Por DA REDAÇÃO
28/05/20 - 13h55
Número de doentes tem dobrado a cada 12 a 14 dias
Foto: Fred Magno / O Tempo
A nova previsão do pico da pandemia de coronavírus em Minas Gerais é para meados de julho, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A última previsão, divulgada na semana anterior, era de pico no dia 10 de junho. O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, atribui o adiamento ao isolamento social no Estado, e incentiva a adesão de todos os 853 no programa Minas Consciente, que estabelece parâmetros para retomada de atividades no Estado. Atualmente, 87 cidades mineiras estão no programa.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (28), o secretário destacou que o número de casos registrados em um único dia durante o pico inicial, previsto em março, era de 14 mil doentes, mas agora o número deve ficar entre 2.000 e 3.000 registros em um só dia durante o pico, com diferentes níveis de gravidade.
“Vamos ter um pico mais retardado no tempo, em relação a outros Estados, e queremos que ele seja o mais suave possível, para depois mantermos uma transmissão linear. É fundamental entender que essa pandemia não acaba em julho e que continuaremos tendo transmissões ao longo do tempo, em Minas e em todos os Estados do Brasil”, pontuou, dizendo que a pandemia vai “durar mais de ano”.
O secretário afirmou, ainda, que o número de casos está dobrando no Estado a cada 12 a 14 dias. Se a margem diminuir, ele explica, isso indica aceleração da pandemia, enquanto um aumento dela indicaria desaceleração.
“Não podemos gastar todos os testes agora”, diz secretário
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), recebeu 160.552 testes do tipo PCR do Ministério da Saúde, que resultaram na liberação de 20.967 exames, até o dia 26 de maio. O secretário de Saúde explicou que cada exame precisa de pelo menos três reações — ou seja, três kits de teste. Por isso, para a quantidade de exames realizados, foram gastos 65.236.
“Não podemos gastar todos os testes agora. Temos uma pandemia que vai durar mais de ano. Temos aumento de casos previstos para a frente e desabastecimento mundial de insumos. É de bom-senso termos lógica e ordem neste momento e, não sair gastando testes simplesmente porque os temos. É a mesma lógica em casa: se tem salário, guarde um pouco, porque dias piores podem vir”, justificou o secretário.
Parte dos kits de testes de PCR estaria, ainda, sendo utilizada para diagnóstico de outras doenças. “Temos outros vírus que também são graves e levam a óbito. O H1N1 precisa ser testado”, disse Amaral.
Secretaria de Saúde envia 16 milhões de SMS sobre atendimento online
Cerca de 16 milhões mensagens de texto (SMS) vão ser enviadas a partir desta quinta-feira para lembrar os mineiros de baixarem o aplicativo “Saúde Digital MG”. O app permite triagem e classificação de risco ao usuário, que também tem acesso a serviços de telemedicina pelo app — são cerca de 150 profissionais de saúde disponíveis, entre médicos, enfermeiros e psicólogos. Por ora, o aplicativo está disponível apenas para usuários de Android.