terça-feira, 17 de março de 2020

Novo coronavírus: comissão da Câmara defende tabelamento de álcool gel

Publicado em 17/03/2020 - 15:52 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Comissão Externa da Câmara dos Deputados que estuda medidas de enfrentamento ao novo coronavírus vai defender o tabelamento de produtos essenciais para enfrentar o novo coronavírus, em especial o álcool em gel, como medidas de emergência para enfrentar a pandemia. A iniciativa faz parte de um pacote de medidas apresentadas durante reunião do colegiado realizada hoje (17) e que será levado ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discussão entre os líderes partidários.

“Vamos encaminhar um projeto de lei propondo o tabelamento de preço e a proibição de exportação de itens como álcool em gel, máscaras, a proibição da exportação de ventiladores e respiradores mecânicos que são itens que serão utilizados nessa epidemia”, disse o coordenador da comissão, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ). “A população está preocupada [com a pandemia] e nos chegam [informações sobre] os mais abusivos aumentos no preço do álcool”, acrescentou .

A intenção é que o texto seja apresentado ainda hoje para votação, em regime de urgência, ao lado de outra proposta, de autoria da relatora da comissão, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) que libera recursos da Saúde que já estão nos municípios para ser usados em medidas contra o novo coronavírus. A estimativa é que o total de recursos alcance R$ 6 bilhões.

“São recursos que estão parados nas contas dos fundos municipais e estaduais de saúde para custeio e investimento [da Saúde]. O que tiver saldo é a autorização para que esse saldo seja usado nesse momento”, disse a deputada.

Além dessas medidas, o colegiado também propõe o aumento de recursos para a compra de kits de testes para o novo coronavírus. Outro ponto em debate é a revogação da emenda constitucional que instituiu o teto de gastos.

Também estão em estudo a doação dos alimentos das escolas públicas que estão com aulas suspensas para as famílias dos alunos. Outra medida em avaliação é a inclusão no bolsa família de trabalhadores informais que devem perder a renda em função da redução da atividade econômica no país.

As medidas devem ser novamente debatidas no final da tarde desta terça-feira, quando o colegiado retoma suas atividades.

Edição: Aline Leal

SEL suspende programas e eventos para prevenção ao covid-19/ Funalfa comunica fechamento dos espaços de cultura

JUIZ DE FORA - 17/3/2020 - 12:50
Na manhã desta terça-feira, 17, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) suspendeu as atividades dos programas “Bom de Bola”, “Heróis do Futuro”, “JF Esporte e Cidadania” e “JF Paralímpico” em todos os núcleos espalhados pela cidade. Além disso, copas e campeonatos em andamento também estão suspensos por tempo indeterminado. O expediente interno da pasta está mantido, mas todos os atendimentos serão realizados apenas por telefone.

Conforme determinação da Federação Mineira de Futebol, o Campeonato Mineiro Sicoob 2020 segue suspenso. Com isso, os jogos que seriam realizados no Estádio Municipal “Radialista Mário Helênio” foram adiados por tempo indeterminado.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da SEL, através do 3690-7881.
xxxxxxxxxxxxxxxxxx
JUIZ DE FORA - 17/3/2020 - 10:43
Coronavírus - Funalfa comunica fechamento dos espaços de cultura
Diante do quadro de pandemia do coronavírus e como parte dos esforços da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para conter a disseminação da doença na cidade, a Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa) comunica o fechamento para o público de seus espaços de cultura a partir desta terça-feira, 17, e por tempo indeterminado. Desta forma, estão suspensas as visitações nos seguintes locais: Centro Cultural “Bernardo Mascarenhas” e Biblioteca Municipal “Murilo Mendes” (ambos na Avenida Getúlio Vargas, 200 – Centro), Casa de Leitura “Delfina Fonseca Lima” (Rua Marília, 631 – Bairro Benfica), Anfiteatro “João Carriço” (Avenida Rio Branco, 2.234 – Centro), Museu Ferroviário de Juiz de Fora (Avenida Brasil, 2.001 – Centro), Centro Cultural “Dnar Rocha” (Rua Mariano Procópio, 973) e Teatro “Paschoal Carlos Magno” (Rua Gilberto de Alencar, 888 – Centro). Também estão temporariamente interrompidas as atividades desenvolvidas na Praça CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados Coronel “Adelmir Romualdo de Oliveira” - Avenida Juscelino Kubitschek, 5.899 – Benfica) e em todos os núcleos do Programa “Gente em Primeiro Lugar”.

As medidas foram tomadas em conformidade com orientações do Ministério da Saúde, do Governo de Minas e da PJF. Esse protocolo é absolutamente necessário e socialmente responsável. Em relação aos eventos em espaços privados de cultura, a recomendação é para que sejam adiados.

Segundo o superintendente da Funalfa, Zezinho Mancini, “mesmo considerando que a cultura existe em função do público, fechar as portas nesse momento é oferecer a este público o cuidado necessário. A arte sempre encontra meios para florescer, e certamente buscará caminhos para, mesmo neste cenário de restrição, seguir protagonizando a vida cotidiana”.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044.

Portal PJF

Museu “Mariano Procópio” interrompe atividades por tempo indeterminado

JUIZ DE FORA - 17/3/2020 - 10:31
Foto: Divulgação

De acordo com as medidas preventivas definidas para conter a disseminação do coronavírus (Covid-19) adotadas no Município, a exemplo de outras cidades em todo o país, a partir desta terça-feira, 17, a Fundação Museu “Mariano Procópio” interrompe as atividades de visitação aos prédios históricos e a circulação no Parque da instituição. Além disso, as oficinas temáticas e demais eventos estão cancelados, assim como a confecção de novas carteirinhas do " Clube da Caminhada", feitas na sede administrativa. 

O atendimento aos pesquisadores será realizado pelo telefone 3690-2200.

* Informações com a Assessoria de Comunicação do Museu Mariano Procópio, pelo telefone 3690-2004. https://www.pjf.mg.gov.br/noticias

Médicos do Hospital Pedro Ernesto estão com coronavírus

Publicado em 17/03/2020 - 12:49 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), confirmou, hoje (17), que dois médicos de seu corpo clínico foram confirmados com o novo coronavírus Covid-19).

Segundo a direção do hospital, um médico da especialidade de nefrologia recebeu o diagnóstico positivo para o Covid-19 e está internado em um hospital particular. O outro caso é de um professor que se encontra em boas condições de saúde e está em isolamento domiciliar.

A diretoria do hospital informou que no Hupe não há, até o momento, nenhum paciente internado diagnosticado com Covid-19, e não há confirmação da circulação do vírus pelas dependências da unidade.

O hospital informou ainda que não é uma unidade básica de saúde, mas que está sendo preparado para atuar no suporte aos pacientes com coronavírus que apresentarem quadro de média ou alta complexidade.

“O Hospital reservou enfermaria específica para esses pacientes, com dez leitos equipados com suporte respiratório. Há outros cinco leitos para isolamento. Além disso, na próxima semana, mais 15 leitos estarão disponíveis”, informa a nota do Hupe.

Edição: Fernando Fraga

São Paulo registra primeira morte por Covid-19

Publicado em 17/03/2020 - 11:23 Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou hoje (17) a primeira morte no país em decorrência do novo coronavírus. A pasta, entretanto, não dá detalhes sobre sexo, nem idade da vítima, se ela viajou para o exterior ou se teve contato com alguém contaminado no Brasil. Segundo a Secretaria, essas informações serão detalhadas ao longo do dia pelo governador João Doria.

De acordo com a Secretária Estadual de Saúde, até ontem (16) o estado de São Paulo tinha 152 casos confirmados de Covid-19. Os casos suspeitos somam 1.777. Em todo o Brasil são 234 casos confirmados, de acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, desta segunda-feira.

Situação no estado e no município
A prefeitura do município de São Paulo decretou, na manhã desta terça-feira, situação de emergência na cidade em função da pandemia.

Já o governo do estado cancelou eventos públicos culturais e esportivos em locais abertos e fechados e está recomendando que eventos privados também sejam cancelados. Entre as medidas para intensificar o enfrentamento ao Covid-19, anunciadas pelo governo, a partir de hoje, todos os funcionários públicos estaduais de São Paulo com mais de 60 anos, excetuando os que trabalham nas áreas de segurança pública e saúde, deverão trabalhar de casa. Já os 153 Centros de Convivência do Idoso ficarão todos fechados por 60 dias.

Edição: Denise Griesinger

Governo de Minas adota trabalho remoto para conter propagação do novo coronavírus

SEG 16 MARÇO 2020 21:35 ATUALIZADO EM SEG 16 MARÇO 2020 22:15
Pedro Gontijo / Imprensa MG
O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta segunda-feira (16/3), mais medidas para conter a propagação do novo coronavírus no estado. Entre as ações adotadas pelo Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde do COVID-19 está o encaminhamento de servidores públicos para o teletrabalho, em caso de atividades que possam ser feitas a distância. A medida passará a valer imediatamente para funcionários com mais de 60 anos, pessoas com doenças crônicas ou gestantes/lactantes e se estenderá aos demais profissionais nas próximas semanas. 

O vereador Mateus Simões, que deve assumir a Secretaria-Geral do Governo, leu uma nota em nome do governador Romeu Zema com essa e outras ações imediatas a serem adotadas no Estado. O chefe do Executivo se ausentou do encontro por medida de segurança, uma vez que teve contato nos últimos dias com uma pessoa que testou positivo para o coronavírus. O governador fará o exame o quanto antes e ficará em isolamento voluntário, trabalhando de casa, até que saia o resultado. 

“Foi expedida deliberação que cria a possibilidade do teletrabalho. Essa medida não afetará a prestação de serviços essenciais à população. Além disso, os servidores com mais de 60 anos e com doenças crônicas terão a possibilidade de se preservarem, também trabalhando de casa”, disse por meio de nota. 

Zema também anunciou a suspensão das atividades dos equipamentos culturais do Estado. Sendo assim, os museus, a Biblioteca Pública, o Arquivo Mineiro, dentre outros, ficarão fechados. Haverá também a suspensão dos espetáculos no Palácio das Artes e na Filarmônica.

“O Estado está preparado para agir. Neste momento, nossa atuação é rápida, de forma a tentar conter o avanço do coronavírus em Minas Gerais. Temos uma situação diferente de outros estados. Não são muitos os casos confirmados aqui e não há, até o momento, transmissão comunitária”, enfatizou. 

A secretária adjunta de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto, afirmou que o início do teletrabalho será imediato para os grupos de risco. Luisa ainda esclareceu que os trabalhos serão acompanhados pelas chefias imediatas e que os servidores não terão descontos em seus vencimentos. 

“O teletrabalho terá início imediato para aquelas pessoas que se enquadram nos grupos de risco, já iniciando nesta terça-feira (17/3). Nossa grande preocupação agora é garantir que todas as medidas operacionais necessárias para que estes servidores possam realizar os trabalhos de casa e que isso ocorra de forma tranquila para que não haja prejuízo na prestação de serviços”, afirmou.

Saúde
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, apresentou os números atualizados sobre a disseminação da doença no estado. 

“A situação epidemiológica é a seguinte: nós temos 511 notificações do coronavírus. Deste total, 85 foram descartados, e 420 estão sob investigação. Atualmente, são seis casos confirmados. Um caso em Ipatinga e Divinópolis, dois em Juiz de Fora, um em Belo Horizonte e outro em Patrocínio”, esclareceu. 

Ele também ressaltou que as novas medidas adotadas estão dentro do plano de contingência e incluem a estruturação da rede de Saúde, organização dos leitos de CTI e a gestão para que os leitos estejam livres quando houver a necessidade. “Queremos que estejam habilitados para que a gente possa usá-los na medida em que surjam casos graves. Também faremos a requisição e aquisição de equipamentos de proteção individual para fornecermos à rede prestadora”, explicou.

Educação
No último domingo, o Executivo decidiu implementar recesso escolar a partir da próxima quarta-feira (18/3) em todas as escolas da rede estadual. A princípio, a medida vale até o dia 22 de março. 

O secretário adjunto de Educação, Edelves Lima, chamou atenção para o tamanho da rede pública estadual de ensino, composta por 47 superintendências regionais, mais de 3,6 mil escolas, pouco mais de 1,7 milhão de estudantes.

“Em função do zelo e do cuidado com todos esses estudantes e da capilaridade que a Educação tem em todo o estado, nós optamos por fazer a parada de cinco dias para que possamos reorganizar a rede, ouvir, orientar e dialogar. É nessa perspectiva que essa parada se dá, para acompanharmos a identificação de casos em todo o estado, e pensarmos quais serão as melhores medidas a serem tomadas a partir da segunda-feira, dia 23”, explicou.

Leia, na íntegra, a carta escrita pelo governador Romeu Zema:
"Agradeço a presença de todos vocês. É muito importante para o Estado estar unido em torno de medidas que ajudem a reduzir a transmissão do coronavírus. Agradeço o comparecimento da imprensa, sempre a postos no intuito de informar a sociedade mineira. 

Faço, inicialmente, um esclarecimento. Estava prevista a minha presença nesta entrevista coletiva de hoje. Porém, fui informado agora há pouco de que uma pessoa com quem tive contato nos últimos dias testou positivo para o coronavírus. Farei o exame o quanto antes. Enquanto não tiver o resultado, ficarei em isolamento voluntário. A partir desse momento, cumprirei, de casa, com meus compromissos na administração da nossa Minas Gerais. 

Aproveito a oportunidade para anunciar medidas para os servidores do Estado. Foi expedida deliberação que cria a possibilidade do teletrabalho, que será esclarecido pelos secretários aqui presentes. Essa medida não afetará a prestação de serviços essenciais à população. Além disso, os servidores com mais de 60 anos e com doenças crônicas terão a possibilidade de se preservarem, também trabalhando de casa. 

Ainda definimos hoje suspender as atividades nos equipamentos culturais do Estado. Sendo assim, os museus, a Biblioteca Pública, o Arquivo Mineiro, dentre outros, estarão fechados. Haverá a suspensão também dos espetáculos no Palácio das Artes e da Filarmônica.

O Estado está preparado para agir. Nesse momento, nossa atuação é rápida, de forma a tentar conter o avanço do coronavírus. Em Minas Gerais, temos uma situação diferente da de outros Estados. Não são muitos os casos confirmados aqui e não há, até o momento, transmissão comunitária. 

Temos envidado todos os esforços para conter a disseminação da doença. Ontem, decidimos por paralisar por cinco dias as aulas na rede estadual para que possamos nos reorganizar. A rede possui mais de 3 mil escolas. Então, é necessário ouvir e orientar professores, diretores e superintendentes, para que as medidas sanitárias sejam revistas e estudadas possíveis alterações, como os horários do lanche e da entrada e saída dos alunos. É uma medida preventiva. Justamente por isso, vale a partir da próxima quarta-feira. Nesse período, os pais poderão se organizar. 

Gostaria de ressaltar que diversas ações já entraram em vigor, como a criação do Comitê Gestor do Coronavírus, que vai ampliar nossa atuação e dar respostas rápidas à sociedade. 

Temos um desafio enorme pela frente. Porém, temos responsabilidade e estamos unidos no enfrentamento do problema. Preciso do apoio de todos vocês, mineiros e mineiras, para que possamos atravessar essa crise mundial de saúde pública. 

Temos que estar conscientes dos riscos que a doença traz e exagerar nos cuidados. 

Estamos unidos com um único objetivo: cuidar do povo mineiro. 

Muito obrigado!

Romeu Zema

Com o presidente do CNI, já são 13 os infectados da comitiva de Bolsonaro aos EUA

Robson Andrade está infectado, mas ainda sem sintomas

Alessandra Azevedo
Correio Braziliense

Mais uma pessoa que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, no início do mês, está com coronavírus. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, fez o exame e atestou ter contraído a Covid-19, assim como outros 12 integrantes da comitiva.

A informação foi confirmada pela CNI nesta segunda-feira (16/3). O resultado do teste saiu nesta segunda. Andrade está em quarentena, mas permanece assintomático, até o momento. O presidente da CNI esteve em contato direto com o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, primeiro da comitiva a ser diagnosticado, na última quinta-feira (12/3).

OS INFECTADOS – Por enquanto, três autoridades que integraram oficialmente a comitiva presidencial testaram positivo para o coronavírus: Wajngarten, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o encarregado de negócios do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster.

Também estão infectadas outras quatro pessoas que se encontraram com Bolsonaro e autoridades em Miami, durante a viagem. Um deles é o “número dois” de Wajngarten na pasta, Samy Libermam, secretário Especial Adjunto de Comunicação Social da Presidência.

Além dele, testaram positivo o publicitário Sérgio Lima, que trabalha com Bolsonaro na criação do partido Aliança pelo Brasil. A advogada do presidente, Karina Kufa, e o prefeito de Miami, Francis Suarez, que posaram para foto com Bolsonaro durante a viagem, também contraíram a doença.

EQUIPE DE APOIO – Os outros quatro infectados fizeram parte da equipe de apoio à viagem — seguranças e assessores de comunicação e de cerimonial, por exemplo. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) assegurou que todo o grupo já tinha “optado por um regime de auto-isolamento” desde a chegada ao Brasil.

“Dentro desse grupo, quatro indivíduos apresentaram resultado positivo, porém todos eles estão com um quadro de saúde ainda assintomático. Dessa forma, cumprirão em suas residências o isolamento recomendado de 14 dias”, disse o GSI, em nota.

EM MONITORAMENTO – O teste de Bolsonaro deu negativo, mas deve ser refeito nesta semana, a pedido do Ministério da Saúde. A pasta também recomendou que o presidente fique em monitoramento. Neste domingo (15/3), ele contrariou a recomendação da pasta e participou de ato público contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), em frente ao Palácio do Planalto.

O teste também deu negativo para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e os ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).Posted in Geral  http://www.tribunadainternet.com.br/com-o-presidente-do-cni-ja-sao-13-os-infectados-da-comitiva-de-bolsonaro-aos-eua/

“Quando o Direito Penal chegou ao andar de cima, todos ficaram garantistas”, diz Barroso

Barroso quer recriar a prisão após segunda instância

Márcio Chaer, Maurício Cardoso e Danilo Vital
Site Conjur

Na visão do ministro Luís Roberto Barroso, o Brasil padece de uma realidade perversa. Tem um sistema de Justiça ineficiente e que, de maneira geral, é feito para prender menino pobre. Enquanto funcionou assim, não houve problema. Mas os escândalos do Mensalão e a Lava Jato mudaram o paradigma. O Direito Penal chegou ao andar de cima, aquele dos ricos e poderosos, o que gerou uma reação garantista que rapidamente se espalhou. “Quando o Direito Penal chegou ao andar de cima todo mundo ficou garantista”, aponta.

Barroso usa a execução da pena após condenação em segundo grau como exemplo. Até 2009, era aceita sem contestação. Na esteira dos julgamentos do mensalão, mudou-se a jurisprudência para aguardar pelo trânsito em julgado.

DEBATE PASSIONAL – A Lava Jato e a prisão do ex-presidente Lula desequilibraram de vez o jogo, e o debate passou a ser passional. Os 11 integrantes do STF ganharam de vez os holofotes. Os efeitos, nas palavras do ministro, são deletérios.

“Quais são as decisões do Supremo que eu acho que, em tese, poderiam tipificar como ativismo? São poucas, e embora elas sejam divisivas da sociedade, elas não provocam choro e ranger de dentes como as decisões criminais”, aponta.

Por isso, critica o que chama de “garantismo à brasileira”: aquele que entende que o processo não pode acabar até que se atinja a prescrição, e se isso não ocorrer, tudo deve ser anulado.

O Supremo, assim como a sociedade brasileira, vem passando por transformações vertiginosas. O que é que falta para a Corte dedicar-se primordialmente aos temas centrais de Estado?
O Supremo deve se dedicar às duas grandes missões de uma corte constitucional: proteger direitos fundamentais e proteger a democracia, que inclui essa mediação entre Poderes. Por uma falha de desenho institucional, o Supremo tem uma competência criminal muito vasta que nenhuma corte constitucional no mundo tem, que é a competência do foro privilegiado. Na medida do possível eu propus reduzir e a maior parte do plenário aquiesceu. Não tenho os números ainda, mas acho que reduziu talvez à metade o número de ações penais pelo critério que propus, de competência se o crime for cometido no cargo e em razão do cargo. E nós temos uma enorme quantidade de Habeas Corpus. Dia desses um dos casos era saber se ter matado alguém no bar, na disputa pelo jogo de sinuca, era motivo torpe ou não era. É uma competência completamente absurda.

E a tensão entre os Poderes?
Houve um momento em 2017 que tinha mais de 500 processos no Supremo envolvendo parlamentares, entre inquéritos e ações penais. É claro que isso cria uma tensão entre Poderes. Quando você tem o poder de julgar alguém, ainda mais em matéria penal, há uma tensão inerente ao desempenho dessa função. Era ruim para o Supremo, ruim para o Legislativo, ruim para as instituições.

Como tem funcionado o sistema penal brasileiro?
Perversamente. Porque o sistema de uma maneira geral é feito para prender menino pobre. Este é um dado da realidade. E quando ele funcionava assim, ninguém dava muita bola. Quando o Direito Penal chega ao andar de cima, depois dos fatos do mensalão, em 2009, o Supremo passa a entender que só pode executar depois do trânsito em julgado. Veja a evolução: antes podia executar depois do primeiro grau, depois podia executar após o segundo. A partir de um determinado momento, o Direito Penal começa a respingar no andar de cima, e aí vem a mudança de jurisprudência em 2009 para dizer que só pode depois do trânsito em julgado. Os resultados foram deletérios.

Aí prejudicou-se a discussão e garantiu-se a impunidade…
Eu acho que o sistema que não permite condenar depois do segundo grau se torna infindável, e você dá os estímulos errados às pessoas. É claro que a Justiça Penal é o espaço mais suscetível de abuso, e, portanto, é preciso estar atento e forte, porque ali podem acontecer coisas erradas. O papel da advocacia e do Judiciário é evitar que isso aconteça. Porém, o sistema tem que funcionar. Eu me considero — e alguns poderão não considerar, porque as palavras perderam um pouco de sentido — totalmente garantista.

O réu tem direito de saber do que é acusado, de se defender, de produzir provas, de ser julgado por um juiz imparcial e ter um recurso pelo menos em que possa rediscutir os fatos. Considero que isso é garantismo. Há um garantismo à brasileira que entende que o processo não pode acabar e que tudo deve terminar em prescrição, e que se por acaso não prescrever você deve anular tudo.

Mas as regras do jogo teriam de ser mudadas então. Essa reforma do sistema penal está mais na mão do Legislativo do que do Judiciário.
Lá e cá. Eu tenho uma trilogia: o Direito Penal deve ser moderado, sério e igualitário. Moderado significa sem excesso de tipificações e sem desmedida exacerbação de penas. Sério significa que ele tem que ser aplicado de modo a produzir o seu grande efeito, que é o de prevenção geral, que evita o crime. E igualitário, que é a coisa mais difícil no Brasil: é você não distinguir entre rico, remediado ou pobre. O que está certo, está certo; o que está errado, está errado. Essa é a parte mais difícil no Brasil. Somos assim um pouco pela herança da escravidão, um pouco pelo modelo aristocrático e plutocrático.

De impunidade garantida…
Vou usar uma expressão do professor Oscar Vilhena Vieira: “há os que são imunes de tão ricos, e os que são invisíveis de tão pobres”. Uns estão acima da lei e outros, abaixo. A gente tem que ter um sistema igualitário. Não tem juiz de esquerda ou de direita. O juiz tem que fazer o que é certo, justo e legítimo. Você está falando com um juiz que não desviou nem de Aécio, de Temer, de Lula, de Bolsonaro quando chegou a minha vez de fazer o que eu achava que devia fazer. Sem fulanizar — vou falar em tese —, achacar empresário não é legítimo, levar propina não é legítimo. Se houve condenação em segundo grau não pode registrar a candidatura, se ofendeu as pessoas deve responder por isso, e, portanto, este componente igualitário é muito difícil no Brasil, e às vezes é um percurso muito solitário seguir esse caminho.

Ministro, pode-se deduzir que o Brasil precisa de uma lei rigorosa contra o abuso de autoridade?
A gente precisa reagir com um Direito Penal eficiente no enfrentamento das grandes questões criminais da atualidade. Eu diria que os grandes problemas que o Brasil enfrenta são a criminalidade comum — essa que nos assusta na rua, do roubo, do estupro —, a criminalidade organizada — das facções criminosas e das milícias — e a criminalidade institucionalizada, que é a corrupção. Eu não identificaria neste momento da vida brasileira o abuso de autoridade como sendo o grande problema do domínio penal. Sou contra abuso em qualquer circunstância. Acho que já havia legislação para reprimir isso, mas repito: quando o Direito Penal chegou ao andar de cima todo mundo ficou garantista.Posted in Geral |http://www.tribunadainternet.com.br/quando-o-direito-penal-chegou-ao-andar-de-cima-todos-ficaram-garantistas-diz-barroso/

Governador de Minas se isola após contato com pessoa com coronavírus

Publicado em 17/03/2020 - 06:43 Por Agência Brasil* - Brasília

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, está em isolamento domiciliar voluntário, após tomar conhecimento que manteve contato com uma pessoa que testou positivo para o novo coronavírus (Covid-19). “Fui informado de que uma pessoa com quem tive contato nos últimos dias testou positivo para o coronavírus. Farei o exame o quanto antes. A partir desse momento, cumprirei, de casa, com meus compromissos na administração da nossa Minas Gerais”, declarou o governador por meio de carta.

Zema informou também a adoção de medidas para combater a transmissão do Covid-19 entre os servidores do estado. De acordo com o governador, entre as medidas, está a que cria a possibilidade do teletrabalho. “Essa medida não afetará a prestação de serviços essenciais à população. Além disso, os servidores com mais de 60 anos e com doenças crônicas terão a possibilidade de se preservarem, também trabalhando de casa”, disse.

Ele anunciou ainda a suspensão das atividades dos equipamentos culturais do estado. Os museus, a Biblioteca Pública, o Arquivo Mineiro, dentre outros, ficarão fechados. Haverá também a suspensão dos espetáculos no Palácio das Artes e na Filarmônica.

A secretária adjunta de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto, disse, durante entrevista à imprensa, que o início do teletrabalho será imediato para os grupos de risco. Ela esclareceu que os trabalhos serão acompanhados pelas chefias imediatas e que os servidores não terão descontos em seus vencimentos.

“O teletrabalho terá início imediato para aquelas pessoas que se enquadram nos grupos de risco, já iniciando nesta terça-feira (17). Nossa grande preocupação agora é garantir que todas as medidas operacionais necessárias para que estes servidores possam realizar os trabalhos de casa e que isso ocorra de forma tranquila para que não haja prejuízo na prestação de serviços”, afirmou.
Números do Covid-19

O secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, apresentou para os jornalistas os números atualizados sobre a disseminação da doença em Minas Gerais. Segundo ele, existem até agora seis casos confirmados.

“A situação epidemiológica é a seguinte: nós temos 511 notificações do coronavírus. Deste total, 85 foram descartados, e 420 estão sob investigação. Atualmente, são seis casos confirmados. Um caso em Ipatinga e Divinópolis, dois em Juiz de Fora, um em Belo Horizonte e outro em Patrocínio”, esclareceu.

Amaral também ressaltou que as novas medidas adotadas estão dentro do plano de contingência e incluem a estruturação da rede de Saúde, organização dos leitos de CTI e a gestão para que os leitos estejam livres quando houver a necessidade.

“Queremos que estejam habilitados para que a gente possa usá-los na medida em que surjam casos graves. Também faremos a requisição e aquisição de equipamentos de proteção individual para fornecermos à rede prestadora”, disse.

*Com informações da Agência Minas
Edição: Aécio Amado

Unesco: Covid-19 deixa mais de 776 milhões de alunos fora da escola

Publicado em 17/03/2020 - 07:19 Por ONU News - Bruxelas (Bélgica)

Pelo menos 85 países fecharam escolas em todo o território para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. A medida teve impacto em mais de 776,7 milhões de crianças e jovens, segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

Falando à ONU News, de Bruxelas, o representante da agência na ONU e em Organizações Internacionais, Vincent Defourny, disse que a agência atua junto das autoridades na implementação desse tipo de programas.

“A Unesco aconselha a aliviar o impacto sobre o currículo escolar de várias formas. A primeira coisa é fazer o uso mais extensivo possível de todos os recursos a distância, que podem ser pela internet, pela rádio, pela televisão e todas as formas que permitem aprender e manter contato com a aprendizagem a distância.”

Cerca 15 nações fecharam as escolas de forma parcial. Se a medida for implementada, em nível nacional, deixará mais centenas de milhões de alunos sem aulas. Defourny disse que é preciso conciliar esta decisão a cada realidade.

“Nesse contexto é muito importante também manter um vínculo com os alunos, criar comunidade e criar um sentido de pertença que seja importante tanto para os alunos como para os professores e para a comunidade. Por isso é muito importante que a estratégia de cada professor seja adaptada à circunstância do país e à circunstância da sua turma. Por isso, o currículo será revisado. Mas damos a possibilidade de manter esse vínculo de aprendizagem e de trabalhar a distância da melhor forma possível.”

Continuidade
Como parte das medidas para tentar retardar a propagação do novo coronavírus, a agência apoia ações para minimizar perturbações no sistema de educação e facilitar a continuidade do aprendizado, especialmente para os mais vulneráveis.

Uma reunião virtual com ministérios da Educação dos países afetados e preocupados em garantir meios alternativos de aprendizado para crianças e jovens juntou 73 países, incluindo ministros e vice-ministros.

Os temas discutidos na semana passada incluem a ajuda para preparar e implantar soluções de aprendizado à distância e de forma inclusiva, experiências e recursos digitais para abrir oportunidades a mais alunos sem grandes custos.

A agência incentiva plataformas de aprendizagem para apoiar a continuidade das aulas sem afetar o currículo local, parcerias para educação a distância e acompanhamento global de escolas e dos alunos afetados.

Oportunidades
A Unesco destaca que o encerramento das escolas, mesmo que seja de forma temporária, traz um custo social e econômico alto. Os mais favorecidos ficam com menos oportunidades para crescer e desenvolver.

Na área de nutrição, muitos menores ficam sem alimentos a que têm acesso na escola. Os pais com limitações para que os filhos acompanhem o aprendizado a distância podem sofrer com a falta de acesso a ferramentas digitais.

A Unesco aponta que vários menores também podem ter maior exposição a comportamentos de risco ficando sozinhos em casa.