sexta-feira, 6 de março de 2020

Settra altera trânsito na Avenida Rio Branco para o “Bem Comum Lazer”

JUIZ DE FORA - 6/3/2020 - 14:25
Para realização do projeto “Bem Comum Lazer”, neste domingo, 8, das 6 às 13 horas, a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) promoverá alterações no uso das vias. Assim, a Avenida Barão do Rio Branco terá sua faixa central interditada entre a Rua Doutor Romualdo e a Avenida Doutor José Procópio Teixeira. Os ônibus que circulam no sentido bairros Manoel Honório/Bom Pastor deixarão a pista central no cruzamento com Avenida Presidente Itamar Franco, passando para a lateral. Na direção inversa, retomarão à faixa central no cruzamento com a Rua Doutor Romualdo. As paradas nas laterais serão em frente aos pontos originais da pista central.

* Informações com a Assessoria da Secretaria de Transportes e Trânsito pelo 3690-7767

Prefeitura inaugura ambulatório cirúrgico no Canil Municipal

JUIZ DE FORA - 6/3/2020 - 17:14
Fotos: Gil Velloso

O Canil do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) realizou, nesta sexta-feira, 6, solenidade de inauguração do ambulatório cirúrgico para cães e gatos. O evento, que teve início às 14 horas, contou com cerca de cem convidados e autoridades, que foram homenageadas pela contribuição na conclusão do trabalho.

De acordo com o prefeito Antônio Almas, a primeira palavra é de agradecimento: "Precisamos mostrar para toda Juiz de Fora que no canil existe um ambulatório com parâmetro exemplar. Precisamos também trabalhar, com a perceptiva de construir uma cidade onde todos nós sejamos parceiros. É importante que a gente reconheça responsabilidades com projetos de trabalho. Dificuldades existem, mas a causa é maior".

A obra, concretizada com recursos da 8ª Promotoria de Justiça de Juiz de Fora, inclui 25 baias individuais de recuperação para os animais, além dos equipamentos adquiridos através de verbas do Demlurb, como mesas, armários, foco cirúrgico, autoclave, máquina lava/seca, monitores, reanimadores, ar-condicionado, colchonetes térmicos e balança.

Ao final do evento, o padre Eduardo Faria, da Paróquia Católico-anglicana Latino Americana, realizou bênção e distribuiu sementes de girassol, como simbolismo das boas ações.

*Informações através da Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.

Quadrilha com vereador e policiais movimentava R$ 80 mil por dia em BH

Por BRUNO MENEZES
06/03/20 - 17h10

Foto: Bruno Menezes

Catorze pessoas foram presas nesta sexta-feira durante a operação Hexagrama, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Todos são suspeitos de integrar uma quadrilha que que explorava jogos de azar em Belo Horizonte e outras quatro cidades da região metropolitana. Dentre os suspeitos estão dois policiais civis, cinco policiais militares e um vereador de Ribeirão das Neves. 

Segundo as investigações, a quadrilha tinha pelo menos 60 pontos onde ficavam máquinas de caça-níquel. Os locais se tratavam de bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Segundo o coordenador do Gaeco, o promotor de Justiça Fabrício Fonseca Pinto, o nome da operação se deu por que todas as máquinas exploradas pela quadrilha tinham um símbolo de um hexagrama. Os envolvidos também tinham tatuagens e usavam adereços com o mesmo símbolo. 

“Durante as investigações foi possível apurar que a organização composta por policiais civis, militares e outros integrantes se identificavam por um hexagrama. Nos desdobramento nós também pudemos apurar que há indícios da participação em um homicídio tentado e também em um homicídio consumado que ocorreu essa semana”, explicou Fonseca.

O líder da quadrilha, identificado pelo apelido de Danone, foi preso em um condomínio de luxo em Nova Lima. Com ele, a polícia conseguiu apreender R$ 15 mil e uma arma. “Na casa dele nós encontramos ainda R$ 60 mil, ecstasy, LSD, cocaína, além de documentos que indicam a movimentação financeira do esquema”, disse Fonseca. A investigação acredita que a quadrilha atuava há pelo menos um ano e movimentava, pelo menos, R$ 80 mil por dia. 

O esquema
As investigações apontaram que a esposa de Danone cuidava da contabilidade do esquema. A quadrilha também possuía gerentes, que tinham a atribuição de recolher a quantia arrecadada nas máquinas e entregar para o líder. Dois policiais civis e cinco policiais militares são suspeitos de envolvimento no esquema. “Um dos policiais civis era sogro do líder da organização e ele fazia as pesquisas de eventuais investigações e eventuais procedimentos em curso contra o líder e criava uma certa proteção contra o líder da investigação, ou seja, fazia a proteção do aspecto da investigação. O outro policial civil, que é vereador em Ribeirão das Neves, fazia o papel de gerente, tinha um papel mais operacional”, pontuou Fonseca.

Já os policiais militares, segundo as investigações, tinham o papel de fazer a segurança de todo o esquema. De acordo com o Ministério Público, as quantias em dinheiro eram repassadas ao líder do esquema durante encontros marcados em shoppings e estacionamentos. 

Polícia Civil e Militar
A operação dessa manhã contou com o apoio da Polícia Militar e Polícia Civil. Sobre os policiais presos, as duas instituições pontuaram que serão abertos processos administrativos e criminais contra os envolvidos, que podem resultar, em caso de comprovação de crime, na demissão dos servidores. 

Vereador 
Um dos suspeitos de integrar e ser um dos gerentes do esquema é o vereador de Ribeirão das Neves, Carlos Figueiredo (MDB), conhecido como Carlinhos. Em nota, a Câmara Municipal de Ribeirão das Neves informa que a Casa ficou sabendo do suposto envolvimento do vereador nesses crimes por meio da mídia e que ainda não foi notificada oficialmente pela Polícia Civil. A reportagem também tenta contato com o parlamentar e a assessoria de imprensa dele, mas até o momento ainda não obteve sucesso.

Tite convoca 23 jogadores para as eliminatórias da Copa do Catar

Publicado em 06/03/2020 - 12:02 Por Cláudia Soares Rodrigues - Jornalista da TV Brasil - Rio de Janeiro

Foi dada a largada para a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar 2022. O técnico Tite anunciou na manhã desta sexta-feira (6) a relação dos 23 jogadores que vão defender o Brasil nas duas primeiras partidas das eliminatórias do Mundial. O primeiro duelo será conta a Bolívia, no próximo dia 27 de março, na Arena Pernambuco. O segundo confronto será fora de casa contra o Peru, no dia 31 de março.

Entre as novidades na lista de Tite, está o atacante Everton Ribeiro (Flamengo), convocado pelo treinador pela primeira vez. A relação traz ainda dois outros atacantes rubro-negros: Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, o Gabigol. Outro debutante na lista de convocados é o meia-campista Bruno Guimarães, de 22 anos, ex-Athletico-PR e atualmente no Lyon (França).

Confira abaixo a lista completa de convocados:

GOLEIROS : Ederson (Manchester City), Ivan (Ponte Preta), Weverton (Palmeiras);

LATERAIS-DIREITOS: Daniel Alves (São Paulo), Danilo (Juventus);

LATERAIS-ESQUERDOS: Alex Sandro (Juventus), Renan Lodi (Atlético de Madrid);

ZAGUEIROS: Éder Militão (Real Madrid), Felipe (Atlético de Madrid), Marquinhos (PSG), Thiago Silva (PSG);

MEIO-CAMPISTAS: Arthur (Barcelona), Bruno Guimarães (Lyon), Casemiro (Real Madrid), Everton Ribeiro (Flamengo), Fabinho (Liverpool) e Philippe Coutinho (Bayern de Munique);

ATACANTES:Bruno Henrique (Flamengo), Everton (Grêmio), Roberto Firmino (Liverpool), Gabriel Barbosa ‘Gabigol’ (Flamengo), Gabriel Jesus (Manchester City), Neymar Júnior (PSG), Richarlison (Everton).

Edição: Guilherme Neto

Sete assaltantes são mortos em confronto depois de ataque a banco

SETE ASSALTANTES SÃO MORTOS EM CONFRONTO DEPOIS DE ATAQUE A BANCO -    6 de março de 2020 
Ocorrência foi por volta de 2h desta sexta-feira em Paraí, na Serra Gaúcha

Sete criminosos morreram em confronto com a Brigada Militar após atacarem duas agências bancárias na cidade de Paraí, na madrugada desta sexta-feira, dia 6. Nenhum policial ficou ferido.

De acordo com informações o confronto ocorreu por volta de 2h. Os ataques foram nas agências do Sicredi e do Banco do Brasil, na área central do município. A BM já estava preparada para o ataque, de acordo com a corporação.

Três dos assaltantes foram mortos dentro da agência e usavam moletons da Polícia Civil e, segundo informações a quadrilha estaria portando explosivos. Outros quatro, foram mortos nos arredores da agência do Sicredi A quadrilha utilizava armas longas e pistolas e estava dividida em dois carros.

Censo 2020 abre 200 mil vagas para agentes em todo o país

Publicado em 05/03/2020 - 12:20 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu hoje (5) as inscrições para o processo seletivo do Censo 2020. São 200 mil vagas temporárias para os cargos de agentes censitários municipais e agentes censitários supervisores, ambos de nível médio, e para recenseadores, que exige nível fundamental.

As vagas são para todos os municípios do Brasil e as inscrições vão até 24 de março, somente pela internet, pelo site da organizadora do Processo Seletivo, Cebraspe.

A taxa, no valor de R$ 35,80 para as funções de nível médio e de R$ 23,61 para recenseador, pode ser paga em qualquer banco, casa lotérica ou pela internet. O trabalho será na coleta de informações do Censo 2020, com entrevistas aos moradores de todos os domicílios do país.

A duração prevista dos contratos será de três meses, com possibilidade de renovação em caso de necessidades do IBGE e de acordo com a disponibilidade orçamentária. Os profissionais terão direito a férias e 13º salários proporcionais. Não há restrição para quem já prestou serviço temporário para o IBGE ou outros órgãos públicos.

Vagas
No total, são 5.462 vagas para agente censitário municipal, com salário de R$ 2.100, e 22.676 vagas para agente censitário supervisor, que vai receber R$ 1.700 por mês. Segundo o IBGE, a vaga de agente censitário municipal de cada cidade será ocupada pelos melhores colocados no concurso em cada município. Eles serão os responsáveis pela coordenação da coleta do Censo 2020 naquela cidade, enquanto os demais agentes irão supervisionar as equipes de recenseadores.

Os recenseadores serão remunerados por produtividade, de acordo com o número de domicílios visitados e entrevistas feitas com os moradores. O cálculo leva em conta também as características do município, o tempo médio de duração das entrevistas e o deslocamento para o trabalho de coleta.

O IBGE disponibilizou um simulador para calcular o valor que o trabalhador pode receber. Por exemplo, um recenseador na cidade do Rio de Janeiro que trabalhe 30 horas semanais pode chegar a uma remuneração de R$ 2.092,56 ao mês. Já em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, a mesma carga horária pode render R$ 4.399,48.

As vagas serão distribuídas por áreas de trabalho específicas e o IBGE recomenda que os candidatos morem nas localidades em que irão atuar. As provas, marcadas para maio, serão feitas em todos os municípios onde houver vagas.

Para os cargos de agente censitário a prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório será no dia 17/05, com dez questões de língua portuguesa, dez de raciocínio lógico quantitativo, cinco de ética no serviço público, 15 de noções de administração em situações gerenciais e 20 questões de conhecimentos técnicos.

Os candidatos a recenseadores farão a prova no dia 24 de maio, também de objetiva e de caráter eliminatório e classificatório, com 10 questões de língua portuguesa, 10 de matemática, cinco sobre ética no serviço público e 25 questões de conhecimentos técnicos.

Edição: Maria Claudia

Coronavírus: acompanhe as ações da Anvisa

Com o aparecimento dos casos de doença respiratória causada pelo coronavírus na China, o governo brasileiro vem adotando medidas de preparação, orientação e controle para um possível atendimento de casos suspeitos no país. 

A Anvisa integra o Centro de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus. Instituído pelo Ministério da Saúde, o comitê tem como objetivo preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil, a fim de responder a eventuais ocorrências de forma unificada e imediata. 

ATENÇÃO: se você tiver, febre, tosse ou dificuldade para respirar, dentro de um período de até 14 dias após viagem para o exterior, procure uma Unidade de Saúde mais próxima e informe a respeito da viagem.


Previsão do tempo para Minas Gerais nesta sexta-feira, 6 de março

SEX 6 MARÇO 2020 07:20 ATUALIZADO EM QUI 05 MARÇO 2020 18:22

Nesta sexta-feira (6/3) há chance de chover em boa parte de Minas Gerais. No Norte e no Leste do estado, os temporais serão acompanhados de raios e rajadas de vento ocasionais. Nas demais regiões, deve haver chuvas de Verão, devido ao aquecimento durante o dia e a umidade disponível. 

As temperaturas podem variar entre a mínima de 8°C, no Sul, e a máxima de 35°C, no Triângulo Mineiro.

Clique aqui para conferir a previsão completa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Força Feminina se destaca nos Bombeiros de Minas

SEX 6 MARÇO 2020 08:10 ATUALIZADO EM QUI 05 MARÇO 2020 18:42
Até há pouco tempo, entrar para o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), carreira conhecida por força física e combate em campo, era uma possibilidade restrita ao sexo masculino. Mas desde 1993, oficiais mulheres passaram a ser admitidas em concursos da instituição e, hoje, 540 fazem parte do quadro dos bravos combatentes. Aqui, quatro delas contam como passaram a integrar a entidade reconhecida pela missão de salvar vidas.

No trabalho corriqueiro ou em eventos de grande proporção, que exigem ainda mais coragem – a exemplo do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho -, elas vivem em meio a emoção. E lidam, ainda, com os papéis cotidianos como administrar a casa, a vida afetiva e social, a educação dos filhos.

Homenagem
Crédito: Violeta Andrada
Nesta sexta-feira (6/3), a major Karla Lessa Alvarenga Leal, primeira mulher entre as bombeiras do Brasil a assumir a função de comandante de helicóptero, recebe homenagem da Assembleia Legislativa, pelo Dia Internacional da Mulher. Karla é exemplo de que é, sim, possível chegar ao topo da carreira militar, e se tornou referência para muitas jovens que sonham com profissões tidas como masculinas. 

A major conta que sempre buscou se capacitar e vencer barreiras. “Estudei no Colégio Militar de Belo Horizonte. Quando estava no último ano do ensino médio, uma palestra que divulgava o concurso público para ingresso na Polícia Militar e no CBMMG chamou a minha atenção. A pesquisa e o estudo contínuo, estar empregada com apenas 18 anos, um salário atraente e os campos de atuação ligados à prática de esportes de aventura (que eu associava à diversão) motivaram minha escolha”, lembra. 

Trajetória 
Karla revela que na ala masculina da família houve um certo estranhamento pela escolha da profissão. “Meu pai mencionou que ‘bombeiro não era coisa para mulher’, mas foi um dos poucos comentários que fez de cunho limitador. No geral, meus familiares apoiam e ajudam minhas escolhas. Guardo exemplos de atitudes proativas, decididas e com forte opinião adotadas pelas mulheres de minha família, o que é uma referência”, avalia. 

Dedicação aos estudos, disciplina, prática de esportes e a caminhada diária de 5 quilômetros entre casa e escola são apontados pela major como pontos que ajudaram na aprovação do concurso e no preparo físico para o treinamento. Em 2000, quando foi aprovada no concurso, o ingresso de mulheres na corporação já não era novidade. No entanto, a major alcançou postos inéditos entre militares do sexo feminino. “Sou a primeira mulher a assumir função de comandante de helicóptero pelo que tenho notícia. Mas há outras mulheres pilotos”, conta.

Obstáculos e conquistas
A major aponta como maior obstáculo enfrentado “lidar com alguns posicionamentos preconceituosas dentro da corporação”. Entre as conquistas, Karla se orgulha de se ser comandante de aeronave do CBMMG, instrutora de voo, examinadora credenciada da Anac e piloto habilitada para voar sob regra de voo não visual. Para além da realização pessoal, ela cita participação no “fortalecimento e estruturação do Batalhão de Operações Aéreas do CBMMG, tornando-o referência de atendimento à população no país”.

Com 19 anos de carreira, a comandante já atuou em diversos setores, incluindo combate a incêndio urbano e florestal; busca e salvamento de pessoas, animais e bens; atendimento pré-hospitalar; prevenção contra incêndio e pânico; defesa civil. “O trabalho é muito gratificante, pois envolve fazer a diferença na vida de alguém de forma positiva, participando de momentos críticos e únicos. Tenho muito orgulho da nossa missão e das pessoas que compõem o time. E também do destaque dado à corporação pelo povo mineiro que reconhece e valoriza nossos esforços. Isso nos motiva a continuar na busca da melhor prestação de serviço público”, registra. 

Entre as missões mais marcantes, a major cita o atendimento aos atingidos pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, os atendimentos a colegas de trabalho vítimas de acidentes, além das ocorrências que envolvem alto risco à própria integridade física.

Desafios 
Karla avalia que as conquistas relativas à igualdade de gênero ainda é parte pequena de um processo em construção. “Nosso espaço vem sendo conquistado ao longo dos anos. No entanto, algumas questões ainda tendem a evoluir. Particularmente, entendo que o aumento do percentual de vagas disponíveis para mulheres nas diferentes forças de segurança carece de análise; o número está aquém do devido”, avalia. 

Orgulhosa de servir de modelo para outras mulheres, Karla sustenta uma máxima: “É libertador motivar mulheres a acreditarem mais em si mesmas, para assim evoluírem e não se permitirem serem subjugadas pelo simples sexismo”. Hoje, ao receber a homenagem pelo Dia Internacional da Mulher na ALMG, ela ressalta: “A conquista e fortalecimento gradativo de espaços de tomada de decisão e da consciência de apoio mútuo entre as mulheres facilita a aceitação e a promoção de mudanças”. 
Elas chegaramCrédito: Márcio José Pereira 

Com apenas 18 anos, Graziele de Souza Ferreira ingressou na carreira de bombeiro militar em 2008. “Havia acabado de me formar e tinha vontade de prestar um concurso público da PMMG. Mal conhecia o Corpo de Bombeiros à época, mas minha mãe foi minha grande incentivadora, pois tinha o sonho de ser bombeiro em sua juventude. Um dia, vimos um outdoor que dizia: ‘Seja um Soldado do Fogo! Inscreva-se no concurso para o curso de formação de soldados do CBBMG’. Imediatamente, fiz a inscrição”, lembra. 

Nem mesmo o teste físico desanimou Graziele, na época sedentária. “Treinei muito, musculação aliada ao que era cobrado nas provas específicas. E tive ajuda de um amigo da família, policial militar, e do personal”, revela. 

Graziele foi admitida em uma turma com mais 27 mulheres que se apoiam em tudo. De lá para cá, realizou diversas funções e cursos de formação. Entre as funções, serviço operacional, parte administrativa, recursos humanos. Em 2013, se formou no Curso de Formação de Oficiais e, como aspirante, foi transferida para o 5º BBM, em Uberlândia, onde trabalha atualmente. “Aqui, trabalhei como coordenadora de bombeiros da unidade (CBU), adjunta da seção de pessoal e atualmente exerço a função de subchefe da seção de planejamento”, detalha.

Ela divide a rotina entre trabalho, lazer, atividades físicas diárias e cuidados com a cachorrinha. Na corporação, ela conta ter vivenciado muita coisa no serviço operacional. “Amava entrar de serviço sem saber o que me esperava naquele plantão. A missão que me dá mais orgulho em ter participado, sem dúvida, é a Operação Brumadinho”.

Na carreira, reconhece que a desigualdade de gênero ainda é uma realidade, “muitas vezes comprovada no tipo de tratamento e nas missões que são dadas”. No entanto, destaca que há tentativas de promover a igualdade e um grande avanço na questão em comparação à realidade de 30 anos atrás.

A busca por mais realização é uma constante. “Tenho muito orgulho desses 11 anos de serviço militar. É claro que ainda tenho muito a caminhar, porém já me realizei em vários aspectos. Consegui passar no concurso que mais almejava, fiz alguns cursos de especialização, sou respeitada e tenho voz ativa no meu batalhão. A mensagem que sempre tento transmitir às mulheres é: somos capazes! Podemos realizar tudo aquilo que almejarmos! Somos respeitadas a partir do momento em que desempenhamos o nosso papel da melhor maneira possível”, frisa. 

Sargento e mãe
Divulgação / CBMMG
As bombeiras militares também são mães. Exemplo é a sargento Nardely Santos Rodrigues, 31 anos, militar há 11 e mãe de três crianças. Ela conta que ingressou na carreira como alternativa de um trabalho estável, e logo se apaixonou pelo ambiente militar. “Cresci em um âmbito social com pouco incentivo. Fui criada por mãe solteira, a quem devo minha educação e o aprendizado de que era preciso buscar uma oportunidade de sucesso por meio de um concurso público. A princípio, não conhecia muito do militarismo, decidi prestar por necessidade. Mas, com o tempo, me encontrei na profissão. Hoje, amo o que eu faço e tenho certeza que ser bombeiro é minha vocação! ”, destaca. 

A sargento lembra que muitos a apoiaram na decisão, inclusive com ajuda financeira para os estudos. A mulher que sempre a inspirou foi a mãe – “mulher solteira, manicure e mãe de três meninas, que sempre demonstrou uma força e coragem inexplicável. Uma mulher admirável!” Nardely estudou em escola pública e não pôde pagar um curso preparatório para a prova. Mas era uma aluna esforçada e teve uma rede de apoio familiar e de amigos para chegar lá. 
Nardely entrou para a corporação junto a mais 28 mulheres. “No primeiro momento, foi um choque. Um mundo totalmente diferente, o militarismo era algo totalmente novo. Muitas vezes escutei que "batalhão não era lugar de mulher", mas isso me incentivava a ser melhor. Por outro lado, havia aqueles que nos apoiaram e sabiam que éramos tão capazes quanto qualquer um que desejasse seguir por esse caminho”. 

As funções executadas por ela são as mesmas de qualquer oficial. “No início, como soldado, atuei como combatente no serviço operacional. Durante a gestação passei por um período na administração e na sala de operações da unidade como rádio operador. Atualmente, como sargento, sou chefe de guarnição no Serviço Operacional.”

A rotina de mãe de crianças em idades diferentes, esposa e militar é um tanto puxada, reconhece. No entanto, o apoio do marido, também bombeiro militar, faz com que o time jogue em harmonia. “São desafios diários, mas me considero abençoada por poder contar com um esposo e pai presente em todos os momentos. E também com minha mãe, que nos ajuda muito cuidando das crianças durante nossos plantões. Sinceramente, não sei dizer qual seria minha versão mais desafiadora, a de bombeiro militar, esposa ou mãe, mas sou completamente realizada por poder ser as três”. 

Entre as missões das quais mais se orgulha, ela cita “cada atendimento, do mais simples ao mais complexo” e revela as dores e as delícias da profissão. “Recentemente, atuei em uma ocorrência de soterramento em que uma família, infelizmente, faleceu. Foi muito forte trabalhar na recuperação dos corpos, principalmente pelo fato de uma das vítimas ser uma menina da idade da minha filha. Atuações em Brumadinho e, anteriormente, em Mariana foram bem marcantes em minha carreira. Por outro lado, atuei em uma ocorrência há alguns meses que me trouxe a sensação de dever cumprido e alegria: tive a oportunidade de auxiliar no parto de uma menina, simplesmente emocionante”. 

Sobre a igualdade de gênero em profissões, Nardely acredita que o Brasil já avançou muito. Porém, trata-se de uma luta diária. “Muitas vezes, somos testadas simplesmente por sermos mulheres. Ainda somos menos de 10% do efetivo da corporação e o preconceito, em maioria, é oriundo de uma educação falha. O militarismo, muitas vezes, nos dá voz ativa em lugares em que não teríamos. Nessas ocasiões, procuro representar o nosso valor, mostrar que merecemos ser ouvidas não porque somos mulheres, mas sim porque somos capazes como qualquer outro profissional, independentemente do sexo.”

Neste 8 de março, a sargento se diz orgulhosa de suas escolhas. E destaca: “Fico feliz por ser a prova de que é possível ser mulher, militar, esposa e mãe, superando todos os desafios. Gostaria que todas as mulheres que sonham em seguir uma carreira de maioria masculina entendessem que somos capazes. Não podemos deixar que nossos sonhos se percam em virtude dos preconceitos. Somos donas da nossa própria história e podemos alcançar nossos objetivos com muita luta, sabedoria e fé”.

GratidãoCrédito: SD Guimarães

A cabo Stephanie Esteves Medeiros, hoje com 30 anos, também entrou para a carreira militar muito jovem. Recebeu da mãe e do padrasto - referência por ter se aposentado como sargento da Polícia Militar - incentivo para prestar o concurso. “Ingressei aos 18 anos, em 2008, um ano após me formar no ensino médio”. 

Entre as barreiras enfrentadas, a militar aponta a descrença pela pouca idade. Porém, não deu ouvidos e apostou nos estudos e no preparo físico. De início, ficou assustada com a forma de tratamento do militarismo, mas logo se encontrou. “Ingressei em uma turma de 27 mulheres e todas fomos recebidas da mesma forma que os masculinos. Como costumamos dizer, de forma bem ‘rústica’", conta.

Ela destaca que suas inspirações são as sargentos Elizabeth e Regiane, das primeiras mulheres a integrarem o Corpo de Bombeiros, que ensinam a jovem, que considera as operações em ocorrências de incêndio as mais marcantes. 

Na ala operacional desde a formatura – afastou-se só durante a licença maternidade -, Stephanie conta que, durante os plantões, mata as saudades do filho de 6 anos pelo whatsApp. O marido também é do Corpo de Bombeiros, o que é um orgulho em dose dupla para a criança. 

A militar acredita que ainda há muito para evoluir em relação a questão de gênero, mas também há muitos motivos para comemorar. “Nesses anos de carreira, vi muita coisa mudar para melhor. Não foi fácil chegar até aqui. Mas consegui, e sou grata por tudo. Dica para as que sonham em ingressar na carreira de Bombeiro Militar: nunca desistam! Haverá pedras no caminho, mas você é mulher, e isso já é uma vantagem”.

--- Crédito da imagem principal: Márcio José Pereira

Eleições 2020: termina em maio prazo para eleitor regularizar título

Publicado em 06/03/2020 - 05:30 Por Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 06/03/2020 - 08:50

Termina no dia 6 de maio o prazo para que cidadãos que tiveram o título de eleitor cancelado regularizem a situação. Quem não estiver em dia com o documento, não poderá votar nas eleições municipais de outubro, quando serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.

No ano passado, 2,4 milhões de títulos foram cancelados porque os eleitores deixaram de votar e justificar ausência por três eleições seguidas. Para a Justiça Eleitoral, cada turno equivale a uma eleição.

Como regularizar o título
Para regularizar o título, o cidadão deve comparecer ao cartório eleitoral próximo a sua residência, preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) e apresentar um documento oficial com foto. Além disso, será cobrada uma multa de R$ 3,51 por turno que o eleitor deixou de comparecer. O prazo para fazer a solicitação termina em 6 de maio, último dia para emissão do título e alteração de domicílio eleitoral antes das eleições.

Além de ficar impedido de votar, o cidadão que teve o título cancelado fica impedido de tirar passaporte, tomar posse em cargos públicos, fazer matrícula em universidades públicas, entre outras restrições.

A situação de cada eleitor pode ser verificada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O primeiro turno será realizado no dia 4 de outubro. Se necessário, o segundo turno será no dia 25 do mesmo mês. Cerca de 146 milhões de eleitores estarão aptos a votar.

Matéria alterada às 8h47 de hoje (6/2) para corrigir informação. Prazo vai até 6 de maio e não até hoje, 6 de março, como divulgado anteriormente.

Edição: Denise Griesinger