 também está associada a danos cardiovasculares e que o aumento de óbitos com registro de doenças do coração pode indicar subnotificação das contaminações por coronavírus. 

O cardiologista Augusto Vilela, que atende na Rede Mater Dei e no Hospital Belo Horizonte, diz presenciar de perto o receio que os pacientes têm em procurar um hospital durante a pandemia, chegando a risco de morte. “Tenho um paciente que já teve três infartos. Ele começou a sentir dor no peito em casa e comentou com a esposa, que disse para procurarem o médico. Mas ele começou a falar que melhorou, porque estava com medo de ir ao hospital e, quando a dor piorou, em um final de semana, teve que chamar o Samu e ir direto para o cateterismo. Ele me disse que pensava em procurar um médico quando a pandemia estivesse melhorando. O medo está deixando os pacientes cegos”, conta.

Respostas
Questionado sobre o aumento de mortes em casa no Brasil, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que “diante do cenário de pandemia por Covid-19 e com as restrições de circulação, muitos cidadãos podem estar deixando de procurar os serviços de saúde para tratar doenças tão sérias quanto o coronavírus e que não podem esperar”. A pasta reforçou que apoia iniciativas como telemedicina, visitas domiciliares, busca ativa de pacientes que precisam controlar doenças e atendimento em áreas separadas dos casos de coronavírus nas unidades de saúde. 

A Secretaria de Estado de Saúde explica que as causas dos óbitos podem ser investigadas até após a morte dos pacientes, o que pode ocasionar uma diferença entre os dados finais da mortalidade em Minas com aqueles registrados nos atestados de óbito. 

Demora
O Ministério da Saúde explicou que a consolidação de dados de mortalidade demora até dois anos, mundialmente, a contar da data do óbito.

Câncer: menos 20 mil diagnósticos
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) estima que nos dois primeiros meses da pandemia no Brasil, ao menos 50 mil pessoas tenham deixado de ser diagnosticadas com câncer. Sete a cada dez cirurgias oncológicas foram adiadas ou canceladas.
Os números, corroborados pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), tomam por base a quantidade de biópsias realizadas em centros de referência ao redor do país: só em um dos que atendem Minas Gerais, o número caiu de 8.402, em 2019, para 1.676 biópsias, em 2020, considerando-se os meses de março e maio.

O presidente da SBCO e professor da UFJF, o médico Alexandre Ferreira Oliveira, destaca que um atraso de quatro meses no diagnóstico ou tratamento de câncer é capaz de levar a consequências incontornáveis. “Pode passar de câncer inicial a intermediário e avançado, às vezes sem possibilidade terapêutica. O número de mortes só vamos saber no ano que vem”, relata. 

Gripe
As mortes por gripe também decaíram neste ano. Segundo Ministério da Saúde: a pasta registrou 209 mortes por influenza até maio deste ano, ante os 1.122 óbitos no mesmo período em 2019. Em Minas, 15 pessoas morreram contaminadas por influenza em até junho deste ano – nove infectadas pelo vírus da H1N1.

Casos de dengue sem registro
Os números da dengue também podem estar sendo subdimensionados em meio à pandemia, de acordo com o Ministério da Saúde. Até a primeira semana de junho deste ano, 374 morreram no país devido à dengue – oito em Minas. No mesmo período de 2019, o número de mortes foi quase 80% maior no Brasil, chegando a 659. 

“Essa redução (de casos) pode ser atribuída à mobilização que as equipes de vigilância epidemiológica estaduais estão realizando diante do enfrentamento da emergência da pandemia do coronavírus, ocasionando um atraso ou subnotificação para os casos das arboviroses (chikungunya, dengue, febre amarela e zika)”, diz o boletim epidemiológico mais recente do ministério. 

O órgão também pontua que os dados do período ainda estão em processo de atualização, o que pode contribuir para subnotificação de casos em todo o país.

Bolsonaro faz novo veto à lei das máscaras e desobriga uso em presídios

Por ESTADÃO CONTEÚDO
06/07/20 - 09h39
Jair Bolsonaro vetou a obrigatoriedade de uso em presídios, escolas, igrejas e no comércio
Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro ampliou a lista de vetos feitos à lei aprovada no Congresso Nacional sobre o uso de máscaras como forma de proteção contra o novo coronavírus. Depois de desobrigar a utilização da proteção em locais como igrejas, comércio e escolas, agora o presidente dispensa a exigência nos presídios e unidades de cumprimento de medidas socioeducativas. O novo veto consta da edição do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (6) em uma republicação dos trechos vetados na última sexta-feira.

Na republicação, Bolsonaro vetou ainda a obrigação de órgãos, entidades e estabelecimentos de afixar cartazes sobre a forma correta de usar as máscaras e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro do estabelecimento.

O argumento para os novos vetos é o mesmo empregado ao trecho que determinava aos estabelecimentos em funcionamento durante a pandemia a fornecer gratuitamente a seus funcionários e colaboradores máscaras de proteção individual. A Presidência alegou que "a matéria já vem sendo regulamentada por normas do trabalho que abordam a especificidade da máscara e a necessidade de cada setor e/ou atividade". O Planalto falou ainda em "autonomia dos entes federados", destacando que "caberá aos Estados e municípios a elaboração de normas que sejam suplementares e que atendam às peculiaridades no que tange à matéria."

Na sexta-feira, Bolsonaro publicou uma série de vetos à lei. Sobre aqueles que dispensaram o uso de máscaras em igrejas, comércio e escolas, a justificativa foi de que o dispositivo do projeto de lei era muito abrangente e poderia configurar "violação de domicílio".

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem sido crítico a medidas tomadas por governadores e prefeitos para evitar a propagação da doença, como o fechamento de shoppings e escolas, além da redução da circulação de pessoas. De acordo com especialistas e organismos de saúde de todo o mundo, o distanciamento social é a forma mais eficaz de se evitar a contaminação pela doença.

Quanto às máscaras, o próprio presidente é resistente ao uso da proteção e já apareceu diversas vezes em público sem o equipamento, inclusive em algumas agendas nas quais provocou aglomerações de pessoas. A Justiça chegou a tentar obrigar o presidente a usar máscara, mas a Advocacia-Geral da União (DOU) recorreu e conseguiu derrubar a decisão.

06/07- Dia do Beijo / Fundação de Teresópolis / São Firmino / Stª Maria Goretti / Dólar/ Toquinho/ Castro Alves / Anti-rábica/ IBGE/ Beatles e saiba +

É comemorado o Dia do Beijo
Fundação de Teresópolis.
Início das Festas de São Firmino em Pamplona, Espanha.
Comores e Malawi — dia da Independência
1785 - O dólar é escolhido como moeda oficial dos Estados Unidos.
1885Louis Pasteur testa com sucesso sua vacina anti-rábica em Joseph Meister, um garoto que fora mordido por um cão com raiva.
1957-John Lennon e Paul McCartney se encontram pela primeira vez em Liverpool, Inglaterra, no que seria o embrião da banda The Beatles.

Nascimentos
1946 - Toquinho, músico.
1948 - Arnaldo Baptista, músico e cantor.
1957 - Lauro Corona, ator (m.1989).
1974 - Babi Xavier, modelo, atriz e apresentadora.
1979 - Luize Altenhofen, modelo e apresentadora.

Falecimentos
Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar.
(…)
Bravo! a quem salva o futuro!
Fecundando a multidão!…
Num poema amortalhada
Nunca morre uma nação.
1871 - Castro Alves escritor brasileiro (n. 1847).
1971-Raimundo Irineu Serra, seringueiro,fundador da doutrina Santo Daime 
2005 - Claude Simon, prêmio Nobel de Literatura em 1985 (n.1913).
2011 — Maria José Nogueira Pinto, jurista e política portuguesa (n. 1952)
2019João Gilberto, cantor e compositor brasileiro (n. 1931).

domingo, 5 de julho de 2020

Cientistas descobrem nova espécie de perereca-de-bromélia na Bahia

Publicado em 05/07/2020 - 09:17 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Foi ouvindo o som que saía de bromélias localizadas a 20 metros de altura, em árvores remanescentes da Mata Atlântica baiana, que o professor Mirco Solé, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), teve seu primeiro contato com aquilo que, 13 anos depois, seria mais uma de suas seis descobertas científicas: a Phyllodytes magnus, uma nova espécie das chamadas pererequinhas-de-bromélia.

Com isso, já estão contabilizadas 14 espécies diferentes desse pequeno anfíbio que nasce, cresce, reproduz e morre em meio às bromélias.

Pesquisas já comprovaram que pelo menos uma dessas espécies tem como uma de suas fontes de alimento larvas de mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika ou chikungunya. “De fato as pererequinhas-de-bromélia desempenham função ecológica que beneficia o ser humano”, disse o professor.
Pererequinha-de-bromélia se alimenta de formigas - Divulgação/Fundação Boticário

“Dentre elas [as 14 espécies já descobertas] têm uma que já foi estudada, e da qual sabemos que os girinos conseguem se alimentar de larvas de mosquitos. Ela atua como controlador biológico de larvas de mosquitos que transmitem dengue, zika ou chikungunya, que se desenvolvem nas axilas de bromélias.”

Difícil acesso
Uma das primeiras dificuldades que os pesquisadores tiveram para avançar os estudos foi o acesso à copa das árvores, localizadas 20 metros acima do solo, onde ficam as bromélias que servem de habitat para essa espécie, que chega a medir 4 cm.

“Isso foi por volta de 2007, em Uruçica [município a cerca de 40km de Ilhéus], quando fazíamos o inventário dos anfíbios a pedido da dona de uma RPPN [Reserva Particular do Patrimônio Natural, um tipo de unidade de conservação particular]. Foi ali que, pela primeira vez, ouvimos o canto diferenciado dessa perereca que tem sua vida intimamente ligada às bromélias”, lembrou o pesquisador.

O canto citado por Solé é emitido pelos machos da espécie como estratégia de atração de fêmeas à sua bromélia.

Nova espécie para a ciência
Posteriormente, foram encontrados outros indivíduos da espécie na Estação Ecológica Estadual de Wenceslau Guimarães e no Parque Estadual da Serra do Conduru, ambos na Bahia. “Começamos então um estudo de taxonomia integrativa no qual analisamos a morfologia externa, genética, o canto e até a morfologia interna dos animais. Chegamos à conclusão de que se tratava de uma espécie nova para a ciência. Batizamos de Phyllodytes magnus”, disse o professor Solé, referindo-se aos termos que significam quem entra nas folhas e grande, respectivamente.

“Parece um nome muito pretensioso para uma pererequinha de apenas quatro centímetros. Porém, se levarmos em conta que a maioria das 14 espécies do grupo não alcança três centímetros, o magnus é um verdadeiro gigante no reino dos anões”, destacou o professor do Programa de Pós-Graduação em Zoologia da UESC, Iuri Ribeiro Dias.

As pererequinhas-de-bromélia são animais que se encontram unicamente no Brasil. Com exceção de uma espécie que chega até o Rio do Janeiro, todas as demais são essencialmente nordestinas.

Descrição
O estudo identificou um distanciamento genético superior a 6% em relação a outras pererequinhas-de-bromélia. Além do tamanho, a Phyllodytes magnus se distingue por possuir tom amarelo pálido, um canto diferente, pele granulosa na região dorsal e pela ausência de uma listra escura na lateral do corpo, comum a outras espécies do grupo.

“Descrever espécies novas é o que chamamos de ciência básica. É só a partir da descrição científica que podemos investir em outros tipos de pesquisas mais aplicadas. As pererequinhas-de-bromélia se alimentam, sobretudo, de formigas. Formigas dispõem de um verdadeiro arsenal químico de defesa, como, por exemplo, o ácido fórmico. As pererecas podem ou eliminar essas substâncias ou bioacumular elas, a ponto de, inclusive, usá-las para sua própria defesa”, informou Solé.

"Essas substâncias podem ser pesquisadas e, quem sabe, serem futuramente utilizadas para desenvolver remédios”, disse o professor de nacionalidades alemã e espanhola, que chegou ao Brasil em 1998.

Novos estudos
Com a descoberta, novas perguntas surgem sobre a espécie e, com isso, a expectativa é de que novos estudos sejam implementados. “Primeiramente queremos entender se o que temos descoberto para uma das espécies de pererecas-de-bromélias – o fato de elas conseguirem se alimentar de larvas de mosquito – é uma peculiaridade dessa única espécie ou se é um padrão para todas as espécies do gênero”, afirmou o pesquisador.

Segundo ele, caso se confirme que todas as espécies atuam como biocontroladores de mosquitos “ficará mais fácil explicar a importância de preservá-las para a sociedade." Para isso serão feitos experimentos no Laboratório de Herpetologia Tropical da UESC, informou.

“Acreditamos que a nova espécie possa ocorrer em outros locais de Mata Atlântica da Bahia. Porém, como os últimos fragmentos dessa floresta estão sendo destruídos a um ritmo acelerado, a sobrevivência da espécie pode estar comprometida”, complementou.

Edição: Maria Claudia

Martha Rocha, primeira Miss Brasil, morre aos 87 anos

Arquivo Nacional
Publicado em 05/07/2020 - 20:26 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A ex-Miss Brasil Martha Rocha, de 87 anos de idade, morreu ontem (4), às 13h, na Casa de Repouso Carol Caminha, em Icaraí, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde morava há um ano e meio. O corpo foi enterrado hoje (5) no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em Niterói.

Álvaro Piano, de 63 anos de idade, um dos três filhos da ex-miss, disse à Agência Brasil que a mãe sofria de enfisema pulmonar e neste sábado (4) teve o quadro agravado por insuficiência respiratória. A equipe médica da Casa de Repouso chegou a chamar uma ambulância, mas quando ela chegou Martha Rocha já estava sem vida, vítima de infarto fulminante.

Álvaro disse que a mãe, apesar de todos os convites que teve para ser atriz, cantora ou uma personalidade da chamada alta sociedade e de frequentar esse ambiente, sempre soube preservar o lado da família, de mãe e esposa. “Ela sempre foi uma boa mãe para a gente. A lembrança que tenho é de uma mãe que nos deu carinho e não como uma pessoa inacessível que nunca está presente. Ela sabia chegar em um equilíbrio com a vida social e com os convites. Para mim é até inconcebível vê-la como mito de beleza. Ela era a nossa mãe”.

Segundo Álvaro, há cinco anos Martha fez uma cirurgia no fêmur e após voltar para casa foi diagnosticada com uma infecção bacteriana intestinal super agressiva, adquirida no hospital. Ela permaneceu internada por cinco meses em outra unidade hospitalar, mas desde de então passou a ter dificuldade de se locomover e passava a maior parte do tempo deitada. 

O filho revelou que ao ser identificado o enfisema pulmonar, Martha Rocha abandonou o hábito de fumar, mas o pulmão já estava comprometido. “Isso também é um quadro que fragiliza a pessoa”

Pelo quadro do estado de saúde que a mãe vinha enfrentando nos últimos anos, para Álvaro a mãe descansou com a morte. “Foi um descanso para ela. Teve uma morte relativamente sem grandes sofrimentos. Ela já estava pedindo mesmo para Deus levá-la. Foi até uma graça no meio da tristeza, não dá para negar , porque a cada dia acelerava mais o quadro de saúde. Tinha desenvolvido também surdez e tinha dificuldade de comunicação. Nessa época de covid não se pode visitar uma casa de repouso, porque as visitas estão proibidas. Então, foi um descanso para ela”, afirmou.

Álvaro disse que enquanto a mãe permaneceu na casa de repouso foi super bem tratada por toda a equipe da unidade, que dedicava a ela muito carinho. O filho disse que ela se mudou para o local para que pudesse ter acompanhamento médico durante 24 horas. “Dentro da medida do possível, ela teve um fim digno”, disse.

Miss Universo
Após vencer o concurso de Miss Bahia, Maria Martha Hacker Rocha foi eleita a primeira Miss Brasil, em 1954, em uma cerimônia no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. No mesmo ano, a baiana foi para os Estados Unidos para representar o Brasil no concurso de Miss Universo, mas acabou ficando em segundo lugar, perdendo o título para a americana Miriam Stevenson. Uma versão na imprensa, que é reproduzida até hoje, conta que a perda do título foi uma consequência de Martha ter duas polegadas a mais no quadril.

Para a ex-Miss Brasil 1986, Deise Nunes, Martha Rocha foi uma grande referência não só para ela, mas para todas as meninas que participaram e ainda fazem parte do concurso até hoje. “Uma mulher icônica, de personalidade muito forte, que no ano de 1954 se tornou Miss Brasil e quase foi Miss Universo, só perdeu por causa das tais duas polegadas. Com certeza, para nós brasileiros, foi sim, a nossa Miss Universo 1954”, afirmou à Agência Brasil.

Deise Nunes disse que teve privilégio de estar pessoalmente com Martha Rocha em alguns eventos. “Lembro que da primeira vez que vi Martha Rocha fiquei paralisada. Confesso que demorei a acreditar que estava em frente daquela mulher, daquela beleza e daqueles olhos. Foi maravilhoso para mim. Foi como estivesse conhecendo um ídolo”, revelou.

Edição: Fernando Fraga

Vídeo mostra fuga de conselheiro por escadarias até flagrante da PF; assista

Por FOLHAPRESS
05/07/20 - 17h37

Conselheiro é visto correndo pelas escadas
Foto: Reprodução / Internet

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Waldir Teis, foi preso após ser flagrado pela Polícia Federal amassando e rasgando vários cheques durante uma busca e apreensão em um escritório em Cuiabá (MT).
As imagens, que foram base para a prisão preventiva determinada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), mostram o conselheiro saindo do escritório e descendo as escadas em alta velocidade seguido por um agente da Polícia Federal.

Ao chegar no térreo, um outro agente que veio pelo elevador encontra o conselheiro tirando várias folhas de cheques do bolso e as jogando na lata do lixo. Os cheques, somados, valiam cerca de R$ 450 mil.

A ação ocorreu no dia 17 de junho durante a 16ª fase da Operação Ararath. Na ocasião, Waldir Teis não foi preso em flagrante porque, como conselheiro, tem imunidade que restringe a possibilidade de prisão em caso de crimes afiançáveis.

A prisão ocorreu só na última quarta-feira (1º), quando o conselheiro se entregou à Polícia Federal. Ele foi denunciado por obstrução de justiça pelo MPF (Ministério Público Federal), que pediu a devolução de R$ 3 milhões por danos morais.

A defesa do conselheiro recorreu da decisão, solicitando o relaxamento da prisão. Segundo os advogados, Waldir Teis não nega a tentativa de ocultar os cheques e classifica o ato como, "em todos os sentidos, lamentável e injustificável".

"Os cheques nada tinham de errado. Eram de um familiar e perfeitamente legais. Não existia uma prova criminal ali. A questão é que o conselheiro Waldir tentava evitar que familiares, que já sofriam muito, entrassem no problema dele", afirmou o advogado Diógenes Curado.

A Operação Ararath investiga esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, financiamento clandestino de campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito, entre 2006 a 2014, envolvendo políticos, empresários e bancos em Mato Grosso.

O MPF investiga o patrimônio dos conselheiros desde 2017, quando o ex-governador Silval Barbosa firmou delação premiada e confessou que havia selado um acordo com membros do TCE-MT para que ele pagasse R$ 53 milhões a título de propina em 2013.

O pagamento foi efetuado para impedir que os conselheiros investigassem as obras da Copa do Mundo de 2014.

José de Abreu é condenado a indenizar hospital por fake news em caso de atentado a Bolsonaro

Abreu disse que ataque contou com a conivência do hospital

Deu no O Tempo

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reafirmou a decisão de primeira instância que condenou o ator José de Abreu a indenizar, em R$ 20 mil, o Hospital Albert Einstein por causa de uma postagem do ator em sua rede social que continha “fake News”.

A publicação era referente ao atentado sofrido pelo então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial de 2018. A decisão foi da 3º Câmara de Direito Privado do TJSP e publicada neste sábado, dia 4.

PUBLICAÇÃO – Abreu publicou em sua conta no Twitter um comentário em que dizia que o ataque sofrido por Bolsonaro foi obra do serviço de inteligência de Israel e contou com a conivência do hospital. “Teremos um governo repressor, cuja eleição foi decidida numa facada elaborada pelo Mossad [serviço secreto de Israel], com apoio do Hospital Albert Einstein, comprovada pela vinda do PM [primeiro-ministro] israelense, o fascista matador e corruptor Bibi [Benjamin Netanyahu]”, publicou o ator no dia 1º de janeiro do ano passado.

José de Abreu apagou a postagem após repercussão negativa, mas a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein, por meio de seus advogados, entrou com um pedido de indenização por danos morais.

No julgamento de 1ª Instância, a juíza Claudia Carneiro Calbucci Renaux, da 7ª Vara Cível de São Paulo, considerou que ele “não se limitou a mera crítica em relação ao atual cenário político, mas fez verdadeira afirmação quanto à existência de um conluio entre o governo de Israel, a igreja evangélica e o hospital com o propósito de cometer ato criminoso”. Os advogados do ator recorreu da decisão, mas o TJ-SP manteve a decisão.O ator ainda não se posicionou sobre a condenação .
Posted in Geral  http://www.tribunadainternet.com.br/jose-de-abreu-e-condenado-a-indenizar-hospital-por-fake-news-em-caso-de-atentado-a-bolsonaro/

05/07 - Dados Covid-19 em Juiz de Fora


8618 - Suspeitos
2255 - Confirmados
    63 - Óbitos
      0 - Óbito em investigação
Informação atualizada em: 05/07/2020 - 18:14:38

https://covid19.pjf.mg.gov.br/
XXXXXXXX
Registros de curados:
Juiz de Fora (1.056), 
Muriaé (356),
 Barbacena (345) e 
Leopoldina (158). 
G1 Zona da Mata / SES MG.
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/07/05/estado-confirma-mais-uma-morte-por-covid-19-em-juiz-de-fora-veja-o-boletim-de-domingo-para-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml

'Temos que esperar', diz secretário de Fazenda sobre escala de pagamento

Por PEDRO AUGUSTO FIGUEIREDO
05/07/20 - 03h00
O secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa
Foto: Ricardo Barbosa/ALMG - DIVULGAÇÃO

Em entrevista exclusiva a O TEMPO, o secretário de Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, disse que a melhora na arrecadação em junho ajuda o governo a honrar seus compromissos, mas que é necessário observar a entrada de recursos nos próximos dias para decidir sobre o pagamento dos salários relativos ao mês de junho.

“Pode saber que o esforço de todo dia é para que a gente consiga reduzir essa situação inadequada de pagar diferenciado”, disse o secretário, em referência ao fato do governo ter adotado escalas diferentes de pagamento para os servidores da saúde e da segurança em relação aos demais.

Em junho, a queda na arrecadação projetada do Estado foi de R$ 597 milhões de reais, inferior aos R$ 902 milhões registrados em maio e ao R$ 1,017 bilhão registrado em abril. 

Confira a entrevista:
O que tem afetado a queda da arrecadação em Minas Gerais? A atividade econômica ou a prorrogação do pagamento de impostos?
Eu posso te afirmar que o que fez cair a arrecadação em abril, queda de R$ 1,017 bilhão, e em maio, R$ 902 milhões foi realmente a atividade econômica. Principalmente porque o ICMS tem como característica a circulação de mercadoria. E circulação de mercadoria significa a atividade econômica na veia. 

A única prorrogação que o Estado fez foi do Simples Nacional, com impacto em torno de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões por mês. Esse impacto é marginal perto do processo de arrecadação.

Primeiro o governo federal fez e depois os governos fecharam a prorrogação por 90 dias a partir de abril. Isso foi unanimidade. A arrecadação média é de R$ 85 milhões a R$ 90 milhões por mês. Só que a gente já esperava uma redução em torno de 50%. Então ficaria em torno de R$ 40 milhões a R$ 45 milhões por mês. Foi uma orientação do governador para discutir com outros Estados. Concluiu-se que essa postergação ajudaria os micro e pequenos empresários. Foi uma forma de se atenuar a crise para esse segmento.

Qual foi a queda de arrecadação em junho?
A perda de arrecadação em junho foi de R$ 597 milhões a menos do que a previsão que a gente tinha de arrecadar no mês conforme a Lei Orçamentária de 2020. Ela foi menor do que os outros dois meses. Menor que abril e menor que maio.

Em julho, a nossa expectativa é de uma queda um pouco maior. Obviamente, temos que esperar para avaliar qual será o comportamento econômico. Mas por que foi menor em junho? Porque foram várias regiões do estado de Minas Gerais que tiveram uma reativação da economia.

Qual é a expectativa de pagamento dos salários referentes ao mês de junho? Há uma data?
A melhora na arrecadação realmente ajuda, mas vamos lembrar que a gente abriu o ano com déficit, independente da pandemia. Isso é importante colocar. Se for possível, nós fazermos (os pagamentos) concomitante, óbvio que o governador fará. Mas, por enquanto, temos que esperar para ver qual será o comportamento, a entrada de recursos, enfim. É dentro disso que a gente tem que tomar a decisão. Pode saber que o esforço de todo dia é para que a gente consiga reduzir essa situação inadequada de pagar diferenciado.

No final de março e começo de abril falava-se em uma queda de arrecadação de R$ 7,5 bilhões em 2020 em Minas Gerais com uma retração do PIB nacional de 4%. A previsão atual do Banco Central é de retração de 6,4% do PIB. Como isso afeta Minas Gerais?
Essa previsão de R$ 7,5 bilhões a gente fez no final de março e no começo de abril, onde havia muita incerteza. Nós revisamos essa previsão de perda para R$ 5,5 bilhões e esse processo de reavaliação é constante.

O mês de junho, por exemplo, surpreendeu muita gente. Quando fazemos previsão de perdas, temos que ser os mais conservadores possíveis porque a receita é caixa direto. Então, tem que tomar cuidado com isso e adotar o conservadorismo como metodologia.